Edição 148

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Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

ano I Nº 148

SEXTA-FEIRA, 30 de ABRIL de 2021

RAMIRO VIOLA & PARDINI:

Sucesso na divulgação da verdadeira música raiz!

Essa dupla botucatuense tem feito verdadeira “garimpagem” sobre nossa música raiz em seus programas na TV e radiofônicos. No programa da TV Globo deram verdadeira aula sobre a autêntica música raiz: desde Raul Torres, o grande Angelino de Oliveira, Serrinha, Carreirinho, Pardinho, Tião Carreiro, Zé da Estrada e Pedro Bento, até a dupla famosa Tonico & Tinoco. Todos tendo Botucatu e região como ponto de partida ou de retorno para revigorar a criatividade musical. Página 3

EDITORIAL Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

Nº 05

SÁBADO DOMINGO 14/15 de novembro de 2020

RAUL TORRES E O SAMBA RURAL

Diário da Cuesta

ano I Nº 22

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TRIO DE OURO DA MÚSICA RAIZ

Estátua de Raul Torres na Praça do Bosque (Botucatu)

você sabia? Que teria sido brasileiro o famoso herói inglês que marcou presença na Primeira Grande Guerra Mundial? Teria sido botucatuense esse herói? Teria nascido na Cuesta de Botucatu esse herói que encantou gerações com sua bravura e idealismo? A Revista Peabiru apresentou minucioso estudo sobre a trajetória desse herói mundial. Na história ou na “lenda” de Lawrence da Arábia, temos como berço natal do herói a Cuesta de Botucatu, mais precisamente, a Fazenda do Conde de Serra Negra, localizada em Vitoriana. Verdade ou lenda ?!? Segredo guardado ou sonho “botucudo” surgido antes da virada do século passado?!? Mas fica – com certeza! – a imagem positiva e heroica de Lawrence da Arábia: um brasileiro nascido na CUESTA DE BOTUCATU.

Diário da Cuesta

Um aristocrata da música popular

Aleixo Delmanto

“- Sabiá que canta triste Lá na mata do sertão, Ele canta pra esquecer a mágoa do seu coração»

ANGELINO DE OLIVEIRA É um orgulho para Botucatu possuir o TRIO PIONEIRO DA MÚSICA RAIZ: Angelino de Oliveira, Raul Torres e Serrinha, que praticamente fazem de Botucatu e região o BERÇO DA MÚSICA CAIPIRA OU MÚSICA RAIZ. Sim, porque é pacífico o entendimento de que Piracicaba é a Capital da Música Caipira e o caipirês está enraizado em Piracicaba e já é patrimônio imaterial da cidade. E o registro do sotaque caipira como patrimônio reúne expressões em Piracicaba...

O contraste é evidente e num exemplo elucidativo, embora indireto, tem-se a impressão, caipira, de um modesto cantor de microfone, interpretando uma trova comum, repleta de monótono estribilho. Na segunda, a sertaneja, de uma “Casa Pequenina” ou da “Tristeza do Jeca”, através das vozes melodiosas, de uma Bidu Sayão ou de uma Inezita Barroso. Poeta, pois, e músico popular e “aristocrata”, Angelino soube interpretar fielmente e com suma arte e inspiração musical, a vida do nosso humilde homem do campo, de suas dores, de suas queixas, amores, ciúmes e tristezas. Pintor eficaz e feliz do rancho de sapé ao pé da serra, dos luares sulinos e prateados, rebrilhando sobre a colina verdejante e o riacho tranquilo e cristalino. Cantor mavioso das encruzilhadas da mata, ponto de encontro furtivo dos pares amorosos. Daquela conhecida “Encruzilhada”, mergulhada no silêncio noturno da mata tropical e despertada, ao alvorecer, pelo canto ciumento do malvado bem-te-vi, pássaro cúmplice e maldoso: “-Hoje eu passo a encru[zilhada Me lembrando só de ti, E o malvado passarinho Ainda grita: - Bem-te-vi!” Boêmio incorrigível e impenitente, coerente, consigo próprio, continuava a declamar, idoso, com o mesmo entusiasmo juvenil, os versos de A Storni, a poetisa argentina: “...enche de vinho este cristal sonoro nós beberemos esse licor de ouro ao celebrar a noite e a sua doçura...”

“Hier ist die Gipfel, suche Keine andern...”. “Aqui está o cimo, não procure alhures...” Porque após da costumeira visita ao rancho do Jeca ao pé do monte, subindo pela encosta íngreme, já no cume da serra, descortinavam os cantores o panorama magnífico da Princesa da Serra, meta do trovador, com seu casario amplo e luminoso e suas torres, no triunfo das luzes rubras do ocaso. Era também o triunfo do aedo! Reminiscência da juventude nas notas musicais das peraltices

do garoto, do reencontro saudoso com os amigos do peito, na centenária cidade do poeta e velho amigo Trajano... Mudara-se Há tempos para São Paulo, o botucudo violonista, mas, amiúde, aqui aportava para abraçar os amigos, relembrar as velhas canções e tornar conhecida a sua última composição... Alquebrado, arquejando, retornou pela última vez. Foram os seus últimos dias!

