Edição 16

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Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

ano I Nº 16

SEXTAFEIRA 27 de novembro de 2020

Episódio vivido por Vital Brasil: uma lição, por Hernâni Donato

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É Natal na principal artéria comercial de Botucatu

A rua Amando de Barros é o mais importante ponto comercial da cidade. Não apenas em sua parte central, mas em toda a sua extensão. O comércio tem diversificada a sua atuação e ampliada as opções oferecidas aos botucatuenses. Com novas e modernas lojas. O espírito natalino toma conta do nosso principal “point” comercial. É Natal!

A CAIO entrega 20 unidades dos ônibus APACHE VIP para empresa de São Luiz, no Maranhão

(BOTUCATUONLINE.COM)

Prestigie o Comércio de Botucatu


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Diário da Cuesta

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O Auto Retrato (O homem escreve o que é)

E o homem começou a falar. Claro que como resultado de ser animal inteligente e social. Pensando – único animal pensante – pôde, igualmente, transmitir seus pensamentos, através de sons convencionais, e de outros sinais, igualmente convencionais. A literatura desde os tempos primitivos é uma forma de o ser humano transmitir suas experiências, seus conhecimentos, sua vivência, enfim, tudo aquilo que pode conhecer e sentir. A prosa e a poesia foram processos de que se utilizou para levar aos seus semelhantes aquilo que, em seu sentimento e o seu cérebro, era digno de ser conhecido pelos outros. O homem é o que é. O que ele é. Se é sonhador, um vidente, o vate, como diziam os latinos – vaticinador, profeta, em português, torna-se poeta. Se transmite seu raciocínio, sua lógica, é prosador. Se é capaz de dramatizar, no sentido grego da palavra, isto é, se é capaz de dar movimento à ação, então é dramaturgo. Em todos os tempos, admiramos os homens geniais, capazes de transmitir seu “pathos” aos ouvintes ou leitores. Desde Homero, até aos mais modernos escritores, os homens geniais são respeitados, admirados, queridos e, mesmo, amados. Todos esses pensamentos nos vem à mente nos dias presentes, quando as autoridades do setor educacional cometem e admitem tantos erros e tantas leviandades. O homem almeja evoluir. Quem não tem educação, quer ter. Degrau a degrau, o ser humano almeja chegar, ele e os seus, ao nível de igualdade com os seus semelhantes. Ou não é isso o que prega a nossa Constituição? Que todos são iguais

artigo

“O Pensador”, de Auguste Rodin (1840 – 1917). A escultura foi criada inicialmente para ficar sobre “A Porta do Inferno” e com direitos iguais. Mas ao ensinar errado a língua que se fala, o governo está condenando as novas gerações a ficarem sempre um degrau abaixo, inferiorizadas. Uma geração medíocre! Com o pretexto de consolidar “o jeito que o povo fala”, o educador formado na filosofia marxista objetiva, tão somente, “desconstruir” a sociedade para, depois, “implantar” a “verdadeira sociedade socialista”... A literatura é sempre uma expressão da sociedade, já afirmava o velho De Bonadi. Do íntimo e da formação de cada um é que surgem as obras nos campos da literatura e do teatro: cada um faz, em sua obra, o auto retrato que merece... E o brasileiro merece o melhor auto retrato! Merece a melhor educação, sem erros grosseiros de linguagem e sem picaretagem política! (AMD)

“ O fim último“

Custei a entender e é tão simples. A vida, ao menos pra mim, é uma canoa rio abaixo. Vai pra lá , vem pra cá, descontrola, raspa o barranco à direita, à esquerda, rodopia no poço, enrosca no galho, bate no tronco, mas segue o rio. O canoeiro, às vezes, sente-se dono dela, guia dela. Ledo engano; quem a

conduz é a correnteza do rio, assim como nossa vida é conduzida pelos desígnios de Deus ou pelos mistérios do destino. Também já acreditei em livre arbítrio, inteligência, vontade. Hoje, só peço que o Oceano do rio seja a FELICIDADE. José Maria Benedito Leonel

EXPEDIENTE NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU WEBJORNALISMO DIÁRIO DIRETOR: Armando Moraes Delmanto

EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689 O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.


