Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
ano I Nº 223
TERÇA-FEIRA, 27 de JULHO de 2021
Ministro Rogério Marinho em Botucatu entrega obra financiada pelo Governo Federal A entrega dos 252 apartamentos do Cachoeirinha 3 totaliza os 992 apartamentos de todo o empreendimento. Cada apartamento possui 55 m2, com sala, cozinha, banheiro, dois quartos e sacada. O empreendimento ainda possui salão de festas, quadra poliesportiva e playground. PÁGINA 5
BANDEIRANTE resiste ao vandalismo da ignorância!
Este é o PAI DOS BANDEIRANTES, um INDÍGENA! Sim Senhor! Um INDÍGENA!!! TIBIRIÇA É SEU NOME! PÁGINA 3/4
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Intolerância
ARTIGO Bahige Fadel Será que podemos chamar a época em que vivemos de era da intolerância? Ou seria um exagero? As atitudes públicas que presenciamos nos dias atuais seriam manifestações de intolerância? Ou são manifestações sensatas, equilibradas, racionais, baseadas em argumentos sólidos? As pessoas, hoje, estão raciocinando mais com o cérebro ou com o fígado? Vamos ver. Para não ficar apenas numa opinião, fui buscar o significado de intolerância. Aliás, opinião, no mundo de hoje, é o que não falta. E as pessoas alardeiam suas opiniões como se fossem verdades absolutas, dogmas até. Aprendi que opinião é bom tê-la, mas que ela tem mais importância para o seu dono do que para a verdade. A verdade é o fato. Já a opinião é um ponto de vista, nada mais. Tenho visto programas que se divulgam como informativos, mas que nada mais são do que programas de opinião. É um perigo para a verdade, quando acreditamos que a opinião é um fato. Mas vamos ao significado da intolerância: ‘Intolerância é a característica que corresponde a falta de compreensão ou aceitação em relação a algo. Uma pessoa que age com intolerância é chamada de intolerante e, por norma, apresenta um comportamento de repulsa, repugnância e ódio por determinada coisa que lhe seja diferente’. Tá. Acho que ficou claro. O intolerante não aceita aquilo que é diferente do que ele pensa. Assim, não adianta dialogar com um intolerante. Ele, por princípio, não aceitará nada que seja diferente do que ele quer ou pensa. Será contra. Não adianta você provar por a + b que ele está errado. O que vale é o que acha que deve valer. O intolerante, por mais inteligente que seja, é um mal. Aliás, o intolerante inteligente é mais perigoso do que o intolerante limitado, pois o inteligente é mais capaz de influenciar outras pessoas. Pelo amor de Deus! Não vão pensar que sou contra aquele que não tolera a
corrupção, a desonestidade, a mentira. Estou falando daquele que não tolera absolutamente nada que seja diferente do que ele quer ou pensa. Em política existe muito disso. O intolerante não tolera um político. Então, o que ele faz? É contra. E para justificar a sua posição contrária, ou inventa fatos sobre o tal político, ou distorce fatos sobre o tal político, ou dá a fatos negativos sobre o tal político uma dimensão muito superior à realidade. Ele, o intolerante, é incapaz de ver algum ponto positivo naquilo ou naquele que ele não tolera.
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
EXPEDIENTE NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU WEBJORNALISMO DIÁRIO
EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689
Diário da Cuesta
Sabe de uma coisa? O intolerante nunca acha que é intolerante. Ele esbraveja. Grande parte dos intolerantes é raivosa. Como não aceita nada diferente, tende a achar que os diferentes estão errados e/ou são seus inimigos. O intolerante é perigoso, pois tende a perder a noção de certo e errado. Tende a perder a noção de limites. Normalmente, os intolerantes perdem o bom senso. Não precisamos deles. Eles não acrescentam nada de positivo. Os intolerantes mataram Cristo e cristos.