Angelino de Oliveira

por Gesiel Jr Um dos templos católicos centenários de Botucatu, a Capela de São José, passa por serviços de revitalização desde o ano passado. Para dar continuidade às obras, o pároco da Igreja de São Benedito, padre Ademar Domingos Roma, anuncia o início da segunda campanha para esse objetivo. TROCA DA COBERTURA A próxima etapa será a da substituição do telhado da

igreja, hoje feita de telhas de amianto, por telhas galvanizadas, tipo sanduíche. “Além de dar maior leveza no prédio já centenário, também auxiliará na acústica e na retenção da temperatura interna”, garantiu o pároco. Os serviços envolverão os 400 metros quadrados da capela, inaugurada em 1918. O custo total dos trabalhos, entre material e mão de obra, está orçado em R$ 42 mil. (Botucatu Online)

NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

- “Lá na mata do sertão quando o sol vai descambá, a saudade vai chorando do peito do sabiá...”

ano I Nº 136

SEXTA-FEIRA, 16 de ABRIL de 2021

Saudades de Botucatu, poesia de Angelino de Oliveira Hino Oficial de Botucatu

Este ano – quando Botucatu comemora 166 Anos! – vamos buscar em nossa Cultura o que de melhor se fez em homenagem à Cidade dos Bons Ares e das Boas Escolas. Estaremos resgatando, nestes dias da Semana do Aniversário da Cidade (14 de abril a 21 de abril), poesias raríssimas feitas em homenagem a Botucatu. É o Registro Histórico-Cultural do que há de melhor em linguagem poé�ca para a nossa cidade. E, de início, após a publicação da poesia cívica “Princesa da Serra” - poesia oficial do Centenário de Botucatu, de autoria de Trajano Pupo Jr -, vamos destacar a poesia de Angelino de Oliveira, consagrado compositor de “Tristezas do Jeca”, que nos deu “Saudades de Botucatu”, música que viria a ser a nossa Música Oficial:

Não abraçou, como de costume, o seu instrumento! Dedilhou, no ar livre, uma harpa invisível, ou o dedo em riste, como se empunhasse uma batuta de orquestra. Ou declamado, inaudível, uma frase do teuto Lutero:- “A música é o melhor refrigério de um desconsolado. Por sua causa o coração se acalma, se revigora, se renova”. Mas a música cessara e o coração, amargurado, não sobreviveu àquela que foi a fiel companheira espiritual de toda a sua vida. Não conseguiu, sequer, assobiar, entre os lábios trêmulos, a saudosa música de outrora:

Saudades de Botucatu

Nunca esquecerei de �, oh minha terra, Berço onde o amor nasceu. És princesa lá da serra, Terra dos carinhos meus Não mais poderei viver longe de �. Tu és a minha adoração. Oh! Botucatu, Cidade dos meus sonhos, Terra do meu coração. Oh! Botucatu, Cidade dos meus sonhos, Terra do meu coração.

Últimas Notícias ! “NÃO ESPERO MAIS NADA DO GOVERNO ESTADUAL”, afirma Pardini

No aniversário da cidade de Botucatu – 14 de abril – o Prefeito Municipal, Mário Pardini, segue de carro para Brasília. Com certeza, nessa viagem inesperada, irá buscar recursos e VACINAS para a Saúde. Ainda repercutem suas palavras: “(o Governo do Estado) anunciou que o AME teria 29 leitos de UTI, mais não sei quantos de enfermaria, depois eram 11 leitos e o que nós temos hoje no AME, não sei se aumentou ontem, mas são dois leitos de enfermaria e isso não é nada, né?”

EVITE AGLOMERAÇÃO FAÇA DISTANCIAMENTO SOCIAL

O Diário da Cuesta tem procurado divulgar a música raiz e os expoentes que a fizeram e consolidaram. Com o Memorial da Música Caipira, a nossa cidade dá im-

É a riqueza do interior deste Brasilzão! É o valor da raça brasileira! É muito importante lembrar a mais famosa parceria da música raiz nacional: Raul Tôrres e João Pacífico. Raul Tôrres, botucatuense que trabalhou na então Estrada de Ferro Sorocabana, era um poeta nato e um músico de mão cheia: “Moda da Mula Preta”, “Cabocla Tereza”, “Pingo D’Água”, “Chico Mineiro” são algumas das suas músicas que alcançaram sucesso nacional, com destaque especial para “Saudades de Matão”, cuja letra é comprovadamente de Raul Tôrres e a melodia atribuída a Jorge Galati e Antenógenes Silva. E Antenor Serra (Serrinha), seu sobrinho que

BIOGRAFIA / WIKIPÉDIA Angelino de Oliveira (Itaporanga, 21 de abril de 1888 - São Paulo, 24 de abril de de 1964) foi um compositor e instrumentista brasileiro. Compôs Tristeza do Jeca,[1] Moda de Botucatu e Incruziada, entre outras canções, regravadas extensamente por artistas da MPB e da música sertaneja.[2] Foi em Botucatu que Angelino desenvolveu a maior parte da sua atividade musical, sendo o músico local mais cultuado

Diário da Cuesta

“Hoje eu choro a desventura Que o destino veio dá, Separando os coração Como as viola da canção E as estrelas do luá”.

