Diário da Cuesta
ano I Nº 29
NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
SÁBADO E DOMINGO 12/13 de dezembro de 2020
AS LETRAS DAS CANÇÕES QUE A GENTE CANTAVA
PÁGINA 3
PARDINI reúne Prefeitos e lideranças políticas e universitárias na defesa do HOSPITAL ESTADUAL “Me reuni hoje pela manhã na Prefeitura com prefeitos e vice-prefeitos eleitos, diretores de saúde da região, além de representantes do Hospital das Clínicas, Famesp e Diretoria Regional de Saúde com o objetivo de unir forças e buscar alternativas para captar recursos para o Hospital Estadual de Botucatu”, afirmou o prefeito Pardini. Leia página 2
DURATEX DEIXA BOTUCATU
A Duratex anunciou o encerramento das atividades da unidade de produção de painéis de madeira em Botucatu. A produção nesta fábrica se encontrava suspensa desde novembro de 2018. No comunicado, a empresa afirma que não haverá impactos no fornecimento de produtos, por conta da capacidade instalada nas demais unidades da Divisão Madeira. Além disso, a companhia fechou a venda de ativos florestais, imóveis rurais e cessão de parcerias, também na região central do Estado de SP. Essa venda e o encerramento da produção em Botucatu vão adicionar um lucro extraordinário de R$ 230 milhões para a Duratex, com impacto líquido no caixa de aproximadamente R$ 450 milhões. A Eucatex assumiu praticamente de maneira integral os funcionários da Duratex em Botucatu.
2
artigo
Diário da Cuesta
O SANTO
Cid Guelli, meu tio por afinidade foi um grande professor de matemática. Lecionando em Botucatu, cidade em que residia, sua fama acabou se espalhando por todo o Estado. Suas aulas costumavam ser tão brilhantes, que – brincavam – até uma “porta” com ele aprendia... Chefe de família exemplar, amoroso e “gozador”, não abria mão de certos princípios. Certa ocasião, um cunhado mais moço, seu aluno no terceiro colegial, achou que não precisava estudar, já que ele era o professor. Cid deixou-o em segunda época e o advertiu: estuda que você passa; se não estudar, não passa... O cunhado não levou a sério a advertência e Cid não teve dúvidas: reprovou-o. Como resultado, minha avó materna, sua sogra, ficou um longo tempo sem lhe dirigir a palavra... O renomado professor era ligeiramente gago, o que não afetava, entretanto, o brilhantismo de suas aulas.
Numa ocasião, o marido de uma sobrinha, rapaz educadíssimo, mas também um pouco gago, foi cumprimentar minha tia, esposa do professor. Ao pretender dizer “como vai, Dona Lúcia”, como ocorre às vezes com os gagos, “engoliu” o “Dona”, e o cumprimento soou: “como vai, ... Lúcia”. Cid, não se apercebendo que o mesmo acontecia com ele próprio, ficou indignado com o que achou ser um desrespeito ao rapaz. Na hora não falou nada, mas durante algum tempo dizia que se o encontrasse de novo iria tomar satisfações. Depois, acabou esquecendo o “desaforo” e o jovem de nada ficou sabendo... Quando seu renome como mestre chegou à Capital, o Anglo Latino, conhecido “cursinho”, o convidou para ser seu professor. No Anglo lecionou por muitos anos, foi depois seu diretor e escreveu vários livros da sua especialidade, sendo lembrado até hoje por várias gerações de alunos.
Mas a recordação maior que tenho do saudoso tio é outra. Eu era menino bem levado, que fazia muitas travessuras, mas sempre sem maldade. Quando repreendido costumava dizer que não tinha agido por mal. Foi aí, que Cid me deu um singular apelido, pelo qual só ele – até o fim da sua vida – sempre me chamava: o “santo”...
