Diário da Cuesta
ano II Nº 345
NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
QUINTA-FEIRA, 16 de DEZEMBRO de 2021
Botucatuenses e turistas poderão novamente usufruir de um dos mais belos pontos turísticos do Município: a Cachoeira da Marta. No dia 16 de dezembro será realizada a reinauguração do Parque Natural Municipal Cachoeira da Marta. O local, que teve suas obras iniciadas em agosto de 2018, conta com todas as medidas de segurança executadas e testadas. A trilha que leva diretamente à cachoeira foi produzida com piso intertravado em seu início, e com madeira no trajeto de chegada à piscina natural formada pela cachoeira. Ao todo são 500 metros de descida/subida, com altimetria de 23 metros; é cercada por corrimãos de madeira para garantir a segurança de turistas, e também possui banco para descanso. Placas também foram instaladas para orientação aos visitantes. O Parque da Cachoeira da Marta também conta com um estacionamento próprio para a utilização dos visitantes. São aproximadamente 30 vagas para carros e motos. Por se tratar de uma UC (Unidade de Conservação Integral) foram feitos estudos como o de capacidade de carga, que estipula quantos visitantes o parque pode receber de modo sustentável. Nesse estudo, foi estimado que 250 pessoas podem visitar a cachoeira por dia. O horário de visitação do parque será das 9 às 17 horas, com entrada permitida até às 16 horas. Pensando na preservação da Cachoeira e das trilhas, bem como no lazer da população, a Prefeitura está implantando um voucher gratuito para a visitação, que nos primeiros meses funcionará em modo teste, orientando os turistas e visitantes e realizando um cadastro prévio para o ingresso ao parque. Esse voucher está disponível no site da prefeitura e também na recepção do parque, podem ser acessado pelo link http://189.1.152.34:8080/ calendar/index.php. Da mesma forma, foram instituídas normas para a visitação do Parque, que serão fiscalizadas pelos profissionais da Secretaria de Educação e Secretaria do Verde, que atuarão no local em todos os dias de funcionamento. Dentre as principais normas estão a proibição do consumo de bebidas alcoólicas, cigarros e afins; consumo de alimentos no percurso da trilha; uso de qualquer tipo de aparelho sonoro; entrada de animais domésticos; e uso de churrasqueiras. Em toda a extensão do Parque será obrigatório o uso de máscara e tráfego de pessoas somente pelas trilhas, seguindo as placas de sinalização e advertência. O Parque receberá a visita constante do Grupo de Proteção Ambiental da Guarda Civil Municipal. (Acontece Botucatu)
Mais de 50 mil vacinados. A Vacinação em Massa da População Adulta foi grande sucesso! Nossa população deu show no último domingo. Durante esta semana quem ainda não se vacinou, procure uma Unidade de Saúde e se imunize.
Botucatu protegida. Avante!
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Diário da Cuesta ARTIGO 10 INTERPRETAÇÕES DIVINAS DE MÚSICAS DOS BEATLES NANDO CURY Cresci com The Beatles. Ouvi muito The Beatles. Sonhei com Os Beatles, Me imaginei um dos Beatles. Faço parte de uma banda que canta Beatles: a Beatles For All. Continuo curtindo demais os originais dos Beatles. E agora me inspirei em outras bandas, cantores e cantoras que cantam Beatles. Pra escolher aquelas que fizeram interpretações de músicas dos Beatles as quais considero divinas, únicas. Versões que mantém o “coração melódico”, mas podem ser em outro ritmo. Ou podem mudar a ordem dos versos, a harmonia, a letra, o arranjo, até a própria melodia. Fazer quase que uma reconstrução. Tudo aquilo que nenhum cover faria. A lista que programei, feito um DJ apaixonado, não tem ranking. Pois