De nossos corações “sai chorando” também a tua imensa saudade, ó seresteiro poeta! ]E as vozes, botucatuenses e orfeônicas do nosso grande “Coral”, levarão sempre, por toda a parte, em suas triunfais peregrinações, o espírito de tua arte inconfundível. Para Vitor Hugo, sumo escritor e poeta, “...la musique est la vapeur de l´art. Elle est à la poésie ce que la rêverie est à la pensée, ce que le fluide est au liquide, ce que l´ocean desnuées est à l´ocean des ondes. Elle est l´indefini de cet infini”. Para Angelino de Oliveira, autodidata e boêmio, a música foi tudo. Três novos Reis Magos o previram em sonho. Nasceu ela, por insuflação divina, sem sêmem, no fundo do seu coração.

Isso é muito bom. Os bons empresários e as prefeituras espertas estão partindo para a valorização do nosso interior. Em Piracicaba tem um escritor, Cecílio Elias Netto, que publicou o “Dicionário

Serrinha

“Nestes versos tão singelos Minha bela, meu amor Pra você quero contar O meu sofrer a minha dor Sou igual o sabiá Quando canta é só tristeza Desde o galho onde ele está Nesta viola eu canto E gemo de verdade Cada toada representa Uma saudade Eu nasci naquela serra Num ranchinho a beira-chão Todo cheio de buraco

Lá no mato tudo é triste Desde o jeito de falar Pois o jeca quando canta Dá vontade de chorar E o choro que vai caindo Devagar, vai se sumindo Como as águas vão pro mar E o choro que vai caindo Devagar, vai se sumindo Como as águas vão pro mar”

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também trabalhou na Sorocabana e que fez dupla com Raul Torres e outros parceiros. Serrinha foi autor de cerca de 300 composições. As composições preferidas de Serrinha merecem destaque: “Chitãozinho e Chororó”, “Bom Jesus de Pirapora” e “O que tem a Rosa”. Pela voz de Serrinha a toada sertaneja nascida em Botucatu percorreu os mais distantes rincões. Nesse cenário é que a Prefeitura Municipal de Botucatu fará a construção do MEMORIAL DA MÚSICA CAIPIRA. Esse local será um grande atrativo turístico a consolidar a memória da nossa música raiz, fazendo com que as trajetórias de grandes compositores como Angelino de Oliveira, Raul Torres, Serrinha, Zé da Estrada e os irmãos Tonico & Tinoco (nascidos em Pratânia, portanto em Botucatu, eis que o então Distrito da Prata pertencia ao município de Botucatu). O MEMORIAL será localizado na Cohab 1 (Residencial Humberto Popolo), que terá como estrutura arquitetônica uma recepção com área para exposições itinerantes + 3 salas onde serão ministradas aulas e cursos de música e terá até um pequeno Coreto. Uma escultura de uma VIOLA com 5 metros de altura ficará, imponente, à frente do MEMORIAL. (AMD)

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da cidade, embora outros tenham alcançado maior fama como Raul Torres e Antenor Serra, o Serrinha.[3] Em sua obra destacam-se canções, tangos, valsas, sambas-canções, e até um fox trot. O que mais se aproxima da música sertaneja são suas toadas, como a famosa Tristeza do Jeca. Uma das edições desta música, da década de 1920, traz na capa a indicação de gênero: canção. O ritmo da melodia é dife-

rente do que hoje se canta, bem como o andamento sugerido na partitura: lento. Até uma parte da melodia está em altura diferente do que hoje se canta, modificação provavelmente introduzida pela gravação-versão de Tonico e Tinoco, fato já apontado por Paulo Freire em seu livro sobre o compositor). Além de Tristeza do Jeca, Caboclo Velho, Sabiá e Prece, são verdadeiros clássicos sertanejos.

