Edição 163

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Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

ano I Nº 163

TERÇA-FEIRA, 18 de MAIO de 2021

VITÓRIA! SUCESSO! GRATIDÃO!

primeira vacinada: Suze Helena Crespam

Histórica a visita do Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, representando o Presidente Jair Bolsonaro... Histórica a Grande Campanha da Vacinação em Massa: foram mais de 63 mil vacinados, continuando a vacinação nos próximos dias. Nas fotos, o registro do Dia D da Vacinação: 1- Chegando em Botucatu, na noite do dia 15, o Ministro Marcelo Queiroga aproveitou para cortar o cabelo com a Fátima (Tata) Riellis; 2-

Na mesma noite, foi recepcionado pelas autoridades na Pinacoteca de Botucatu; 3- O Ministro encerra visita na Faculdade de Medicina, onde conheceu o Laboratório de Biologia Molecular; 4- Ministro + Prefeito com os Gotinhas (símbolos da vacinação); 5- Prefeito Pardini, emocionado, é vacinado pelo Secretário da Saúde, André Spadaro; 6- autoridades do Comércio e da Justiça com a Bandeira de Botucatu e o agradecimento da cidade.


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Diário da Cuesta

ESCOLA NORMAL DE BOTUCATU

Sebastião de Almeida Pinto «A criação de uma Escola Normal, uma escola para formar professores primários, foi sempre um sonho da nossa gente, foi sempre uma idéia dos homens bons do passado. Foi sempre um objetivo dos políticos do velho Botucatu. Eles viam o progresso de Itapetininga e de Piracicaba, dotadas de escolas complementares, que também formavam professores e almejavam o mesmo para a cidade dos bons ares. E trabalharam e lutaram. Pelo artigo 55, da lei estadual nº 1.245, de 30/12/1910, foi criada uma escola complementar em Botucatu. Antes de ser instalada, o decreto estadual nº 2.025, de 29/03/1911, transformou-a em Escola Normal Primária de Botucatu. O citado decreto foi aprovado pela Lei nº 1.311, de 02/01/1912. A organização da Escola era a seguinte: 1 curso normal, de 4 anos, para formação de professores de cursos preliminares; um grupo escolar modêlo, destinado à prática do ensino dos alunos normalistas. A notícia da criação da Escola Normal, foi um estouro na praça. A cidade quase veio abaixo, tal o barulho, o foguetório, o entusiasmo do povo. Passeatas, discurseiras, manifestações aos políticos da terra, cervejada, etc., como era costume da época, as festas duraram uma semana. Grande conquista, merecia grande repercussão. Não havia prédio próprio para a instalação da Escola Normal. E havia necessidade de fazer funcionar logo o estabelecimento. O corpo docente e o pessoal administrativo já estavam nomeados. Os exames de admissão já estavam marcados. Como fazer ? O problema foi resolvido

com a cooperação do Bispado. A secção masculina foi localizada no edifício daCaridade Portuguesa Maria Pia, onde hoje funciona a Câmara Municipal. A secção feminina começou a funcionar no prédio da Conferência Vicentina, que existiu ali onde está o ESTUDO do Seminário. Era um prédio velho, mais tarde demolido. Solução boa, no momento. Realizados os exames de admissão, com a presença de muitos candidatos de fora, entrou em funcionamento a Escola Normal Primária de Botucatu. A primeira aula foi dada no dia 16 de maio de 1911. Por isso é que o antigo grêmio estudantino tinha o nome de Grêmio Normalista “16 de maio”. O primeiro diretor, organizador e orientador da Escola Normal de Botucatu foi Martinho Nogueira. Grande educador. Ótimo administrador. Figura de relêvo no Magistério Paulista. Deixou nome, pela sua austeridade, capacidade de trabalho,e , sobre tudo, amor ao Ensino. Botucatu, reconhecido às suas excelsas qualidades de mestre, deu seu nome a uma das praças da cidade e a um dos Grupos Escolares, o do Bairro Alto. Era secretário-arquivista do estabelecimento, o velho Francisco Braz da Cunha. Porteiro era José de Arruda Campos, o velho Juca Mono. Como contínuos, aperreavam os alunos, o Virgílio de Oliveira (Virgilião), e Paulo Pinheiro Machado. Os serventes eram Lélia do Amaral, e o Noé de Moura Campos. Como se vê, pequeno era o pessoal administrativo...”

