Edição 230

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Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

ano I Nº 230

QUARTA-FEIRA, 04 de AGOSTO de 2021

Padre ou Frei?!?

A diferença entre os dois não é funcional, no sen�do de hierarquia, e sim vocacional. “Padre e frei são títulos, é um forma que os fiéis chamam o sacerdote ou religioso”, explica. Frei Airton Sousa pontua que o �tulo de “frei” é uma tradição das an�gas ordens religiosas. “São as chamadas ordens mendicantes, que surgiram ainda na Idade Média. É o caso dos franciscanos, dos carmelitas, dominicanos, capuchinhos, mercedários entre outros”, destaca. Portanto, frei é uma forma de tratamento que o religioso pertencente a uma dessas ordem muito an�gas recebem, mesmo que não tenham sido ordenados sacerdotes”, destaca. Por isso que há freis que também são padres, após receberem o devido sacramento. O Frei Airton afirma que os religiosos de congregações que surgiram após o Concílio de Trento recebem o �tulo de padre ou irmão. “O que vai determinar se a pessoa vai ser padre ou frei é o carisma,

ap�dões da pessoa para ver em qual ordem religiosa vai ser melhor para cumprir sua missão”, afirma. Significado O Frei Airton também explica outra curiosidade sobre o significado das palavras ‘padre’ e ‘frei’. “Padre vem de pater, que significa pai em la�m. E frei vem de frater, que significa irmão, frade em la-

�m. Ele é membro de uma congregação religiosa, homens que vivem uma mesma regra e mesmo ideal. É um �tulo do religioso. Entre seus colegas e na sociedade, os frades se chamam de frei, uma abreviação de frade”. Feliz Dia do Padre para todos que, através da sua virtude, nos guiam por um caminho de fé e amor!

Os Ônibus Millennium da Caio na Região Metropolitana de São Paulo Os ÔNIBUS MILLENNIUM da CAIO tem um grande mercado nas regiões metropolitanas. Noticiamos na edição de domingo a aquisição de 8 ônibus Millennium, pela Express Transportes Urbanos (opera na Área 4 da SPTrans) e, agora, são 54 ônibus

Millennium, quarta geração, adquiridos pela Sambaíba Transportes Urbanos que opera na Zona Norte de São Paulo. Estes novos ônibus urbanos são identificados pelas cores prata e azul. Todas as unidades foram produzidas na versão piso bai-

xo, sendo 50 no modelo articulado e 4 no padrão. Esse ganho de mercado nas áreas metropolitanas deverá ser repetido em outras capitais e em grandes capitais do estrangeiro. Positivo CAIO/INDUSCAR ! SUCESSO !


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Diário da Cuesta

GERAÇÕES DA CIDADANIA BOTUCATUENSE

HOMENS QUE FIZERAM BOTUCATU!

FREI AFONSO MARIA LORENZON Nasceu no Bairro do Traviú, município de Jundiaí, aos 20 de janeiro de 1923, filho de Angelo Lorenzon e de Maria Soldeira Lorenzon. Neto de imigrantes italianos que deixaram a alta Itália nos idos de 1893, estabelecendo-se na região de Campinas, trabalhando em fazenda de café. Depois de 9 anos, estabeleceu-se no atual Bairro do Traviú onde, depois de alguns anos, encetaram experiências no trabalho com uvas, à semelhança da Itália, cuja produção perdura até hoje. Foi batizado aos 18 de fevereiro de 1923 recebendo o nome de Eriberto José Lorenzon. Interessante que foi batizado por frade capuchinho que, ao almoçar na casa dos pais de Frei Afonso, disse que o menino que acabara de ser batizado seria um bom frade. Os frades capuchinhos de São Paulo atendiam espiritualmente o Bairro todos os meses, durante três dias. Lá exerciam um maravilhoso apostolado. Os frades eram, na sua maioria, oriundos da mesma região dos velhos italianos. Fez os estudos primários, 3 anos, na escola rural do bairro. Aos 22 de janeiro de 1932, entrou para o seminário Seráfico São Fidelis, em Piracicaba, onde fez ainda dois anos de primário e o preparatório. De 1935 a 1939, fez os cinco anos de ginásio. Em 1940, o primeiro ano de filosofia. Em janeiro de 1941, precisamente no dia 9, vestiu o hábito capuchinho em Taubaté, onde, junto com sua classe, fez o ano de noviciado, sendo seu mestre Frei Salvador de Cavêdine. Fez a primeira profissão aos 20 de janeiro de 1942. Em Mococa, onde a ordem tinha o Seminário de Filosofia, fez mais dois anos de filosofia. Como o convento de São Paulo, que era o convento de teologia, era pequeno para conter todos os teólogos daquele ano, a turma de Frei Afonso foi fazer o primeiro ano de Teologia no Convento de Piracicaba, em 1944, ten-