Diário da Cuesta

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Episódio vivido por Vital Brasil: uma lição

Hernâni Donato A grandeza de um homem referencial bem pode ser revelada por um pequeno-grande episódio. Foi o que sucedeu com Vital Brasil Mineiro da Campanha, no final do século dezenove, em ocorrência aparentemente simples, acontecida na Botucatu de então. Transpareceu o homem, o médico o cientista. Para o bom entendimento, uma curta explicação. Naqueles dias (ele residiu ali entre 1895 e 1899), a cidade, porta-de-sertão, cabeça de comarca estendida entre os rios Tietê e Paranapanema, dividia-se, para tudo, entre católicos e protestantes, estes chegadiços. Havia escola, clube, comércio, professores de uma ou outra postura religiosa. E uma “cidadela” protestante no coração da cidade. Os protestantes chamaram professores e médicos protestantes. Como protestante para servir seus irmãos é que Vital Brasil foi para lá. Para que também atendesse nas fazendas cafeeiras, deram-lhe trole e troleiro. E escala de linhas ou direções ou bairros a serem atendidos. Troleiro, foi o mocinho Sebas-

tião Pinto Conceição. Este vindo a terminar a vida como titular de cartório, ademais de pai de professora de história, de médico e escritor, de político deputado e Secretário de Estado, , orgulhava-se também dos dias vividos troleando Vital Brasil. De quanto lhe ouvi a respeito, garantindo-lhe o crédito gosto de repetir o sucedido com o campeiro mordido por cobra. Acho que revela o caráter de Vital Brasil e ajuda a compreendê-lo e à sua vida e obra. O troleiro conhecia a estrada e a gente ao longo do traçado. Colonos, retireiros, agregados. Onde branquejasse um pano branco, troleiro e doutor liam a mensagem: “precisamos de médico”. O trole enfiava pelo caminho, balizado pela alvura dos panos. Um dia, o branquejar de toalhas e lençóis encaminhou o trole à casa de um campeiro notório. Mesmo tendo patrão fervorosamente protestante, teimava em continuar católico e em não renunciar ao largo renome de caçador, de beberrão de fim de semana e de exercitado e convicto adúltero. Com sério agravante: zombava dos esforços de quantos empreendiam convertê-lo ao protestantismo, adesão que sua esposa dera e mantinha com ardor de neófita. Ele, seguia convictamente “mergulhado na superstição romana”, conforme disse a mulher ao médico. E nos pecados com que se deliciava. Encontraram-no deitado, mais bêbado do que ferido. Cheirava, e o quarto, a fumo de corda e à cachaça. A mulher explicou: - Anteontem, no meio da tarde, foi picado por uma cascavel. O médico sério e reprovativo, observou: - Anteontem!? Por que não o levaram para a cidade? Ela levantou o lençol, exibindo a perna do marido. Sobre a pica-

VOCÊ SABIA?

da, escandalizava um feio emplastro tresandando à fumo mascado e à pinga, arruda, breu e talo de bananeira. Tudo isso envolto pelas contas de rosário de carapiá. Na região, tinha-se por certo que nada melhor para sustar a “subida” do veneno de cobra do que “laço” de rosário de carapiá. Como reforço absoluto, uma oração endereçada a São Lázaro. Mais envergonhada pelo rosário, o santo, a cachaça e o resto do que pelo molesto, confusa diante do médico ilustre e do protestante convicto, a dona de casa e do ferido católico, tentou justificar: - Desculpe, doutor. Ele não quis ir para a cidade. Teimou na bebida e nessa abominação... Dizendo-o, ensaiou arrancar o rosário, o emplastro. Vital deteve-lhe o gesto: - Deixe tudo como está, por mais uma hora. Procure acordá-lo. Depois, limpe bem a ferida e faça o seguinte... Mais tarde, tão logo acomodou-se na boléia do trole, ao lado do médico, continuando a peregrinação em busca de panos

Que teria sido brasileiro o famoso herói inglês que marcou presença na Primeira Grande Guerra Mundial? Teria sido botucatuense esse herói? Teria nascido na Cuesta de Botucatu esse herói que encantou gerações com sua bravura e idealismo? A Revista Peabiru apresentou minucioso estudo sobre a trajetória desse herói mundial. Na história ou na “lenda” de Lawrence da Arábia, temos como berço natal do herói a Cuesta de Botucatu, mais precisamente, a Fazenda do Conde de Serra Negra, localizada em Vitoriana. Verdade ou lenda ?!? Segredo guardado ou sonho “botucudo” surgido antes da virada do século passado?!? Mas fica – com certeza! – a imagem positiva e heroica de Lawrence da Arábia: um brasileiro nascido na CUESTA DE BOTUCATU.