se tivesse mais espaço colocaria outras tão incríveis quanto estas que seguem. Começo com uma incluída no álbum Complete & Unbelievable: The Otis Redding Dictionary of Soul, de 1966. O talentoso cantor Otis Redding, cuja breve carreira foi interrompida por um desastre aéreo em 1967, abre “Day Tripper” (L&MC*) com sua voz forte, destacando o refrão e quebrando os versos num modo swingado incomparável. Apenas um violão bem marcado, jazzístico querendo bossanovar, acompanha e convida a irreverente Ammy Winehouse a zigue zaguear sua linda voz nos versos de All My Loving (L&MC), numa apresentação que fez na BBC3, em 2004. Um cantor de voz rouca transforma uma música, menos badalada e de arranjo normal que está presente no fantástico Sargent Peppers dos Beatles, num clássico do Festival de Woodstock em 1969. Seu nome é Joe Cocker na sua arrebatadora leitura de “With a little help from my friends” (L&MC). A gravação original, no álbum homônimo do mesmo ano, traz Jimmy Page na guitarra. Apesar de denominado o guru do amor nos anos 70, por suas várias composições e sucessos românticos, o cantor Al Green deixa sua pegada soul bem destacada em “I wanna hold your hand” (L&MC), do álbum “Love Ritual” de 1989. A diva Nina Simone canta e toca piano na gravação de 1971. Numa versão suave, com andamento mais lento que a original, Nina canta como se conversasse com alguém, ao mesmo tempo que curte o sol. Uma linda interpretação de “Here comes the Sun” (**GH). Com harmonia muito próxima da original, marcada no violão e sustentada pela voz solo de Stephen Stills, a versão de “Black Bird” (L&MC) com Crosby, Stills and Nash é sob medida para quem gosta de vocais. Está no álbum “CSN” de 1983. Abre com metais, solo de guitarra e um piano marcando. Logo em seguida entra um chorus destacando a segunda parte
da música em levada de jazz. Quebra para um rif com bateria ritmada com a primeira parte. Um arranjo muito especial, feito pela banda Earth, Wind & Fire para “Got to Get You Into My Life” (L&MC), no álbum “E,W&F” de 1978... E o que esperar de uma versão feita por uma banda de rock progressivo para uma música do começo de carreira dos Beatles (Beatles For Sale, 1964). John Anderson na voz solo, com o backing vocal e baixo de Cris Squire, Peter Banks na guitarra, Bill Bruford na bateria e vibrafone, mais Tony Kaye, no organ e piano, incluem o rif de Day Tripper e preparam uma bela surpresa para a doce “Every Little Thing” (L&MC) (“Yes”, 1969). Mais de 150 artistas famosos gravaram “Something” (GH). Frank Sinatra, Elvis Presley, James Brown, Joe Cocker, Ray Charles foram alguns deles. Mas, ficou muito bonita e alegre com outra diva, Ella Fitzgerald, no álbum ao vivo “Ella à Nice” de 1983, onde a cantora mostra toda a sua técnica de criar e prolongar as frases musicais. Pra finalizar o setlist, incluo uma música que muitos acham que não é dos Beatles. Pois foi personalizada magnificamente por outro grande artista. Será que foi pelas muitas vozes que ele incluiu? Será que foi pelo órgão e a gaita que ele tocou? Será que foi o arranjo com quebradas? Em 1971, Stevie Wonder lançou um single pela Motown, com “We can work it out” (L&MC). Chegou entre as 15 primeiras posições na Billboard e ganhou sua quinta indicação para o Grammy em 1972. Composições de: *L&MC: Lennon and Mc Cartney e de **GH: George Harrison NOTA - Você poderá ouvir um pedaço de cada uma destas divinas interpretações dos Beatles no próximo EP73 do Semônica. A partir das 13h do dia 13/12/21, segunda-feira, entre no Semônica.
EXPEDIENTE
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes
WEBJORNALISMO DIÁRIO
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UFA!