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A esquerdalha está igual ao Frajola, toda semana tenta uma maldade que não dá certo...rsrsrs A estátua não foi destruída porque é de concreto e ancorada por duas barras de trilho de trem... É lamentável vermos o presidente do PSOL, deputado Ivan Valente, apoiando esse atentado criminoso! Um pouco de História:
Manuel de Borba Gato (1649 – 1718) foi um bandeirante paulista. Iniciou suas atividades com o sogro, Fernão Dias Paes. Quando faleceu, em 1718, com 69 anos de idade, ocupava o cargo de Juiz ordinário da vila de Sabará. Ignora-se onde foi sepultado, talvez na Capela de Santo Antônio de Mouraria, demolida em 1920, ou na Capela de Santana, ambas do arraial velho de Sabará, ou ainda, segundo alguns autores, em Paraopeba onde tinha um sítio. Além de descobridor de minas, foi hábil administrador no fim da vida. Atualmente, recebe a denominação histórica (Batalhão Borba Gato) de uma Organização Militar do Exército Brasileiro, o 2º Batalhão de Engenharia de Combate, sediado em Pindamonhangaba-SP. BANDEIRANTE BORBA GATO
Aos fanáticos infelizes que importam ideologias estrangeiras e tentaram incendiar o monumento de Borba Gato com apoio político e ideológico de frentes extremistas de esquerda, por que não colocam fogo neste
monumento? Este é nada mais nada menos que o pai dos bandeirantes, um indígena, isto mesmo, Tibiriçá é seu nome. Fatos históricos para aqueles imbecis fanáticos que ameaçam derrubar os monumentos aos bandeirantes:
CACIQUE TIBIRIÇÁ
“Rei, fundador de São Paulo e pai dos Bandeirantes”
Rei dos Guaianases, indígenas dos Campos de Piratininga, tornou-se ele a peça-chave da fundação de São Paulo e da posterior colonização dos bandeirantes pau-
listas nos sertões da América do Sul. Tibiriçá que quer dizer “maioral” ou “vigilante”, habitava as terras de São Vicente e atual São Paulo com o náufrago João Ramalho, companheiro de sua filha Bartira. Na época da subida dos vicentinos que fundaram o que é hoje a cidade de São Paulo, havia um cacique em cada aldeia, porém, o que diferenciava os guaianases de outros índios das vizinhanças é que, acima dos caciques, havia um “cacique maior” (semelhante aos incas), nesse caso, era Tibiriçá o cacique rei. Tibiriçá tornou-se cristão e foi batizado pelos padres jesuítas José de Anchieta e Leonardo Nunes, ganhando o nome cristão de “Martim Afonso”, em homenagem ao fundador de São Vicente “Martim Afonso de Sousa”. Tornou-se aliado dos portugueses e grande amigo do náufrago João Ramalho (um dos patriarcas dos Bandeirantes) que se casou com a filha mais velha de Tibiriçá, a índia Bartira, esta que era uma espécie de princesa (princesa Isabel era seu nome católico), pois era herdeira do trono de Tibiriçá. O seu casamento com João Ramalho (considerado o primeiro casamento entre um branco e uma Índia no Brasil) representou a continuidade da «monarquia” dos guaianases, e nessa
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Diário da Cuesta união tivemos origem dos bandeirantes e povo paulista, e de toda a proto-cultura caipira, originado da união matrimonial e familiar entre os guaianases e os portugueses, daí nasce o povo paulista, chamada de “dinastia dos mamelucos”. Em 1554, Tibiriçá uniu-se a Manuel da Nóbrega e José de Anchieta na fundação de São Paulo, estabelecendo seu povo na área onde hoje está instalado o Mosteiro de São Bento, no centro da capital. Tibiriçá era irmão de Piquerobi e de Caiubi, índios que se salientaram durante a colonização portuguesa em terras paulistas: o primeiro, como inimigo dos europeus; e o segundo, como grande aliado dos europeus. Tibiriçá teve muitos filhos com a sua mulher, teve Ítalo, Ará, Pirijá, Aratá, Toruí, Bartira e Maria da Grã. A atual rua de São Bento era, por esse motivo, chamada, primitivamente, Martim Afonso (nome em que fora batizado o cacique). Graças à sua influência e sabedoria, os jesuítas puderam agrupar as primeiras cabanas de neófitos nas proximidades do colégio. Tibiriçá deu aos jesuítas a maior prova de fidelidade no dia 9 de julho de 1562, quando, levantando a bandeira e uma espada de pau pintada e enfeitada de diversas cores, repeliu, com bravura os ataques inimigos à vila de São Paulo, efetuado pelos índios carijós chefiados por seu sobrinho (filho de Piquerobi) Jaguaranho, no ataque conhecido como o “Cerco de Piratininga”. Durante o combate, Tibiriçá matou Piquerobi e Jaguaranho, garantindo assim
Estátua de Borba Gato em Sabará/MG
