Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
ano I Nº 196
SEXTA-FERA, 25 de JUNHO de 2021
Residencial ‘Vida Nova’ praticamente pronto em Rubião Junior
A região de Rubião Júnior vê mais um grande empreendimento saindo do papel. O Residencial Vida Nova Botucatu, da Pacaembu Construtora, que possui 842 lotes, está praticamente pronto. No total são 742 casas praticamente prontas, recebendo os retoques finais. Imagens publicadas neste sábado, dia 19, pelo Prefeito de Botucatu, Mário Pardini, em seu Facebook mostram o empreendimento. “Além das várias obras que o distrito tem recebido da Prefeitura nos últimos anos, como asfalto, galerias, escola de tempo integral, posto de saúde, campo oficial de grama sintética e áreas de lazer, em breve um novo bairro será inaugurado, o Vida Nova Botucatu”, escreveu Pardini. Cada residência do Vida Nova Botucatu terá sala, cozinha, banheiro, dois quartos e área de serviço coberta, em terrenos a partir de 200 metros quadrados. O empreendimento contará também com área verde, área de lazer, rede de água e esgoto, pavimentação asfáltica, paisagismo, rede de energia elétrica, iluminação pública e acessibilidade. “As 742 casas estão praticamente prontas, recebendo os últimos retoques. Ficaram lindas!!!Parabéns
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a todos os futuros moradores do Vida Nova e a Pacaembu Construtora por mais este empreendimento”, completou Pardini. A responsável pelo empreendimento é a Pacaembu Construtora, que já construiu de mais de 6 mil casas em Botucatu nos residenciais Maria Luiza, Jardim do Bosque, Flora Rica, Jatobá, Santa Maria, Caimã e Comerciários. (Acontece Botucatu)
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GERAÇÕES DA CIDADANIA BOTUCATUENSE
HOMENS QUE FIZERAM BOTUCATU! RAYMUNDO MARCOLINO DA LUZ CINTRA Na plêiade de mestres que fizeram justo renome da antiga Escola Normal Oficial de Botucatu, destaca-se a biografia de hoje, o nome do prof. Raymundo Marcolino da Luz Cintra, catedrático de latim. Já se percebe através dele as amplas e ricas normas educacionais da época que exigia o estudo do latim na formação dos professores normalistas de então. O prof. Cintra nasceu na cidade de Itu, filho do professor Luís Manoel da Luz Cintra e de Da. Maria Cândida de Morais Cintra. Fez seus primeiros estudos com o próprio pai, educador emérito, frequentando o primeiro Grupo Escolar do Estado de S. Paulo, idealizado pelo genitor. Ainda em Itu, fez Humanidades no Colégio dos Padres Jesuítas. Frequentou o Seminário de Piapora, dirigido pelos Cônegos Premonstratenses Belgas, chegando até ao quinto ano. Estudou Filosofia e Teologia natural e dogmática. Veio para Botucatu, trazido pelo primeiro Bispo D. Lúcio Antunes de Souza. Começou a lecionar no Seminário Maior desta cidade e no Colégio Santa Com talento e grandes pendores jornalísticos, o Marcelina. Mais tarde, aprovado em concurso pú- prof. Cintra sempre manteve colunas apreciáveis blico, diplomou-se em Latim, Português, Gramática nos jornais locais. Escreveu livros didáticos: “LaHistórica e Literatura. Transferiu-se para Itapetinin- tim Fundamental pelos textos” e “Latim Ginasial ga onde residiu por alguns anos. Lá dirigiu os jornais pelos textos”, ao todo, oito volumes. Publicou um “O Diário” e “A Notícia”. Foi ainda em Itapetininga, romance de grande valor histórico: “Até as pedras presidente do Asilo e mordomo da Santa Casa. Ca- se encontram”, deixando vários romances inéditos sou-se com a profa. Leopoldina Pinheiro da Silva. à espera de publicação. Transferiu-se definitivamente para Botucatu, Foi ativo auxiliar de Monsenhor Melhado e de onde se fixou, formando família exemplar. Labutou Enéias Papa, na construção do prédio do Circulo pela oficialização do primeiro ginásio da Zona Soro- Operário de Botucatu, associação essa de que foi cabana. Nele instituiu uma Banca Examinadora Fe- presidente e sócio honorário. Presidente do Tiro deral, à qual se submetiam todos os examinandos e de Guerra de Botucatu, Centro de Ciências, Leconcursados. Esse ginásio veio a se tornar, através tras e Arte de Campinas. Participante laureado dos tempos, o atual La Salle. do