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A BOIADA CUIABANA

A reportagem especial da última edição da Revista Peabiru, “Turismo Rural ou Turismo-Raiz em Botucatu” repercutiu de forma surpreendente. De início, vamos destacar a manifestação do Mestre da Viola de nossa cidade, o João Tavares. Reforçando o destaque dado para as comitivas do passado e a ligação de Botucatu com esse tipo de atividade rural que tanto propiciou o desenvolvimento do nosso Estado, conseguimos do Mestre Tavares a letra da moda de viola, Boiada Cuiabana. Essa música já havia sido lembrada pelo Prof. Vinicio, uma vez que ela destacava a presença de Alambari (Piapara), como ponto de partida das comitivas. Não foi fácil a pesquisa para se encontrar a letra dessa música que é do consagrado músico brasileiro Raul Tôrres. Graças à atenção do Mestre Tavares, conseguimos a letra de Boiada Cuiabana, que reproduziremos no final desta reportagem. O Mestre Tavares é preciso que se destaque que é um dos mais expressivos professores de viola e violão, para música caipira ou música-raiz, de todo o Estado. No Vale do Paraíba temos o Braz da Viola, na região de Botucatu temos o Mestre Tavares. Na casa do Mestre Tavares e nas Academias em que ele ensina a verdadeira música-raiz já passaram os grandes destaques da música caipira : Sampaio (da dupla Teodoro e Sampaio), Pardinho (que fez dupla com Tião Carreiro e João Mulato), Carreiro e Carreirinho, Jacó e Jacózinho, Zé Matão e Matãozinho e Zita Carreiro e Praiana, entre tantos outros que se dedicam só a divulgarem a música-raiz. De se destacar, também, os nomes dos cururueiros, Zito Moreira, Jonata Neto, Waldir Boiadeiro, Dito Carrara e Gusto Belo. Também digna de registro a emoção vivida pelo legendário Lauro Branco com a matéria da qual ele é parte de destaque. Já com o Moacir Fabiano, um dos mais consagrados Tropeiros do Brasil, conseguimos o texto da matéria publicada pela Revista Hippus (Edição nº 42, de março/83, páginas 40 e 41, com o título de “Tropeirismo em Botucatu”) , sobre o Museu do Boiadeiro que ele fundou e mantém bravamente em Rubião Junior. Reproduzimos a matéria da importante revista brasileira que divulga e promove o nosso turismo-raiz. Cada vez mais e mais se consolida a ideia de que é possível, e mais, de que é viável a implantação do turismo-raiz de forma empresarial na cidade de Botucatu. Com a implantação das Comitivas-Turísticas, com o roteiro que sugerimos, partindo do Rio Bonito (Porto Martins), passando por Vitoriana e descendo para Alambari (Piapara), o turismo-raiz já teria o seu roteiro. Acrescente-se a isso, a presença dos tropeiros, de vacas para o leite fresco, da presença dos mestres da viola, da visita às antigas fazendas da região (especialmente a do Conde de

Serra Negra, do Lageado, da Monte Alegre) da visita monitorada ao Museu do Boiadeiro, em Rubião Junior, e o sucesso será garantido. Para completar, a típica comida do tropeiro e a comida caipira em geral e teríamos a certeza do sucesso dessa empreitada no campo promissor do turismo. Boiada Cuiabana Vou contar a minha vida, do tempo que eu era moço. De uma viagem que eu fiz, lá pro sertão de Mato Grosso. Fui buscar uma boiada, isso foi no mês de Agosto. Meu patrão foi embarcado, pra linha Sorocabana. Capataz da comitiva, era o Juca Flor da Fama. Foi tratado pra trazer uma Boiada Cuiabana. Eu saí do Alambari, na minha besta ruana. Só depois de trinta dias é que cheguei em Aquidauana. Lá fiquei enamorado de uma marvada baiana. No baio foi João Negrão, no tordilho Severino. Zé Garcia no alazão, no pampa foi Catarino. A madrinha e o cargueiro, quem puxava era um menino. Na volta de Campo Grande, no Cassino fui entrando. Uma linda paraguaia na mesa tava jogando. Botei a mão na argibeira, dinheiro tava sobrando. Ela mandou pra mim que fosse chegando. Eu virei, disse pra ela: vá bebendo, eu vou pagando. Eu joguei nove partida, meu dinheiro foi andando. De Campo Grande parti, com a Boiada Cuiabana.

M e u amor veio na anca, da minha besta ruana. Hoje eu tenho quem me alegre, na minha véia chopana. Fomos buscar no Pequeno Guia de Botucatu (l988), o curriculum vitae de Raul Torres , com o desenho do Prof. Benedito Vinicius Aloise (Vinicio), retratando fielmente o consagrado autor botucatuense: “Raul Torres (1906/1970), nascido em Botucatu, Raul Torres começou no rádio em 1927, na primeira emissora paulista : a Rádio Educadora, ao lado de Paraguaçu e Arnaldo Pescuma, Canhoto e outros. Convidado pelo Maestro Francisco Mignone, então diretor artístico da gravadora Parlophon, começou a gravar em 1930. Além desta, pertenceu ao quadro de outras gravadoras : Columbia, RCA-Victor, Odeon, Caboclo, Chantecler e Continental. Raul Torres foi compositor, cantor e diretor de vários conjuntos regionais, desfrutando prestígio e popularidade por todo o Brasil e Paraguai. Cantou em duplas e trios com Florêncio, Serrinha, Rieli, Nininho e Castelinho. Deixou gravadas 456 músicas de sua autoria e em parceria com João Pacífico. Raul Torres perdura entre nós através de suas músicas, das quais destacamos: “Boi Amarelinho”, “Chico Mulato”, Cabocla Tereza” e “Mula Preta”. A Moda de Viola e a Toada Sertaneja Botucatuense estão tipicamente representadas em Raul Torres”. (AMD)

