Edição 184

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Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

ano I Nº 184

GABRIELA SEXTA-FEIRA, 12 de JUNHO de 2021

sonho inesquecível!!!

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AGORA SÓ FALTA UMA PONTE!!!

Ponte da Rua dos Costas é a 40ª a ser reconstruída em Botucatu Está pronta a 40ª ponte das 41 que foram destruídas pelas fortes chuvas de fevereiro de 2020, em Botucatu. A Prefeitura de Botucatu liberou o trânsito da Ponte da Rua dos Costas, na Vila São Lúcio. A obra foi uma das mais complexas deste processo de reconstrução, por conta da proximidade a diversos imóveis. A exemplo das demais pontes urbanas

reconstruídas, o novo equipamento possui estrutura mais robusta, com maior cessão hidráulica, e está equipado com calçadas, defensas, parapeitos e floreiras, que ornamentam a nova ponte. “Estamos devolvendo tudo aquilo que a população de Botucatu tinha antes das fortes chuvas, porém com melhor qualidade, resistência, e oferecendo mais segurança

aos moradores da região.”, afirmou o Prefeito Mário Pardini. A única ponte que ainda resta a ser entregue a população de Botucatu é a da Rua Rafael Sampaio, ao lado do Camélodromo, no Centro. O equipamento já teve suas vigas de apoio instaladas, e a expectativa da Prefeitura é de que ainda neste primeiro semestre a obra da nova ponte seja finalizada. (ACONTECE BOTUCATU)


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Diário da Cuesta

ARTIGO

GABRIELA DE CRAVO E CANELA NANDO CURY Conheci Gabriela através da novela das 10 da noite da Globo. E virei um noveleiro convicto, assistindo os seus mais de 100 emocionantes capítulos, de 50 minutos cada, levados ao ar em 1975. A trama se passa em Ilhéus, sul da Bahia, na década de 20, numa terra onde imperam os padrões arcaicos da sociedade patriarcal e autoritária dos antigos coronéis e de alguns doutores. Em contraponto afloram os ímpetos modernistas de jovens que desejam mudanças sociais, políticas e econômicas para a região. Fugindo de devastadora seca no Nordeste, a retirante Gabriela chega em Ilhéus, que está em plena expansão, graças ao plantio e comércio do cacau. Arruma trabalho, como cozinheira, na casa do “turco” Nacib. Com seu ar de ingênua, cheirando o cravo, a pele bronzeada da cor de canela, Gabriela anda descalça e usa vestidos curtos e sensuais. Diverte-se com as crianças e não tem consciência dos efeitos que sua estonteante beleza causa nos homens da cidade. Quando vira cozinheira do bar Vezuvio, de propriedade de Nacib, Gabriela aumenta a freguesia do estabelecimen-

to. Especialmente pela presença constante dos homens que se rendem aos seus encantos. Apaixonado e ciumento, Nacib tenta manter a fidelidade de Gabriela casando-se com ela. Mas, Gabriela tem uma natureza livre e impulsiva. Ao mesmo tempo que seus comportamentos provocam raiva e inveja nas mulheres casadas e solteiras da região, seus anseios e modo de viver semeiam o desejo de libertação da submissão feminina. A morena alegre e formosa Gabriela foi representada pela expressiva atriz Sonia Braga. O ator Armando Bógus, com bigode característico, fez Nacib seu patrão e amante. Paulo Gracindo viveu o temido coronel Ramiro Bastos, fazendeiro de cacau, intendente de Ilhéus, líder conservador e político mais poderoso. José Wilker era Mundinho Falcão, rico paulista e exportador idealista, que chegou preparado pra enfrentar a antiga política. Fúlvio Stefanini viveu o galanteador Tonico Bastos, filho do Coronel Ramiro, que tinha Angela Leal como Olga Bastos, sua mulher. Marco Nanini foi o Professor Josué, Ary Fontoura o Doutor Pelópidas, Nívea Maria representou Jerusa Bastos, neta do Coronel Ramiro, Elisabeth Savalla fez a rebelde Malvina Tavares. Eloisa Mafalda foi Maria Machadão, a dona do Bataclan, um DIRETOR: Armando Moraes Delmanto

