Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
ano I Nº 225
QUINTA-FEIRA, 29 de JULHO de 2021
Na Revolução Farroupilha, em plena Monarquia, os Heróis de 2 Mundos – Garibaldi e Anita ! – participam da proclamação da República Catarinense Livre e Independente, em 29 de Julho de 1839!
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O ator Thiago Lacerda no papel de Giuseppe Garibaldi
A atriz Giovanna Antonelli no papel de Anita Garibaldi
Imperial Transportes inicia operações no sistema TRIAR (Araucária) com 24 unidades do Apache VIP zero km A cidade de Araucária, localizada na região metropolitana de Curitiba, Paraná, inicia na próxima semana uma nova etapa de seu sistema de transporte coletivo, que passou por licitação em abril de 2021. A Imperial Transportes, uma das vencedoras desse processo licitatório, escolheu o modelo de ônibus urbano Apache Vip, marca Caio, com o objetivo de oferecer à população um transporte moderno, confortável e seguro. A Imperial Transportes fundada pelo Sr. Angelino Pereira da Silva, possui matriz
em Araguari, Minas Gerais, e filiais nas cidades de Araucária/PR e Brumadinho/MG. Será responsável pelo gerenciamento das linhas do LOTE 3, do denominado TRIAR (Transporte Integrado de Araucária), nas linhas que operam entre os terminais Central e Angélica de Araucária e região norte-sul. Sobre os Apache Vip As 24 unidades do Apache Vip quarta geração são zero quilometro, possuem três portas de acionamento pneumático
com embarque dianteiro e capacidade para 39 passageiros sentados. A moderna identidade visual aplicada nos veículos, nas cores amarela e azul, traduzem o conceito do sistema de transporte que, por meio do cartão TRIAR, gera maior integração e facilidade aos passageiros. Com total acessibilidade, todos os ônibus contam com elevadores e poltronas reservadas a pessoas com deficiência (PcD), mobilidade reduzida e idosos. No salão interno, poltronas ergonômicas e estofadas proporcionam fácil limpeza e manutenção. Janelas com barreiras aos efeitos solares e vidros na cor fumê promovem mais comodidade e conforto térmico. A iluminação interna e o itinerário eletrônico frontal são em LED. Os Apache Vip foram preparados para instalação de bilhetagem eletrônica e sistema de internet, para oferecer aos passageiros internet gratuita por wi-fi. Outras informações sobre a marca Caio podem também ser obtidas no site: http:// www.caio.com.br, nas redes sociais @ caioinduscaroficial e no LinkedIn Caio Induscar Oficial. Assessoria de Imprensa Caio
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A Revolução Farroupilha e a República Catarinense
A República Juliana ou República Catarinense, oficialmente República Catharinense Livre e Independente, foi um Estado revolucionário proclamado na então província de Santa Catarina, do Império do Brasil (1822-1889), que constitui o atual estado brasileiro de Santa Catarina, em 24 de julho de 1839, e que perdurou até 15 de novembro do mesmo ano. Foi uma extensão da Revolução Farroupilha (1835-1845), iniciada na província vizinha do Rio Grande do Sul, onde havia sido proclamada a República Rio-Grandense (1836-1845). A República Juliana, proclamada por David Canabarro e Giuseppe Garibaldi, formou uma confederação com a república vizinha, porém, sem condições de expandir-se pela província de Santa Catarina, não conquistando a Ilha de Nossa Senhora do Desterro (atual Florianópolis), sede da província. Em novembro do mesmo ano (quatro meses após sua fundação), propiciaram-se condições para que as forças do Império retomassem Laguna, cidade-sede do governo da República Juliana. No planalto catarinense, Lages aderiu à revolução, mas submeteu-se no começo de 1840.
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
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A TRAJETÓRIA DE GIUSEPPE GARIBALDI A figura carismática de Giuseppe Garibaldi sempre esteve ligada à presença forte de Anita Garibaldi. Na retirada da Laguna, extenuado e abatido, Garibaldi não se deixou vencer pelo pessimismo. Com uma reação típica de sua bravura, o grande guerreiro deixou expressa a importância de Anita em sua vida: “ À testa de alguns homens, resto de tantos combatentes que tinham, com justa razão, merecido o título de bravos, eu ia a cavalo. Orgulhoso do vivos, orgulhoso dos mortos... Ao meu lado, a mulher digna de toda a admiração. Que me importava, pois, não possuir senão o que tinha comigo? Que me importava servir uma República pobre, que não pagava ninguém e da qual, ainda que fosse rica, eu não teria aceitado coisa alguma?” É muito importante relembrarmos que Giuseppe Garibaldi sempre participara das lutas políticas pela unificação da Itália. Pertenceu à “Jovem Itália”, uma sociedade secreta fundada (1831) por Giuseppe Mazzini, que se notabilizou em procurar atrair para a causa da unificação italiana a presença de expressivos segmentos da sociedade. Perseguido e exilado político, Garibaldi participou de lutas no Uruguai e no Brasil (Guerra dos Farrapos). Foi o mais longo movimento de contestação ao Poder Central: era contra os abusivos impostos imperiais e contra as restrições à liberdade. Durou dez anos essa
guerra (1835/1845). Os revoltosos contaram com o apoio dos camponeses e com o apoio da sociedade maçônica, sob o comando do Coronel Bento Gonçalves e contou com a experiência revolucionária de Giuseppe Garibaldi. No ano de 1845 foi selado um acordo entre os revolucionários e o Poder Central (Barão de Caxias, futuro Duque, foi o responsável pelo final feliz). Os soldados rebeldes foram anistiados e incorporados ao Exército Nacional; os escravos que participaram do movimento foram alforriados; e os estancieiros foram anistiados e tiveram reconhecidas as suas lideranças na região. Segundo Érico Veríssimo, a Guerra dos Farrapos terminava “com honra para os dois lados” AS HOMENAGENS NO BRASIL À ANITA GARIBALDI Essa “HEROÍNA DE DOIS MUNDO”, é tema de poesias, romances, novelas e filmes, além de dar nome a ruas, monumentos e cidades. A
genialidade do famoso Joãozinho Trinta , levou para a maior festa popular brasileira – o Carnaval! – a história da “Heroína de Dois Mundos”, pela Escola de Samba Viradouro. A homenagem destacou a sua vida e a sua dedicação na luta pela liberdade empreendida por seu companheiro Giuseppe Garibaldi, no Uruguai, no Brasil e na Itália!