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Angelino de Oliveira

E naqueles instantes, como por um milagre, o repentista exímio improvisava, em se transfigurando. As notas e melodias, como manancial inesgotável, se transformavam em música enlevada, em valsas primorosas de evocação chopiniana. Dedilhava, então, sobre as cordas amareladas do velho instrumento com atavio, elegância e a experiência de um artista do teclado, mormente quando acompanhado ao violão pelo já falecido e outro ilustre autodidata, o saudoso Zé Maria Peres, seu velho companheiro de mocidade e de arte. Que rendilhado sonoro! Que noitadas de inspiração artística! Quantas belas composições, olvidadas pelo próprio Autor, eram então relembradas pelo fiel Zé Maria, que as conhecia de cór, música e letra! Respirava-se novamente um fresco perfume de juventude cabocla, o fresco aroma do cravo rubro, enfeitando cabelos ou roupagens; a fragrância renovada do primeiro sol; o verde perfume do musgo dos troncos, da resina brilhante, das gotas de orvalho resplandecentes na alegria festiva da primeira manhã... E a fisionomia do Zé Maria a comover-se, a emocionar-se! E lágrimas furtivas, escorregadias, a se deslizarem brilhando através dos sulcos das rugas, aglomerando-se e tombando, enfim, sobre o violão ressequido... Como gotas de chuva, tamborilando sobre o teclado verde das folhas da bananeira silente... Alcançava-se o auge, o diapasão do astro poético, dos acordes musicais, quando o “duo”endiabrado” parecia querer cantar, em alemão, os versos de Mombert:

Raul Torres

COMEÇA A SEGUNDA CAMPANHA DA REFORMA DA CAPELA DE SÃO JOSÉ

Quem é nascida ou nascido no interior sabe dar valor às boas coisas e causos da gente simples da zona rural. A mais famosa música caipira é a “Tristeza do Jeca”, do Angelino de Oliveira, de Botucatu. Essa música é conhecida no mundo todo, na 2ª Grande Guerra Mundial foi tocada nas tropas aliadas, era um código. Ela retrata muito bem como era o homem simples e de como ele via e vivia a vida. Já foi gravada pelos melhores cantores do Brasil. Vejam que linda letra:

Onde a lua faz clarão Quando chega a madrugada Lá no mato a passarada Principia o barulhão Nesta viola eu canto E gemo de verdade Cada toada representa Uma saudade

Diário da Cuesta

Cerrou-se o canto sertanejo do conhecido e “aristocrata” cantor da nossa gente e de nossa terra. Apresenta o Brasil dois típicos, genuínos e inigualáveis “músico-poetas” populares: Catulo, no Norte e Angelino, no Sul. O nosso, o sabemos, com rudimentares conhecimentos de técnica musical, autodidata, incapaz de compor sobre uma folha o que lhe ardia, gravado profundamente, no âmago do coração e da alma. Quantas composições de extraordinário valor artístico, de “cór e de cabeça”, depositadas no cofre aberto de uma memória incomum e, por isso, às dezenas, inéditas e desconhecidas pelo público em geral! Típicas, “só dele”, genuínas, próprias, originalíssimas. Como as de Chopim, no campo oposto, o clássico, jamais superadas ou imitadas. Comprova-se que, mesmo na música popular e folclórica, há diferença de estilo, de inspiração, de arte, de insuflação divina. Raríssimos, outrossim, são os que, como Angelino de Oliveira e Catulo da Paixão Cearense, nasceram com a bossa de poeta e de músico, ao mesmo tempo e graças a Deus... Música popular que poderemos dividir em duas categorias principais: a caipira e a sertaneja. A primeira, mais simples, modesta na melodia e no conteúdo poético; a segunda, mais nobre, elegante, enlevada, aristocrata.

do Dialeto Caipiracicabano” (Arco, Tarco, Verva). No dicionário, TARCO ”é o mesmo que talco. Piracicabano, como se sabe, sempre fica em dúvida, no barbeiro, entre tarco (talco), arco (álcool) e Acqua Verva (Velva). Mas, com muié, prefere tarco. Muié diz: “Depois do banho meu marido sempre qué qui eu use tarco!..

“EU NASCI NAQUELA SERRA...” ANGELINO DE OLIVEIRA

ELEIÇÕES MUNICIPAIS

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“EU NASCI NAQUELA SERRA...”

É um orgulho para Botucatu possuir o TRIO PIONEIRO DA MÚSICA RAIZ: Angelino de Oliveira, Raul Torres e Serrinha, que praticamente fazem de Botucatu e região o BERÇO DA MÚSICA CAIPIRA OU MÚSICA RAIZ. Sim, porque é pacífico o entendimento de que Piracicaba é a Capital da Música Caipira e o caipirês está enraizado em Piracicaba e já é patrimônio imaterial da cidade. E o registro do sotaque caipira como patrimônio reúne expressões em Piracicaba...

RAUL TORRES é um orgulho para Botucatu. Faz parte do TRIO DA MÚSICA RAIZ: ANGELINO DE OLIVEIRA, RAUL TORRES E SERRINHA. Praticamente, fazendo de Botucatu e região a CAPITAL DA MÚSICA CAIPIRA ou MÚSICA RAIZ! Com estátua na Praça do Bosque, Raul Torres tem resgatado o seu OUTRO LADO MUSICAL: do SAMBA RURAL ou SAMBA DO INTERIOR. O original e excelente TRIO GATO COM FOME, resgata com muito brilho dez sambas de Raul Torres, no álbum EM BUSCA DOS SAMBAS DE RAUL TORRES. Botucatu não poderia ficar desconhecendo esse lado musical de Raul Torres e com o qual fez muito sucesso, também. Ver matéria completa na página 2

