Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
ano I Nº 33
QUINTA-FEIRA 17 de dezembro de 2020
PLANO NACIONAL DE VACINAÇÃO CONTRA COVID 19
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ARQUITETO EUGÊNIO MONTEFERRANTE NETTO: PREFEITO “AD ETERNUM” DE BOTUCATU
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ELE IÇÕ ES MU NIC IPAI S
Amanhã, 15 de novembro, é dia de Eleição Municipal e é, também, feriado da Proclamação da República. Em Botucatu são 321 seções eleitorais no Município de Botucatu e são 101.025 eleitores. O Chefe do Cartório Eleitoral da Comarca de Botucatu, Igor Ignácio, destacou algumas recomendações para o dia de amanhã: o horário de votação tem 1 hora a mais, começa h. e vai até as 17h., sendo às 7 que os eleitores com mais de 60 anos terão preferência nas 3 primeiras horas. Essa preferência é por todo o dia das eleições. res doentes, deficientes Eleitoou grávidas também terão preferência. Será seguido o Protocolo to social e o uso de álcool de Segurança, com distanciamengel obrigatórios em todas além do uso de máscara. O TRE recomenda que cada as seções, portador de sua própria eleitor seja caneta para assinatura e até para teclar os números na urna. Recomenda também que o leitor leve cumento com foto. doO TSE lembra que o voto é obrigatório. Só não é pa o
Estátua de Raul Torres na
Praça do Bosque (Botucatu)
você sabia? Que teria sido brasileiro o famoso herói inglês que marcou presença na Primeira Grande Guerra Mundial? Teria sido botucatuense esse herói? Teria nascido na Cuesta de Botucatu esse herói que encantou gerações com sua bravura e idealismo? A Revista Peabiru apresentou minucioso estudo sobre a trajetória desse herói mundial. Na história ou na “lenda” de Lawrence da Arábia, temos como berço natal do herói a Cuesta de Botucatu, mais precisamente, a Fazenda do Conde de Serra Negra, localizada Vitoriana. em
Nº 06 SEGUNDA-FEIRA de 2020 16 de novembro
BOTUCATU
Ele é o Eleito! NA DEFESA DO
MEIO AMBIEN
ue a sua reePardini conseg ipal de O prefeito Mário à Prefeitura Munic i leição (2020/2024) início da campanha, Pardin o Botucatu. Desde na preferência do eleitorado vinha despontando vo da SABESP, teve destaExecuti frente 35 mubotucatuense. à va positi dade que por sua capaci to, Pardini enfren te seu manda tu Duran s. nicípio ram em Botuca ções que ocorre tou as inunda os generalizados pontes e estrag com queda de tar a pandemia teve que enfren o e, em sequência, tu acompanhou ... Ufa... Botuca tada capaci do vírus chinês equipe frente de uma OU a sua conseu trabalho à Municipais, RENOV e, nas Eleições ELEITO ! O É ELE fiança!
Diário da Cuesta
NA DEFESA DO MEIO AMBIENT
ano I Nº 26
E E DA CIDADANIA EM BOTUCAT
U
QUARTA-FEI RA 09 de dezembro de 2020
EMERSON FITTIPALDI
GRANDE CAMPEÃO DA F 1 - foi o primeiro/abriu o caminho!!! Emerson Fittipaldi foi o primeiro brasileiro a se tornar campeão mundial de Fórmula 1. Foi bicampeão em 1972 e 1974, campeão (Fórmula Indy), em 1989 da CART e bicampeão das 500 milhas de Indianápolis em 1989 e 1993! Leia “Clã Fittipaldi: uma família que tem carros de corrida e motor nas veias” - Página 4
Felipe Massa & O Tsunami do Azar...
