Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
ano I Nº 145
TERÇA-FEIRA, 27 de ABRIL de 2021
TERIA NASCIDO EM BOTUCATU O SENADOR PINHEIRO MACHADO, O TODO PODEROSO DA 1ª REPÚBLICA ?!?
É uma dúvida que intriga até hoje os botucatuenses. O Benfeitor de Botucatu – Capitão José Gomes Pinheiro – constituiu família em Itapetininga e Botucatu. Casado com Anna FlorisMONUMENTO DE PINHEIRO MACHADO NO RIO DE JANEIRO
bella Machado, foi o Patriarca da Família Pinheiro Machado. Doador de terras para a criação da Freguesia de Sant’Anna de Botucatu, seria também ascendente do famoso Senador Pinheiro Machado, expoente do ramo da família Pinheiro Machado que se constituiu no Rio Grande do Sul?!?
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Embraer e FAB assinam acordo para desenvolver drone militar A Embraer e a Força Aérea Brasileira (FAB) assinaram hoje um memorando de entendimento que estabelece a cooperação para estudo e avaliação das capacidades necessárias à concepção e o desenvolvimento de um veículo aéreo não tripulado de classe superior, em atendimento às necessidades da FAB. “É uma oportunidade ímpar para a Força Aérea Brasileira aprofundar seus estudos em tecnologias disruptivas que possam causar desequilíbrio no cenário atual e futuro”, frisou o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior. “Na guerra moderna é imprescindível a utilização de plataformas aéreas não-tripuladas, operando isoladamente ou em conjunto com aeronaves tripuladas. Tal tecnologia permite reduzir cus-
tos e riscos, sem perder a eficácia no cumprimento das missões atribuídas à Aeronáutica.” “Este estudo é de fundamental importância para a manutenção e a expansão das competências da Embraer no desenvolvimento de sistemas aéreos de defesa com alto teor tecnológico e grande complexidade de integração”, disse Jackson Schneider, Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança. “É ainda uma oportunidade para o contínuo desenvolvimento de novas tecnologias e produtos para a FAB e o Ministério da Defesa, visando a ampliação da capacidade operacional e a garantia da soberania nacional. Um grande desafio para este sistema aéreo certamente será a sua integração e a operação de forma conjunta com outros sistemas e aeronaves, tripulados ou não-tripulados.”
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É BOTUCATUENSE OU NÃO O FAMOSO SENADOR PINHEIRO MACHADO?!?
No dia 10 de agosto de 1993, recebia carta do conceituado advogado e jurista Dr. Carlos Eduardo de Camargo Aranha, ex-Secretário dos Negócios Jurídicos da Prefeitura de São Paulo e ex-Chefe da Casa Civil do Governo do Estado. Descendente (neto) de Américo Brasiliense, o saudoso Dr. Camargo Aranha sempre fora ligado aos assuntos históricos. Nessa carta, o levantamento da dúvida: “Prezado Armando. Recebi seu livro, gostei muito, pois como tenho fazenda em Avaré, me sinto atraído por Botucatu. Gostaria, nesta oportunidade, de levar a você um fato que eu acho muito interessante e, você poderá, com a sua competência, estuda-lo a fundo, que é o seguinte: o ilustre saudoso Desembargador Pinheiro Machado, certa vez me contou que o Senador Pinheiro Machado teria nascido em Botucatu e com menos de um ano foi levado para o Sul, onde foi registrado em uma pequena paróquia daquele Estado, mas na verdade era filho desta grande cidade que é Botucatu. Este é um tema que você, como historiador, poderá desenvolver e tirar esta dúvida histórica. Um grande abraço e felicitações pelo livro. Atenciosamente. Carlos Eduardo de
Camargo Aranha”. Recebida a correspondência, tirei cópias e enviei, tempos depois, para Hernâni Donato, historiador botucatuense. Com a sua sempre gentil atenção, Hernâni nos respondeu (18/09/95) a carta e, entre outros assuntos, escreveu: “...Bem: e o fascinante assunto do “General” Pinheiro Machado! Sabia do fato, ouvido, há decênios pela primeira vez, exatamente do Desembargador Pinheiro Machado. O Adolfo e o
Jorge, perguntados, não sabiam nada positivo. Aquelas professoras que por quase ½ século habitaram a casa fronteira ao Convívio do Francisco Marins, tinham “ouvido dizer”. Não lhes senti consistência. Já agora, disperso o clã (ainda há Pinheiro Machado em Botucatu?) fica difícil o levantamento. Mas se há alguém talhado e posicionado para tal pesquisa, é você. Faça-a. De mim – que me havia desligado por completo, prometo reler biografias do Senador. Quaisquer referências são úteis, nessas procuras...”. Fica o desafio a todos: vamos pesquisar? Vamos conseguir dados que comprovem ou, ao menos, nos tragam indícios de que o Senador Pinheiro Machado é botucatuense?!? A verdade é que, com o passar do tempo, as verdades “guardadas” ou os “segredos” assumidos dificilmente são completamente desvendados. Mas que fique o desafio. Nada é impossível quando se quer, se pesquisa e se vai em busca da comprovação do fato objeto da dúvida. Fica o desafio aos pesquisadores e interessados na história de Botucatu e no registro e destaque de seus filhos mais ilustres. (AMD)
O GIGANTE DEITADO
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
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CHEFÃO SECRETO DA REPÚBLICA VELHA
Influente e implacável, o senador, assassinado em 1915, mantém o título de homem mais poderoso da República