Amanhã, 15 de novembro, é dia de Eleição Municipal e é, também, feriado da Proclamação da República. Em Botucatu são 321 seções eleitorais e no Município de Botucatu são 101.025 eleitores. O Chefe do Cartório Eleitoral da Comarca de Botucatu, Igor Ignácio, destacou algumas recomendações para o dia de amanhã: o horário de votação tem 1 hora a mais, começa às 7 h. e vai até as 17h., sendo que os eleitores com mais de 60 anos terão preferência nas 3 primeiras horas. Essa preferência é por todo o dia das eleições. Eleitores doentes, deficientes ou grávidas também terão preferência. Será seguido o Protocolo de Segurança, com distanciamento social e o uso de álcool gel obrigatórios em todas as seções, além do uso de máscara. O TRE recomenda que cada eleitor seja portador de sua própria caneta para assinatura e até para teclar os números na urna. Recomenda também que o leitor leve documento com foto. O TSE lembra que o voto é obrigatório. Só não é obrigatório para os analfabetos, os maiores de 70 anos e nem para os maiores de 16 e menores de 18 anos. Quem não puder votar deverá justificar no mesmo dia da eleição, podendo fazê-lo pelo aplicativo e-Título, tendo também 60 dias para fazer a sua justificativa.

Diário da Cuesta

SEXTA-FEIRA 04 de dezembro de 2020

NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

Revista Hippus (Edição nº 42, de março/83, páginas 40 e 41, com o título de “Tropeirismo em Botucatu”)

Importante a iniciativa da Prefeitura Municipal de Botucatu na área cultural: iniciou a construção do Memorial da Música Caipira dedicado à música raiz. Esse local será um grande atrativo turístico a consolidar as trajetórias de grandes compositores como Angelino de Oliveira, Raul Torres, Serrinha, Zé da Estrada e os irmãos Tonico e Tinoco ( nascidos em Pratânia, portanto em Botucatu, eis que o então Distrito da Prata pertencia ao município de Botucatu). O Memorial será localizado na Cohab 1 (residencial Humberto Popolo), terá como estrutura arquitetônica uma recepção com área para exposições itinerantes + 3 salas onde serão ministradas aulas e cursos de música e terá até um pequeno coreto. Uma escultura de uma VIOLA com 5 metros de altura ficará imponente em frente ao Memorial. É um orgulho para Botucatu possuir o TRIO PIONEIRO DA MÚSICA RAIZ: Angelino de Oliveira, Raul Torres e Serrinha, que praticamente fazem de Botucatu e região o BERÇO DA MÚSICA CAIPIRA OU MÚSICA RAIZ. Sim, porque é pacífico o entendimento de que Piracicaba é a Capital da Música Caipira e o caipirês está enraizado em Piracicaba e já é patrimônio imaterial da cidade. E o registro do sotaque caipira como patrimônio reúne expressões em Piracicaba...

portante passo na preservação da nossa Memória Cultural e Musical. A Direção.


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Parma é escolhida como ‘Capital Italiana da Cultura’ de 2020/21

A cidade de Parma, que fica na região da Emília-Romana, foi escolhida como a “Capital Italiana da Cultura” do ano de 2020/21. Para ser escolhida, a cidade medieval derrotou outras nove concorrentes: Agrigento, Bitonto, Casale, Monferrato, Macerata, Merano, Nuoro, Piacenza, Reggio-Emilia e Treviso. A comissão avaliadora era composta por sete juízes, presididos por Stefano Baia Curioni, e escolheu entre os projetos apresentados por cada uma das competidoras ao título. O projeto de escolher uma capital da cultura nasceu em 2014, depois do “Decreto da Cultura” e da proclamação da cidade de Matera como a “capital europeia da cultura” de 2019 – e, consequentemente, ser a eleita dentro da Itália. Famosa por ser a cidade das artes refinadas, Parma surpreende os visitantes com seus elegantes monumentos, igrejas, museus e espaços verdes. Entretanto, também é a terra do teatro e música e uma de diversas excelências gastronômicas. Sua rica herança histórica, artística e culinária rendeu a Parma o título de Capital Italiana da Cultura em 2020: com um calendário de mais de 500 eventos, 2020 é o ano perfeito para conhecer esta cidade. Visite a Praça da Catedral Uma visita a Parma deve começar na Piazza del Duomo, coração da arte e vocação sagrada da cidade. Abriga seus dois principais locais simbólicos: a Catedral do século XII, um dos melhores exemplos da arquitetura românica na Itália e um lugar cheio de obras notáveis ​​da Renascença, como a incrível cúpula com afrescos de Correggio e, ao lado, o imponente Batistério com planta octogonal, totalmente revestida em mármore rosa e decorada com pinturas e afrescos.