Felipe Massa e o grande Pentacampeão da Fórmula 1, Schumaker, no Vale do Sol. PÁGINA 2
INI – Na pági– DINUCCI & PARD RO DE BOTUCATU família PARDINI com Botucatu. ORES DO FUTU da OS CONSTRUT profundas raízes ico que traz as em uma na 3, leia o histór sua folha mãe
Fotos: Rodrigo Scalla
que busca da”) um pingo d’água “Cuesta Rasga tica através de na quarta página Uma viagem fantás Cuesta de Botucatu... (leia da Embaúba no cume
AS LOJAS DO COMÉRCIO ENFEI
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NIA EM TE E DA CIDADA
fiteatro: VAMOS
RAUL TORRES é um orgulho para Botucatu. Faz parte do TRIO DA MÚSICA RAIZ: ANGELINO DE OLIVEIRA, RAUL TORRES E SERRINHA. Praticament e região a CAPITAL DA MÚSICA e, fazendo de Botucatu CAIPIRA ou MÚSICA RAIZ! Com estátua na Praça do Bosque, Raul Torres tem resgatado o seu OUTRO LADO MUSICAL: do SAMBA RURAL ou SAMBA DO INTERIOR. O original e excelente TRIO GATO COM FOME, resgata com muito brilho dez sambas de Raul Torres, no álbum EM BUSCA DOS SAMBAS DE RAUL TORRES. Botucatu não poderia ficar desconhecendo esse lado musical de Raul Torres e com o também. Ver matéria completa qual fez muito sucesso, na página 2
Diário da Cuesta
cha Acústica & An
RAUL TORRES E O SAMBA RURAL
Nº 05
SÁBADO DOMINGO 14/15 de novembro de 2020
BOTUCATU DANIA EM o de 2020 ano I Nº 31 de dezembr E E DA CIDA TERÇA-F EIRA 15 AMBIENT DO MEIO
E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
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NA DEFESA
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EMBAÚBA
JORNALISMO MODERNO
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artigo
A GUERRA DAS VACINAS
BAHIGE FADEL Estamos numa outra fase da pandemia. Agora, a fase é a briga de foice no escuro dos laboratórios farmacêuticos que fabricam as vacinas contra o coronavírus. Todos querem ter a primazia da distribuição. E não importa se os países são ricos ou pobres. É que tanto os países ricos como os pobres têm que pagar. Os dez reais do rico valem a mesma coisa que os dez reais do pobre. Então, o que importa é chegar na frente dos concorrentes. E o interessante é que alguns governantes defendem com unhas e dentes determinada vacina. É como se eles soubessem que determinada vacina é mais eficaz do que as outras. Nem os especialistas têm essa certeza, mas alguns governantes, que se consideram oniscientes, saem atirando para todos os lados. Bem-bem-bem... Dá pra desconfiar. Por que tanto interesse em defender determinada vacina, que nem no país de origem está sendo aplicada? Seriam os lucros? Só
Deus sabe. Mas essas coisas são tão sujas, que nem Deus está querendo se meter nelas. Coisa de louco! E o pior é que politizam tudo. Todo mundo quer tirar vantagens políticas do episódio. Eu pergunto: que diferença faz se a vacina está sendo distribuída por um governo ou por outro? Que diferença isso faz para a saúde do cidadão? Nenhuma. O que importa é que haja uma vacinação em massa de todos aqueles que desejam ser vacinados. E aqueles que não desejam – não importam os motivos – devem responsabilizar-se pelas consequências. O que não se pode aceitar é que uma pessoa se negue a receber a vacina e, depois, contaminada pelo coronavírus, recorra à saúde pública para receber assistência. Não é justo. O governo oferece a possibilidade de imunização, gasta um dinheirão nisso, mas o cidadão não quer receber o imunizante. Tudo bem. Aqui é uma democracia. Mas se for contaminado, perde o direito de recorrer à saúde pública. O mais triste é que se perdeu o contro-
No artigo está o perfil competente, sério e realizador do Eugênio. Aqui, só um detalhe sobre o profissional arquiteto. Eugênio era conhecido por sua rígida postura de fazer a obra do modo correto, se errado, derrubava e fazia de novo. Certo dia lhe perguntaram: “- Eugênio, como você sabe se o pedreiro ou se o mestre da obra está agindo certo?!?” Ele respondeu, com aquela calma de sempre: “Logo que eu me formei, fiz o curso de pedreiro e, depois, o de mestre.” Esse era o Eugênio que era sempre amigo e que teve expressivo apoio como candidato a prefeito de Botucatu. Sem dinheiro para a campanha, como sempre, são sempre os mesmos que ganham. Mas o Eugênio não precisava ser eleito prefeito. Duas vezes, como assessor de planejamento, ele aplicou a sua tese: “construir sem construir”, ou seja, com o planejamento para
EXPEDIENTE NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU WEBJORNALISMO DIÁRIO
le tanto no elogio quanto na crítica. Não dá para aceitar. Estamos num período em que todos devem estar unidos com o mesmo propósito. E assim mesmo, será di�cil vencer o vírus. Não é chamando um mandatário de ‘genocida’ que vai ser resolvido o problema. Acho que todos sabem o que é um genocida, mas vamos ao dicionário: Pessoa que ordena ou é a responsável pelo extermínio de muitas pessoas em pouco tempo. Pessoa que cometeu genocídio, quem deliberadamente ordenou o extermínio de um grande número de pessoas, de todo um grupo étnico ou religioso, de um povo, uma cultura ou civilização. Caramba! Não é assim que se faz política. Não é assim que se faz oposição. A política – e não importa se de oposição ou de situação – deve estar a serviço do povo, não de interesses particulares ou grupais ou partidários. Muita calma nesta hora. Tanto os opositores como os defensores têm muita responsabilidade na condução de atos, no�cias e influências. Que haja, no mínimo, a honestidade de todos. Que as pessoas se atenham mais aos fatos do que às suposições. Os fatos são universais, as suposições são individuais. Não queiram transformar suposições em realidade, de acordo com certos interesses. No caso, o único interesse deve ser a saúde da população.
