Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
ano I Nº 195
QUINTA-FERA, 24 de JUNHO de 2021
24 de Junho Dia de São João O Dia de São João é comemorado, em 24 de junho, para lembrar o dia em que nasceu João Batista, o profeta que previu o nascimento de Jesus Cristo. A data cristã é celebrada em diversos países. No Brasil, o dia de São João é comemorado, de norte a sul, no formato de Festa Junina. O maior símbolo dessa comemoração é uma fogueira. Com São Pedro e Santo Antônio, São João é um dos santos mais populares do mundo. É considerado, ainda, o primeiro mártir e o último dos profetas. (Mundo Educação)
De Botucatu para o Rio de Janeiro As quase 70 toneladas de alimentos não perecíveis, arrecadadas durante a Vacinação em Massa em Botucatu, além de estarem ajudando muitas famílias em nossa cidade, também vão ajudar outros locais carentes. Essa é a imagem de uma parte das doações chegando ao Rio de Janeiro, onde a Fiocruz auxiliará diversas famílias através das suas instituições parceiras. Minha gratidão a todo o povo de Botucatu, que mais uma vez mostrou ser o mais solidário do Brasil, e aos empresários da Cidade que se dedicaram muito para essa realização, destacou o Prefeito Pardini.
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GUARDEI A PROSA...
José Maria Benedito Leonel - Nossa tarefa é plantá. Se vai tê colheita, só Deus sabe. - É isso mesmo. Assim proseava o pai e seu parceiro de luta, o Chico Pequeno. Guardei a prosa. Então vamos lá. Penso que meus netos, que estudam em renomadas escolas, precisam saber que todas as crianças do mundo tem fome, sede, frio, medo, vontades e amores. Mas não é só saber. É preciso ter convicção dessas coisas e fazer delas cláusulas pétreas no coração, amá-las e defendê-las. E é preciso que meus filhos busquem garantir o que é essencial nas suas mesas e nas mesas de quem dependam deles. Que meus filhos saibam que o quê dói em mim,
dói no outro, que as lágrimas não são doces pra ninguém. Saibam eles, meus filhos e netos, que não são os degraus da sociedade que separam os humanos, mas sim o que trazemos dentro de nós. Acredito mesmo nisso? Acredito! Às
vezes fico meio sozinho, meio perdido, meio zonzo, mas não mudo minha crença. Acredito no humano do ser humano. Parece-me que é preciso escolher o que se planta nas terras dos corações. Não se colhe amoras plantando joás. Simples assim.
Santo Antônio, São João, São Pedro DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
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ARTIGO
A ORIGEM DA FESTA DE SÃO JOÃO.
Newton Colenci A festa de São João, hoje conhecida como ‘a mais brasileira das festas’, não nasceu em solo nacional. Sua origem remota às celebrações pagãs, anteriores ao cristianismo, realizadas no solstício de verão – 21 de junho, no hemisfério norte- em que se comemorava a colheita. “Com a expansão do Império Romano e a consequente disseminação do Cristianismo, as celebrações pagãs foram revestidas pelo manto sagrado da igreja católica, tornando-se festa de santos. A de São João foi uma delas”, explica maria celeste mira, antropóloga da PUC-SP, especializada em cultura popular. Trazida ao Brasil pela corte portuguesa, a Festa de São João, que na península ibérica tinha e ainda tem o caráter mas devocional, sofreu um processo de aclimatação. Ganhou elementos simbólicos que lhe deram um ar dramatúrgico. A quadrilha é um exemplo. “Derivada da dança da nobreza cortesã francesa - há referências disso na quadrilha, como as expressões anarriê, anavantu -, ela não existe nas festas de São João em outros lugares do mundo”, afirma Edson Farias, sociólogo da universidade de Brasilia. O mesmo acontece com o casamento caipira, que força a idéia de regionalidade, “marcadamente, há uma cena - Tradicional nordestina: o pai é uma
espécie de coronel, o noivo é um caipira, roceiro, sertanejo, mas também malandro; a noiva representa a virgem, e o pároco remete á figura do padim ciço”, explica farias. Os folguedos, segundo ele, servem para integrar a população, que em vez de ocupar uma posição passiva, de espectadora, participa fazendo festa. Outro simbolo utilizado para enfatizar a identidade nordestina é a vestimenta de cangaceiro presente nas chamadas quadrilhas matutas, que seriam as “de raiz”, mais rústicas e sem coreografia- na verdade, passam por ensaios exaustivos como qualquer quadrilha. De acordo com Elizabeth Christina de
Andrade Lima, antropóloga da universidade de Campina Grande, especializada em festas populares brasileiras, o São João iniciou no Brasil como um evento privado. “Os senhores de engenho montavam a festa e convidavam amigos e agregados”, diz. As celebrações foram crescendo – de um comemoração familiar passou a ser da comunidade - até se tornarem públicas. A festa era muito forte no país inteiro, mas recuou nas demais regiões. “No nordestre, ela se aliou a elementos que lhe deram suporte, por exemplo, o forró. Além de contribuir para a definição de uma - identidade regional, passou a ser um produto musical concorrido a partir do sucesso de Luiz Gonzaga, Jackson do padeiro e Marinnes” explica Farias. Ele afirma que, no final dos nos de 1980, com uma redefinição da política nacional de turismo, mais descentralizada e com a idéia de potencializar recursos locais, as festas de São João – que na verdade representam todo o ciclo junino – e tornaram o principal foco de atração - turística de muitas cidades nordestinas, como Campina Grande e Caruaru. “Não acredito que hoje exista uma perda de identidade. A medida que vão se introduzindo novos elementos, ela vai redimensionando sua cara, adquirindo outras feições, mas sem deixar de ser uma festa de São João”. Fonte: brasileiros- Debora Giannini. Newton Colenci - Da ABL - Academia Botucatuense de Letras
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Gesiel Jr. da ABL - Academia Botucatuense de Letras