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BEBIDAS, DRINKS E CANÇÕES Nando Cury As canções tem seus personagens, muitas vezes no papel de musas, originárias das entidades mitológicas gregas. Mas as musas vivem dentro de enredos, que nos levam a cenários internos ou externos, como lugares de uma cidade. Dentro dos cenários estão os objetos de cena, que podem ser carros, os móveis de uma casa, o sol, a lua, as ruas, praças, comidas típicas, frutas e até bebidas. A vida boêmia dos poetas e cantores, passada nas rodas intermináveis de bares-cenários, está bastante retratada em canções como “A volta do boêmio”, de Nelson Gonçalves e Adelino Moreira, eternizada na voz de Nelson Gonçalves, no álbum homônimo de 1967. “Boemia, aqui me tens de regresso. E suplicante te peço a minha nova inscrição.” Boemia à parte, vamos ver como as bebidas aparecem nas canções, no papel de importantes objetos de cena. Ao entrar no verso da letra de uma música, a bebida faz a ligação entre os pensamentos do personagem e suas ações na estória contada. E mais, quando citada textualmente, a bebida ou o drink preparado com a bebida pode caracterizar uma tendência de consumo de certo período. Voltamos aos tempos do Festival da Record (1968). Estamos na sala, com uma bacia de pipoca no colo, tomando um certo refrigerante. Pela TV em preto e branco, torcemos por Caetano Veloso que interpreta Alegria, Alegria. “Eu tomo uma Coca-Cola, ela pensa em casamento, uma canção me consola, eu vou.” Caetano prefere a companhia de bebidas alcoólicas fermentadas. Degusta champagne e vinho na música Meu Bem, Meu Mal. E bebe cerveja em Chuva, Suor e Cerveja. Sá, Rodrix e Guarabyra, na canção Anos 60, relembram do clássico Cuba Libre, que era moda nessa época. O drink traz uma mistura de Rum com refrigerante de cola e
fatias de limão. ”Faz muito tempo que eu não vinha no clube. Mas as pessoas permanecem as mesmas... Só falta agora alguém botar um rock na vitrola, que eu saio de porre pela sala com um cuba libre na mão.” (Álbum de 1973). Mais um conhecido drink, com bebida alcoólica destilada, aparece na linda canção Dois pra Lá, Dois pra Cá, de João Bosco e Aldir Blanc. Nela, imaginamos Elis Regina cantando e dançando com alguém “Sentindo frio em minha alma, te convidei pra dançar... Eu hoje me embriagando de whisky com guaraná. Ouvi tua voz murmurando. São dois pra lá, dois pra cá “. (Álbum Elis, 1974). Em outro momento, aportamos numa conhecida praia baiana, e encontramos Toquinho e Vinicius relaxando etilicamente numa Tarde em Itapoã. “Um velho calção de banho, um dia pra vadiar... Enquanto o mar inaugura um verde novinho em folha. Argumentar com doçura, com uma cachaça de rolha.” (álbum Toquinho & Vinícius, 1977)
A Cuba Libre e os anos dourados voltam a ser citados em 1984, na canção Whisky A Go Go, de Michael Sullivan e Paulo Massadas, grande sucesso do Roupa Nova. “Foi numa festa, gelo e Cuba Libre, E na vitrola Whisky a Go Go. À meia luz o som do Jonnhy Rivers. Aquele tempo que você sonhou”. Para a mais tradicional bebida brasileira, o aguardente de cana, não faltam denominações e “reverências” musicais. Uma bem conhecida é Marvada Pinga, de Ochelsis Laureano, carinhosamente cantada por Inezita Barroso. “Com a marvada pinga. É que eu me atrapaio. Eu entro na venda e já dou meu taio. Pego no copo e dali num saio”. Derivado dela, temos a caipirinha, o mais famoso drink do nosso país, que recebeu uma interpretação hilária do Premê e é muito pedida nos shows da banda. A música Pinga com Limão foi gravada num single de 7 polegadas pelo selo Lira Paulistana, em 1982, quando o Premeditando o Breque estava virando Premê. E não é que virou uma raridade!