PARDINI reúne Prefeitos e lideranças políticas e universitárias na defesa do HOSPITAL ESTADUAL
...continuação matéria da capa
A unidade hospitalar entrará em recesso a partir de 14 de dezembro, situação que se repete todos os anos. Porém, neste ano ocorrerá por um período maior, incluindo a maternidade, com previsão de retorno das atividades no dia 01 de fevereiro. Neste período, todos os atendimentos feitos pelo Hospital Estadual serão transferidos para o HC, para que não haja
descontinuidade e desassistência na área do Polo Cuesta. Na reunião, o Superintendente do Hospital das Clínicas, André Balbi, explicou que desde que foi inaugurado, o Hospital Estadual não tem uma destinação de orçamento própria e é mantido por recursos da autarquia HCFMB.. É um momento delicado, que exige esforço político, já que nenhum município tem condições de oferecer para sua popu-
lação o que o Hospital Estadual oferece hoje. Chegou a hora dos prefeitos darem a contrapartida por tudo que o HC faz por nossas Cidades. Os prefeitos da região se mostraram preocupados com a condução das tratativas pelo Governo do Estado e farão um manifesto, que será entregue ao Governador, à Secretaria Estadual de Saúde e à Diretoria Regional de Saúde de Bauru. (Assessoria/PMB)
O GIGANTE DEITADO
(ilustração de Vinício Aloise ao pé do Gigante, as Três Pedras)
EXPEDIENTE NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU WEBJORNALISMO DIÁRIO
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689
O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.
3
Diário da Cuesta
artigo
AS LETRAS DAS CANÇÕES QUE A GENTE CANTAVA
NANDO CURY Minha mãe, boa conselheira, costumava me valorizar desde pequeno. Isso me ajudou enfrentar momentos mais desafiadores. Porém, tenho certeza que mamãe exagerou um pouco, quando achou que eu seria um poliglota, logo aos 8 anos de idade. Me colocou para aprender inglês, com aulas particulares, com a amiga Lucinha Canto, em Botucatu. Apesar de toda a doce e pacienciosa insistência da excelente professora, não fui um bom aprendiz. Estava mais preocupado com outros passatempos infantis. Mas não imaginava que, logo a seguir, no período de 1962 a 1971, eu iria fazer parte de um grupo de artistas adolescentes, que formariam bandas locais para cantar as músicas da moda, em inglês. Eram simplesmente as canções dos Beatles, Stones, Bee Gees, Simon & Garfunkel, Credence, e tantos outros que chegavam para nos inspirar. Já antenadas, bandas , como Memphis, Watt 69, Pholhas e Kompha, desembarcavam de São Paulo para reproduzir a emoção das novas músicas nos mingaus - baladas que começavam às 19 e iam até as 22h - e nos bailes que aconteciam nos salões dos clubes da nossa cidade. Dançavamos, com um ouvido colado nos rostos das garotas e o outro nas caixas acústicas, para registrar os acordes que as bandas paulistanas traziam. Lembrando que no antigo ginásio não tínhamos aulas de inglês. As primeiras séries de TV eram dubladas em português. As revistas de músicas, como a Violão e Guitarra, só apareceriam no final da déca-
da de 60. E as capas dos LPs traziam imagens visualmente encantadoras, mas não incluíam créditos dos participantes nas gravações, nem as letras das músicas. Somente três discos dos Beatles presentearam seus fãs com letras: Magical Mistery Tour (67), Sargent Peppers (67) e White (68). E nós, os artistas da cidade, queríamos tocar e cantar, imediatamente, as novidades, os lançamentos. Tínhamos que ser rápidos. Por isso, para “pegarmos” as letras e “tirarmos” as melodias, usávamos os mais avançados recursos tecnológicos disponíveis. Ouvíamos as gravações de músicas tocadas no rádio, pelos nossos gravadores cassete portáteis. O outro método era manusear o toca-discos, que tinha som mais apurado. Íamos parando a reprodução do disco e do cassete, repetidas vezes, para entender as palavras, ou melhor captar e anotar, literalmente, as sílabas de cada frase em inglês. Havia mais uma tarefa necessária: como tirar cópias das letras para colocar nas pastas de músicas? Escrevê-las manualmente ou datilografá-las com papel carbono. Para facilitar, na preparação da pasta, as músicas que entravam no playlist de cada apresentação, eram identificadas pelas principais palavras que entendíamos de cada letra de música. Unchained Melody, de Alex North e Hy Zaret, por exemplo, era Oh my love. Nas nossas apresentações, nos salões com pistas de dança, procuravamos realçar a melodia, com destaques para vozes e duetos, guitarras e órgão. E mantendo ritmo forte, puxado pela bateria, contrabaixo e pandeirola. A sequência musical do playlist alternava blocos de músicas
