Diário da Cuesta
ano I Nº 269
NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
SÁBADO E DOMINGO, 18 E 19 de setembro de 2021
No dia 18 de Setembro é comemorado o Dia dos Símbolos Nacionais. A data homenageia os símbolos que representam o Brasil e a identidade da nação no mundo. Descritos na Constituição Federal, os quatro símbolos oficiais do Brasil são: a Bandeira Nacional, o Hino Nacional, as Armas Nacionais (ou o Brasão Nacional) e o Selo Nacional. A apresentação e a regulamentação dos símbolos nacionais brasileiros foram estabelecidos pela Lei 5.700, de 1971, que padroniza e define as dimensões, padrões, cores e representações dos símbolos.
O Simbolismo Cívico de Botucatu - Registro Histórico
O Brasão de Botucatu Os Símbolos do Município de Botucatu tem sido, nos últimos tempos, objeto de acaloradas discussões, protestos e movimentos organizados. Isso revela que a nossa simbologia cívica está necessitada de uma maior adequação à história botucatuense. Página 3
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Diário da Cuesta
ARTIGO
Onde Estão As Nossas Raízes...?
Cláudio de Almeida Martins Posso estar sendo muito bairrista, mas considero que, nós Botucatuenses, somos privilegiados por termos nascido sob a tutela de uma história muito rica. Possuímos história de desbravadores corajosos. Possuímos história de região tocada pela mão divina quanto à sua arquitetura natural. Possuímos a beleza de nossa “Cuesta”. Temos as nossas cachoeiras, nossas matas, nossa fauna e, principalmente, nossa brisa “serrana”. Devemos ainda, apor às glórias conquistadas, as inteligências que aqui aportaram e difundiram seus conhecimentos, formando um corpo intelectual formidável que transpôs fronteiras nacionais e impôs um reconhecimento de cidade das Boas Escolas. O povo, habitante desta cidade, tornou-se conhecido em especialidades virtuosas das diversas áreas, tais como: Pintores, Escultores, Poetas, Músicos, Mestres de sala de aula, Historiadores, Escritores, Médicos, Políticos e outras tantas que fica difícil registrar. Aqui, em Botucatu, foram criadas Instituições, que além de serem pioneiras, deixaram marca indelével em registros que enaltecem a nossa comunidade. Isso é um pouco do que foi construído, mas tem algo que gostaria de ressaltar: existiam símbolos que agregavam as forças de nossa cidade. Esses símbolos faziam com que nos peitos dos botucatuenses fosse vivificado o passado de glórias de seus pioneiros. Nossos antepassados partiram; Nossos pioneiros se tornaram história; Nossas Instituições contruíram um legado legítimo de reconhecimento; Nossos símbolos* que representavam a aliança do novo eom a história de glória, foram alterados. Deixaram, no caminho, através de pegadas, que foram sendo apagadas com a chuva e com o vento, suas façanhas, seus amores, seus desatinos, suas derrotas vitoriosas, suas glórias intangíveis, seus suores engrossados com a terra, sua liberdade impressa com sangue e com devoção. Tiraram de nós aquilo que unia o espírito ancestral com os novos corações que brotavam desta terra fecunda. O nosso “Brasão”, a nossa “Bandeira” podiam ter «defeitos» técnicos ; preciosistas, mas tinham, em compensação, ; a “alma” da história. Sei que o nosso “Brasão” possuía erros, segundo os especialistas, na questão da “Heráldica”, mas se esqueceram que o homem é imperfeito, e se assim ele o é reconhecido, sua obra não poderia deixar de acompanhá-lo. É certo que, seguindo a linha da ciência, comprovou-se o desacerto, mas, esqueceram que a história não se apaga com o acerto científico. Esqueceram-se que a história não pode ser substituída. Esqueceram-se que os desenhos grafados nos nossos símbolos, não só representavam a beleza gráfica, mas também o amor pulsante de patriotas. Substitui-se as formas gráficas, mas a história continua inalterada. Trocam-se os emblemas, mas por| detrás dos novos, viceja a auréola dos primeiros. Quero meu “Brasão” primeiro de volta. Quero minha bandeira primeira de volta. Quero a alma de meus antepassados de volta. Quero a beleza interna dos meus símbolos primeiros èscancarada. Quero meu arado de volta; Quero meus três morros de volta; Quero minha jgrejinha de volta; Quero meu ramo de café de volta; Quero meu ramo de algodão de volta; Quero meu “Báculo” de volta; Quero meu livro de volta; Quero meus rios de volta; Quero minha torre de volta. Convém acrescentar aqui, que entendo os três morros representando a nossa “Serra”, hoje reconhecida como “Cuesta”, e também, que o algodão, segundo os entendidos teve lugar aqui na região também. Penso, que a substituição foi feita com consentimento popular. Penso que a idéia dos idealizadores da renovação dos símbolos, foi dirigida para enquadrá-los em critérios de modernidade. Imagino, que nossos novos símbolos, foram pensados para serem perfeitos em sua simetria, em seu enquadramento científico, em sua adaptação à qualquer momento. Imagino que foi pensado em tudo. Menos em um aspecto: A história não pode ser substituída, mesmo para acertar seus desacertos. E, quer queiram ou não, os símbolos primeiros são os que marcam. As questões de simbologia não podem ser tratadas com caráter estético puro. Não podem ser vistas com olhos de modernidade, porque isso é o que menos o símbolo representa, a não ser que sejam criados para representar o.moderno. O símbolo é: criado em conjunto com os ideais e nunca podem ser substituídos porque o ideal não muda^ Peço desculpas àqueles que assim não entendem, e reconheço seus valores pelo seus espíritos adiantados, mas esclareço, que em termos de símbolos, continuo amando aqueles que foram criados pelos homens da época e que traduzem, não em sua fidedignidade estética, mas em suas figuras simples, os valores de uma história poderosa em patriotismo e em reconhecimento às coisas da terra.