aprovação do novos loteamentos, ele reservava uma boa área verde e fazia as grandes avenidas (como o eixo universitário que vai da Castelinho até Rubião Junior e, parte dela já está feita até o novo Fórum. É irreversível: são as diretrizes para o desenvolvimento de Botucatu) Esse foi o Eugênio!
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689
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artigo ARQUITETO EUGÊNIO MONTEFERRANTE NETTO: PREFEITO “AD ETERNUM” DE BOTUCATU!!! Nesta homenagem ao amigo Eugênio Monteferrante Netto pode parecer estranho a colocação de “PREFEITO DE BOTUCATU “AD ETERNUM”. Explico. Mesmo sem ter sido, ele foi e o será para sempre, cravado no relevo e nas conquistas do município de Botucatu. Por seu mérito, sua competência e seu indiscutível amor à “Pátria Menor” que é Botucatu! Formado arquiteto, ainda moço, Monteferrante passou a colaborar com projetos para a cidade e para seus clientes particulares. O prédio da SABESP é projeto dele. O Jardim Paraíso, com suas ruas largas, com os quarteirões arredondados nas extremidades, com área verde adequada, também. No setor cultural, participou como Membro Efetivo da Academia Botucatuense de Letras e, principalmente, preparou projetos para a Botucatu de hoje e, principalmente, projetos para GARANTIR o futuro de Botucatu. Com tantos amigos na cidade, Eugênio tinha em sua família Blasi/Monteferrante, o grande apoio para as suas atividades profissionais e políticas. Foi vice-prefeito (gestão Luiz Aparecido da Silveira), foi candidato a Prefeito, foi vereador, por duas vezes foi assessor do Prefeito de Botucatu,em diferentes ocasiões.
“Lageado: o futuro é possível”
“É isso aí. Sem tirar nem por. Hoje, o Lageado é o Cartão de Visitas, o Cartão Postal de Botucatu. Mas é mais, muito mais! Hoje, o Lageado é a prova provada de que o futuro existe e é possível, agora, já! Botucatu não viu, nos últimos 20 anos, volume igual de obras. Pensou-se grande, sem os adminículos dos políticos menores. Lá, no Lageado, provou-se que se pode apostar no futuro, com competência e persistência. Lá restou provado que hoje é impossível gerir um empreendimento sem
(prefeito Luiz Aparecido da Silveira, governador Paulo Egydio Martins e vice-prefeito Eugênio Monteferrante Netto)
(da esquerda para a direita, Armando Delmanto, Fescina, Monteferrante, Marco Antonio Castelo Branco) um Plano Diretor que o defina, o limite e o projete para o futuro. Lá, no Lageado, houve uma equipe que acreditou no planejamento racional e apostou tudo nele. E teve sucesso. Tanto é assim que hoje já está em sua segunda experiência administrativa à frente da Agronomia da UNESP, tendo uma magnífica obra para mostrar. No último dia 24 de Maio comemorou-se os 30 anos da Agronomia de Botucatu. Bem a propósito. Houve comemoração. Registro da história. Discursos. Nada mais justo. Hoje, o Campus do Lageado, pertencente à UNESP, abriga vários outros cursos universitários. Mas eu me permito prestar um testemunho para que se registre o trabalho e a liderança de quem soube acreditar no planejamento, exercer a sua liderança e partir para a construção do futuro. Em sua primeira gestão como Diretor da Agronomia, o Professor Ricardo de Arruda Veiga, soube montar uma coesa equipe técnico-administrativa. Sem descuidar da área docente, arregimentou excelentes colaboradores. Entregou à competência do arquiteto Eugênio Monteferrante Netto a incumbência da elaboração do Plano Diretor do Lageado. Não é preciso dizer que o resultado foi uma obra prima... a partir daí, mãos à obra... Lembro-me que em 1978 fui convocado pelo Dr. Ricardo para promover um contato com o então Vice-Governador Almino Affonso, a quem eu prestava assessoria. Fomos a São Paulo bem cedo, o Dr. Ricardo, o Dr. Monteferrante e eu, levados pelo Adilson. Falamos com o Almino, chegamos à Secretaria dos Transportes (ligada politicamente ao Almino) para tentar conseguir a Patrulha Rodoviária (Serviços de máquinas pesadas para terraplenagem, abertura de estradas, etc.) para abrir as novas vias de
