Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
ano I Nº 261
QUINTA-FEIRA, 9 de setembro de 2021
O Mundo Fantástico do Planetário... Leia a crônica “De Olho no Planeta”, de Nando Cury. Página 3
Ele foi Prefeito de São Paulo e viabilizou o Planetário: Nelson Marcondes do Amaral
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Diário da Cuesta
ARTIGO
Ele foi Prefeito de São Paulo e viabilizou o Planetário: Nelson Marcondes do Amaral Em 1967 eu tinha o meu primeiro emprego e o meu primeiro chefe foi o Dr. Nelson Marcondes do Amaral. Nascido em Dois Córregos, mas criado em Tatuí, Nelson Marcondes do Amaral foi professor normalista e advogado pela tradicional Faculdade de Direito do Largo de São Francisco (USP). Exerceu o cargo de Procurador-Chefe na Procuradoria da Prefeitura Municipal de São Paulo, tendo sido Secretário da Educação e Cultura e Secretário dos Negócios Internos e Jurídicos do Município. Como Secretário Jurídico da Prefeitura lhe coube responder, em 1952, pelo cargo de Prefeito Municipal de São Paulo. Nessa condição, teve a oportunidade de autorizar – o que muito lhe era importante! – a compra do Projetor ZEISS, feito pela fábrica alemã de aparelhos óticos fundada por Carl Zeiss. Foi a viabilização do Planetário. O Dr. Nelson foi um dos intelectuais mais brilhantes e cultos que conheci e convivi. Como Secretário do então Governador Abreu Sodré tinha em seu departamento toda a correspondência oficial e particular do governador, o preparo dos pronunciamentos e atos oficiais. À época, eu era seu auxiliar, sendo o mais novo membro da equipe de Governo. Formado na mais famosa Faculdade de Direito, Nelson Marcondes do Amaral era tido e reconhecido como um mágico do controle e aplicação das leis brasileiras. Atuou como
assessor do ex-prefeito Faria Lima e, no governo Abreu Sodré, atingiu o ápice de sua carreira de jurista. Na criação histórica da TV CULTURA DE SÃO PAULO, preocupado com a possível utilização política da televisão, pelos ocupantes temporários do cargo de governador, desvirtuando as suas finalidades educacionais, teve uma brilhante ideia: criou para gerir a TV uma Empresa Pública de Direito Privado. Resultado: até hoje a TV Cultura tem resistido e sobrevivido às reiteradas investidas dos ocupantes temporários do poder no afã de utilizá-la para a política pequena... Quase 20 anos depois de minha primeira experiência profissional, voltei a encontra-lo e recebi dele a indispensável orientação. Fui quem fez a denúncia do primeiro caso de corrupção no governo de Paulo Maluf, em 1979/80. Era Vice-Presidente Executivo da CAIC e tinha sob minha responsabilidade os Departamentos Jurídico e de Auditoria. E foi do Departamento Jurídico, sob o comando da Dra. Dione Stamato – Procuradora do Estado, que foi detectado um contrato, de alto valor, falsificado para benefício de uma empresa. Após recorrer ao Secretário da Agricultura e, sem resposta, fui a Secretário Chefe da Casa Civil, também sem resposta. Então fui consultar o Dr. Nelson que ocupava o cargo de Presidente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Recebi a orientação devida: “Você tem um nome a zelar. Peça demissão imediatamente!”. E foi o que ocorreu . Foi uma experiência de vida e, mais de 30 anos depois, após tantas denúncias contra Maluf, a sua cassação e prisão. Pois bem, Nelson Marcondes do Amaral tinha orgulho de sua atuação como Prefeito da Capital, graças à sua carreira e ao cargo técnico que ocupava e, de sua breve gestão, a garantia da aquisição do Projetor para o Planetário tinha um valor inestimável para quem fora Secretário da Educação e Cultura e Secretário Jurídico. O Planetário foi inaugurado oficialmente em 1957, sendo o primeiro planetário do Brasil. E, outra coincidência, eu era interno no Liceu Coração de Jesus e, em 1958, fomos em excursão conhecer e ficar maravilhados com o Planetário do Ibirapuera. Tem 550 metros quadrados e possui 320 lugares. O Planetário leva o nome do professor Aristóteles Orsini que, em 1951, idealizou o planetário. É REGISTRO HISTÓRICO. (AMD)
EXPEDIENTE
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
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ARTIGO
DE OLHO NO ESPAÇO Nando Cury Quando vi a linda foto do Planetário do Ibirapuera, feita pelo amigo Hilton Chamis – no início dos anos 2000, com a Vivicam 20, uma das avós das câmeras digitais, segundo o autor – mergulhei em alguns momentos inesquecíveis, que me levaram para dentro da imensidão do espaço celeste. Foram nos anos 60. Excursão programada da turma do Ginásio (hoje Ensino fundamental) da Escola Normal de Botucatu, para visitar o Planetário em São Paulo. Viemos numa viagem de quase 5 horas de ônibus, cantando, brincando. Trafegando pela Rodovia Marechal Rondon e depois pela Via Anhanguera. A parada programada foi no posto Lago Azul da Via Anhanguera, que nos ofereceu um lanche demorado e muito especial. Combustível de qualidade para depois seguirmos até a