Coloquem lado a lado os nossos símbolos primeiros e últimos, e peçamos para que o povo escolha quais devem permanecer. Temos a certeza absoluta, de que a beleza natural dos primeiros, contagiará àqueles que não tiveram oportunidade de reverenciá-los. Pelo retorno de meus amores antigos tão presentes na nossa realidade. Pela Bandeira e pelo Brasão dos nossos antepassados. Pela volta do antigo tão rico e pelo louvor à nossa história tão presente nos símbolos que ainda não esquecemos. Sei, que os motivos que levaram os nossos cidadãos experientes a propor e, através de esforços imensos, confeccionar novo Brasão foram da mais alta envergadura idealista e repletos de amor pela cidade. Sei, que o Brasão original, projetado e desenhado pelos nossos notáveis historiadores Hernâni Donato e o saudoso Gastão Dal Farra, continha distorções segundo a “Heráldica”. Segundo os entendidos, a Torre estava em perspectiva enquanto o correto seria a forma plana. Segundo os entendidos, a “Bácula”, aquele cajado de Bispo, estava encostado na linha do Brasão. Segundo os entendidos, as folhas dos ramos do café e do algodão estavam murchas. Segundo os entendidos, em Botucatu o algodão não poderia estar sendo representado, pois não era dá região. Segundo os entendidos, os Três Morros não poderiam fazer parte do Brasão porque já não pertenciam mais ao município de Botucatu. Segundo os entendidos, essas distorções são execradas pela “Heráldica”. Não discuto o fato de que o nosso Brasão, segundo a aplicação da “Heráldica; não tivesse sido idealizado nas “Leis” próprias da confecção desse símbolo, e nem desqualifico os esforços sérios dos responsáveis pela criação de um Brasão que estivesse dentro das “regras” da “Heráldica”, mas eu quero meu Brasão com defeitos de volta. Imaginem os Senhores e Senhoras, que um dos nossos antepassados, aquele que foi o iniciador conhecido de um império familiar, tenha escolhido um símbolo para representar o nome dentro de determinado segmento. Nessa escolha, devido a uma menor habilidade, tenha desenhado um círculo torto e repetido esse sinal por décadas, ficando esse sinal reconhecido como a qualidade de determinado produtos Chega, então o tataraneto, e observa que o seu antepassado, na realidade, queria representar um círculo, e, por aquilo que expusemos, o faz defeituoso. Não concorda e, por amor à perfeição, resolve corrigir e faz um círculo perfeito. Eu pergunto: Corrigiu a história? Recuperou um erro de falta de habilidade? Melhorou a consideração dos clientes em relação ao produto que o sinal representa? Eu respondo: Não, em nenhuma situação! Na realidade é a distorção que o fez ser reconhecido, e, além disso, o diferencial era o desvio. Não estou apregoando que deve-se distorcer as regras para ser reconhecido, estou apenas mostrando que, apesar de conter erro, um sinal carrega mais que a perfeição gráfica, ele, com certeza absoluta, traduz um momento, e, como momento, ele não pode ser substituído. Vamos demonstrar por outro lado: O homem e a mulher tem uma imagem considerada a perfeita, dentro dos estudos que contemplam a harmonia, o equilíbrio e etc... Então, pergunto: As pessoas que não estiverem dentro desse perfil devem ser reformuladas? Devem passar por aperfeiçoamentos estéticos e mentais? Devem se submeter a encurtar o nariz, a reduzir suas orelhas, aumentar sua musculatura? É evidente que não! Então, porque temos que substituir um símbolo que tão bem representou nossas aspirações, nossa história, nossos avós, nossos pais, apesar de não estar condizente com as regras de uma ciência. É evidente que estou falando pela questão sentimental e não pelo lado científico. É evidente que valorizo muito mais o esforço de irmãos Botucatuenses em criar um símbolo que represente a galhardia de antepassados do que responder às questões da perfeição técnica. Concordo que, a partir de um determinado momento, onde tenhamos o domínio de uma ciência, passemos a organizar nossas atividades dentro dos preceitos corretos, mas, não concordo que isso venha a dar direito de alterar aquilo que já fez história. Sei que foi em 1952 que o nosso Brasão primeiro foi idealizado, portanto, temos