Conclave Internacional de Filósofos, realizado Com a supressão do latim nos planos educacio- em S. Paulo. Tinha por divisa que muito honrou: nais do Governo, passou a viajar, como funcionário “Nulla dies sinea linea”. Cidadão Botucatuense, inspetor da Cia de Seguros de S. Paulo, em cada ci- membro homenageado da imprensa interiorana, dade do Estado de S. Paulo, Minas Gerais e Para- recebeu da APISP medalha comemorativa de seus DIRETOR: ná que visitava, frequentava a redação dos jornais 50 anos de jornalismo. Membro Efetivo por daideias AcadeO Diário da Cuesta não se responsabiliza e Armando Moraes Delmanto EXPEDIENTE conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, neles colaborando. Com a nova reforma do ensino, mia Botucatuense de Letras, cadeira nº 3, AmaEDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: que expressem apenas o pensamento dos autores, não DEFESA DO MEIO AMBIENTE Diagrama/ voltou a NA lecionar latim na Escola NormalGráfica Oficial, de Edil Gomes deu Amaral. Faleceu necessariamente em 1º de amarço 1978. representando opinião dade direção do E DA CIDADANIA EM BOTUCATU jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de . . onde se aposentou em 1948. Contato@diariodacuesta(Folha com br de Botucatu. 13/07/1989) WEBJORNALISMO DIÁRIO espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios. Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689
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ARTIGO
A ETERNA CIDADE MARAVILHOSA
Marcelo Delmanto O Rio de Janeiro é um destino ímpar e com a vantagem de que está aqui “do lado”, ou seja, em poucas horas de viagem pode-se chegar lá. Como a maioria das cidades brasileiras, as belezas naturais são inegáveis, mas o Rio de Janeiro é especial, pois também tem uma atmosfera só dele e também o povo carioca que é diferenciado, alegre e festeiro. Esse era um dos nossos maiores sonhos, tanto que na primeira oportunidade que tivemos fomos conhece-lo. Nessa época era inverno e, por isso, o banho de mar não foi um ponto de atenção, tanto que nos aventuramos até os joelhos e nada mais. O hotel onde nos hospedamos foi o WINDSOR PLAZA, que eu vim a saber depois que é o mesmo hotel onde se hospeda toda delegação do time do Palmeiras quando tem uma partida por lá. A emoção já é grande na chegada com a vista do Cristo Redentor de dentro do avião. Logo o traslado do aeroporto ao hotel passa também por outras belezas únicas desse paraíso. Lá do alto do hotel pode-se ver o mar já que ele não é a beira mar, pois dista dois quarteirões dele. Essa é a praia de Copacabana, bem na localização do posto 2, onde de tardezinha tinha uma bela feirinha perto do mar. No dia seguinte à nossa chegada fizemos um city tour, por toda a cidade, passamos por
vários lugares maravilhosos, como o Jardim Botânico e a Praia Vermelha, onde fizemos apenas um passeio panorâmico. Paramos na entrada do Pão-de-Açúcar, que até hoje nos fascina. Logo que as portas se abriram já saímos na frente e conseguimos ficar em um ponto onde se tinha uma bela visão de tudo. O bondinho era muito parecido com o que eu tinha experimentado alguns anos antes; eles foram substituídos por outros novos, aliás, na primeira parada do Pão-de-Açúcar, estão expostos dois exemplares anteriores, o primeiro, que era bem rústico e o anterior ao atual, que era esse que eu conhecia e, ao lado de cada um deles, as estátuas em bronze de seus idealizadores. A segunda parada é o ponto mais alto e a vista dali é simplesmente deslumbrante, onde se encontra a maioria das lojinhas de lembrancinhas, é um lugar mágico e inesquecível. Depois desse passeio fomos visitar o Corcovado, isto é, o morro onde está a estátua do Cristo Redentor que, na nossa opinião, é a maior maravilha do mundo até agora. A subida pode ser feita de carro ou ônibus, mas nós preferimos a tradicional, qual seja, a subida de trenzinho, que passa por uma mata fechada natural, muito bonita e exótica, quando se chega, em meio as lojas de lembrancinhas, o que chama atenção antes de se chegar à estátua é a vista maravilhosa da Baía de Guanabara, não existe nada no mundo que se compare a esse espetacular cenário.