do como mestres Frei Fidelis, Frei Tiago, e Frei Alberto. Fez sua profissão perpétua aos 21 de janeiro de 1945. Os outros três anos de Teologia fê-los em São Paulo, no Convento da Imaculada Conceição. Em Piracicaba recebeu a Tonsura das mãos de Dom Paulo, Bispo de Campinas, por ocasião do Congresso Eucarístico. No dia seguinte, das mãos de Dom Frei Luiz Maria de Sant’Anna, recebeu as duas primeiras ordens menores, a Ostinário e Acolitado e do Leitorado. Em São Paulo, recebeu outras duas: a do Exorcistado e Acolitado, das mãos de Dom Carlos Vasconcelos Mota, Arcebispo de São Paulo. Em 1946, setembro, recebeu o Subdiaconato no seminário central do Ipiranga, das mãos de Dom Luiz Gonzaga Peluso, Bispo de Lorena. Em março de 1947, recebeu o Diaconato das mãos de Dom Jorge Marcos DIRETOR: Armando Moraes Delmanto

EXPEDIENTE NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU WEBJORNALISMO DIÁRIO

EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689

de Oliveira, Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro. Foi ordenado sacerdote aos 22 de junho de 1947, na Igreja Imaculada Conceição, em São Paulo, sendo ordenante o Bispo de Santos, Dom Idílio José Soares. Cantou sua primeira missa em sua terra natal, aos 24 de junho de 1947. Terminou seus estudos em novembro de 1947, sendo aprovado para ouvir confissões na mesma data. Em janeiro de 1948, foi nomeado Vigário Coadjutor da Paróquia do Embaré, pertencente aos frades capuchinhos. Lá ficou três anos. Depois foi feito pregador de missões populares, residindo em Taubaté por 6 meses, em Piracicaba por 6 meses. Em 1952, foi designado para morar em Botucatu, continuando como missionário. Em fevereiro de 1956, foi feito vigário de Junqueirópolis, onde ficou por dois anos. Em janeiro de 1958, foi transferido para São Paulo, com cargo de Visitador da Ordem Franciscana Secular em todo o Estado. Cargo que ocupou por dois anos. Em janeiro de 1960, foi feito vigário do Embaré, em Santos, onde ficou por três anos. Em janeiro de 1963, foi indicado Vigário da cidade de Penápolis, onde permaneceu até fevereiro de 1969, quando foi designado para Mococa como Vigário de Iraiquara, onde permaneceu apenas três meses. Em junho de 1969, foi transferido para Piracicaba onde permaneceu até 1981, como coadjutor da Paróquia do Coração de Jesus, coordenador do movimento jovem. Dia da Verdade, capelão de várias capelas da roça. Em 1981 foi transferido para Botucatu, com o Cargo de Superior, menos no intervalo de janeiro de 1984 a junho de 1985, quando Frei Oscar assumiu o superiorado. Tendo falecido Frei Oscar, Frei Afonso que era vice, foi confirmado no Cargo Superior. Faleceu em 16/10/2009. Contribuiu com a Paz Espiritual do povo botucatuense. (AMD)

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.