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cabaré prostíbulo de luxo da cidade, onde Dina Sfat era a favorita Zarolha. Jayme Barcellos foi o doutor Ezequiel Prado, Maria Fernanda viveu Dona Sinhazinha Guedes Mendonça, Tonico Pereira fez Chico Moleza, o assistente do bar de Nacib, Milton Gonçalves era Filó, Castro Gonzaga o Doutor Amâncio, Marcos Paulo fez o Eng. Rômulo Vieira, Gilberto Martinho foi o Coronel Melk Tavares. E havia outros personagens apaixonantes, captados do romance original Gabriela, Cravo e Canela, de Jorge Amado. Difícil não se apaixonar por Gabriela, personagens, cenários e demais ingredientes de uma novela cuidadosamente planejada. Walter George Durst escreveu o roteiro, Walter Avancini e Gonzaga Blota dirigiram o elenco. As filmagens aconteceram numa cidade réplica da litorânea Ilhéus, especialmente construída em Guaratiba, zona oeste do Rio de Janeiro. Os cenários foram baseados nos desenhos do artista plástico Carybé. O diretor de fotografia optou pelo uso de câmera fixa nas 20 primeiras cenas, caracterizando o tradicionalismo do poder dos coronéis, a relação subserviente de suas mulheres. Após a chegada de Mundinho – que representava modernidade - as câmeras passaram a acompanhar os movimentos dos atores e atrizes, escolhidos a dedo para os seus papéis. Como bônus aos noveleiros fiéis e mais saudosistas, a novela foi divinamente ilustrada por uma competente trilha sonora, que gerou o disco Gabriela. E traz músicas de Dorival Caymmi, Dori Caymmi, Djavan, João Bosco, Alceu Valença, Moraes Moreira, Geraldo Azevedo, Elomar, Sueli Costa, Walker e Walter Queiroz. Desse álbum, destaco as músicas: “Porto” (Dori Caymmi) com MPB4, Alegre Menina (Dori Caymmi e Jorge Amado) com Djavan e Modinha para Gabriela (Dorival Caymmi) com Gal Costa.

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.


Diário da Cuesta

Gabriela inesquecível!!!

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Ah! Aquela Gabriela é inesquecível...

A Rede Globo de Televisão fez o remake da emblemática novela “GABRIELA”, baseada no romance “GABRIELA, CRAVO E CANELA”, do consagrado romancista brasileiro, JORGE AMADO (1912/2001), lançado em 1958. Na primeira versão, de 1975, a direção coube ao diretor Walter Avancini da obra adaptada para a televisão por Walter George Durst. Na primeira versão – a versão que marcou a televisão brasileira e revelou a artista brilhante que é Sônia Braga! – Walter Avancini teve como seu auxiliar exatamente o Roberto Talma que hoje é todo poderoso na Globo e dirige um Núcleo de Dramaturgia. Na nova versão, temos o Roberto Talma como Diretor de Núcleo, o Mauro Mendonça Filhocomo Diretor-Geral e Walcyr Carrasco como Diretor Executivo. Após 36 anos, a TV Globoapresenta o remake. Aliás, tem acertado nessas iniciativas, assim foi com o remake de “O ASTRO”, que sob a direção de Alcides Nogueira, foi sucesso e está representando a dramaturgia brasileira em importante premiação internacional. A nova “Gabriela”traz toda a competência e o perfeccionismo da “Deusa Platinada”. Sônia Braga sendo, agora, substituída por Juliana Paes. Fúlvio Stefanini, com interpretação genial, sendo substituído por Marcelo Serradoque brilhou na novela anterior como “afeminado”, exagerou com bocas e caretas na interpretação do conquistador Tonico Ferreira. Nacib que teve toda a espontaneidade de Armando Bogus, teve na nova versão um Humberto Martins muito mais velho, cabelo pintado de preto graúna, mais parecendo o avô do Nacib de 1975... E a famosa cena do telhado passou a ser o contraponto entre as duas versões, de 1975 e de 2012. É incomparável! Certas cenas de filmes ou de novelas ficam marcadas de forma emblemática no imaginário popular... “Por isso, quando acontece uma releitura, gera-se expectativa em torno da regravação de tal momento marcan-

