Diário da Cuesta
ano I Nº 263
NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
SÁBADO E DOMINGO, 11 E 12 de setembro de 2021
11 de Setembro
20 Anos do Maior Ataque Terrorista
O 11 de Setembro será lembrado pelos 20 anos dos ataques terroristas nos Estados Unidos. Nesses ataques, dois aviões bateram nas Torres Gêmeas do complexo empresarial do World Trade Center, localizadas em Nova York. Um terceiro avião colidiu contra o Pentágono, a sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, e a quarta aeronave caiu em um campo aberto próximo de Shanksville, na Pensilvânia. Todos os ataques foram coordenados pela organização fundamentalista islâmica Al Qaeda. É Registro Histórico !
Prefeito Pardini: “Vamos vacinar quase 15 mil pessoas em um dia!!”
“Além dos 12 mil idosos que receberão a dose de reforço no próximo sábado, 11, vacinaremos com a 2ª dose aproximadamente 2 mil funcionários de indústrias da Cidade que moram em cidades vizinhas na sexta, 10, e mais de 300 funcionários do comércio no sábado, 11. Entre os industriários, a 2ª dose da vacina Oxford/Astrazeneca/ Fiocruz será aplicada nas empresas Caio Induscar, Irizar, Embraer e empresas do Distrito Industrial 3. Cada empresa auxiliará a Prefeitura na logística e comunicação aos seus funcionários. Já entre os funcionários do comércio, 360 pessoas deverão procurar qualquer Unidade de Saúde em Botucatu para se imunizarem contra a Covid-19 no sábado, 11, das 8 às 17 horas. Os que preferirem, poderão se imunizar nos postos drive-thru, que serão montados na Fazenda Lageado (entrada pela portaria da Rua Dr. José Barbosa de Barros), na Avenida Projetada (Avenida do Fórum de Botucatu) e na Avenida Rafael Serra (atrás do Ginásio Municipal de Esportes), das 08 às 18 horas. Para os dois grupos, os cidadãos deverão comparecer aos locais portando documento de identificação (RG, CNH ou Passaporte), CPF e a carteirinha comprovando o recebimento da 1ª dose.”
“AS CRISES”, importante artigo do professor Bahige Fadel
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Diário da Cuesta
ARTIGO
A VOCAÇÃO VERDADEIRA Roberto Delmanto Grande parcela dos bacharelandos em direito de hoje não segue a sua vocação verdadeira. Na busca compreensível da segurança econômica, procuram os moços as carreiras públicas, prestando, por vezes, vários concursos indistintamente, todos dificílimos. E o que vemos entre os vencedores de tão árduas batalhas? Juízes com vocação de Promotores, Promotores com vocação de Juízes, Delegados com vocação de Promotores, etc. Tais jovens dificilmente obterão sucesso em suas profissões e certamente não serão felizes. Porque o exercício profissional fora da vocação verdadeira será sempre como um dia sem sol, uma noite sem estrelas... Acredito, por isso, que se a verdadeira vocação não desabrochou naturalmente, devem os novos bacharéis procurá-la no recôndito de suas almas, descobrir qual delas lhes desperta entusiasmo e move seu idealismo. Aqueles que optarem pela Magistratura, saibam que ingressarão em uma carreira tão difícil quanto nobre, pois o ato de julgar é mais divino do que humano, estando escrito no Livro dos livros: assim como julgares, serás julgado. Se tiverem de escolher entre o legal e o justo, optem, como disse Eduardo Couture, pelo último. E eu ousaria acrescentar: se tiverem de escolher entre serem mais justos ou mais humanos, não hesitem em serem mais humanos, porque a humanidade está mais perto do ideal de Justiça... Os que abraçarem o Ministério Público, conscientizem-se de que o nome Promotor de Justiça significa Promovedor de Justiça. Orgulhem-se menos das condenações que obtiverem e mais das absolvições que, por imperativo de suas consciências, vierem a pedir. As primeiras serão como medalhas em seus peitos, as segundas, medalhas em suas almas. Outros que seguirem a não menos nobre carreira policial, saibam que a Polícia é a longa manus do Judiciário. Sem sua atuação eficaz o Ministério Público não pode bem formar a sua opinio delicti e intentar as necessárias ações penais públicas. Fujam, entretanto, de dois grandes perigos dessa carreira, resultantes de suas enormes atribuições em nosso sistema legal: a corrupção e a violência. O homem que se corrompe perde o
