Diário da Cuesta
ano II Nº 371
NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
SÁBADO E DOMINGO, 15 E 16 de JANEIRO de 2022
L’ARMATA BRANCALEONE/ DOM QUIXOTE DE LA MANCHA E SÃO FRANCISCO
O livro “Dom Quixote de La Mancha”, foi escrito pelo espanhol Miguel de Cervantes. É composto por 126 capítulos, divididos em duas partes: a primeira surgida em 16 de janeiro de 1605 e a outra em 1615. É um grito de INDIGNAÇÃO! É a união dos extremos e a favor da DECÊNCIA e da CIDADANIA! É a postura dos escolhidos que se despojam dos bens materiais e dignificam a humanidade! É o lutar sem tréguas contra tantos moinhos de vento até que a luz apareça e um novo amanhã irradie um tempo bom de bonança! É a hora da sua manifestação – CIDADÃO BRASILEIRO! – mostrando o seu espírito cívico na defesa da Nação vilipendiada pela ação de tantos canalhas!!! A obra de Miguel de Cervantes tornou-se uma das mais editadas, adaptadas e influentes ao longo de seus quatro séculos de existência. Página 2
Botucatu foi selecionada para a implantação da Escola Cívico Militar, em 2022. Foi aprovado pelo Diretor Geral das Escolas Cívico Militar, Coronel Gilson Passos de Oliveira. O pedido de adesão assinado pelo Prefeito Mário Pardini, em dezembro de 2021 atendeu o projeto criado incialmente pela ex-vereadora Jamila Cury, em setembro de 2019, aprovado pela Câmara de Vereadores. Após ficar parada na Secretaria de Educação do Estado até setembro de 2021, foi encaminhada após grande mobilização da comunidade promovida pelo Grupo Direita Botucatu. Hoje é realidade. Avante!
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Diário da Cuesta
L’ARMATA BRANCALEONE/ DOM QUIXOTE DE LA MANCHA E SÃO FRANCISCO
O livro “Dom Quixote de La Mancha”, foi escrito pelo espanhol Miguel de Cervantes. É composto por 126 capítulos, divididos em duas partes: a primeira surgida em 12 de janeiro de 1605 e a outra em 1615. É um grito de INDIGNAÇÃO! É a união dos extremos e a favor da DECÊNCIA e da CIDADANIA! É a postura dos escolhidos que se despojam dos bens materiais e dignificam a humanidade! É o lutar sem tréguas contra tantos moinhos de vento até que a luz apareça e um novo amanhã irradie um tempo bom de bonança! É a hora da sua manifestação – CIDADÃO BRASILEIRO! – mostrando o seu espírito cívico na defesa da Nação vilipendiada pela ação de tantos canalhas!!! A manifestação pela DECÊNCIA e pela CIDADANIA une a obra de Cervantes e L’Armata de Brancaleone + a figura mística e inspiradora de São Francisco e é uma convocação “ad eternum”! Entretanto, à guisa de exemplificar a extensão de sua influência, basta lançar olhos às comédias seminais do cineasta italiano Mario Monicelli, L’Armata Brancaleone (O Incrível Exército de Brancaleone) e Brancaleone alle Crociate (Brancaleone e as Cruzadas), cujo protagonismo cabe ao cavaleiro andante Brancaleone da Nórcia, francamente inspirado no célebre manchego, a reunir meia dúzia de incapazes (coxos, idosos, feiticeiras e anões) e convertê-los no plantel de seu exército pitoresco. O ditoso aventureiro, tão atabalhoado e insano a professar uma pureza de intenções já extinta, tanto realiza proezas como as mais desventuradas cacetadas. Isso porque, como Dom Quixote, tem fé em sua loucura, e desafiaria até a morte para provar a força de seu braço. Aliás, literalmente ocorre entre Brancaleone e a Morte um acordo e um duelo memoráveis. A fé, portanto, contém a maior arma dos idealistas cavaleiros andantes. A fé em si e em todo gênero de desvarios em que acreditam, que não é exatamente inabalável (visto que também os valorosos duvidam dos despojos de suas empresas), mas aparece concreta. A fé sobremaneira na nobreza que os guia, como dito, muito além dos fracassos cômicos, rumo aos feitos mais esplêndidos ou libertários. Personagens da natureza de Dom Quixote da Mancha e Brancaleone da Nórcia sujeitam-se aos mais diversificados julgamentos, e é essa a prova de sua complexidade abissal, a incluir o influxo do tempo futuro, alheio a eles. A loucura combatida pela sociedade reorganiza-se no heroísmo combativo dos individualistas? De que maneira mensurar o utopismo e o autoritarismo do libertário? O cavaleiro agiu tresloucadamente ou engendrou algum progresso? São perguntas que os séculos fazem a Quixote. São dúvidas que Quixote lega aos séculos. A luta pela moralização da vida pública brasileira está apenas começando. Daí a necessidade de se buscar o exemplo desses heróis de todos os tempos: DOM QUIXOTE DE LA MANCHA e de BRANCALEONE DA NÓRCIA, temperados pelas qualidades e pureza de SÃO FRANCISCO DE ASSIS... Ora, em nossa história política recente vimos a Pátria ser manipulada por uma esquerda que nega a soberania nacional e é globalista. Foram 8 anos com Fernando Henrique Cardoso e mais 8 anos com Luiz Ignácio Lula da Silva e, em todo esse tempo, apenas um (1) Líder do Governo no Senado: SENADOR ROMERO JUCÁ! Isso é
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
