Edição 284

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Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

ano I Nº 284

QUARTA-FEIRA, 06 de outubro de 2021

EXPO DUBAI E O PAVILHÃO DO BRASIL

EXPO DUBAI é só grandiosidade! São 200 países participantes, com a previsão de 25 milhões de visitantes a EXPO DUBAI irá até 2022. Magnífica! O vice-presidente, General Hamilton Mourão inaugurou o Pavilhão Brasil na Expo Dubai, nos Emirados Árabes (dia 1º de outubro). A feira mundial tem como objetivo prospectar novas tecnologias, tendências e inovações, com o tema “Conectando mentes, criando o futuro”. Estiveram presentes o Ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, o Embaixador do Brasil nos Emirados Árabes, Fernando Igrejas, o Secretário Especial de Aquicultura e Pesca, Jorge Seif e o Presidente da Embratur, Carlos Brito. PÁGINA 4

TERMINAL RODOVIÁRIO DE BOTUCATU “CARLOS ALBERTO MELUSO” completa hoje, 6 de outubro, 33 anos.

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ARTIGO “Na corda bamba “ “Somos aquilo que ninguém vê, uma coleção de histórias, memórias, dores, tragédias, bondades, maldades, sucessos, sentimentos, delícias, pensamentos, pecados. Se definir é se limitar, somos um eterno parênteses em aberto...” - Machado de Assis

Maria De Lourdes Camilo Souza Prestes a entrar outubro! E a sensação é de absoluta incredulidade! Continuo escrevendo quase que diariamente e com uma facilidade que me assombra. Simplesmente as palavras se unem aos pensamentos e se desenrolam como linha de um novelo de onde vão se tecendo como quadros de estórias. Alguns dias atrás estive com algumas amigas numa gelateria apreciando o encontro e o sorvete delicioso. Antes nos reuníamos pelo menos uma vez por mês ou para um almoço, lanche, sorvete, cineminha, café, ou passeio no Shopping. Quando uma delas durante a conversa comentou que somos “sobreviventes” e foi uma gargalhada geral no grupo.

Riso nervoso porque ainda não acabou e continuamos a nos expor. A sensação de termos passado por uma guerra biológica contra um dos muitos vírus vindos da China, espalhados pelo mundo todo. Vamos vencendo com perdas e danos. Algumas se restabelecendo física, emocionalmente, economicamente. Somos todas aposentadas, vivendo no que foi o Estado mais rico do país. Sem aumento de proventos há muitos anos e tendo que contribuir com a previdência, que já pagamos durante toda uma vida de serviços prestados. Temos o riso, a alegria, o carinho da nossa amizade. Nos apoiamos nos bons e maus momentos, com rezas e preciosas palavras de conforto. Essa é a nossa arma: o Amor. Vamos andando como malabaristas na corda bamba da vida. Colocar a foto da Maria De Lourdes

EXPEDIENTE

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto

NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes

WEBJORNALISMO DIÁRIO

Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.


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A R T I G O ABELHAS, AS RAINHAS DAS MATAS Nando Cury Em 1983, os primos Paulo Bertini e André Donato me fizeram um ótimo convite: participar de um curso de apicultura e conhecer o Incrível Mundo das Abelhas. Foi paixão incondicional. Depois do curso, vieram livros, compramos juntos a indumentária (máscara, chapéu, macacão, luvas e botas), apetrechos (fumigador, espanador...) e algumas caixas-colmeia, para iniciar um projeto experimental de apicultura lá no sítio do tio Hernâni em Botucatu. A abelha é um inseto milenar, que deixou vestígios em todos os lugares da história da humanidade. Descobertas de arqueólogos apontam resquícios de mel e cera em fósseis, potes de barro, ânforas, papiros (desenhos), documentos... Cientes de sua valiosa contribuição pra natureza, os povos antigos, artistas, escritores, compositores a valorizaram, registram sua presença em seus contos, lendas, danças, telas, canções, vestimentas, moedas... O mel como um alimento vital aparece em passagens de muitos personagens históricos. As abelhas formam uma sociedade muito bem estruturada. Vamos considerar que cada colônia de abelhas é composta por milhares de operárias, 1 rainha e algumas centenas de zangões. A rainha é a responsável pela organização interna. Vive em média 5 anos, tem o dobro do tamanho das abelhas normais, é a única que possui órgãos reprodutores e põe ovos. Os machos zangões disputam a rainha para fecunda-la, sobrevivendo cerca de 80 dias ou até seus voos nupciais. As operárias, pelas condições do nosso clima, dispõem de apenas 45 dias de vida para trabalharem em múltiplas funções. Polinizam e fecundam as flores, multiplicando os frutos. De modo complementar, buscam e transportam matérias primas da natureza - como o pólen, o néctar e a água - para a fabricação dos produtos na colônia. Produzem a cera, o mel, a própolis e a geleia real que são utilizados na culinária e na farmacoterapia. Como verdadeiras arquitetas usam a cera para construir os alvéolos, que servem de berços onde chocam as larvas e os favos para depositar o mel. Fazem o papel de guardas para defender a rainha e de sentinelas para proteger a colmeia, contra ataques de insetos e pássaros. Usam própolis para calafetar possíveis frestas e orifícios da colmeia, vedando a entrada da água e do vento. Em dias frios, agrupam-se para provocar calor interno e abanam asas, como ventiladores, para arejar o ambiente no calor excessivo. Vamos lembrar como alguns artistas nacionais reverenciaram este inseto tão incrível. No lindo álbum infantil A Arca de Noé, de 1980, coube a Vinicius de Morais e parceiros criarem músicas para o projeto. Uma delas foi “As abelhas”, de Vinicius e do pianista argentino Luis Enriquez Bacalov: “A abelha-mestra e as abelhinhas. Estão todas prontinhas para ir para a festa. Num zune que zune lá vão pro jardim. Brincar com a cravina, valsar com o jasmim. Da rosa pro cravo. Do cravo pra rosa... Venham ver como dão mel as abelhas do céu.” Caetano Veloso e Wally Salomão descrevem a importância da abelha rainha como fonte de criação das abelhas e ressaltam seu matriarcado. A música “Mel” (1998), ficou muito conhecida na voz de Maria Bethânia. “Ó abelha rainha faz de mim um instrumento do seu prazer. Sim, e de tua glória. Pois se é noite de completa escuri-