Grande Metrópole, rumo ao Parque do Ibirapuera. No parque, demos logo de cara com uma forma arquitetônica de cúpula externa, a mesma retratada na foto, com 9 m de altura por 18 m de diâmetro, parecendo um disco voador. Compramos ingresso e nos acomodarmos nas cadeiras reclináveis do Planetário. No horário marcado teve início a sessão de imagens, acompanhada por um áudio bem didático, que explicava as teorias da formação do universo. O Planetário, recém inaugurado em 1957, operava com seu projetor de última geração, da marca Starmaster fabricado pela alemã Carl Zeiss. Através dele, observamos, pasmos, as imagens de estrelas, planetas, constelações, nebulosas, além do Sol e da Lua. Parecia que estávamos diante de um filme de ficção científica. O projetor, posicionado no centro da sala circular, exibia no teto as imagens do espaço, captadas por telescópios. E todos os astros eram reproduzidos em cores e brilhos reais. Olhávamos de um lado para outro, imaginando-nos pertencer àquele cenário de criaturas incríveis. De volta pra terra natal, algumas noites de insônia, replicando as projeções do Planetário no teto do meu quarto. A seguir, adquiri um hábito noturno. Nas noites sem lua – na lua nova – fazia inúmeras incursões pro quintal escuro da casa paterna, para olhar para o céu estrelado e localizar as formações celestes do Hemisfério Sul indicadas no Planetário. Cadê as 3 Marias? Agora vou achar o Cruzeiro do
Sul. E o falso Cruzeiro onde está? Quais daquelas estrelas mais brilhantes são de verdade Vênus e Marte? Morando em São Paulo desde 1972, nunca mais fiz uma excursão até o Planetário. E, agora, após mais de 50 anos, recebi com muita alegria a notícia de que o Planetário do Ibirapuera, que passou por uma grande reforma, vai abrir novamente as suas sessões, a partir de 04 de setembro de 2021. Vou fazer meu agendamento online, comprar meu ingresso de meia entrada R$10,00 (inteira custa R$ 20,00) e sentir novamente aquela imersão visual no céu. Levar os astronautas para dar uma olhada no espaço já custou bilhões de dólares aos EUA. E outros bilhões de rublos para a URSS, atual Rússia. Mas enquanto os planetários e centros espaciais carecem de financiamentos e investimentos tecnológicos para oferecerem novos desafios e vislumbramentos, grandes empresas como a SpaceX, de Elon Musk, a Virgin Galactic, de Richard Branson, e a BlueOrigin, de Jeff Bezos, pretendem transformar as viagens espaciais em voos comerciais. Hoje oferecem – a preços módicos - voos para as camadas sub orbitais da Terra. A espaçonave da Virgin Galactic. por exemplo. realiza um pequeno voo e percorre mais de 80 quilômetros acima da Terra. Para entrar na lista restrita de espera desta viagem, onde já estão Lady Gaga e Justin Biber, e também pagar a passagem o interessado precisa desembolsar cerca de U$ 250.000, Contribuições como esta cairiam como meteoritos, para ajudar a atualizar tecnologicamente os espaços celestes dos principais planetários do mundo. E quantos milhares de observadores do céu seriam beneficiados. - Ei empresas galácticas, enquanto aguardam voos espaciais intergalácticos, que tal uma ajuda sub orbital para o Planetário do Parque do Ibirapuera?
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COMENTA Rodrigo Scalla
O Brasil amanheceu verde e amarelo
Diário da Cuesta
Movimentação grande de pessoas
Ao invés dos tradicionais desfiles em alusão ao Dia da Independência do Brasil, esse ano de " Pandemia" foi mais um ano que o brasileiro ergueu sua bandeira em prol da " Liberdade e Democracia", duas palavras distintas como as que brilham bandeira nacional " Ordem e Progresso". O povo brasileiro é demais, tem o poder de parar a nação para se manifestar. A coluna de hoje é histórica e muito especial. Viva 7 de setembro de 2021, ano que o Brasil parou. Agradecimentos: Aos amigos Bolsonaristas e Petistas. Pedi fotos também das manifestações do Partido dos trabalhadores, mas até o fechamento desta nada me foi enviado. Reportagem: Adilson Gamas.
Grande amiga Márcia da Bahia registrando como foi o 7 de setembro lá
Amigos em São Paulo a Avenida Paulista
Polícia marcando presença
Gostaria de agradecer Adilson Gamas por representar em fotos esta coluna na capital. Adilson, muito obrigado!
Botucatu também passou pela Avenida Paulista
Vereador Abelardo, uma Os amigos em prol pausa para o descanso de um país melhor
Em frente ao MASP
Na Bahia pertinho do Pelourinho
Notícias
* Botucatu registra aumento de casos de Covid, mas menos casos de morte. Isso é muito bom. * Sábado a Avenida Vital Brasil , onde a noite é fervilhante, moradores do entorno reclamaram do som alto e aglomerações *Muita gente acha que a Covid acabou, não acabou não. Vale ressaltar que a variante é muito mais contagiosa. *Quero deixar claro que não citei Bolsonaro e nem Lula, apenas relatei 7 de setembro que foi dia da Independência do Brasil e que virou dia de fazer política de ambos os lados. Essas coisas não me diz respeito.