que tem de mais precioso: o respeito por si mesmo. Já quanto à violência e à tortura, eu diria, parafraseando o jurista português Germano Marques da Silva, que elas degradam mais quem as pratica do que quem as sofre. Por fim, os que seguirem a advocacia, estejam certos de que terão optado por aquela que Voltaire considerava “a mais bela das carreiras humanas”. Porque nela, um seu semelhante lhes confia a defesa de seus interesses, interesses esses que, mesmo quando aparentemente apenas econômicos, representam por vezes anos de luta e trabalho, todo o esforço de uma vida... E os que, na advocacia, escolherem a advocacia criminal, acreditem que terão abraçado aquela que, parodiando Voltaire, eu diria ser a mais bela especialidade da mais bela carreira humana... Nela, lhes é confiada a defesa da liberdade e da honra, os bens mais preciosos de um ser humano além da saúde e própria vida. Sobre a honra, escreveu Shakespeare ser “a primeira jóia do coração do homem”; e quanto à liberdade, disse certa vez o tribuno paulista Américo Marco Antonio que “esse bem supremo, tudo merece, tudo desculpa...” Embora a mais bela, ela é, todavia, a mais árdua das especialidades: o criminalista não forma ao longo dos anos, como os colegas civilistas, uma clientela, pois seus clientes, em geral primários, dele só costumam precisar uma única vez; sua atuação é geralmente mal compreendida, confundindo-se sua pessoa com a do acusado que defende. Só é verdadeiramente entendido e aceito, quando dele se necessita. E, na minha estatística pessoal, eu diria que, de cada três famílias brasileiras, uma, durante sua existência, precisará de um advogado criminalista para representar um de seus membros, como acusado ou vítima. Mas quem melhor sintetizou essa tão bela quanto árdua especialidade foi o saudoso advogado criminalista carioca Antonio Evaristo de Moraes Filho, que, com invulgar inspiração, afirmou: “... temos o dever de prosseguir na batalha em defesa de nosso mais importante cliente: a liberdade individual. Sabemos que no desempenho desta missão, quer nos regimes totalitários, quer nas democracias, os espinhos sangrarão nossos pés durante a caminhada. Nas ditaduras descerá sobre nós o ódio dos senhores do poder, por defendermos os ‘inimigos da Pátria’. No Estado de Direito Democrático, por ampararmos os odiados, acabaremos por partilhar com nossos clientes o opróbrio da opinião pública. De qualquer forma, não devemos desanimar, mesmo porque a história tem sido generosa conosco...”
EXPEDIENTE
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
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AS CRISES
Bahige Fadel Quando as pessoas começam a dizer que, hoje, tudo está ruim, que nunca esteve pior, costumo dizer, para evitar discussões estéreis, que a pior dor que existe é aquela que a gente está sentindo. As outras dores ou não nos pertencem ou já as superamos. Se você, caro leitor, está com uma baita dor de dente e lhe perguntam qual é a pior dor que existe, o que é que você responde? Dor de dente, claro. Se você costuma ter aquelas dores de cabeça insuportáveis, que não o deixam dormir ou trabalhar, qual é a pior dor que existe? Dor de cabeça, claro. Pois é, quando me dizem que no Brasil nunca houve uma crise política/institucional como a de agora, volto a perguntar sobre a pior dor. A crise de agora não é a pior que já existiu nem é a pior que existirá. O Brasil tem um balaio cheio de crises. A primeira que eu vi, logo ao chegar ao Brasil, ainda criança, brincando nas ruas de Pardinho, foi com o suicídio do presidente Getúlio Vargas. Todo mundo comentando o assunto, inseguro. O que vai ser de nós, agora, meu Deus? Para ser franco, não sei como a população superou essa crise. Sei que o Brasil continuou a sua vida à espera de outras crises. Mesmo essa questão do ‘perigo do comunismo’, não é a primeira vez. Afinal de contas, o que é que houve em 64? Não foi a questão do ‘perigo do comunismo’, após a renúncia de Jânio Quadros, por culpa das ‘forças ocultas’ ou ‘forças terríveis’? Foi. E foi um deus-me-livre. O que seria do futuro do país? Terrorismo. Prisões. Mortes. Censura. Um monte de coi-