dão. Provo do favo de teu mel. Cavo a direita claridade do céu. E agarro o sol com a mão.” “Acabou chorare”, de Luis Galvao e Moraes Moreira (1972), é um clássico, quase cantiga de ninar dos Novos Baianos , onde ela atua como personagem principal: “Acabou chorare, ficou tudo lindo. De manhã cedinho... Talvez pelo buraquinho. Invadiu-me a casa, me acordou na cama. Tomou o meu coração e sentou na minha mão. Abelha, abelhinha. Acabou chorare, faz zunzum pra eu ver. Faz zunzum pra mim.” Beto Guedes inclui a abelha na adoração às coisas mais puras e primitivas da natureza, destacando-a na brilhante canção “Amor de Índio” (1978, Ronaldo Bastos e Beto Guedes). “Tudo que move é sagrado. E remove as montanhas com todo o cuidado, meu amor... A abelha fazendo o mel vale o tempo que não voou.” Nos trópicos, onde estamos, centenas de milhares de espécies de plantas conhecidas dependem da ajuda de outro ser vivo para sua reprodução. Delicadas, espalhafatosas, zunizentas, como se alimentam exclusivamente de néctar e pólen, as abelhas são as únicas especialistas e as mais eficientes polinizadoras do mundo. A reprodução das plantas, em especial dos seus frutos, garante a sobrevivência de outros animais, como aves e mamíferos, que ao comê-los dispersam sementes. E assim se fecha um grande ciclo da vida. Mas, por tudo o que representam e oferecem, as abelhas não merecem ser ameaçadas e dizimadas pelos já condenados defensivos agrícolas, pela poluição e alarmantes devastações de terra. O agro brasileiro está crescendo. Isto ajuda a economia do país. Que tal um projeto de lei que obrigue os produtores agrícolas a investir na preservação da vida das abelhas como legítimas associadas aos seus negócios?


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EXPO DUBAI E O PAVILHÃO DO BRASIL

O vice-presidente, General Hamilton Mourão inaugurou o Pavilhão Brasil na Expo Dubai, nos Emirados Árabes (dia 1º de outubro). A feira mundial tem como objetivo prospectar novas tecnologias, tendências e inovações, com o tema “Conectando mentes, criando o futuro”. Estiveram presentes o Ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, o Embaixador do Brasil nos Emirados Árabes, Fernando Igrejas, o Secretário Especial de Aquicultura e Pesca, Jorge Seif e o Presidente da Embratur, Carlos Brito. O evento ocorre desde 1851 e, nos últimos 20 anos, a frequência tem sido a cada cinco anos. A última edição, em 2015, ocorreu em Milão e a próxima, em 2025, será no Japão. A Expo de Dubai foi uma exceção do calendário quinquenal justamente por causa da covid-19. A Expo 2020 Dubai acontecerá de 01/10/2021 a 31/03/2022. Composto por um imenso espelho d’água sob uma estrutura de aço e lona branca, com música e sons da natureza, o Pavilhão do Brasil na Expo 2020 ofereceu refresco para quem buscava refúgio ao calor impiedoso de Dubai. Centenas de pessoas tiraram seus calçados e entraram no

imenso lago, com profundidade suficiente apenas para molhar a parte baixa da canela. Como um Piscinão de Ramos no meio da aridez da Expo 2020, o lago brasileiro em Dubai é democrático. Aceita de crianças - que pulam, correm e até mergulham - a adultos com as sisudas vestimentas árabes. “Achei o pavilhão muito animado. E, nesse calor, colocar o pé na água é muito refrescante”, contou a brasileira Marlene Delaquis, que viajou com o marido suíço para Dubai especialmente para o evento. Segundo o diretor do Pavilhão do Brasil, Raphael Nascimento, o espaço foi pensado para ser um local de reflexão, tranquilidade e brincadeira. “Espero que as crianças, principalmente, entrem no espelho d’água e se divirtam curtindo os sons do Brasil. À noite, o pavilhão se converte numa enorme tela de projeção. Cento e vinte e cinco projetores de alta definição vão converter o pavilhão em uma viagem pelo Brasil. Vamos convidar os visitantes para percorrerem nossos patrimônios históricos, nossas indústrias, nosso agro e tudo que o Brasil tem a oferecer pro mundo”.