Coronel Amando de Barros

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto

EXPEDIENTE NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU WEBJORNALISMO DIÁRIO

Deputado Cardoso de Almeida Mais adiante, Tião Pinto nos traz a relação completa dos 28 professores componentes da primeira turma da nossa Escola Normal (1914): “...Abílio Baptista Abranches Fontes, Othoniel de Almeida Moraes, Romeu do Amaral, Sebastião Pedroso Junior, Adelaide Paes de Almeida, Anália de Camargo Souza, Arminda Pellegrini, Augusta de Moraes Fleury, Benedicta Fuzzaro, Benedicta Pinheiro da Silva, Blanca Zwicker, Edth Dias, Eliza de Barros, Etelvina Santos, Eugênia de Camargo Souza, Floriza Fontes, Gabriela Pinheiro Machado, Hermínia de Barros, Izolina Teixeira, Josephina Pinheiro Machado, Lucinda de Barros, Margarida Monteiro de Campos, Maria Eliza Alves, Maria de Lourdes Sampaio, Olga Ferraz, Rosina Alves, Sebastiana Rodrigues e Sylvia Alves. Foi de espavento a festa de formatura da primeira turma. Uma coisa louca. Ali no velho casino, comprimia-se a nata da terra, gente de fora, altas autoridades com o Exmo. Sr. Secretário do Interior à frente, o mui ilustre Dr. Altino Arantes, que depois foi Presidente do Estado de São Paulo. A banda de música da Fôrça Pública, no saguão, abrilhantava a solenidade. Depois da entrega dos diplomas, solenidade puxada à fraque e sobre-casaca, vestidos de cauda, etc., teve lugar o bailão de formatura. Foi cantado até em moda de viola. A velha Escola Normal foi instalada em prédios alugados, no dia 27 de abril de 1911, somente passou a funcionar no seu prédio próprio no dia 24 de maio de 1916. Nesse dia, com uma grande festa popular, que repercutiu na zona toda, foi inaugurado o monumental prédio próprio, que ainda é, ape-

EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689

sar de envelhecido, o prédio mais bonito da cidade. Depois, a escola foi crescendo, foi ficando afamada, grangeando renome até tornar-se nessa formidável instituição que é o INSTITUTO DE EDUCAÇÃO “DR. CARDOSO DE ALMEIDA” , legítimo orgulho de todos os botucatuenses. Milhares de professores já foram diplomados pela nossa querida Escola Normal. Professores de renome em todos os setores educacionais, passaram pelos bancos da Escola do alto da colina. A civilização brasileira muito deve ao grande educandário botucatuense, sem favor, uma das glórias do magistério paulista, onde forjaram os bandeirantes da luz e saber. Botucatu é o que é, pode-se dizer, em virtude da sua Escola Normal. Com a instalação no longínquo1911, dessa Escola Normal, a cidadezinha boca de sertão, poeirenta e turbulenta, com hábitos caboclos e aspectos rudes, tornou-se a cidade civilizada, bonita, educada, a princesa da serra, com nível cultural que causa assombro as pessoas que a visitam pela primeira vez Botucatu deve muito à sua Escola Normal. Devemos honrar a memória daqueles homens bons, que tudo fizeram para criá-la em nossa cidade. No salão nobre do estabelecimento estão os retratos de alguns desses cidadãos, dignos do nosso respeito e admiração. Foram eles,Cardoso de Almeida, Amando de Barros, Rafael de Moura Campos, Rubião Junior, Altino Arantes, Oscar Rodrigues Alves e Paulo Moraes Barros De minha parte, na qualidade de antigo aluno da velha Escola Normal, onde depois fui professor e diretor, quero externar minhas homenagens e minha gratidão aos velhos mestres e aos homens bons do velho Botucatu. A eles e à Escola, devo muito do que sou e do que consegui na vida”.

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.


Diário da Cuesta

artigo

“ Falo dela com orgulho, por aí “

José Maria Benedito Leonel Na vida da gente nem tudo passa, nem tudo acaba, nem tudo vai embora, nem tudo muda, embora mude. É certo que há no nosso coração um canto, um trecho, um desvio onde ninguém anda e que ninguém vê. Escondido, ele guarda relíquias, coisas nossas, pétalas amareladas pelo tempo da vida. Difícil explicar e dividir a importância de nossos guardados. Também os tenho: Capela de Santa Cruz, Água da “orvaia”, Rio Petiço, mula ruzia... Mas tudo muda. Muda sim. Mudam as estradas, os trens, os trilhos. Muda a mulher, os filhos. Mudam os abraços. Mudam os arvoredos dos ca-

minhos, os quintais das casas, as roupas e os varais. Muda a sorte, muda o destino. Mudam os semblantes das donzelas e dos amigos. E o que era novo fica antigo. Tudo muda, mas a essência não muda. Ela fica. Faz parte de nós, anda conosco, nos explica e nos justifica para nós mesmos. É tese, antítese e síntese. É ato puro, ato perfeito. Assim é, embora pareça não ser. E o não ser não é e não pode vir a ser, mas é. O IECA não era a Escola Normal e era a Escola Normal. E foi bem assim que essa escola aconteceu na minha vida e ficou para sempre neste cofre de relíquias escondido num canto do meu coração. Bem antes que o doce pássaro da juventude fosse embora ele cantou um hino que falava em Via Látea. Foi-se o pássaro, ficou o hino, a saia azul e a blusa branca, o salão nobre, o pátio e a faixa amarela do pátio, os corredores e até mesmo uma velha gravata pendurada no fecho da porta do meu quarto. Voou o doce pássaro. Foi-se embora, deixando para nossas vidas os sonhos sonhados, os amores feitos e desfeitos, a saudade de uma rebeldia santa