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emblemático: um senador do PMDB – repetindo: PMDB! – liderando um governo do PSDB e o outro do PT... É emblemático! RESUMINDO: Qual a diferença entre eles?!? Qual?!? E o povo?!? Ora, o povo precisa se organizar e tirar esses partidos do caminho!!! Chega de enganação! Chega de pasteurização política! Chega de Mentiras! É preciso desmistificar. Mostrar. Desenhar. Fotografar... O PT vem fazendo tudo o que o PSDB já fez antes. O MENSALÃO veio depois do MENSALINHO de Minas e depois da “votação” da reeleição. A MALUFADA seguiu o mesmo caminho: primeiro FHC e o PSDB “conspurcaram” a ideologia partidária fazendo aliança com Paulo Maluf e seu partido. Depois, sempre imitando, o PT e Lula “conspurcaram” a ideologia partidária fazendo a mesma coisa com Maluf. Espertos? Sei não... Nos EUA e na Europa, os partidos são definidos e exercem o poder de acordo com seu programa partidário e só fazem alianças com os pequenos partidos afins. NUNCA fazem aliança com seu contraponto na política. Isso é picaretagem. Ora, se PSDB e PT surgiram após o Regime Militar com uma proposta de mudança, como explicar a aliança com Maluf ou Sarney? Feita a aliança HÁ A ACEITAÇÃO do “adversário” como um igual...ou não?!? Interessante é que a “imitação” ou o mesmo estilo de FHC e Lula ficaram marcados: nas “viagens” absurdamente exageradas ao exterior e na política neoliberal que aplicaram em seus respectivos governos, fazendo com que o Brasil se transformasse num paraíso para os especuladores do mercado financeiro e proporcionando ganhos estratosféricos aos Bancos como “nunca ocorreu antes neste país”! PROMISCUIDADE NA POLÍTICA ... Agindo assim, o reconhecido sociólogo se equiparou ao “político espertinho” do interior deste “brasilzão” que usa e abusa da “lei de Gerson”, se achando muito esperto... E o torneiro mecânico que chegou a ser presidente do país, renegando a fase em que acusava os “300 Picaretas!” que levou Leonel Brizola a chamá-lo de “sapo barbudo”, vestiu a máscara já usada por Maluf e criada pelo Duda Mendonça e passou a ser o “Lulinha paz e amor”... Por 16 anos vivemos no “rés-do-chão” da política partidária: “Esqueçam o que escrevi” e “Façam o que eu digo, MAS não façam o que eu faço...” RESUMO: o Brasil PRECISA de poucos partidos e bem definidos estatutariamente. Quando for governo, governar com seus aliados e aplicar o programa partidário. Quando for OPOSIÇÃO fazer EFETIVAMENTE oposição! Fazer oposição construtiva, acompanhando a atuação de cada ministério, bem como o controle e a estabilidade do governo. Votando a FAVOR das causas supra-partidárias de interesse da Nação! É isso. Simples assim... (AMD)
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ARTIGO
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A HONRA E OS HONORÁRIOS Roberto Delmanto O empresário, primo de uma antiga amiga, era dono de uma das maiores agências de turismo do país. De origem modesta, começara quase do nada; mercê de sua inteligência, criatividade e ousadia, em alguns anos tornara-se “dono” de importante fatia daquele mercado. Elegera-se diretor da associação de classe com aprovação quase unânime de seus pares. Após inovadora gestão, cheia de realizações, decidira tentar reeleger-se. A oposição a essa sua pretensão era, todavia, grande. Certa noite, telefonou para minha casa muito aflito. Seus opositores haviam distribuído uma “carta-aberta” a todos os agentes de viagem com graves ofensas à sua honra. Pedia a minha assistência. Disse-me que, de tão abalado, não tinha sequer condições de ir ao meu escritório, solicitando-me que fosse à sua agência. Em atenção à sua prima, que também me telefonara, fui na manhã seguinte à sua empresa, no Centro Novo de São Paulo. O luxo e o requinte das instalações impressionaram-
-me. Houve um detalhe curioso: embora lá fora o sol estivesse a pino, ele atendeu-me em sua imensa sala com todas as cortinas fechadas e luz artificial. Senti-me, por instantes, como se estivesse em uma reunião com um chefe mafioso... Pude, então, ler a tal “carta-aberta”. Desde logo conclui que as ofensas eram gravíssimas, configurando, sem dúvida, todas as três modalidades de crimes contra a honra do Código Penal: calúnia, difamação e injúria. Manifestei-lhe minha opinião de que ele, devido ao seu prestígio e liderança na classe, não podia deixar de processar os seus detratores. O empresário ficou muito feliz, pedindo-me que intentasse, com urgência, queixa-crime contra os mesmos. Ia se despedindo de mim, para atender uma ligação internacional, sem falar de honorários. Eu disse-lhe que era importante tocarmos nesse assunto e, havendo concordância, firmarmos um contrato. Quando dei o valor deles, achou-os altíssimos. Expliquei-lhe as dificuldades que envolvem uma ação penal privada e o fato de serem vários os acusados, bem como que já fizera um desconto em deferência à sua prima. Ele refletiu por um momento e, em seguida, disseme com voz pausada, parecendo querer convencer a si próprio: “Pensando bem, acho que as ofensas não foram assim tão graves...”