lentas com rápidas. E assim, entre ensaios e baladas, se passou a época da minha adolescência sonora nas bandas. Em 1972 mudamos pra São Paulo. Então, de repente fui surpreendido por uma referência musical, que me deixou mais conformado. E me fez sentir menos culpado, por ter cantado tantas músicas com um inglês tão incorreto. Percebi que outras bandas famosas, da nossa geração, também usaram o mesmo recurso que os jovens artistas de Botucatu. Estava tudo ali revelado numa das faixas do álbum Quatro de Sá & Guarabyra, de 1979. A música se chama Wonder woman (Falso inglês), com melodia de Toninho Horta e letra de Fernando Brant: ”Eu ouvi Paul Anka, um dia. Eu ouvi Ray Charles, Bill Halley. No rádio eu sei que ouvia. Mas não entendia nada de inglês. Eu guardava o som. Toda a melodia sem poder cantar... Eu tive que inventar um jeito de cantar inglês. Beatles, Dylan. Houve uma vez e eu cantei. Eu lembro que inventei. Todos se encantaram com meu falso inglês... Wonder woman, trai amidonov tudeiiormain Ourainitussi, ouriugetfollimihiar, letudei iormain”
É bom saber. O artista plástico e conhecido webdesigner botucatuense Marco Antonio Spernega, foi quem idealizou a Cuesta de Botucatu estilizada e com todo o seu simbolismo: a escarpa, o verde representando as nossas matas e o azul do céu... A criação do Spernega valorizou a nossa CUESTA que teve, em sua estilização, o impacto que as obras dos grandes artistas tem. Vejam no Expediente o logotipo do Diário da Cuesta! Marco Spernega tem exposto seus trabalhos em concorridas exposições. Esta ilustração é uma obra de arte e de simbolismo histórico!
4
Diário da Cuesta
COMENTA Rodrigo Scalla
Natal é a festa em que se comemora o nascimento de Jesus Cristo, a alegria das crianças e as compras no comércio Comentar que esse Natal será o último do século, é impossível. Comentar que esse Natal será triste, descarto. Mesmo com essa pandemia horrorosa, o Natal é a comemoração do nascimento de Jesus Cristo, data de renovação e a espera de um mundo melhor para todos. É uma data principalmente de esperança, fé e reflexão. O que devemos refletir é que essa comemoração é a mais importante do ano, pois sempre será festejado o nascimento de Jesus, mantendo todas as tradições que existem para a gloriosa comemoração. A árvore de Natal, ao
contrário do que muitos pensam não foi idealizada pelos católicos, mas sim pelos protestantes alemães no final do século 16. A troca de presentes nessa data teve origem com os três Reis Magos, que, ao visitarem Jesus na manjedoura, levaram presentes para ele. Esse ritual foi se expandindo pelo mundo inteiro e, embora não acreditem mais em Papai Noel, as crianças adoram ganhar presentes. Com o passar dos anos, a festa natalina sofreu várias modificações. O mundo hoje corre rapidamente, os valores familiares infelizmente mudaram
muito, mas, de qualquer forma, essa data precisa ser comemorada na família e no comércio com rica decoração. É nesse dia que as pessoas devem deixar de lado todas as diferenças familiares para pensar somente nas crianças, pois o Natal é delas.
VIP´S EM AÇÃO Dr.Armando Moraes Delmanto comemorando ao lado do " filhão" um mês do Diário da Cuesta no ar. Estão investindo pesado nas divulgações do mesmo.
Sejam bem vindos: Nicolau e Heloísa Farah os mais novos comerciantes da Rua Major Matheus. Recebam as boas vindas! A candidata a prefeitura da cidade Priscila Firmino já pensa em novos projetos para 2021. Embora não tenha se elegido, diz que a experi- Erica Victoriano mais uma empreência foi muito boa e agradece seus sária do bairro investindo nas deeleitores desejando um Feliz Natal corações natalinas
Elton Felipe e Dr. Marco Calonego degustando deliciosos pratos de frutos do mar. Foto especialmente para esta coluna. Dois sorrisos contagiantes para as lentes fotográficas
Correio elegante
Pontualidade: A pontualidade é o item número um da etiqueta,e certamente de uma pessoa elegante. Recebeu um convite para as 20 horas, chegue às 20 horas. Compromissos agendados devem ser cumpridos a risca. Caso não puder ir ligue dando uma satisfação e agradeça.
Festejando idade nova: A professora Maria Aparecida Pires de Campos Guimarães (Maninha) , primeira dama do "Café Tesouro" comemorando mais um ano de vida.