A ideia da iniciativa é promover e valorizar “os bens culturais e paisagísticos” e “melhorar os serviços prestados aos turistas”. E, além de se tornar um ponto de referência nacional e internacional, a cidade ainda recebe do Ministério dos Bens Culturais um investimento de um milhão de euros para o setor. Por oportuno, destacamos a matéria publicada pela revista oficial da Regione Emilia-Romagna: A revista “ER”- Periodico dela Regione Emilia-Romagna”- Anno III, número 2/2000”, dedicou matéria especial sobre a ligação da família Delmanto com Parma e o Brasil: “UNA STORIA TRA PARMA E IL BRASILE” Amplamente divulgado pelas 99 Associações Emilia-Romagne espalhadas pelo mundo e pelas cidades da Regione: Bologna, Parma, Modena, Ravegna, Forli, Rimini, Piacenza e Reggio Emilia. Por 5 anos, Marcelo permaneceu como representante dos jovens descendentes da Emilia-Romagna no Brasil (sua bisavó, Maria Varoli Delmanto, era de família de Parma), tendo que ir 2 vezes ao ano para a Itália para os Congressos regulares da Regione Emilia-Romagna.Conferenza dei Giovani Emiliano-Romagnoli nel Mundo. Marcelo apresenta o projeto “São Paulo”, ao lado do Vice-Presidente do Parlamento Europeu: Renzo Imbeni.

Conferenza dei Giovani Emiliano-Romagnoli nel Mundo. Marcelo apresenta o projeto “São Paulo”, ao lado do Vice-Presidente do Parlamento Europeu: Renzo Imbeni. DIRETOR: Armando Moraes Delmanto

EXPEDIENTE NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU WEBJORNALISMO DIÁRIO

Marcelo com participantes de reunião da Regione Emilia-Romagna

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artigo

DESCOBRINDO PARMA

Marcelo Delmanto

Certa vez na cidade de São Paulo, em uma conversa informal com o arquiteto Alberto Bo� do escritório Bo� Rubin Arquitetos Associados ficamos sabendo que ele tinha um parente chamado Fernando Bo� que morava em Parma. Sendo assim, quando eu morava em Perugia na Itália, fui fazer uma visita a ele e conhecer um pouco mais sobre a linda cidade de Parma. Parma (no dialeto parmesão Pärma) é uma comuna italiana e cidade medieval da região da Emília-Romanha, província de Parma, com cerca de 178.718 habitantes. Estende-se por uma área de 260 km², tendo uma densidade populacional de 601 hab/km². Faz fronteira com Collecchio, Felino, Fontanellato, Fontevivo, Ga�atico (RE), Langhirano, Lesignano de’ Bagni, Mezzani, Montechiarugolo, Noceto, Sala Baganza, Sant’Ilario d’Enza (RE), Sorbolo, Torrile, Traversetolo, Trecasali. Os habitantes de Parma são denominados parmesãos (feminino: parmesãs). Em italiano são parmigiani (feminino: parmigiane). A cidade foi provavelmente fundada pelos Etruscos. O clube de futebol mais importante da cidade, o Parma Calcio, teve bastantes momentos gloriosos na década de 1990, passando agora por momentos mais di�ceis, devido a problemas financeiros da empresa Parmalat. Um dos Habitantes notórios foi, o compositor Giuseppe Verdi. Ao chegar tomei um taxi até o prédio em que o Fernando morava, ali no átrio mesmo já me recebeu com grande festa.

Estavam presentes ele e o filho que o visitava na ocasião. Lembro-me que seu prédio ficava na Rua Anna Frank, porém não me lembro do número. Nem bem deixei minha mala no quarto tomei um banho rapidamente eles me levaram para jantar. O restaurante era ótimo, comemos um delicioso prato de Tortellini (no Brasil chamado de Capele�). O Fernando, ou melhor. Zio (Tio) Fernando, como ele queria que eu o chamasse, pegou um vidro de azeite extra virgem e quase inundou meu prato, ele disse que era para comer assim, pois depois que a massa acabasse, se usaria o pão para comer o restante de azeite no prato e comer o pão com aquele azeite era sagrado. Nos dias subsequentes o Zio Fernando me contou muito da história, principalmente de sua participação como piloto na segunda guerra mundial, a história de meu Tio-Avô Aleixo que morou com os primos em Parma, onde depois de formado médico foi se especializar em radiologia. Isso além de vários pontos turísticos, como a praça principal onde se encontram a Catedral e o Batistério. Passamos sobre o Rio Pó, e aqui eu fiquei muito surpreso, porque era verão e na Itália o verão é seco e em Parma o rio seca também! Não havia nem mesmo um fiozinho de água no leito do rio, e isto ocorre em um rio que na época das chuvas, que ocorrem no inverno, torna-se tão caudaloso que por várias vezes transborda causando algumas enchentes na cidade. Fomos também até o jornal da cidade para ver se achávamos alguns artigos