ARTIGO
BAHIGE FADEL Caramba! Já estamos em dezembro. Logo, logo será 2022. Quem diria! Ano difícil. Bota dificuldade nisso. Uma atrás da outra. Além das dificuldades naturais, as dificuldades criadas. Sim, dificuldades criadas. É que existe gente especialista em achar pelo em ovo. Há pessoas cuja especialidade é espalhar o caos. São os agentes do fim do mundo. Meu amigo, você já viu corrida de fundo? Aquelas de dez mil metros, maratona... São corridas que demoram para terminar. Alguns, embora cansados, passam bem pela linha de chegada. Mas há alguns chegam num bagaço de dar dó. Chegam capengando. Parece que não vão conseguir. Mas conseguem. E quando passam pela linha de chegada, têm um alívio. Estão nas últimas posições, mas parece que ganharam a corrida. É o meu caso. Estou olhando para a linha de chegada, que está logo ali, mas parece que está a uns dez quilômetros. Propus-me a chegar. Não importa em que condições, mas vou chegar. Não vou querer desistir no último mês, de jeito nenhum. É só botar na cabeça que o próximo ano será mais fácil, que aparecem novas forças. Vai firme, cara, que o ano que vem vai ser mais fácil! E lá vou eu. É isso aí. Tento ser otimista. É a melhor maneira de se viver. É a melhor maneira de expulsar os agentes do caos, os marqueteiros do inferno, os representantes do capeta, do chifrudo, do lúcifer, do coisa-ruim, do danado, do tinhoso, do diabo, do demônio, do jurupari, do belzebu, do malvado, do canhoto e de outros nomes menos cotados. Tem que ser otimista. Acreditar no melhor. Mesmo que seja ano de eleição, a gente tem que acreditar no melhor. Não estou falando em acreditar em discurso de político. De discurso de político a gente sempre desconfia. Desacredita. Tem que acreditar em você. Você é capaz. O político é capaz de outras coisas, exceto fazer algo para você ser feliz.
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Veja o que os deputados de São Paulo fizeram com os aposentados. Depois de cinco anos sem atualização dos salários, o que fizeram? Botaram imposto para reduzir o salário deles. Para reduzir o meu salário. É como se dissessem: Você trabalhou durante trinta e oito anos para o Estado, educando crianças e jovens, mas não merece ganhar o que ganha. Vou reduzir o seu salário, e vire-se. Não estou nem aí para os seus problemas. Assim mesmo, vote em mim. Lógico que isso eles não falam. Os políticos, em seus discursos, são os mais humanitários do mundo. São todos Irmã Dulce ou Madre Teresa de Calcutá. Assim, não é por causa deles que você será otimista. É por causa de você. Por causa do seu fôlego, por causa de seus objetivos. Você tem que cuidar de você mesmo e de várias outras pessoas que necessitam de você. Não acredite em qualquer discurso. Nem do bem nem do mal. A vitória do próximo ano, como deste, será sua, apesar dos discursos daqueles que falam mas não fazem, que dizem estar pensando em você, mas estão pensando apenas neles próprios.
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ARTIGO
Diário da Cuesta
“O misterioso caso da moça do fusca verde”
Maria De Lourdes Camilo Souza Um retrato de uma jovem chamava a atenção por sua beleza e olhar enigmático, numa selfie bem produzida. O letreiro abaixo da foto era “Desaparecida” em letras garrafais. A noticia dizia que essa moça se encontrava sumida desde o sábado e todos estavam compartilhando o
post penalizados. A ideia que imediatamente vinha a mente de quem lia era de algo sinistro. Balançavam a cabeça e já vinha a mente o carro abandonado em algum matagal e o seu corpo nu e devastado encontrado meio enterrado numa moita. País, parentes e amigos buscavam nos lugares mais frequentados. Todos os conhecidos foram acionados, buscando notícias. Buscaram em hospitais e até no IML até das cidades vizinhas, pois só poderiam fazer o boletim de ocorrência 24 horas depois do desaparecimento. Passaram a noite em claro. Discutiam como e o porquê. Aonde estará Maria Alice? A amiga mais íntima buscou pistas entre os pertences da desaparecida em seus aposentos com a ajuda dos familiares.
Olharam até debaixo das pedras. E nada. Deram por falta de algumas roupas e uma mala. Alguns objetos de higiene pessoal também não estavam. Lotaram a caixa de correspondência do celular que se encontrava apagado. Mas como isso se perguntavam: hoje em dia ninguém larga o celular nem para ir ao banheiro. O domingo foi um pesadelo. Choravam e se descabelavam, perguntando onde estará Maria Alice? Tão linda. Tão doce. Só desfiavam elogios como se ela já estivesse
morta. Outra noite sem dormir. Estavam todos exaustos e deprimidos. Finalmente amanheceu a segunda-feira e se dirigiram a delegacia mais próxima para registrar o BO do desaparecimento. Relataram ao oficial atendente todos os detalhes que se lembravam. E retornaram tristonhos para casa. Ao virar a esquina que levava a casa, viram de longe estacionado a frente da casa o fusca verde de Maria Alice. Entraram correndo e a encontraram muito bronzeada, fresca, feliz e falante contando sobre seu maravilhoso final de semana num waterpark famoso.