a idade de 46 anos, e para realmente ser história, precisaria no mínimo de 100 anos, mas, para nós, com uma vida tão curta, escolhida com sabedoria pelo nosso “Deus”, queremos poder viver a nossa história com aquilo que ajudou a representar a história. Com os devidos respeitos àqueles que tão sabiamente. e lutaram para a criação do novo símbolo e de maneira perfeita, eu me digno a manifestar que o nosso símbolo, quer queiram quer não, é aquele que traduz em seu desenho a imperfeição humana, o que, na realidade, é a melhor representação do Ser humano. Devemos ter em mente, que a nossa tão querida Bandeira brasileira também tem falha e permanece sem ser tocada, graças a Deus. Segundo os especialistas, a estrela intrometida, aquela que fica quase no centro do Cruzeiro do Sul, deveria estar à direita e não à esquerda. E daí? Vamos propor reformá-la? Em nem uma mente consciente passaria esse pensamento. Quando se estuda a história, nunca é para tentar modificá-la, e sim para se utilizar dela a fim de realizar novos acertos ou para corrigir o presente e o futuro, nunca para mudá-la. Você pode corrigir a história em termos de fatos e conhecimentos que não representaram a verdade, apondo os fatos corretos, o que não é o nosso caso, pois aqui, o Brasão é concreto. Quero meu Brasão de volta... Caso não consiga, o que é o mais certo, eu terei na minha casa, na minha sala, c no meu coração o verdadeiro Brasão. Somente uma explicação: Não sou versado em “Heráldica”, por isso posso até cometer erros na análise dessa “arte ou Ciência”, mas, com certeza absoluta, entendo de sentimento de amor à nossa história. (Acervo PEABIRU)
EXPEDIENTE
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
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O Simbolismo Cívico de Botucatu - Registro Histórico.
O Brasão de Botucatu
Os Símbolos do Município de Botucatu tem sido, nos últimos tempos, objeto de acaloradas discussões, protestos e movimentos organizados. Isso revela que a nossa simbologia cívica está necessitada de uma maior adequação à história botucatuense. Foram 3 os Brasões de Botucatu: O 1º Brasão - o Brasão do Centenário - foi o que mais permaneceu oficialmente. Surgiu por ocasião das comemorações de nosso 1º Centenário. A municipalidade atendeu às reivindicações das forças representativas da comunidade e à necessidade de o município elaborar o seu símbolo representativo, designando o escritor botucatuense Hernâni Donato e o professor Gastão Dal Farra para que elaborassem o Brasão de Botucatu. Como era o nosso primeiro Brasão, contou com a entusiástica colaboração do Prof. Sebastião de Almeida Pinto. O Brasão elaborado trazia em seu bojo a história de Botucatu, tendo passado pelo crivo exigente do Prof. Sebastião de Almeida Pinto, destacado historiador botucatuense, do Prof. José Pedretti Neto, também destacado estudioso de nossa história e do parecer minucioso de nosso 1º Arcebispo - Dom Henrique Golland Trindade. Na perspectiva do preciosismo da heráldica, com certeza, em alguns aspectos técnicos do brasão, haveria falha técnica em sua elaboração. É compreensível. No entanto, destaque-se o encontro perfeito e completo de nossa história com o simbolismo gráfico do brasão. O 2º Brasão surgiu no final dos anos 70. Foi uma grita geral. Após 26 anos, as autoridades constituídas resolveram mudar o Símbolo Oficial do Município. A ausência de participação dos botucatuenses e a pressa na mudança foi destacada por pronunciamentos dos Vereadores e claro posicionamento das Entidades representativas, com destaque para a Academia Botucatuense de Letras. Trabalho do Sr. Lauro Escobar, especialista em heráldica, o nosso 2º Brasão foi elaborado na mesma época que o Brasão da vizinha cidade de Anhembi. Eram parecidos. Nosso 2º Brasão estava condenado a ter vida curta... No ano de 1983, a Prefeitura Municipal de Botucatu patrocinou nova mudança em nosso Símbolo Municipal. Nosso 3º Brasão surgiu de consulta pública, sob a coordenação da Prefeitura Municipal e colaboração da Academia Botucatuense de Letras. Embora aberta à participação da comunidade, a elaboração do 3º Brasão de Botucatu não