te. Pense numa cena de Gabriela – a novela que consagrou Sônia Braga em 1975. Gabriela, moleca e inocente, sobe no telhado, pega a pipa que lá caiu e a levanta sorridente para a multidão lá embaixo, que está eufórica com a visão da bela mulher que expõe suas partes pudendas sem se dar conta. A cena é bonita, no melhor dos sentidos. Causa um misto de diversão – porque

chega a ser engraçada – com emoção, por conta da pureza da protagonista. Marcou a TV e de lá para cá foi repetida inúmeras vezes pelos vídeo-shows da vida.” Chega ao seu final a nova versão de “GABRIELA”, também um excelente trabalho, MAS fica a certeza de que permanecem – inesquecíveis! – os personagens da versão de 1975. É isso. (AMD)


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A Diversidade de Mendoza

Marcelo Delmanto Em uma de nossas viagens, eu e minha esposa, gostamos muito da cidade argentina de Mendoza, especialmente pela diversidade do local. Mendoza é uma cidade na região argentina de Cuyo, além de centro da região vinícola do país, famosa pelos Malbecs e outros vinhos tintos. Em suas muitas bodegas, é possível fazer degustações e passeios. A cidade tem ruas largas e arborizadas, com edifícios em estilo moderno e art déco, e praças menores em torno da Praça da Independência, onde está localizado no subterrâneo o Museu Municipal de Arte Moderna, com exposições de arte moderna e contemporânea. Uma curiosidade que chama atenção em Mendoza é que, por toda a cidade, junto aos meio-fio, nas ruas, existem imensas valas de concreto por onde corre a água que abastece a cidade, porque Mendoza é totalmente árida e muito fria e esse foi o modo de utilizar o degelo das geleiras para esse sistema de captação. Depois da chegar fomos direto para o hotel pois já estava de noite comemos em algum restaurante por perto e na volta vimos o que era frio de verdade pois havia nevado na cidade na noite anterior. No dia seguinte fizemos o City Tour, que começa com uma visita ao microcentro, que possui um amplo comércio, restaurantes renomados, belos hotéis e uma vida cultural agitada, com teatro, museus, e galerias de artes. Também passa pelo Bairro Cívico, o Parque San Martin, que particularmente é maravilhoso, aliás o Parque General San Martin é o principal e mais antigo parque de Mendoza. Abrange 307 hectares de áreas cultivadas, 17 km de trilha e em 1986 se expandiu. Ele está localizado na cidade de Mendoza, a maior no oeste da Argentina. O parque é limí-

trofe às avenidas Emílio Civit Park (norte), San Francisco de Assis (sul) e Boulogne Sur Mer (leste). Enquanto a cordilheira de Mendoza é o limite oeste. Dentro do parque está localizado o Estádio Malvinas Argentinas e a Universidade Nacional de Cuyo. No mesmo passeio passamos pelo Cerro de la Gloria, o Estádio Mundialito e o anfiteatro Frank Romero Day, onde é realizada a Festa da Vindirna, mais conhecida como Festa Nacional da Uva, para comemorar a colheita das uvas para a produção dos famoso vinhos locais. E como não se pode falar de Mendoza sem falar dos maravilhosos vinhos, nós visitamos duas vinícolas onde tivemos a oportunidades de conhecer toda a produção e após degustação dos vinhos. Eram a Bodega Domiciano e a Bodega Dom Manuel Villa Fañe. As principais uvas produzidas em Mendoza são Malbec, Cabernet Sauvignon e Merlot. Outra visita que fizemos foi à Olivicola Laur, onde se produz um maravilhoso azeite de oliva. Outro Passeio imperdível o chamado Alta Montanha, ele tem esse nome porque sobe-se a Montanha passando por Pontrerillos e Uspallata, com lagos e montanhas coloridas; o povoado de Polvaredas, perto de uma estação ferroviária; o povoado de Punta de Vacas, onde fica a nascente do Rio Mendoza; o centro de esqui Los Penitentes; a Puente del Inca, com fontes de águas termais; e o mirante para o Monte Aconcágua que tem 6.962 metros de altura. Apreciamos também a culinária local nos ótimos restaurantes de comida típica como o La Lucia que tem um Abadejo com batatas inesquecível, o Azafrán que é típico da cozinha argentina e tem um eclético