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ARTIGO “Menino dilema Criança poema Não foste falado! Que mundo cretino, Que pena menino De “olhar azulado”... Trecho do poema “Retrato” Autor J. A. Afonso
Maria De Lourdes Camilo Souza
A avó de repente falou para o neto que olhava desconcertado para o celular, sem ação, sem saber o que dizer, como falar, como fazer. “Você precisa falar, meu querido! Fale com seu tio, diga o que quer, solte-se!” A avó comenta com seu filho pai do menino: num outro momento: “Aos jovens falta atitude! Vocês meus filhos tinham isso”. Ela se esquece que a seus meninos nada foi restringido. Viveram intensamente, ricamente a sua infância, a pré adolescência. Conservam amigos dessa fase para a vida toda. Sua vida não ficou truncada, travada com conversas na frente de uma tela. Ríamos daquele desenho animado dos Jetsons: uma família vivendo no futuro. E nós vivemos aqueles bate-papos com cada um no seu celular e na sua casa. Deixe a sua risada, sinto falta até disso. Guardo os prints na memória do celular. Cada qual ocupando um quadrado reservado na tela minúscula. Vimos Olivia crescendo e se desenvolvendo lá na Inglaterra distante, sem poder participar em presença das suas experiências. Nosso menino, virando homem, criança perdida. Vejo seu olhar assustado, sua boca sem palavras entreaberta. Olhinhos pedindo socorro. Me senti um pouco como ele. Roubaram tanto de sua infância que ele ao limiar da adolescência é tão indefeso. Foram quase 2 anos assim.
Forçado a tentar entender uma vida com máscara no rosto e a se proteger do inimigo invisível que sorrateiro não quer nos deixar. Olhava muitas vezes para ele sentindo-o ilhado, isolado, afastado... Sentava-se no chão num canto qualquer sózinho mexendo naquela tela de celular. Sabe-se lá quanta coisa ali pode aprender? Coisas boas e... também ruins. Lembrei-me da minha pré adolescência solitária e desengonçada. Sentava-me sózinha como ele, num degrau de uma escada limosa atrás da casa da Costa Leite. Mas meus olhos não estavam na tela de um celular que ainda não existia, mas sim nas folhas de um livro que eu devorava as palavras. Não tive os mesmos medos que ele, mas reconheço a insegurança e ele sabe. E recorre ao meu abraço que o acolhe. Os meus medos eram inimigos internos. Medo de não ser aceita, de não ser a melhor, a mais bonita, coisas normais dessa idade. Medo das mudanças que aceleradas mudavam meu corpo, mas não o meu coração de criança. A ele foram negados os jogos de bola na quadra da escola, as brincadeiras na piscina. As aulas e o convívio entre os amigos, as animadas festas juninas, os aniversários dos coleguinhas. Soltar a pipa ao vento no campo. Subir no telhado da casa para buscar a bola de futebol que no chute subiu demais. Brincar com bolinhas de gude em campeonatos entre os grupos da vizinhança. Passeios e cinemas no Shopping. As visitas aos museus e à Pinacoteca para conhecer os trabalhos dos artistas. Viagens com os amigos acompanhadas pelos professores. Tudo isso que ainda se pode fazer. Mas como recobrar tudo o que perdeu de aprendizado de presença, de toque, de convivência nessa fase tão inocente e bonita da vida? Quem poderá devolver?