empolgou, eis que não houve motivação suficiente para que os botucatuenses se mobilizassem. É sabido que não basta ser perito em heráldica para ser capaz de compor um Brasão. É preciso ir além. É preciso conhecer o espírito do povo, a sua história, para que o Símbolo Oficial a ser elaborado seja, realmente, o intérprete desses fatores, quer sob o aspecto histórico, quer sob o aspecto de sua plasticidade técnica. Um perito em português, é sabido, nem sempre faz a melhor poesia... Optou-se pela mudança , mais uma vez...No entanto, o 3º Brasão não empolgou a população , nem durante a sua feitura e, o que é mais grave, nem depois que se transformou, por força de lei, em Símbolo Municipal. De uma técnica perfeita e de uma plasticidade inatacável, o nosso 3º Brasão é irritantemente insípido e frio e vazio, em termos de mensagem e simbolismo. O movimento pró-retorno do Brasão do Centenário continua...Isso é significativo. Por ocasião das discussões à respeito da mudança de nosso Brasão, o historiador botucatuense escreveu vigoroso artigo e deixou o seu alerta: “...Em futuro não remoto, a Academia, o Centro Cultural, a Casa de Cultura, os jornais e as rádios bem que poderiam levar o assunto à tribuna irrecorrível: o plebiscito...” Breve, Botucatu estará comemorando o seu 159ºaniversário. Quem sabe será uma oportunidade para que haja o tão esperado casamento entre os nossos Símbolos Municipais e a História deste povo que soube construir, no cimo da serra, uma comunidade participativa e orgulhosa de seu passado, vivenciando o seu presente e construindo o seu futuro. SUGESTÃO: Já demos a nossa sugestão e vamos repetí-la: que se mantenha o atual Brasão e se eleve a nível de BRASÃO DO CENTENÁRIO o nosso Brasão Histórico, elaborado por Hernâni Donato e Gastão Dal Farra. Nos links apresentados na abertura “O Brasão de Botucatu I e II”, apresentamos toda a luta pela manutenção do Brasão do Centenário, com o o artigo do Hernâni Donato, os discursos dos vereadores e artigo dedicado ao nosso símbolo municipal. Vale a leitura A seguir, daremos os aspectos técnicos de cada Brasão. O Brasão do Centenário 1º Brasão (de 1952 a 1978): riado pela Lei nº 273, de 28/08/52, o 1º Brasão de Botucatu foi elaborado pelo historiador botucatuense Hernâni Donato e desenhado pelo também botucatuense Prof. Gastão Dal Farra. Prefeito: Emílio Peduti. “Descrição : Escudo redondo português encimado pela coroa mural da municipalidade, dividido em dois quartéis sendo o primeiro cortado. No primeiro quartel, na parte de dextra, em sinople, três montanhas heraldicas, cortadas do leste para o oeste geográficos por um caminho em ascensão e ao pé das montanhas uma capela rústica encimada por uma cruz. No primeiro quartel, na parte de senextra, em blau, da esquerda para a direita um sol e uma estrela sobre dois rios paralelos. No segundo quartel, um livro, um báculo e um arado manual. Na coroa, em escudete, um fuso encimado pelo seu significado de atividade matriarcal, o orago da cidade. Como suportes, à dextra, um ramo de café frutado em goles, à senextra um ramo florido de algodão em cor natural. No listél, em letras de
ouro sobre sinople, a palavra “Botucatu”. Justificativa: O escudo português, redondo, liga a origem da cidade e o povoamento do município à tradição lusitana no Brasil. No primeiro quartel, à dextra, as montanhas heraldicas mostram a Serra de Botucatu, balisa no caminho dos bandeirantes, principal distintivo geográfico da região e primeiro elemento da mesma que compareceu na História. O caminho ascendente lembra as estradas coloniais que fizeram da serra um carreadouro de civilização e de povoamento, a ponto de haver um governador da província determinado que a ida ou o retorno do sertão se fizesse atravessando aquelas serras. A capela ensina que a primeira construção e tentativa de povoamento é devida aos padres da Companhia de Jesus que ali mantiveram uma fazenda de criar, de 1719 até 1760, na qual fazenda nasceram os primeiros botucatuenses cristãos. A capela mostra ainda que a cidade nasceu para a civilização, tal como o Brasil e São Paulo, sob o signo da Cruz de Cristo. O campo em sinople relembra