Diário da Cuesta
ano II Nº 326
NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
QUARTA-FEIRA, 24 de NOVEMBRO de 2021
Um jovem Cacique Presbítero pregou na centenária Igreja Presbiteriana de Botucatu (Igreja Preta)
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NOTÍCIAS BOTUCATU Eleição no Centro Cultural de Botucatu – CCB
CIDADANIA DECIDE EXPULSAR DEPUTADO FERNANDO CURY
10/12/2021
PARLAMENTAR CLASSIFICOU DECISÃO COMO “ANTIDEMOCRÁTICA”; ISA PENNA AFIRMOU QUE ATITUDE DO PARTIDO É RESPOSTA A “TODAS AS MULHERES QUE SE SENTIRAM ASSEDIADAS.” (ACONTECE BOTUCATU)
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Diário da Cuesta
ARTIGO
O CORONEL E OS ESCRAVOS Roberto Delmanto
O Coronel Raphael Augusto de Moura Campos foi um importante fazendeiro e líder político em Botucatu, no interior de São Paulo, em meados do século retrasado. Sua casa no centro da cidade estava sempre de portas abertas, dia e noite. Não havia furtos ou roubos à época e ele gostava de receber parentes, amigos e correligionários. Um primo distante, morador em outro estado, apareceu certo dia para visitá-lo, sendo convidado a passar uma semana. Muito simpático, alegre e divertido, acabou permanecendo por meses e depois anos, lá ficando até o fim da vida. Havia um detalhe: nunca tirava o chapéu e, por respeito, ao morrer foi com ele enterrado... A escravidão no Brasil durou cerca de 400 anos, só sendo superada pela do Império Romano. Uma nódoa que nosso país ainda não apagou. Mesmo após a abolição, graças à campanha de grandes abolicionistas, entre os quais Castro Alves- autor de “O Navio Negreiro”, maior poema épico da nossa história-, e por pressão comercial da Inglaterra, o tráfico continuou a ser praticado às escondidas. Um dos locais de desembarque clandestino era Porto de Galinhas, em Pernambuco, hoje renomado ponto turístico. As “galinhas” eram os infelizes negros, sendo que daí surgiu a expressão “para inglês ver”... Os fazendeiros brasileiros costumavam tratar com muita crueldade seus escravos, como nos mostram as indeléveis gravuras de Debret, e na região de Botucatu não era diferente. O Coronel, no entanto, foi uma exceção, tratando com humanidade seus escravos e sendo por eles estimado. Seu cocheiro pessoal, depois de ficar viúvo, entrara em grande depressão, a qual não lhe passou despercebida. Em determinado dia, indo a um leilão de escravos, notou que ele se encantara com uma jovem e linda negra. Adquiriu-a, com a promessa de promover o casamento de ambos, desde que ela lhe correspondesse. Correspondido, se casaram e, felizes, viveram na fazenda por muitos anos. Quando houve a abolição, a maioria dos fazendeiros ficou subitamente sem qualquer mão-de-obra. Apesar de passarem a ser remunerados e mesmo não tendo para onde ir- até porque o Governo não os indenizara- os ex-escravos, vítimas de tantos maus tratos, não quiseram permanecer.
Para orgulho de seus descendentes- entre os quais me incluo como seu trineto- nenhum ex-escravo do Coronel abandonou a fazenda. Em reconhecimento ao tratamento humano que sempre lhes fora dispensado, todos lá continuaram. Homem de rígidos princípios, não admitia traições pessoais ou políticas. Uma tarde, já com bastante idade, percorria a cavalo uma das ruas principais de Botucatu. Um ex-correligionário, igualmente bem idoso, que no passado se bandeara para outro partido, estando na calçada, ousou cumprimentá-lo: “Boas tardes, Coronel”. Este, cuja fina educação era por todos conhecida, para espanto dos transeuntes presentes, respondeu-lhe com um sonoro palavrão...
EXPEDIENTE
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
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Um jovem Cacique Presbítero pregou na centenária Igreja Presbiteriana de Botucatu (Igreja Preta)
Ladeando o Cacique Francisco, os dois missionários presbiterianos, Revdo. Alcir Gomes, ex-missões nacionais, e Revdo. Coine ex-missões estrangeiras. O Cacique na foto está representando como Presbítero da Igreja Presbiteriana Indígena em Caiuá. Momentos importantes com nossos amados irmãos Cacique Presbítero Francisco, sua família. Dr. Roque, ilustre médico na reserva indígena, grande amigo do Cacique Raimundo e seu filho. Reverendo Alcir, eu e as esposas. Na foto, vemos um fato muito histórico (2017) e relevante para os brasileiros; um jovem Cacique pregando na centenária Igreja Presbiteriana de Botucatu. Os índios dessas etnias, ou seja Terenas e Caiuás índios que saíram da nossa região foram transportados para reservas destinadas a eles no Mato Grosso. Também o médico-missionário entre os índios daquela região, de muitas décadas atrás que na época era solteiro, Dr. Roque Alvarenga e esposa Ednéia, juntamente com o Cacique, neto de seu grande amigo e avô do Pb. Francisco, que na época era Cacique naquela região. Esse chocalho, que não me lembro o nome, na mão do Dr. Roque é o “cetro” ou o símbolo do poder que pertencia única e exclusivamente ao Cacique. Ele era conferido a uma pessoa, muito, mas muito especial mesmo. Um entre milhares. E o Dr. Roque recebeu esse fantástico chocalho, do Cacique, avô do Cacique Francisco como uma comenda pelos excelentes trabalhos que realizou na tribo. Mais de um mil e quinhentas crianças nasceram na sua mão como obstetra. Nosso orgulho desse irmão.
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COMENTA Rogério Koury Rodrigo Scalla
esteve na cidade
Há muitos anos sem visitar a cidade chegou o grande dia. Foi uma noite explendida onde o pianista viajou por vários ritmos. Interagiu com a plateia recebendo pedidos de canções. Silêncio absoluto pairou sobre o teatro, coisa de gente muito educada. Em seguida o pianista foi recebido para um jantar no Itália in Bocca convidada por sua chef Alessandra Bronzatto e este colunista. Um elegante coquetel abriu a recepção seguida de jantar completo.
Rogério Koury e Alessandra Bronzatto , a chef de cozinha do Itália in Bocca
O Italianissimo Rafaelle ladeado do casal
Enza Denadai , como sempre uma presença marcante
Coquetel iniciado com as delícias do Itália in Bocca
Saída dos últimos com muitas risadas
O brinde comemorando o sucesso da apresentação
No saguão do teatro com Tico Vilela, um dos que mais trabalhou para que o show fosse um sucesso, e foi
(14) 99889-3662
O casal Bertani
Elegância marcou o evento
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