Diário da Cuesta
ano II Nº 332
NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
QUARTA-FEIRA, 01 de DEZEMBRO de 2021
VOCÊ SABIA ?!?
A Praia de Ipanema é em Botucatu!
Isso mesmo: a Botucatu jovem, bonita, esportiva, participante está lá... Impressionante a vitalidade do local. Quadras lotadas, famílias presentes, alegria por todo lado... HAKA BEACH SPORT é o local... Entre a Academia ELO e a ADEGA PARATODOS. A BOTUCATU MODERNA está lá!
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Voltei a casa
ARTIGO
Maria De Lourdes Camilo Souza
Ocupo todos os espaços Cada mínimo cantinho, Navego no silêncio Suspiro ao olhar as flores Tanta beleza em suas pétalas e cores. Aspiro seu perfume As mãos acariciam a distância para não machucar. Horas vadias, Olhamos pelo retrovisor o verde, o casario, novas paisagens se sobrepõe. Os olhos ainda se extasiam na lembrança de um dia vivido intensamente. Tanta energia e beleza Vibração e música. Muitas emoções novas, benzidas com muito álcool.
Máscaras ainda prevalecem cobrindo os rostos. Temos nas mãos um novo passaporte que substituiu o documento de identidade porque a melhor idade está pintada nas faces. A primeira viagem depois de um ano e meio quase reclusos. Tanta conversa para por em dia, que os campos fugiram rápidos, vertiginosos nas rodas do tempo. Há uma diferença explícita em cada rosto, novas e tímidas tentativas de retomar vivências com um tatear antecipado de quem analisa o terreno antes de pisar com muita leveza e respeito no universo alheio. As lindas imagens estão presas na cápsula da memória. Antigas presenças são reverenciadas cantamos suas canções com nostálgicas entonações. Descobrimos novos amigos, ouvimos suas estórias e rimos alegremente das nossas esfarrapadas imitações da Rainha da Disco, cuja estória revisitamos. O hiato entre um momento e outro foi preenchido e senti a plenitude de apenas ser.
EXPEDIENTE
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes
WEBJORNALISMO DIÁRIO
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Diário da Cuesta
DINHEIRO NAS VEIAS POÉTICAS Nando Cury
Algumas máximas recomendam: não fique com dinheiro na mão, que ele some. Não deixe cédulas “guardadas” embaixo do colchão por muito tempo. De repente a moeda muda e a quantia perde seu valor. Isto pode acontecer até com o dólar, a mais respeitada do mundo. Contextuado para os versos das canções, dinheiro pode ser literalmente expresso. No final dos anos 50, a marchinha de carnaval “Me dá um dinheiro aí”, de Glauco Ferreira, Homero Ferreira e Ivan Ferreira, chegou aos primeiros lugares da parada musical, na voz de Moacyr Franco, que cantava, com voz rouca, interpretando seu personagem mendigo no programa A Praça da Alegria: “Ei, você aí. Me dá um dinheiro aí. Me dá um dinheiro aí ... Não vai dar. Não vai dar não. Você vai ver a grande confusão. Eu vou fazer, bebendo até cair. Me dá, me dá, me dá. Oi, me dá um dinheiro aí.”