a existência da cidade de São Paulo e a consequente existência de todos nós hoje. Podemos chamar Tibiriçá, Bartira e João Ramalho de “patriarcas dos Bandeirantes”, pois logo após João Ramalho casarse com Bartira, fundou-se a “dinastia dos mamelucos” (os caboclos, filhos de índios com europeus) que, logo após, terá lugar de destaque nos desbravamentos dos sertões, tal dinastia ficou conhecida como as “bandeiras”, sendo eles os “bandeirantes” homens caboclos, índios e brancos, que viriam a desbravar mais de 60% do atual território brasileiro. Tibiriçá teve muitos descendentes, em 1580, Susana Dias, sua neta e o bisneto André Fernandes, fundou uma fazenda à beira do Rio Tietê, a oeste da vila de São Paulo, próximo à cachoeira denominada pelos indígenas de “Parnaíba”: hoje, é a cidade de Santana de Parnaíba, que viria a ser o “Berço dos Bandeirantes”. São muitos os descendentes de Tibiriçá no Brasil, através de suas filhas e seus descendentes bandeirantes, talvez seus descendentes esteja na casa dos milhões nos dias de hoje. Até mesmo a atual rainha Sílvia da Suécia é uma de seus inúmeros descendentes. Tibiriçá morreu em 25 de dezembro de 1562 e seus restos mortais estão guardados na cripta da Catedral da Sé no centro de São Paulo. Após sua morte José de Anchieta escreveu: “Foi enterrado em nossa igreja com muita honra acompanhando-o todos os cristãos portugueses. com a cera de sua confraria (pertencia a uma confraria). Ficou toda a Capitania com grande sentimento de sua morte, pela falta que sentem, porque este era o que sustentava todos os outros, conhecendo-se-lhe muitos obrigados pelo trabalho que tomou em defender a terra; mais que todos creio que lhe devemos nós os da Companhia, e por isso determinou dar-lhe em conta não só de benfeitor, mas ainda de fundador e conservador da casa de Piratininga e de nossas vidas; porque havendo ele ajudado a fazê-la com suas próprias mãos, e havendo-nos ajudado a sustentar logo em princípio de sua fundação, quando não havia Portugueses algum, agora o quis fazer Deus nosso defensor, e pôs em sua mão a vida de dez Irmãos, que no tempo da guerra nos achávamos em Piratininga, e todo o mais povo dos Portugueses; e pôs em suas mãos, digo, porque quasi todos os daquela Comarca, que se recolheram comnosco,
dependiam dele; e se quisesse consentir na maldade dos seus, como eles mal pensavam, pouco houvera de fazer em nos matar e comer. Creio que basta isso para dar a entender a obrigação que temos todos de o encomendar a Nosso Senhor.” -- Carta XIV, pág. 181, “Cartas, Informações, Fragmentos Históricos e Sermões do Padre Joseph de Anehieta, S. J.; Cartas Jesuíticas III”, 1933, Ed. Civilização Brasileira. Sendo assim, Tibiriçá, juntamente com sua filha Bartira, e seu esposo João Ramalho, são considerados os patriarcas dos paulistas e “fundadores da paulistanidade” e de toda região do Brasil que fora desbravada por seus filhos bandeirantes. (Estátua de Tibiriçá em Santana de Parnaíba, Monumento aos Bandeirantes.) *Aos fanáticos imbecis por ideologias que estão ameaçando derrubar monumentos de bandeirantes, aí está o representante maior dos Bandeirantes, TIBIRIÇÁ, um indígena, um dos patriarcas dos bandeirantes, que matou, defendeu e arriscou a própria vida para que a cidade de São Paulo e 60% do Brasil atual pudesse existir, inclusive garantindo a SUA existência, o que farão? irão derrubar? (Cultura Paulista)
CACIQUE TIBIRIÇÁ – PAI DOS BANDEIRANTES
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Prefeito Pardini:
Emocionado com esse evento tão bem sucedido e honrado com a presença prestigiosa do Ministro Rogério Marinho, o Prefeito Municipal de Botucatu, Mário Pardini destacou a importância dessa parceria com o Governo Federal: “Hoje se encerra uma das obras mais importantes da história de Botucatu e se inicia o sonho de uma vida inteira para centenas de famílias! Residencial Cachoeirinha, empreendimento que simboliza desenvolvimento nunca visto na região leste de nossa cidade, viaduto, largas avenidas, iluminação em LED, posto de saúde aberto até as 10 da noite, escola de tempo integral, base do SAMU, casa para quem mais precisa e muitas outras realizações. Uma honra participar da entrega das últimas 252 unidades, ao lado do Ministro de Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e de dois servidores fundamentais para esta conquista: José Carlos Broto e Luiz Guilherme Silva, secretários de Habitação que trabalharam duro para entregarmos as 992 unidades. Que Deus abençoe a todos os contemplados e que estes vivam o melhor dos seus sonhos!”