escritos pelo meu Tio-Avô Aleixo, porque sabíamos que ele eventualmente escrevia no jornal. Examinei muitos rolos de microfilme, porém nada foi encontrado. Fomos também ao cemitério da cidade onde localizamos o túmulo de Alessio Varoli, o patriarca da família que passava seis meses em Parma e outros seis meses em Botucatu, para fugir do forte inverno da região italiana. O curioso que todos esses pontos visitados por nós, foi feito de bicicleta, um meio de transporte muito utilizado na cidade que é totalmente plana, sendo muito fácil pedalar por lá. Nem todos os lugares a cidade é plana, isso porque existem pequenas colinas e planícies nas áreas rurais, ou seja, nos campos nos arredores da cidade, onde fomos uma tarde para visitarmos uns amigos do Zio Fernando e quando eu tive a oportunidade de conversar com os sobrinhos desses amigos um moço e uma moça que tinham, mais ou menos, a mesma idade que eu. Por falar nesses arredores, quando estava lá visitei, juntamente com um técnico, a potência que era a PARMALAT na época, naturalmente não pude fazer imagens e nem fotos nessa nossa visita, mas mesmo assim, foi demais! O Zio Fernando também me explicou muitas coisas acerca dos costumes, da cidade como a gastronomia, uma vez que é lá a origem do queijo parmesão e do presunto cru, além do funghi, ou seja, a cultura de cogumelos que são maravilhosos. O Zio Fernando gostava muito de gravar vídeos e por essa razão me deu uma fita de vídeo, onde além de várias coisas muito interessantes havia uma parte onde eu falava do apartamento dele e das coisas que tinham por lá, sem falar da visita que fizemos no campo na antiga casa dos “primos” Bo� e onde morou meu Tio-Avô Aleixo. No ano passado, isto é, 2020, Parma foi a Capital da Cultura, mas infelizmente com a pandemia todas as festividades foram adiadas e espera-se que sejam retomadas quando tudo voltar ao normal. Hoje, depois de algum tempo, consegui recuperar essas filmagens e registrá-las em um DVD, além de estarem nas memórias �sicas e nas do computador também. Depois desses dias que passei lá, voltei mais umas duas vezes e uma delas com a Tia Fióquinha, oportunidade em que ela pode conhecê-los também. Eu gostei muito de Parma e espero poder voltar lá, como turista, mais algumas vezes!!!


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Diário da Cuesta

RAMIRO VIOLA & PARDINI: Sucesso na TV Globo!

RAMIRO & PARDINI tem feito sucesso no nosso estado e pelo país todo. Sempre se apresentando com grande audiência, a dupla carrega o que há de melhor em nossa música raiz. Com o programa “AROMA SERTANEJO”, Ramiro e Pardini tem feito uma verdadeira “garimpagem” sobre a nossa música raiz. Tanto na TV Alpha como em seus programas radiofônicos, fazem sucesso contínuo. Pode-se afirmar que possuem o maior acervo de nossa música raiz. Recentemente, na TVTEM/GLOBO, no horário nobre, participaram da matéria “Centro-Oeste Paulista se destaca como berço dos nomes famosos da música caipira de raiz”, como parte do jornal regional da emissora. E deram verdadeira aula de nossa música raiz: desde Raul Torres, o grande Angelino de Oliveira, Serrinha, Carreirinho, Pardinho, Tião Carreiro, Zé da Estrada e Pedro Bento até a dupla famosa de Tonico & Tinoco. Todos tendo Botucatu e região como ponto de partida ou de retorno para revigorar a criatividade musical. TONICO & TINOCO AINDA RESTOU A GRANDE POLÊMICA DE QUAL SERIA O LOCAL DE NASCIMENTO DA DUPLA MAIS FAMOSA DO BRASIL DE TODOSOS TEMPOS: TONICO & TINOCO ?!? RESPOSTA CERTA: BOTUCATU!!! Simplesmente, porque do município de Botucatu é que se originaram os municípios de São Manuel e Pratânia. Primeiro a se emancipar foi o de São Manuel. Depois, foi o de Pratânia, que se emancipou de São Manuel. MAS quando nasceram os violeiros da “dupla famosa”, TUDO era BOTUCATU!!! Portanto, nasceram no Distrito de Pratâ-

nia que, à época, pertencia a Botucatu, da mesma forma que o Distrito de São Manuel pertencia a Botucatu. Reproduzimos, abaixo, parte da matéria “A RAIZ DE BOTUCATU”, que está linkada no final do post juntamente com outros posts ligados a esta matéria: “3. BOTUCATU ( 3ª raiz) Dos sete Distritos desmembrados de Itapetininga, o que mais se desenvolveu

foi Botucatu. Dotada de clima muito bom, nasceu a “Freguesia do Cimo da Serra”, a 19 de fevereiro de 1846. Para ali afluíram políticos influentes, bons educadores, alguns jesuítas, criando-se bons Colégios, Seminário, Bispado e o primeiro Serviço do Correio para toda a região. A Lei nº 17, de 14 de abril de 1855, de José Antonio Saraiva, elevou a “Freguesia do Alto da Serra” à categoria de Vila, com o nome de Botucatu. Em 16 de março de 1876, foi elevada à categoria de cidade pela Lei nº 18. Como centro importante, Botucatucontava com 16 a 18 distritos e vilas, quando os mais progressistas deram início às emancipações e que foram os cinco primeiros: a. LENÇÓIS, em 1865; b. AVARÉ, EM 1875; c. BOFETE, em 1885; d. SÃO MANOEL, em 1885; e. PIRAMBÓIA, em 1890.” Parabéns ao trabalho sério e ar�stico da dupla RAMIRO VIOLA & PARDINI ! Parabéns MÚSICA RAIZ!

Botucatu irá vacinar em massa a sua população! Todos os moradores com mais de 18 anos terão direito à vacina Oxford/ AstraZenica AstraZenica, o equivalente a cerca de 80 mil pessoas no município que tem 156 mil habitantes.


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