comunicação (avenidas) do Lageado. Para isso seria pago apenas o combustível. Houve outras colaborações políticas. Conseguiu-se o objetivo: o maior volume de movimentação de terra já visto na cidade. Faltava o asfaltamento... Ao depois, contatos políticos para conseguir o asfalto. Muita luta. Muitas promessas. Por fim, num trabalho “interna-corporis”, o Dr. Ricardo conseguiu da Reitoria a verba necessária. Após quase um decênio de lutas, estava tudo pronto... Vitória! No entanto, é preciso que se destaque a garra e a persistência do Prof. Ricardo de Arruda Veiga. E a competência de toda a sua equipe que homenageamos na pessoa do José Eduardo Candeias. O respeito ao Plano Diretor e a postura de preservá-lo às naturais resistências dos contrários às mudanças...
Valeu a pena!
O Lageado, hoje, é a certeza de que o futuro é possível... É a maior obra turístico-viária de Botucatu dos últimos 30 anos... Desde o seu início com tantos professores desbravadores e competentes. Com a firmeza na Direção do Kimoto, do Júlio Nakagawa, do Flávio Abranches e, por duas vezes, com o comando seguro do Ricardo Veiga. Valeu a pena! Hoje, ao comemorar os seus 30 anos, a Agronomia (Lageado) assume a certeza de que é o Cartão de Visitas, o Cartão Postal de Botucatu. O Lageado e a UNESP comemoram o futuro que chegou. Botucatu comemora a descoberta de uma equipe competente e arrojada que lhe deu a grande obra deste final de século. Visitem o Lageado!Vejam que o futuro é possível...”
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Governo entrega ao STF plano nacional de vacinação contra a covid-19
por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil - Brasília
O governo federal entregou neste sábado (12), ao Supremo Tribunal Federal (STF), o plano nacional de imunização contra a covid-19. O documento foi entregue pelo advogado-geral da União, José Levi, ao ministro Ricardo Lewandovski, relator das ações que tratam da obrigatoriedade da vacina e outras medidas de combate à pandemia. Batizado de Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, o documento foi elaborado pelo Ministério da Saúde, possui 93 páginas e está dividido em dez eixos, que incluem descrições sobre a população-alvo para a vacinação, as vacinas já adquiridas pelo governo e as que estão em processo de pesquisa, a operacionalização da imunização, o esquema logístico de distribuição das vacinas pelo país e as estratégias de comunicação para uma campanha nacional. O documento não indica data para início da vacinação. Vacinas Segundo o plano, o governo federal já garantiu 300 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 por meio de três acordos: - Fiocruz/AstraZeneca - 100,4 milhões de doses até julho/2020 + 30 milhões de doses/mês no segundo semestre; - Covax Facility - 42,5 milhões de doses; - Pfizer - 70 milhões de doses (em negociação); Até agora, nenhum imunizante está registrado e licenciado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), etapa prévia obrigatória para que a vacinação possa ser realizada. “De acordo com o panorama da OMS [Organização Mundial da Saúde], atualizado em 10 de dezembro de 2020, existem 52 vacinas covid-19 candidatas em fase de pesquisa clínica e 162 candidatas em fase pré-clínica de pesquisa. Das vacinas candidatas em estudos clínicos, há 13 em ensaios clínicos fase 3 para avaliação de eficácia e segurança, a última etapa antes da aprovação pelas agências reguladoras e posterior imunização da população. No Brasil, o registro e licenciamento de vacinas é atribuição da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pautados na
Lei nº 6.360/1976 e regulamentos técnicos como a RDC nº 55/2010”, diz um trecho do plano. Grupos prioritários O Plano Nacional de Vacinação contra a covid-19, apresentado pelo governo, prevê quatro grupos prioritários que somam 50 milhões de pessoas, o que vai demandar 108,3 milhões de doses de vacina, já incluindo 5% de perdas, uma vez que cada pessoa deve tomar duas doses em um intervalo de 14 dias entre a primeira e a segunda injeção. O primeiro grupo prioritário, a ser vacinado na fase 1, é formado por trabalhadores da saúde (5,88 milhões), pessoas de 80 anos ou mais (4,26 milhões), pessoas de 75 a 79 anos (3,48 milhões) e indígenas com idade acima de 18 anos (410 mil). A fase 2 é formada por pessoas de 70 a 74 anos (5,17 milhões), pessoas de 