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FLASHS FUSO HORÁRICOS OLÍMPICOS Nando Cury

Com os olhos ardendo, desliguei a TV e mirei o horário no aparelho da operadora: 01:28. Duvidei e fui confirmar no relógio da cozinha: 01:29. “Nossa, é o segundo dia que vou dormir depois da uma da manhã.” Mas, tenho um ótimo motivo: as Olimpíadas estão emocionantes. Só que acontecem em Tókio, no Japão, dentro do fuso horário de 12 horas na frente de São Paulo. Comecei vendo disputas no skate e no surf, dois esportes que, pelo menos aqui em casa, pouco acompanhamos. E nem sequer conhecemos os critérios que definem o cálculo de suas pontuações. No sábado, 24 de julho, o brasileiro Kevin Hoefler conquistou a primeira medalha de prata no skate street masculino. Domingo, 25 de julho, a fadinha maranhense Rayssa Leal, de 13 anos, tornou-se a mais jovem medalhista do Brasil, com a prata no skate street feminino. De esporte de rodinhas, lembro somente das minhas tentativas de parar em pé numa daquelas pistas de patinação, que ainda existem pela cidade. Nascido nos EUA, o skate chegou ao Brasil nos anos 70, sofreu proibições e preconceitos, mas cresceu no país a partir de 2000. Pode ser praticado em qualquer idade. Com certeza, mais facilmente por quem é jovem, leve e tem baixa estatura. Segunda, 26 de julho, à noite, presenciei o ouro no surf com Ítalo Ferreira de Baía Formosa, Rio Grande do Norte. Mais um esporte que nunca me interessei. Fui criado “lá no interior do mato”, como diria Gil, longe do mar e das marolas. Recordo os meus sobrinhos e meu filho tentarem manobras em pranchas amadoras, nas ondas das praias que passamos a frequentar, a partir dos anos 80. Pensando em surf, lembrei da canção de Pataccini e Mogol, versão de Neusa de Sousa, cantada por Wanderléa (1964). “Nós somos jovens, jovens, jovens. Somos do exército do exército do surf”. Me pintou outra inspirada no Pepê, hoje infelizmente surfando no oceano celeste, que foi retratado por Caetano e cantado por Baby do Brasil Consuelo em Menino do Rio: “... calor que provoca arrepio. Dragão tatuado no braço. Calção corpo aberto no espaço”. E captei a belíssima “Como uma onda”, do Lulu Santos. Segunda, 26 de julho, madrugada. Depois do surf, acompanhei o handebol das meninas guerreiras que deram um show na equipe da Hungria. Tive uma única experiência com o handebol, inventado pelo professor de Educação Física alemão Karl Schelenz (1919). Foi no final dos anos 70, quando trabalhei na Cosesp e conheci o amigo Cido Pedro. Fui escalado para treinar a equipe feminina da Cosesp, na disputa do Torneio dos Securitários. “Eu, chefe? Tem certeza?” Me emprestaram um livreto com as regras do handebol, que aprendi na hora e esqueci lá mesmo, após as competições. Terça de manhã, 27 de julho, assisti o vôlei feminino contra a Republica Dominicana. Um jogo disputadíssimo, 3X2, decidido no tie-break pelas brasileiras que avançaram mais uma fase. Nos dias anteriores o vôlei masculino havia vencido a Tunísia (3x0) e a Argentina (3x2). À noite, zapeando pelo controle, cra-