as pastagens que constituiram o motivo, a formação das primeiras fazendas e núcleos populacionais. Na parte da senextra, o campo blau diz da pureza do clima que veio dar o nome à região, sabido que Botucatu significa bons ares. A estrela, símbolo das virtudes teologais afirma que a cidade e o povo foram sempre firmes em sua Fé erguendo inúmeros templos de várias profissões religiosas; constante na sua caridade, mantendo asilos e casas de abrigo, e da sua permanente Esperança nos dias futuros. Os rios paralelos que são o Tietê e o Pardo, confirmam o ensinamento de que Botucatu cumpriu desde os seus primeiros dias a missão de conduzir através de seu território a civilização e a conquista. O Tietê conquistou o sertão do Brasil, nos séculos XVII e XVIII e o Pardo povoou o sertão de São Paulo no século XIX. No segundo quartel, o livro, o báculo e o arado dizem que a projeção da cidade e do município veio do seu trabalho profícuo e da sua atividade espiritual pois durante meio século Botucatu foi o maior centro educacional do sudoeste paulista e do território de sua diocese é que sairam os territórios de várias outras dioceses paulistas. Na coroa, em escudete, o fuso, significando atividade matriarcal, demonstrando que o orago da cidade é Sat´Anna. Como suportes, à dextra um ramo de café frutado lembrando que o município não só foi grande produtor de café mas também origem de uma importante variedade: o “café amarelo” ou “café de Botucatu”. À senextra, um ramo florido de algodão que foi outro importante produto agrícola da região. A final, é consignado o nome do município no listél, objetivando bem individualizar o brasão.” 2º Brasão (de 1978 a 1983) - Criado pela Lei nº 2.130, de 12/03/78, foi elaborado porLauro Ribeiro Escobar. Prefeito: Luiz Aparecido da Silveira. “Descrição : Escudo ibérico, de blau, com um monte de três cabeços de jalde, movente da ponta, carregado de um fuso de goles, um aquilão de argente sainte de nuvens do mesmo, movendo do ângulo sinistro do chefe e bordadura de goles, carregada em chefe de uma cruz flordelizada, acompanhada em orla de sete flores de liz, tudo de jalde. O escudo é encimado de coroa mural de argente, de oito torres, suas portas abertas de goles e tem como tenentes, à dextra, a figura de um bandeirante e à sinistra, a figura de Minerva, em trajes característicos, ambos de carnação. Listél de blau, com o topônimo “BOTUCATU” e letras de jalde. Justificativa :Escudo ibérico, em azul, usado em Portugal à época do descobrimento do Brasil, evoca os primeiros colonizadores de Botucatu; um monte de três cabeças - em amarelo - simboliza a Serra de Botucatu; aquilão prateado, saindo das nuvens, simboliza o topônimo Botucatu: “Ybiti”, ventos, ares, e “Katu”, bons; fuso em vermelho, evoca Santana, padroeira da cidade; coroa prateada significa emancipação política do Município; bandeirante, à direita, evoca os bandeirantes que tinham seu marco na Serra de Botucatu, em sua caminhada para oeste; Minerva, à esquerda, deusa da Sabedoria representa o centro de cultura, que é Botucatu, pelas famosas escolas; listél com topônimo Botucatu, em amarelo.” 3º Brasão (desde 1983): Criado pela Lei nº 2.397, de 10/11/83, foi elaborado a partir do concurso aberto, sob a Coordenação da Prefeitura e Academia Botucatuense de Letras, buscou, em substituição ao 2º Brasão, a elaboração de um brasão tecnicamente bem elaborado. Prefeito: Antonio Jamil Cury. “Descrição: Escudo português. Portas abertas das torres. Campo azul. Fuso de prata. Terra do verde. Perfil da cuesta e ramos de café amarelo. Justificativa: O escudo português indica a cultura que fundamenta a comunidade pátria e a local, cuja categoria de município é atestada pela coroa mural. As portas das torres, abertas em azul, asseguram a hospitalidade aos que chegam. O campo azul reflete o céu e o clima que inspiraram ao indígena o nome ybytukatu, significando bons ares. O fuso de prata, símbolo do trabalho e de Sant´Anna, a Padroeira, nele reverencia os fundadores da cidade e nela celebra as virtudes da Mãe e Mestra. O verde do terrado acentua a fertilidade da terra e evoca o dilatado território original