65 a 69 anos (7,08 milhões), pessoas de 60 a 64 anos (9,09 milhões). Na fase 3, a previsão é vacinar cerca de 12,66 milhões de pessoas acima dos 18 anos que tenham as seguintes comorbidades: hipertensão de di�cil controle, diabetes mellitus, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, indivíduos transplantados de órgão sólido, anemia falciforme, câncer e obesidade grave (IMC maior ou igual a 40). Na fase 4, deverão ser vacinados professores do nível básico ao superior (2,34 milhões), forças de segurança e salvamento (850 mil) e funcionários do sistema prisional (144 mil). O Ministério da Saúde pondera, no documento, que os grupos previstos ainda são preliminares e poderão ser alterados. “Vale ressaltar que os grupos previstos são preliminares, passíveis de alteração a depender das indicações da vacina após aprovação da Anvisa, assim como as possíveis contraindicações. Des-
taca-se ainda que há outros grupos populacionais considerados prioritários, a serem incluídos dentre as fases apresentadas, discutidos no âmbito da câmara técnica, a exemplo das populações ribeirinhas e quilombolas, cuja estimativa populacional está em atualização pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Esta�stica (IBGE), para avaliação de qual fase esses grupos estarão inseridos, de acordo com o cenário de disponibilidade de vacinas e estratégia de vacinação”, diz o plano. Também de acordo com o plano, o registro da dose da vacina aplicada será feito de forma nominal e individualizada, diretamente no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) em todos os pontos de vacinação da rede pública e privada de saúde. O ministério trabalha com a implantação de um sistema informatizado para monitorar e controlar os dados de vacinação. “Uma solução tecnológica está em desenvolvimento, por meio do Datasus, com o objetivo de simplificar a entrada de dados e agilizar o tempo médio de realização do registro do vacinado no SI-PNI, além de considerar aspectos de interoperabilidade com outros Sistemas de Informação e integração com a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS). Um recurso que será colocado à disposição é o QR-Code para identificar o cidadão a ser vacinado. Este deverá ser gerado pelo próprio cidadão no Aplicativo Conecte SUS”. Logística Para operacionalizar a campanha nacional de vacinação, o plano do governo prevê capacitação dos profissionais de saúde do SUS e também um esquema de recebimento, armazenamento, expedição e distribuição dos insumos, que são o próprio imunizante, além das seringas e agulhas. O principal complexo logístico
será a partir do aeroporto internacional de Guarulhos (SP), na sede da empresa VTC Logística, que tem contrato com o Ministério da Saúde. O galpão da empresa possui 36 mil metros quadrados nas imediações do aeroporto e conta com ambientes climatizados, como docas e câmaras frias. Há também estruturas menores em Brasília, Rio de Janeiro e Recife. Também está prevista a entrega da carga embalada por modal rodoviário para estados como Santa Catarina, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e outros que fiquem em até 1.400 quilômetros de raio dos centros de distribuição. O governo também informa já ter acordos firmados com companhias aéreas, como Latam e Azul, além de outras empresas de carga aérea, para o transporte até as capitais da região Norte do país. Pelo plano, a frota será rastreada 100% por satélite e a segurança do transporte, em determinadas situações durante o deslocamento, ocorrerá por conta da União. Orçamento Ainda de acordo com o plano, o governo federal já disponibilizou R$ 1,9 bilhão de encomenda tecnológica associada à aquisição de 100,4 milhões de doses de vacina pela AstraZeneca/Fiocruz e R$ 2,5 bilhões para adesão ao Consórcio Covax Facitity, associado à aquisição de 42 milhões de doses de vacinas. Além disso, outros R$ 177,6 milhões para custeio e investimento na Rede de Frio, na modernização dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIEs), no fortalecimento e ampliação da vigilância de síndromes respiratórias. Também, segundo a pasta, outros R$ 62 milhões foram investidos para aquisição de mais 300 milhões de seringas e agulhas.