vei a tela num esporte olímpico que me pareceu muito familiar. “Engraçado isto não é aquele jogo de tamboretes com peteca, que jogávamos quando pequenos?” Não, nas olimpíadas ele se chama badminton e se joga com raquetes e peteca. Foi uma “adaptação” dos criativos ingleses que, além do futebol, também inventaram o tênis de quadra. Quarta de manhã, 28 de julho, mais vôlei masculino. A seleção foi atropelada pela equipe do estranho Comitê Olímpico Russo. Me lembrei do saudoso Luciano do Valle, que ficou conhecido como Luciano do Vôlei. Nos anos 80, o locutor ajudou a trazer ao Brasil as, então imbatíveis, seleções da URSS e da China, para disputarem jogos amistosos com os brasileiros. Aquelas “palestras” geraram ensinamentos para transformar nossa seleção de vôlei numa das melhores do mundo, além de renovar o esporte. O Renan Dal Zotto, nosso atual técnico, criou o saque viagem. Quarta, 28 de julho, à noite. Que pena, o handebol feminino teve sua primeira derrota. Perdeu para a Espanha que contou com a Navarro, uma goleira de 46 anos, que simplesmente fechou o gol. Quinta, manhã de 29 de julho. As meninas do vôlei ganharam, competentemente, de 3 a 0 do Japão. Sexta, madrugada de 30 de julho. De virada, a seleção de vôlei masculina se impôs e venceu os topetudos dos EUA por 3x1. Mas, na manhã de 30 de julho, as meninas do futebol foram eliminadas pelo Canadá. Infelizmente os batuques e os cantos de Marta, Formiga, da goleira Bárbara e equipe não ajudaram a decidir nos pênaltis. Quantas medalhas teremos a mais? Quer valer? Deixo os meus palpites. Cravo Ouro no futebol masculino. Prata no vôlei masculino. Ouro no vôlei feminino. Bronze no vôlei de praia feminino. Bronze na vela feminina. E pros outros esportes: “deu green”.

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COMENTA Rodrigo Scalla

Nosso paraíso perdido

É como no filme "Shangri-La", é exatamente o que passou pela minha cabeça ao adentrar ao nosso Lageado, patrimônio de Botucatu, da nossa mais linda história que parou no tempo. É como se entrar jovem e sair velho, como no filme. A coluna de hoje comenta sobre esse mesmo paraíso pedido que foi palco de muitas coisas lindas, grandes espetáculos no anfiteatro, festa juninas memoráveis e circuito de nossas caminhadas. A biblioteca , as moscas, triste o cenário para quem esteve ali atirando grandes exposições e lançamento de livros como eu estive ao longo de minha carreira jornalística e colunista social há mais de 27 anos. O lageado era e sempre será a nossa " Changrila", um lugar rico em verde onde o sol brilha ao início do dia e se põe ao fim da tarde descortinando a Lua e as estrelas que chegam em seu mais belo brilho e esplendor. É necessário a repaginação e reconstrução de nossa ponte que nos leva a caminho cheio de mistérios e conhecimento. No casarão exposições belíssimas como de o Romero Britto , Osmar Santos abrilhantaram o cenário de sonhos dentre outros artistas locais que ali plantaram uma semente e empresários ilustres que vestiram a camisa como " Amigos do Lageado e do Museu histórico" patrimônio tombado que hoje se encontra emtotal e absoluto abandono. Não vim aqui falar mal, e não faz parte do meu ser e da forma com que fui criado, e também pelo respeito e amizade que tenho com a alta cúpula da Unesp que, em minha opinião tem que imediatamente fazer algo juntoe com a prefeitura e o deputado estadual Fernando Cury, que tem buscado recursos para Botucatu, para resgatar um dos pontos turísticos mais belos da cidade. Já que o Governo não arregaça as

Um trono destronado

manguinhas p mostrar seu poder, pelo menos nós podemos mostrar que podemos sim fazer tudo sozinhos. O prefeito reconstruiu pontes grandes, fez obras gigantescas em Botucatu e admiráveis, porque não entrar numa reunião com a Universidade para resgatar o que temos de mais rico e que hoje se encontra de portas fechadas p o público até mesmo curioso para entrar ,caminhar e levar sua família para passar momentos de alegria refrigerando o cérebro com ar puro do local. Já tomamos a primeira dose da vacina, muitos já tomara a segunda e nesse mês os que não tomaram vão tomar. Se hoje através da vacinação em massa e nossa cidade conhecida no mundo todo , porque ao invés de abrir as portas desse paraíso perdido quando tantos já voltaram nas suas atividades habituais? Oque será deste museu , palco dos cenários e iluminações mais lindas do Natal onde me vestia de Papai Noel para alegrar o público


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