sas. Parecia que não podia haver conserto para o Brasil. Mas continuamos vivos, tropeçando aqui, levantando acolá. E o Brasil continuou à espera de uma nova crise. Quem não se lembra da crise causada no tempo do presidente Collor, o ‘caçador de marajás’? Nossa Senhora! Terrível. Um monte de consequências. Naquele tempo, o presidente tomou atitudes intempestivas que prejudicaram a população e, ainda, achou que podia peitar a grande e poderosa mídia. Deu no que deu. Cassação. Crise. Parecia que não encontrariam uma solução. E o que houve? Aos trancos e barrancos, superamos tudo, até o confisco da poupança, e estamos vivos. E o Brasil continuou à espera de uma nova crise. A de hoje também não é fácil. A solução não ocorrerá com uma simples paralisação de caminhoneiros. Não que essa paralisação não tenha importância. Tem. Pode ser um estopim, mas não uma solução. E a crise de agora tem ingredientes novos, como a pandemia, com a briga das autoridades, cada uma querendo ser o pai da solução. Se deixassem só para a ciência, haveria menos problemas. Mas sempre houve os oportunistas de plantão, que querem tirar proveito em tudo. Não proveito para a nação, mas para si próprios ou para as suas ideologias. No fundo, não é uma questão de crise, propriamente, mas uma questão de poder. As pessoas incrementam as crises, porque amam mais a si mesmas do que aos outros. Alimentam-se do ódio e usam como argumento a desinformação ou a falsa informação, que gera insegurança. Mas estejam certos, venceremos mais essa crise. Que a gente não tenha que pagar uma conta que não devemos. Que o Brasil não tenha que pagar por um pecado que os inoportunos radicais cometeram e continuam cometendo. O Brasil é maior que todos eles e, por isso, merece mais respeito.
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C OMENTA As obras de Aldemir Martins Rodrigo Scalla
Aldemir Martins foi um grande mestre das artes no Brasil. Nascido 1922 em Iganzeiras ( Ceará) desde muito jovem já exibia seus dons nas artes plásticas e esculturas. Era auto de data. Ainda muito jovem, partiu para a capital paulista onde apresentava sua arte bem no centrão de São Paulo, em praças públicas. Era muito caprichoso e suas pinturas chamavam a atenção dos transeuntes que ali passavam. Aldemir foi descoberto! Daí foi um pulo para ter os seus trabalhos expostos em grandes galerias de arte. Aldemir tinha verdadeira paixão pelo seu País e pincelada tudo relacionado ao Brasil, também usava a técnica da xilogravura . Obras como o cangaceiro, coqueiros, paisagem e o gato uma de suas grandes paixões. O tempo foi passando e seus trabalhos foram tomando altas dimensões. Em 1970, Aldemir já era famoso e suas obras ultrapassaram a linha do Equador. Os valores de suas obras davam para comprar uma casa , pode? Não só as gravuras assinadas como tbem as de óleo sobre tela, obviamente as mais valiosas. Era uma febre, e todos queriam ter um Aldemir em casa. Tive o prazer de conhecer o artista já com muita idade em São Paulo onde residi , e fico sempre muito emocionado de comentar sobre ele. O tempo foi passando , Aldemir mudou- se para o Rio de Janeiro onde faleceu. Aldemir era sem sobra de dúvidas um legítimo brasileiro. O artista falece , a obra fica ainda mais cara , para quem é leigo no assunto.
Diário da Cuesta
Aldemir Martins, o pintor (reprodução) Em casa três obras do artista assinadas , uma do gato assinada, outra da Mulher e outra em óleo sobre tela do cangaceiro.
@ Vale ressaltar que quanto menor e maior o número das obras assinadas o valor é sempre maior. A mulher por exemplo , aninha de vinte é a vinte e cinco e o Gato de é a dezesseis.
DESTAQUE: Em breve teremos uma coluna comentando a história de Gabriela Hess , atriz Global que adorou BOTUCATU para viver e está desenvolvendo um trabalho muito interessante para as mulheres. Posteriormente, para os homens também. A atriz participou de novelas e séries como JK entre outras. Contracenou com nada mais nada menos que Ana Paula Arosio.