botucatuense, matriz de muitos outros municípios. A faixeta de prata evidencia o perfil da cuesta, impressiva característica geográfica da região, recordando, ainda, caminhos que mesmo antes do descobrimento do Brasil, cruzando o chão municipal, serviam de intercâmbio de conhecimentos e riquezas, os ramos de cafeeiro, frutificados em amarelo ouro, realçam a variedade chamada “Café Amarelo” ou “Café Botucatu”, privilégio das lavouras locais. O topônimo “Botucatu”, em prata listél azul, valoriza o respeito dos municípios pelos legados do passado, reafirma o seu zelo pelas singularidades da terra e a perseverança nos valores espirituais e fraternos e garantias de futuro melhor.” (AMD)
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ARTIGO
O RECONHECIMENTO Roberto Delmanto
A Avenida República do Líbano, localizada em bairro nobre da capital paulista, tornara-se um “inferno” para seus moradores. Nos fins de semana à noite, o local e suas proximidades eram invadidos por dezenas de travestis que se exibiam semi-nus e faziam gestos obscenos, atraindo inúmeros carros que para lá se dirigiam. A gritaria, as arruaças e a confusão eram constantes, chegando-se até a ouvir disparos de arma de fogo. Ninguém conseguia dormir até alta madrugada. A Polícia nada fazia, alegando que muitos deles tinham habeas corpus preventivo. Os moradores se rebelaram. Um deles, conhecido dentista, se destacou na briga com os travestis: com um esguicho, atirava água naqueles que se postavam na frente de sua casa, os quais, por sua vez, revidavam jogando pedras no seu jardim. Em uma dessas noites de costumeira balbúrdia, ouviu-se um tiro, que atingiu mortalmente um travesti de apenas 17 anos de idade. Seu colega, que estava próximo, passou a acusar o dentista de ter sido o autor do disparo. Assumi a defesa do mesmo, que protestava inocência, pois sequer possuía arma de fogo em casa. Intimado a comparecer ao 15º Distrito Policial, para ser sub-
metido a reconhecimento pessoal, o Delegado pretendeu colocar meu cliente, um senhor de cinquenta e poucos anos, baixo, careca e gordo, entre outras pessoas que com ele não guardavam a menor semelhança, inclusive quanto à idade. Protestei, dizendo que, naquelas condições, o dentista não se submeteria ao pretendido reconhecimento. Invoquei, a propósito, o Código de Processo Penal, o qual determina que, sempre que possível, a pessoa a ser reconhecida deve ser colocada entre outras que com ela guardem alguma semelhança. A Autoridade Policial alegou que não tinha no momento, em sua Delegacia, nenhuma pessoa com tais características. Foi aí que divisei, em uma das salas do Distrito, “seu” Abrão, escrevente daquela dependência policial e meu velho conhecido, que era muito parecido com o dentista: na idade, na altura, no peso e até na calvície, sendo apenas mais moreno. Pedi, então, ao Delegado que o colocasse junto com meu cliente e as outras pessoas já escolhidas, o que foi por ele aceito. Quando o travesti-testemunha, colocado em uma sala, viu através de um visor improvisado o dentista e mais quatro homens enfileirados na sala vizinha, não teve a menor hesitação: reconheceu imediatamente e com toda segurança, como autor do disparo, ninguém mais ninguém menos do que “seu” Abrão. O qual, desnecessário dizer, não morava na Avenida República do Líbano ou em suas imediações, nem, logicamente, estava lá na fatídica noite...
Você Sabia ??
Que a Embaúba é uma árvore típica do cimo da Cuesta de Botucatu? Pois é, a Embaúba que também é conhecida por Umbaúba, Ambaíba, Ambaúba, Imbaúva ou Imbaúba, é árvore da família das Moráceas (cecropia palmata); é árvore de tronco indiviso. Embaubal é o bosque de embaúbas. Também é chamada de árvore-dos-macacos ou árvore-da-preguiça ou torém. O antigo traçado férreo da Sorocabana passava por Vitória (Vitoriana), Lageado e...Embaúba... Sim, Embaúba é uma pequena Vila pertencente a Botucatu que até hoje é procurada pelos amantes da pesca por ser um local ideal e piscoso. Hoje, o descuido e o desrespeito à natureza reduziu muito o número de Embaúbas em nossa região, mas podem ser encontradas na Cuesta e em vários pontos verdes de nossa cidade.