HINO DA ESCOLA NORMAL DE BOTUCATU MÚSICA : Prof. Alfredo Franklin de Mattos LETRA : Prof. Aluísio de Azevedo Marques (ILUSTRAÇÃO DE VINICIO ALOISE)

Meiga Escola na grande Via-Látea Que ilumina o caminho do Bem, (Bis) És estrela tão viva que penso Outra igual este Estado não tem ! Côro

de um tempo santo e necessário: o tempo de nossa mocidade. Desta minha escola guardo falas, conselhos, gestos, semblantes e propostas de vida. Guardo mestres que se foram mas que ficaram. Ficaram andando comigo pela vida afora, norteando rumos, iluminando pedaços de noite que todos temos. Dos funcionários guardo, com saudade, as posturas nobres, altivas, serenas, do trabalho digno. Se o galope das novas des-

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cobertas quis envelhecer o que nesta escola eu aprendi, não conseguiu. Parece que para mim ela deixou a essência das almas e das coisas. Não sei se é bem assim, mas assim é. Falo dela com orgulho, por aí. Digo que fui aluno da Escola Normal e se não fui, acabei sendo, de tanto querer ter sido. Desde 1965, quando a deixei, ela faz parte de meus guardados, como a paineira velha ou a capela de Santa Cruz da Água da “orvaia”. Coisas nossas, coisas do coração. (16/05 aniversário da escola. Parabéns).

Salve, Salve ! Oh ! Templo sagrado Foco imenso de vida e razão ! (Bis) Pois que mesmo uma rocha insensível Tu transformas em bom coração ! “Caçador de Esmeraldas” tu fazes Quem disposto em ti vem aprender (Bis) Pois preparas ao ´seculo vinte Bandeirantes da Luz e Saber ! Côro Salve, Salve ! Oh ! Templo sagrado Foco imenso de vida e razão (Bis) Pois que mesmo uma rocha insensível Tu transformas em bom coração ! Esta Escola é um jardim verdejante Onde cresce da Pátria o amor (Bis) Ao viandante sequioso de luzes Sobram raios de ardente fulgor ! Côro Salve, Salve ! Oh ! Templo sagrado Foco imenso de vida e razão (Bis) Pois que mesmo uma rocha insensível Tu transformas em bom coração ! (revista Peabiru nº 29)


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Diário da Cuesta

Esportes Lucas Nogueira

Stock Car Pro Series chega a sua sgeunda etapa do campeonato em Interlagos No último final de semana tivemos a etapa paulistana do campeonato automobilista de maior nível no país. A primeira etapa ocorreu em Goiânia no mês de abril e contou com a vitória de Daniel Serra na corrida 1, ele que é tricampeão saiu com a maior pontuação na etapa goiana. Infelizmente não pudemos ver a atuação de seu companheiro de equipe, Ricardo Maurício, que testou positivo para a COVID-19 e foi substituído pelo atual campeão de Fórmula E, António Félix da Costa. Nesse último final de semana tivemos a etapa paulistana que contou com a vitória de Gabriel Casagrande na primeira corrida, largando na pole position, o piloto paranaense quase viu sua vitória se esvair por conta de uma punição de 5 segundos após ter tido contato com o piloto Diego Nunes. Venceu a corrida com uma diferença de aproximadamente meio segundo do segundo colocado, Allam Khodair. Logo no início da primeria prova, tivemos o acidente de Rubens Barrichello, que colidiu com Marcos Gomes e Cacá Bueno, abandonando a prova e também não disputou a segunda corrida do final de semana conforme prevê o regulamento de 2021. Na segunda corrida do final de semana, o destaque vai para o piloto substitu-

to António Félix da Costa que venceu a prova roubando a cena. Largou em 3o na corrida 2 e se tornou o primeiro piloto estrangeiro a vencer uma prova individual da Stock Car Pro Series. Seu companheiro de equipe, Daniel Serra, terminou em segundo colocado após uma bela corrida de recuperação de posições. Felipe Massa que iniciou na Stock Car esse ano terminou a segunda prova em 7o colocado e essa fora sua melhor classi-

ficação até o momento. Houve também um acidente de magnitude não esperada para uma prova de Stock Car, o piloto Gaetano di Mauro tentou ultrapassar os pilotos Daniel Serra e Guilherme Salas na penúltima volta e acabou “prensado” entre os dois e decolou, batendo forte na reta dos boxes de Interlagos. Fazendo com que a corrida terminasse com safety car na pista. Antes do início da corrida 1, foi prestada condolências ao Bruno Covas, ex-prefeito de São Paulo que veio a óbito neste domingo em decorrência de um cancêr no trato digestivo. Todos que estavam no autódromo fizeram um minuto de silêncio em homenagem ao político. No campeonato, a liderança no momento está com o piloto Daniel Serra e Bruno Baptista, que estão empatados com 64 pontos, a próxima etapa do campeonato ocorrerá em Mogi-Guaçu no autódromo Velocitta no dia 19 de junho.


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