Mas, dinheiro pode ser lembrado também através de antigas moedas correntes, tais qual o réis (vigente no reinado de D. Pedro I até out./1942), o saudoso cruzeiro, CR$, que entrou a seguir, com valor de 1.000 réis e a divisão em centavos, vigorando em dois períodos: de 01/11/1942 a 30/11/1964, e de 16/03/1990 a 01/08/1993. Além do tostão que valia 80 réis e o vintém, igual a 20 réis. O cantor Jackson do Pandeiro, em 1959, lançou um disco de 78 rpm, com o baião Cantiga do Sapo (Jackson do Pandeiro e Buco do Pandeiro). E trouxe o tema à tona:- “Tião. - Oi! - Fostes? - Fui! Comprastes? - Comprei! - Pagaste? - Paguei! - Me diz quanto foi? - Foi quinhentos réis”. Cantiga do Sapo foi gravada por Gilberto Gil em “Temporada de Verão”, disco de 1974 com Caetano e Gal Costa. E recebeu uma citação original na inovadora Jack Soul Brasileiro, de Lenine e Macedo Pimentel, presente no álbum “Na Pressão” de Lenine (1999), dedicada ao próprio Jackson do Pandeiro: “Jack Soul brasileiro. E que som do pandeiro. É certeiro e tem direção. Já que subi nesse ringue. E o país do swing. É o país da contradição... Quem foi que fez o samba embolar. Quem foi que fez o coco sambar. Quem foi que fez a ema gemer na boa. Quem foi que fez do sapo cantor de lagoa. E diz aí, Tião. Tião. Oi. Foste? Fui. Compraste? Comprei. Pagaste? Paguei. Me diz quanto
foi. Foi 500 reais.” Em começo de carreira, no LP de 1966, Chico Buarque incluiu A Rita, personagem inflexível que “deu um rapa” na vida do seu ex-amado: “A Rita levou meu sorriso. No sorriso dela meu assunto. Levou junto com ela e o que me é de direito. Arrancou-me do peito. E tem mais. Levou seu retrato, seu trapo, seu prato, que papel! Uma imagem de São Francisco e, um bom disco de Noel (...). Não levou um tostão, porque não tinha não, mas causou perdas e danos”. Para os poetas apaixonados, dinheiro é uma coisa de pouca relevância. A exemplo de: “Vapor barato” de Jards Anet da Silva e Waly Dias Salomão, incluído no disco Fatal de Gal Costa, em 1971. “Eu não preciso de muito dinheiro. Graças a Deus. E não me importa, honey. Oh, minha honey baby.” Ou em “Não quero dinheiro”, de Tim Maia, desse mesmo ano: “Vou pedir pra você me amar. Vou pedir pra você gostar. Eu te amo. Eu te adoro, meu amor. A semana inteira fiquei esperando. Pra te ver sorrindo. Pra te ver cantando. Quando a gente ama não pensa em dinheiro. Só se quer amar se quer amar se quer amar.” Dinheiro também é desprezado em “Beleza Pura” de Caetano Veloso, do álbum “Cinema Transcendental” de 1979. “Não me amarra dinheiro não. Mas formosura. Dinheiro não. A pele escura. Dinheiro não.” Por outro lado, dinheiro vira preocupação para o taxista Carlão, vivido por Francisco Cuoco, em “Pecado capital”, novela de Janete Clair, de 1975. Paulinho da Viola, compôs e cantou a música-tema homônima: “Dinheiro na mão é vendaval. É vendaval. Na vida de um sonhador. De um sonhador... E viver não é brincadeira não. Quando o jeito é se virar. Cada um trata de si. Irmão desconhece irmão. E aí dinheiro na mão é vendaval. Dinheiro na mão é solução. E solidão”. O dinheiro já foi também reverenciado nas canções por meio de palavras sinônimas. Assim como fez Belchior, em seu disco de 1976, na música “Como os nossos pais”: “E hoje eu sei que quem me deu a ideia. De uma nova consciência e juventude. Está em casa guardado por Deus. Contando os seus metais”. E nas várias formas esbanjadas por Rita Lee nos versos de “Dinheiro” (Rita Lee e Roberto de Carvalho, 2007): “Amor eu já tenho. Saúde também. Trabalho não falta. A família vai bem. Amigos são poucos não devo a ninguém. Sou um bom brasileiro. De precisar mesmo. Eu só preciso dinheiro ... Grana, Bufunfa, Dimdim. O resto tá bacana pra mim.” (Pesquisa musical: Toni Liutk e Nando Cury)
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Diário da Cuesta
Turismo valorizado na terra da Cuesta de Botucatu
A Prefeitura Municipal de Botucatu fez o lançamento da nova marca “Botucatu – apaixone-se”, que além de simbolizar nossas belezas, vai compor um grande investimento no setor. Além de nossas belezas ambientais, que são inúmeras, contamos com um povo que dá muito valor à sua natureza.
É nosso dever oferecer um local de segurança e entretenimento a todos os que nos visitam, a ponto de convencê-los de que realmente Botucatu é uma Cidade marcante. Com o apoio de toda a população e dos empresários desse setor, escreveremos uma história linda e de valorização daquilo que temos de mais bonito!
O Diário da Cuesta, na defesa do futuro de Botucatu, tem procurado exaltar e promover o turismo e as belezas naturais privilegiadas da CUESTA DE BOTUCATU. Sim, é um privilégio! Assim, em nossa primeira edição destacamos os mirantes naturais da CUESTA que possibilitam uma visão excepcional das Três Pedras e do Gigante Deitado e o projeto ousado e viável da futura Avenida Turística a ligar Vitoriana à Marechal Rondon pela CUESTA DE BOTUCATU. Da mesma forma, nosso webjornalismo diário tem procurado apresentar os pontos altos do turismo na região de Botucatu. Parabéns, Prefeitura Municipal! AVANTE!