Estátua de Raul Torres na
Praça do Bosque (Botucatu)
você sabia? Que teria sido brasileiro o famoso herói inglês que marcou presença na Primeira Grande Guerra Mundial? Teria sido botucatuense esse herói? Teria nascido na Cuesta de Botucatu esse herói que encantou gerações com sua bravura e idealismo? A Revista Peabiru apresentou minucioso estudo sobre a trajetória desse herói mundial. Na história ou na “lenda” de Lawrence da Arábia, temos como berço natal do herói a Cuesta de Botucatu, mais precisamente, a Fazenda do Conde de Serra Negra, localizada Vitoriana. em
Verdade ou lenda ?!? Segredo guardado ou sonho “botucudo” surgido antes virada do século passado?!? da Mas fica – com certeza! – a imagem positiva e heroica Lawrence da Arábia: um de brasileiro nascido na CUESTA DE BOTUCATU.
EMERSON FITTIPALDI
GRANDE CAMPEÃO DA F 1 - foi o primeiro/abriu o caminho!!! Emerson Fittipaldi foi o primeiro brasileiro a se tornar campeão mundial de Fórmula 1. Foi bicampeão em 1972 e 1974, campeão (Fórmula Indy), em 1989 da CART e bicampeão das 500 milhas de Indianápolis em 1989 e 1993! Leia “Clã Fittipaldi: uma família que tem carros de corrida e motor nas veias” - Página 4
Felipe Massa & O Tsunami do Azar...
Felipe Massa e o grande Pentacampeão da Fórmula 1, Schumaker, no Vale do Sol. PÁGINA 2
INI – Na pági– DINUCCI & PARD RO DE BOTUCATU família PARDINI com Botucatu. ORES DO FUTU da OS CONSTRUT profundas raízes ico que traz as mãe em uma na 3, leia o histór
Fotos: Rodrigo Scalla
folha que busca sua da”) um pingo d’água “Cuesta Rasga tica através de na quarta página Uma viagem fantás Cuesta de Botucatu... (leia da Embaúba no cume
AS LOJAS DO COMÉRCIO ENFEI TAM SUAS VITRINES PARA O NATAL !
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ue a sua reePardini conseg ipal de O prefeito Mário à Prefeitura Munic i leição (2020/2024) início da campanha, Pardin o Botucatu. Desde na preferência do eleitorado vinha despontando vo da SABESP, teve destaExecuti . tuense frente 35 mubotuca dade positiva à i enfrenque por sua capaci Pardin to, te seu manda tu nicípios. Duran ram em Botuca ções que ocorre tou as inunda os generalizados pontes e estrag com queda de tar a pandemia teve que enfren o e, em sequência, tu acompanhou ... Ufa... Botuca do vírus chinês equipe capacitada frente de uma à o consua a trabalh OU seu Municipais, RENOV e, nas Eleições O ELEITO ! fiança! ELE É
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QUARTA-FEI RA 09 de dezembro de 2020
BOTUCATU DANIA EM o de 2020 ano I Nº 31 de dezembr E E DA CIDA TERÇA-F EIRA 15
MEIO AMBIEN
ano I Nº 26
E E DA CIDADANIA EM BOTUCAT
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Amanhã, 15 de novembro, é dia de Eleição Municipal e é, também, feriado da Proclamação da República. Em Botucatu são 321 seções eleitorais no Município de Botucatu e são 101.025 eleitores. O Chefe do Cartório Eleitoral da Comarca de Botucatu, Igor Ignácio, destacou algumas recomendações para o dia de amanhã: o horário de votação tem 1 hora a mais, começa h. e vai até as 17h., sendo às 7 que os eleitores com mais de 60 anos terão preferência nas 3 primeiras horas. Essa preferência é por todo o dia das eleições. res doentes, deficientes Eleitoou grávidas também terão preferência. Será seguido o Protocolo to social e o uso de álcool de Segurança, com distanciamengel obrigatórios em todas além do uso de máscara. O TRE recomenda que cada as seções, portador de sua própria eleitor seja caneta para assinatura e até para teclar os números na urna. Recomenda também que o leitor leve cumento com foto. doO TSE lembra que o voto é obrigatório. Só não é para os analfabetos, os obrigatório maiores de 70 anos e nem para os maiores de 16 e menores de 18 anos. Quem não puder votar deverá justificar no mesmo eleição, podendo fazê-lo dia da pelo aplicativo e-Título, tendo também 60 dias para fazer a sua justificativa.