brancos, o troleiro observou, entre curioso e ousadamente reparador: - Não entendi, doutor Vital. Tenho visto o senhor tão enérgico quando se trata de cuidados médicos ou emprego de crendice como remédio, mas nesse caso, mesmo sendo de mordida de cascavel...parece que o senhor concordou com o homem. Rosário de carapiá, então, é bom para curar mordida de cobra? Pois Vital explicou, como se diante, não do troleiro, mas de alunos atentos ou de compungida comunidade evangélica: - Não, não acredito que fumo, cachaça e rosário disto ou daquilo possam mais do que veneno de cascavel em corpo humano. Mas se a cobra picou anteontem e o homem na verdade só padece de forte ressaca, devo concluir que a bolsa da cobra estava sem veneno no instante da mordida. Ele nem precisaria de tratos. Mas quis se tratar e nessa precisão pôs fé no emplastro e no rosário. Mostrou-se homem de expediente e de fé. Por enquanto, não tenho nem medicina nem ensinamento para substituir o que ele tem e usa. O que não posso, como médico e homem religioso é deixar uma criatura sem os remédios nos quais confia e retirar-lhe a fé na qual descansa. Ele está salvo e com a fé rebustecida. Que desejar para um homem? O troleiro não esquecera daquele dizer de Vital Brasil. Desde que me contou o fato, eu também não. Mas não é verdade que vale a pena conservar tal pensamento transmitido por um grande homem, em testemunho de de humildade, humanidade e religiosidade, a um humilde mocinho troleiro a respeito de um humilde campeiro? Hernâni Donato – Acervo Peabiru


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Diário da Cuesta

Cultura entre outras coisas Por Marlene Caminhoto

Novembro repleto de aniversários de pessoas importantes em minha vida e de amigos queridos, dia 3, maestro Bruno Cesar Miranda Barreira, dia 8, Marcela Garita, que recebeu a visita da amiga de infância Renata com o marido Plinio e da filha Fernanda. Dia 18, fez idade nova, Marcos Garita. Comemoraram em casa, discretamente. E nesse final de semana, transcorreu o aniversário da Clarice Moyses Gioso, que recebeu os familiares e um casal de amigos. Em tempos de pandemia é muito difícil comemorações, as recepções se restringem a poucos amigos e em simplicidade, como gosta a Clarice nos seus 90 anos! Luiz Antonio e Monica, Julien e Denise, Claudemir e Alexandra, Claudia e Alexandre, Jose Rezende Neto e Carol, Maria Eduarda, Gabriela, Luiz Francisco, Marcia Gioso, Maria Jose Calixto Gioso, Maria Lopes Moyses, Neuza Moyses Rezende Leite, foram os familiares da matriarca Clarice. Mais Zaza e Marcos Garita brindaram os 90 anos dela. Semana que vem comento sobre politica e cultura em geral... Beijo meu

Marcella Garita e amiga

A aniversariante Clarice Gioso na juventude dos seus 90 anos

Com as irmãs Maria e Neuza

78 anos do Marcos Garita

Renata com a filha e Marcela com João Marcos

Marcos com os filhos Rodrigo Garita, renomado cirurgião gastro, Felipe, Marcela, Ana e Zaza comemorando os 80 anos do big Boss

Marcela com amigos e filhos

Zaza e Marcos Garita com a aniversariante

Marcos e Zaza, Únicos convidados fora dos familiares, com Neuza Lopes Rezende Leite junto da irmã aniversariante

Com amigos a vida é melhor

O aniversariante do dia 3,

maestro Bruno Cesar Miranda Barreira Valentina Nassa em Ju Corrêa com Thalissa Caminhoto Nassa e a fila Siena mais pose de princesa, lá o gato Jaguar em Florianópolis de Valinhos

Beatriz Nassa embelezando o redor

Foto da neta Siena com filha Thalissa


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