Claudia Giudice Francisco Manço de Paiva, 33 anos, entrou desapercebido pela porta da frente do Hotel dos Estrangeiros, localizado na Praça José de Alencar, Lapa, no Rio de Janeiro. Inaugurado em 1849, o hotel era considerado o melhor da cidade, logo, do Brasil. Foi um dos primeiros a ter banheiros com ducha, lavanderia, restaurante e telefone com linha exclusiva para os hóspedes ilustres. Rapidamente, se tornou ponto de encontro de empresários e políticos da capital federal. Por esse motivo, inclusive, Paiva estava lá, esperando. Escondido. Naquela manhã de 8 de setembro, Pinheiro Machado não teve um dia bom. Estava frustrado porque não conseguiu quórum na sessão que confirmaria o expresidente Hermes da Fonseca, seu candidato, como senador pelo Rio Grande do Sul. Depois do almoço, deixou o Palácio do Conde dos Arcos, sede do Senado Federal, no campo de Santana, para se reunir com o adversário político e ex-presidente paulista Albuquerque Lins. Às 16 horas e 30 minutos, conforme o combinado, chegou ao saguão do Hotel dos Estrangeiros fazendo barulho. Estava em casa. Lá era seu endereço preferido para encontros de política. Segurava o senador Rubião Júnior, do PRP (Parti-
do Republicano Paulista) de São Paulo, pelo braço e era seguido de perto pelos deputados paulistas, Cardoso de Almeida e Bueno de Andrade. O vai e vem dos hóspedes parou quando ouviu-se o grito: “Ah, canalha. Fui apunhalado pelas costas”. A frase era literal. Aos 63 anos, conhecido por ser a eminência parda da República Velha e um dos mais poderosos políticos do país, o senador gaúcho José Gomes Pinheiro Machado foi ferido de morte pelo jovem Paiva, um padeiro desempregado, desertor do Exército e ex-cabo da polícia, natural do Rio Grande do Sul. O assassino confesso não fugiu nem tentou se livrar da culpa. Entregou a faca suja de sangue nas mãos de Cardoso de Almeida e esperou a polícia. Foi condenado a 30 anos de prisão e indultado pelo presidente Getúlio Vargas em 1935. Até a morte, na década de 1960, declarou ter agido por conta própria, e não a mando de alguém. v O assassino justificou o crime como a salvação do Brasil e se disse inspirado pela leitura de um artigo publicado naquele dia no jornal Gazeta de Notícias. Nele, Pinheiro Machado era acusado de ter braço longo e de querer mandar em todos os assuntos da República. O padeiro afirmou também que pretendia se vingar do fato de o senador ter sido responsável pela morte de um estudante em Porto Alegre que protestara contra a decisão dele, Machado, de eleger Hermes da Fonseca para o Senado. Faz 103 anos que essa cena aconteceu.
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Faz 103 anos, também, que o advogado, general e senador previu a própria morte. Escreveu uma carta-testamento, entregue à sobrinha e afilhada Maria José Azambuja, na qual previa um fim trágico para si. Meses depois, declarou ao jornalista João do Rio, um dos mais influentes de sua época, a seguinte frase: “Morro na luta. Matam-me pelas costas, são uns pernas finas. Pena que não seja no Senado, como César”. Sim, ele era odiado porque tinha poder demais. Era famoso por fazer presidentes, realizar acordos de bastidores impublicáveis e por ser implacável com seus desafetos. Desde a proclamação da República, nenhum outro senador ou deputado teve, por tanto tempo, igual domínio sobre a política brasileira. O ex-senador gaúcho e fundador do PMDB Pedro Simon, autor da coletânea Discursos de Pinheiro Machado, de 2005, da Editora do Senado, registra: “José Gomes Pinheiro Machado era um político afastado dos holofotes, mais voltado para a atividade de gabinete e totalmente interessado nas manobras de bastidores e na costura dos grandes acordos políticos. Era uma eminência parda. Rui Barbosa foi o nosso grande patrono no Senado, mas como político foi um homem de derrotas. Perdeu duas vezes a eleição para presidente da República e não tinha influência no governo. Quem mandava e elegia presidentes era o Machado, um dos mais influentes políticos da República, de quem hoje ninguém fala.”
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Esportes Lucas Nogueira
Paulistão: São Paulo como favorito no campeonato e Palmeiras e Santos em má fase O São Paulo despontou no campeonato e Palmeiras e Santos apesar de não se importarem tanto com o Estadual, não estão em seus melhores momentos. Neste último domingo (25), o São Paulo enfrentou o Ituano e saiu vitorioso com 3x0, com essa vitória o SPFC alcançou sua sexta vitória seguida no Paulistão. Essa é a maior sequência de vitórias em nove anos do time tricolor e está em ótimo momento com o técnico Hernan Crespo, além disso, seu time foi o primeiro a se classificar as quartas de final do Paulistão. No entanto, o Palmeiras vem vindo em má fase, perdeu para o Mirassol e não está em uma boa situação em sua chave. O Santos
também não está em seus melhores tempos, perdeu no clássico contra o Corinthians e viu seu técnico sair do clube, Ariel Holan pediu demissão. Quem deve ameaçar o título do tricolor este ano pode ser o Red Bull Bragantino, que apesar de ter empatado com a Ferroviária no último domingo, vinha de três
vitórias seguidas e está com um bom futebol. Na segunda-feira (26), o Bragantino embarcou rumo ao Ecuador para disputar uma partida da Copa Sul-americana contra o Emelec. O Corinthians, apesar de ter saído vitorioso no dérbi contra o Santos, não está com um jogo consistente e constante, não tendo chances para enfrentar o Tricolor.