TE E DA CIDADA
Ele é o Eleito! NA DEFESA DO
Diário da Cuesta
NA DEFESA DO MEIO AMBIENT
AMBIENT DO MEIO
ELE IÇÕ ES MU NIC IPAI S
Nº 06 SEGUNDA-FEIRA de 2020 16 de novembro
TU NIA EM BOTUCA
NA DEFESA
RAUL TORRES é um orgulho para Botucatu. Faz parte do TRIO DA MÚSICA RAIZ: ANGELINO DE OLIVEIRA, RAUL TORRES E SERRINHA. Praticament e região a CAPITAL DA MÚSICA e, fazendo de Botucatu CAIPIRA ou MÚSICA RAIZ! Com estátua na Praça do Bosque, Raul Torres tem resgatado o seu OUTRO LADO MUSICAL: do SAMBA RURAL ou SAMBA DO INTERIOR. O original e excelente TRIO GATO COM FOME, resgata com muito brilho dez sambas de Raul Torres, no álbum EM BUSCA DOS SAMBAS DE RAUL TORRES. Botucatu não poderia ficar desconhecendo esse lado musical de Raul Torres e com o também. Ver matéria completa qual fez muito sucesso, na página 2
Diário da Cuesta
VOCÊ!
RAUL TORRES E O SAMBA RURAL
Nº 05
SÁBADO DOMINGO 14/15 de novembro de 2020
MODERNO COMO
E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
a Diário da Cuest
NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE
Diário da Cuesta
Diário da Cuesta
EMBAÚBA
JORNALISMO MODERNO
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Diário da Cuesta
Parabéns, Avaré !
160 Anos da Fundação de Avaré! 15/09/2021
Dante Delmanto discursando na instalação da Câmara Municipal de Avaré, em 1936
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C OMENTA O que é um Coaching? Rodrigo Scalla
Na coluna de hoje , entrevistei meu amigo Júnior para saber mais sobre esse método tão interessante. Esta coluna também trazendo informações úteis as pessoas. Vamos a entrevista? O que é o coaching? É o profissional de Coach, ele faz o coaching. E o que o Coach faz? Ele cuida da parte metal da pessoa através de uma meta estabelecida pela pessoa, meta essa que pode ser sonhos, realizações, planejamento ou mesmo alguma dor. O foco é sempre no ser, pois vivemos num mundo cada dia mais doente pois as pessoas só pensam no ter. Em que área que o Coach atua? Trabalha em qualquer área que for necessário
Diário da Cuesta
para alcançar qualquer objetivo, tudo que pode ser medido pode ser alcançado, desenvolvimento pessoal, relacionamento, carreiras, concurso público, espiritualidade, vestibulares, empresas, seleção profissional, politica, etc. Quanto tempo leva uma sessão de coach? Em média 1 hora. Qual é realmente a função do coaching na vida de alguém? Evoluir, se tornar uma pessoa melhor para o mundo para os outros, ajudar a encontrar seu propósito e sua missão através de se auto conhecer, auto responsabilidade e de quebra alcançar seus sonhos. Uma mensagem de coach? Mais importante que o destino é a sua jornada!
Destaque Social, empresarial , cultural e notícias
Inauguração: Acaba de ser inaugura excelente espetinho no entorno do Ginásio. O projeto foi feito pela arquiteta Lilian Inácio. Passei por lá e “ Ulala” , achei incrível
Holofote Social: A cantora Wanderleia lança biografia na capital. Como bom amigo, prestigiei. A biografia está fantástica
Destaque empresarial: Aproveite o sábado e corra na Thai Toyota de Botucatu. Além dos carros novos , a Thai dispõe dos semi- novos com ótimas formas de pagamento e excelentes planos. Não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje.
Boas recordações: Uma das festas mais aguardadas do ano era “ Homens e Mulheres de Sucesso by Enza” . Nunca mais houve a premiação igual. Na foto; Maria de Lourdes Losi e Ovadia Saadia , nosso presidente da Apacos e Febracos Bom gosto: A Área VIP empresa de sucesso na cidade capitaneada por Erika Victoriano faz enorme sucesso nas confecções que realiza para festas e recepções, e muito mais. Hoje, a empresa está localizada na Vila dos Lavradores. Erika Victoriano é muito caprichosa.
Repaginado: PS de Botucatu totalmente repaginado com bom gosto e ótimo atendimento. Parabéns!
Cultura: Agende para o final de semana. Dica: Poderia voltar às apresentações nas praças da cidade aos sábados.
Live no La Bella: Ontem pela manhã fui convidado a realizar a maquiagem na loja La Bella. Acompanhem as lives no Facebook da loja. Na foto; Eduardo, Alexandre, Mara, Euzinho e Talita