menu elaborado pelo chef Pablo Ranea, podendo saborear carnes, peixes, massas e vinhos e por fim o maravilhoso Facundo que tem o melhor filé de Salmão que eu já comi. Perto do nosso hotel, ficava a Plaza Independencia, essa praça do centro histórico que parece um jardim. Ali os moradores da cidade e encontram para passear, ler e namorar. À noite, abriga feira de artesanato e de espetáculos culturais. A praça é endereço do Teatro Municipal Julio Quintanilha e do Museu Municipal de Arte Moderna, com pinturas e esculturas contemporâneas. E foi em uma dessas noites que fomos passear por lá e tinha uma placa enorme com o escudo da cidade e com o texto CIUDAD DE MENDOZA que era todo iluminado, essa praça é realmente inesquecível. Enfim esse lugar particular da Argentina vale realmente a pena conhecer e retornar quando possível.


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C OMENTA O elegante aniversário Rodrigo Scalla

de Camilla Pedutti

Essa semana foi para Camilla Pedutti uma semana muito especial, afinal comemorou mais um ano de vida. Tudo muito elegante, decoração impecável toda em dourado e família reunida. Docinhos deliciosos e bolo idem , tudo preparado com muito carinho para a estrela da noite. O que eu mais gosto e admiro é família, então para emoldurar essa linda ocasião esta coluna registra a data e dedica muitas felicidades e muitos anos de vida com a curta frase: cumpleaños feliz… Camilla Pedutti , a linda e elegante aniversariante

HOLOFOTE CULTURAL

Lucca Chirinéa, Camilla Pedutti, Analu Chirinéa, Luiz Chirinéa Netto (Chiri)

Meu primo Neto Pedutti com Rose Pedutti, Camilla Pedutti, Giullia Pedutti

Lucca Chirinéa e Camilla Pedutti

Lucca Chirinéa, Camilla Pedutti, Giullia Pedutti, Vitor Curcelli

Lucca Chirinéa, Camilla Pedutti, Giullia Pedutti, Vitor Curcelli e Neto Abussamra

A artista plástica e acadêmica Maria Amélia Blasi de Toledo Piza sempre engajada em tudo que é arte. Parabéns!


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“Barcelona? Cadê?”

Maria de Lourdes Camilo de Souza Alguém sabe, alguém viu? Quando fiz meu roteiro para viagem, Barcelona não poderia faltar. Cidade dividida pelo medieval e o moderno. Ressoa na minha cabeça as vozes vibrantes de Fred Mercury e Montserrat Caballé: extraordinários num grito : Barcelona ... Barcelona... Enquanto viajávamos pelas estradas catalunhas rumo a Barcelona, sentia a animação crescendo no peito, e via que duas outras pessoas também se sentiam na mesma vibe:

Luís e sua esposa Eloisa, os outros dois botucatuenses, arquitetos de profissão. Tínhamos nos conhecido em Paris, quando se juntaram ao nosso grupo. E a simpatia foi imediata e mútua. Traziam em mãos um livro sobre o conhecido arquiteto Antonio Gaudi Cornet, nascido em Reus em 1852. E seu maior sonho era ver suas célebres obras arquitetônicas em Barcelona. Eram obras marcadas pelas suas grandes paixões: arquitetura, natureza e religião. “A Sagrada Familia” está entre seus grandes legados. Seus traços sinuosos semelhantes à ossos humanos impressionam. Precisei sentar-me num banco para vislumbrar toda sua estranha e magnética beleza. Quando lá estivemos ainda estava inacabada.

Luís e Eloisa me falavam emocionados de outras das suas obras como : Casa Milá, Casa Batló, Terraço de Lá Pedreira. Caminhar pelo Passeio de Grácia rumo às Ramblas, espinha dorsal de Barcelona, os olhos se enchiam da beleza dos calçadões arborizados com belas lojas e restaurantes. Passear pelo El Gotic, encantador com suas ruas medievais, estreitas e pitorescas. O Museu d’Historia com seus vestígios de cidade romana. Os artesãos vendendo couro e jóias perto da Catedral. O vendedores de comida de rua na movimentada avenida La Rambla. E de repente...zás ...como todo sonho acabou: fomos deixando nossos olhos perdidos lá...


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