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TERMINAL RODOVIÁRIO DE BOTUCATU “CARLOS ALBERTO MELUSO” Na PRAÇA JOÃO PAULO (José Henrique Dos Reis), em homenagem ao cantor João Paulo da dupla João Paulo e Daniel, a Prefeitura deu seu nome para a praça fronteiriça ao Terminal Rodoviário. O cantor é de Brotas, mas juntamente com Daniel teve sucesso e consolidou sua carreira aqui em Botucatu. A Prefeitura de Botucatu (1983/1989), iniciou a construção do terminal rodoviário em 01/11/1987 e o inaugurou em 06/11/1988 em uma área urbanizada de 36.000 m2, com área coberta de 2.537 m2. Sendo que a área para embarque e desembarque é de 770 m2., com 11 plataformas. A localização desse importante aparelho urbano sempre foi motivo de acaloradas discussões. Com sua localização e início de construção na entrada da cidade (avenida Pedretti Neto) pela gestão pública anterior teve, repentinamente, cancelada sua destinação para rodoviária e foi efetivada sua doação com toda a área construída para o Corpo de Bombeiros. A sua localização na entrada da cidade obedecia orientação da Secretária Estadual dos Transportes, eis que com essa localização estratégica poderia receber linhas de ônibus para muitas cidades além de evitar que os ônibus entrassem na cidade dificultando o trânsito e atrasando as chegadas e partidas. Hoje, é pacífica a necessidade de transformar o Terminal Rodoviário em Central Rodoviário Urbano abrigando as linhas que circulam pela cidade e pelos distritos. E, em sequência, a construção na entrada da cidade de moderno Terminal Rodoviário. Localizado na parte central da cidade, na chamada “baixada” da Floriano Peixoto, tem sofrido

constantes inundações em suas instalações e na Praça João Paulo. Denominado TERMINAL RODOVIÁRIO “CARLOS ALBERTO MELUSO” em homenagem ao botucatuense que exercia a magistratura e faleceu prematuramente, tem a sua praça próxima à sede da AAF – Associação Atlética Ferroviária e próxima às avenidas Vital Brasil e Floriano Peixoto. SEXTA PÁGINA


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COMENTA Rodrigo Scalla

Diário da Cuesta Os noivos Mayara e Thiago

O Enlace de Thiago Fajardo e Mayara Fumis

Aconteceu na Paróquia Coração de Jesus no Bairro da Estação o lindo casamento de Thiago e Mayara , ela filha da minha querida amiga Eleni. O dia do casamento já começou alegre na residência da Eleni , certamente muito feliz. A noiva , Mayara teve seu dia de princesa em salão da cidade tudo como mandava o figurino. Chegada a hora, todos adentraram a belíssima Igreja, cujo o nosso Pai aparece em pintura extraordinária ao teto da paróquia como se ELE nos estivesse dando as boas vindas a sua casa. E a Igreja nada mais é que a casa do senhor. Devido a Pandemia todos os cuidados necessários e os convidados se restringiram só os familiares e amigos mui-

O sapatinho da noiva com o terço, item importante de fé

A festa: A valsa tão esperada sob a pista iluminada.

to íntimos do novo casal. Ao som das trombetas e marcha nupcial que nos toca profundamente o coração é que Mayara adentrou a nave central numa mistura de emoção e contemplamento dos que ali estavam e notei isso. A cerimônia foi curta e tocante. Posteriormente os noivos foram as fotos como de praxe e os convidados ao buffet impecavelmente glamouroso. Minutos depois, eis que chegam os recém casados Mayara e Thiago sob aplausos e música. Ocorreu a tradicional valsa ,e Thiago (músico) subiu ao palco para tocar com a banda Rock King BIRD vinda de fora a qual é fã de carteirinha. Foram momentos lindos para guardar na lembrança. Em se-

Achegada da noiva Mayara com Eleni Gasperini sob o olhar dos presentes e de inúmeros flashes

Os docinhos, uma delícia

O noivo Thiago acompanhado da mamãe, a pessoa que mais torce para a felicidade dos filhos. Acho mães presentes de Deus

O bolo, tudo haver com os noivos

guida, os noivos partiram para a Lua de Mel. Aproveito o ensejo para me por a disposição de cobrir outros casamentos, pois acho uma das festas mais lindas além dos batizados e bodas. Parabéns aos novos casados e que sejam muito felizes.

A noiva ,linda e majestosa

Na saída, lembrancinhas impecáveis para os convidados. Realmente tudo muito lindo

Saída do casal Gasperini sob os olhares dos presentes e a alegria estampada no sorriso


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