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Esportes Lucas Nogueira
Olimpíadas 2020: Estreia do Brasil no Street Skate garante primeira medalha
A modalidade do Skate Street estreou este ano nas Olimpíadas de Tóquio e já deu o prazer da conquista da primeira medalha à Seleção
Na última semana tivemos o início das Olimpíadas de 2020 em Tóquio, no Japão. O evento originalmente deveria ocorrer no ano passado, no entanto, com os avanços da pandemia do novo coronavírus teve de ser adiada e a realização fora marcada para esse ano. As Olimpíadas de 2020 vieram com novidades, com novos esportes que se juntaram aos esportes clássicos já disputados no evento esportivo. Foram adicionadas as modalidades de Street Skate, Surfe, Escalada Esportiva, o Karatê e o Beisebol. Até o momento de edição desta matéria, o Brasil já havia conquistado três medalhas, duas de prata e uma de
bronze. No final de semana tivemos a conquista de três medalhas, a primeira foi na estreia do Skate nos jogos olímpicos pelo skatista Kevin Hoefler que conquistou a medalha de prata ficando atrás somente do japonês Yuto Horigame. Kelvin é hexacampeão mundial e marcou a história do país conquistando o primeiro pódio e primeira medalha na nova modalidade. Ainda no final de semana, Daniel Cargnin conquistou a segunda medalha do país. Na disputa de judô na categoria de até 68kg, o judoca disputou pela medalha contra o israelense Baruch Shmailov e saiu vitorioso conquistando a medalha de bronze. Com essa medalha, o Brasil chegou a sua 23a medalha no judô, modalidade a qual o país é um dos maiores destaques. Além disso, tivemos a disputa de surfe que pelo Time Brasil temos os competidores Gabriel Medina, Ítalo Ferreira, Tatiana Weston-Webb e Silvana Lima que avançaram para as oitavas de final com 100% de aproveitamento nas duas modalidades, masculina e feminina. A conquista da terceira medalha do Brasil se deu na segunda-feira de Tóquio
na disputa de Street Skate feminina, onde Rayssa Leal a “Fadinha do Skate” de apenas 13 anos conquistou a segunda medalha de prata do país nos jogos olímpicos. A skatista maranhense superou suas adversárias ficando atrás somente da japonesa Momji Nishiya que conquistou o ouro. A “Fadinha” tem sido destaque nas redes sociais com o apoio da torcida brasileira que a “abraçaram” e demonstraram todo o apoio mesmo sem que houvesse a torcida presencial da nação. Rayssa recebeu apoio do considerado maior skatista do mundo, Tony Hawk que acompanha sua trajetória desde os primórdios, em meados de 2015 o profissional já havia publicado vídeos da jovem skatista em suas redes. Além disso, esteve com ela dando apoio na disputa pela medalha de prata e a auxiliando para melhor performance. A expectativa é que com a entrada das novas modalidades de esportes, o Brasil se destaque novamente nas disputas, levando em consideração que tempos campeões mundiais em diversos esportes como o Surfe com Medina e no Skate com Kelvin Hoefler.