Com a novidade tecnológica das escadas rolantes existentes no Cristo ficou mais fácil a subida, quando chegamos aos pés da estátua foi a primeira vez que vi a Capela, que fica no pedestal embaixo dos pés do Cristo, aberta, então aproveitamos para fazer uma oração de agradecimento. Costumo dizer que a estátua do Cristo Redentor é algo transcendental, uma experiência espiritual indefinível. Saímos do Cristo quando começava a anoitecer, o guia nos disse que a noite é demais no Rio de Janeiro e para que aproveitássemos ao máximo, porque cama todos nós temos em casa... Isso não era preciso dizer, pois eu já tinha em mente onde iríamos à noite. Depois de um banho e com uma roupa legal, pegamos um táxi para nos levar do posto 2 ao posto 9, isto é, Ipanema. Como já disse, tínhamos destino certo, o Bar Garota de Ipanema, antigo Bar Veloso que só mudou de nome depois que em uma tarde Tom Jobim e Vinícius de Moraes, bebericando nesse local, fizeram a música Garota de Ipanema, ao ver a jovem Helô Pinheiro a caminho do mar. Aproveitamos bastante os passeios no calçadão e admiramos o imponente Hotel Copacabana Palace, que não passa desapercebido jamais, não só pela sua beleza e imponência, mas também pela sua rica história. Outra visita que fizemos foi à Catedral do Rio de Janeiro com sua forma cônica e vitrais lindos é uma catedral diferente como a sensação que provoca que é indescritível. Nunca vou me cansar do Rio de Janeiro, todas as vezes que fui fiquei mais apaixonado, afinal quem não ficaria apaixonado por um pedaço do paraíso na terra?
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ARTIGO
“ORO DE TOLEDO”
Maria de Lourdes Camilo de Souza Oro de Toledo é a antiga forma de cunhar o ouro transformando metais em armas, jóias e peças decorativas em peças únicas, chamada de damasquinado . Ao entrarmos na cidade de Toledo, passando pelas suas pontes e portões medievais, é como se fossemos virar e ver Dom Quixote de La Mancha e seu fiel escudeiro Sancho, logo mais a frente. Toledo fica em uma colina localizada em uma colina sobre as planícies de Castilha-la-Mancha, no certo da Espanha, rodeada pelo Rio Tejo. Capital da região, ela é conhecida pelos monumentos medievais árabes, judeus e cristãos, em sua cidade fortificada. A Porta de Bisagra com seu estilo mouro, e a Porta do Sol, em estilo mudejar que dão para o bairro antigo, onde se encontra a Plaza de Zocodover, que é um ponto de encontro animado. Ficou conhecida como a cidade das três culturas, pois ali conviveram em harmonia sob o domínio árabe, muçulmanos, cristãos e judeus. Nos extasiamos com o Alcazar de Toledo, fortificação imponente. Muita história ali se passou. Foi lar de El Greco, nascido em Creta, mas ali viveu. Pintor renascentista, que ali deixou algumas de suas obras como na Igreja de São Tomé. Esta igreja é um capítulo a parte da visita, pois foi construída sobre o chão de uma antiga mesquita. Ali está “O enterro do Conde de Orgaz” imponente em seus 4,8ms X 3,6ms,
óleo em tela. Outra de suas obras está na Sacristia da Catedral de Toledo. Visitamos a Sinagoga de Samuel La Levi conhecida também como a Sinagoga del Transito, construída no século XIV. A maravilhosa Igreja gótica Flamengo do século XV. Pudemos conhecer a fabricação de armas e espadas, ainda usando o método artesanal passado de geração a geração. Entre tanta beleza, comemos em uma bodega uma carcamusa deliciosa, guisado de carne de porco, com molho quente de tomate e ervilhas. Miguel de Cervantes Saavedra, no IX capítulo de Dom Quixote, usou Toledo como cenário aonde se descobriram os manuscritos de Cíde Hamite Benengeli, o engenhoso fidalgo nascido em Toledo. Não poderíamos deixar de citar a Garcilaso de La Vega, também de Toledo, e um dos maiores expoentes da poesia da Idade de Ouro Espanhola, com algumas obras suas publicadas nas “Obras de Boscan”, como esse pequeno trecho: “Señora mia, si yo de vos ausente, Señora mia, si yo de vos ausente En esta vida duro y no me muero, Parecéme que ofendo a lo que os quiero. Y al bien de que gozaba ser presente.” Só quem lá esteve entende e se sente um personagem de um conto de Cervantes, ou saído de uma das telas do grande El Greco, num salto momentâneo para a modernidade.
Gesiel Jr. da ABL - Academia Botucatuense de Letras