Diário da Cuesta
ano II Nº 376
NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU SEXTA-FEIRA, 21 de JANEIRO de 2022
IGUALDADE DOS CIDADÃOS PERANTE A LEI
A Assembléia Constituinte Francesa, de 1789, proclamou o princípio da igualdade dos cidadãos perante a lei. Foi na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão que o lema da República Francesa se inspirou: “liberdade, igualdade, fraternidade”. E, dos três, a igualdade era o mais importante para os revolucionários: “No turbulento período que se seguiu à revolução, sempre que foi necessário optar, sacrificou-se a liberdade em defesa da igualdade. É o que explica a centralização do poder e o regime do terror". PÁGINA 3
JUSTIÇA FEDERAL DE SEDE NOVA
O prédio da HRP Promoções Ar�sticas em Botucatu foi comprado pela União, para abrigar a estrutura da Justiça Federal na cidade. A informação foi confirmada por representantes do empresário Hamilton Policastro, até então proprietário do imóvel. Atualmente a Justiça Federal encontra-se instalada em dois prédios cedidos. Toda a estrutura em breve irá para o novo espaço. Os valores específicos da negociação em Botucatu não foram divulgados. O prédio da HRP fica localizado na Rua Papoula, Vila dos Médicos, considerada uma área nobre e uma das mais valorizadas do município. (Fonte: Acontece Botucatu).
LEITURA DINÂMICA Notícias de Botucatu e sua gente
Moderno como você!
Diário da Cuesta
2
Diário da Cuesta
ARTIGO
Amor fraterno para um mágico 2022! Eduardo J.R. Santos Universidade de Coimbra “As pessoas não escolhem os sonhos que têm, São, pois, os sonhos que escolhem as pessoas. Nunca o ouvi dizer a ninguém, mas assim deve ser.” José Saramago, In O Evangelho Segundo Jesus Cristo. A caminho de 2023, abandonem-se à escolha dos sonhos que vos possuem durante a noite e nos diurnos devaneios. Nunca neguem o inconsciente! Amanhã será um dia perfeito: uma espécie de altivo vértice num geométrico ser arquitetado em côncavos paradoxos, dobrando o tempo, como em folha de papel, num ângulo obtuso. Olharemos para o passado, não o recordando, mas imaginando as suas ditas promessas. Olharemos para o futuro, já com saudade dos vindouros dias de mistério e surpresa, e das falíveis premonições e inesperados acasos.
Porque a perfeição é apenas uma tradição esquecida da arte milenar da simplicidade... Gente boa, do fb, aqui fica o meu amor fraterno para um mágico 2022!
VOCÊ SABIA?
Que teria sido brasileiro o famoso herói inglês que marcou presença na Primeira Grande Guerra Mundial? Teria sido botucatuense esse herói? Teria nascido na Cuesta de Botucatu esse herói que encantou gerações com sua bravura e idealismo? A Revista Peabiru apresentou minucioso estudo sobre a trajetória desse herói mundial. Na história ou na “lenda” de Lawrence da Arábia, temos como berço natal do herói a Cuesta de Botucatu, mais precisamente, a Fazenda do Conde de Serra Negra, localizada em Vitoriana. Verdade ou lenda ?!? Segredo guardado ou sonho “botucudo” surgido antes da virada do século passado?!? Mas fica – com certeza! – a imagem positiva e heroica de Lawrence da Arábia: um brasileiro nascido na CUESTA DE BOTUCATU. DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
EXPEDIENTE NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU WEBJORNALISMO DIÁRIO
EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689
O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.
Diário da Cuesta
3
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão? POR: Renata Costa
A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foi anunciada ao público em 26 de agosto de 1789, na França. “Ela está intimamente relacionada com a Revolução Francesa. Para ter uma ideia da importância que os revolucionários atribuíam ao tema dos direitos, basta constatar que os deputados passaram cerca de 10 dias reunidos na Assembléia Nacional francesa debatendo os artigos que compõem o texto da declaração. Isso com o país ainda a ferro e a fogo após a tomada da Bastilha em 14 de julho do mesmo ano”, explica o professor Bruno Konder Comparato, professor no Departamento de Ciências Políticas da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade da Cidadania Zumbi dos Palmares. Havia urgência em divulgar a declaração para legitimar o governo que se iniciava com o afastamento do rei Luís XVI, que seria decapitado quatro anos depois, em 21 de janeiro de 1793. “Era preciso fundamentar o exercício do poder, não mais na suposta ligação dos monarcas com Deus, mas em princípios que justificassem e guiassem legisladores e governantes”, diz o professor. A importância desse documento nos dias de hoje é ter sido a primeira declaração de direitos e fonte de inspiração para outras que vieram posteriormente, como a Declaração Universal dos Direitos Humanos aprovada pela ONU (Organização das Nações Unidas), em 1948. Prova disso é a comparação dos primeiros artigos de ambas: O Artigo primeiro da Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789, diz: “Os homens nascem e permanecem livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem fundar-se na utilidade comum”. O Artigo primeiro da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948: “Todos os homens nascem livres e iguais em dignida-
A Liberdade Guiando o Povo, de Delacroix: França exporta revolução. ( Crédito: Imagem: Corbis/Stockphotos)
de e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade”. O professor chama a atenção sobre os direitos sociais, não mencionados explicitamente no texto do documento. “Ela se concentra mais nos direitos civis, que garantem a liberdade individual - os direitos do homem - e nos direitos políticos, relativos à igualdade de participação política, de acordo com a defesa dos revolucionários do sufrágio universal, o que corresponde aos direitos do cidadão”. Foi também na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão que o lema da República Francesa se inspirou: “liberdade, igualdade, fraternidade”. O professor Bruno afirma que, dos três, a igualdade era o mais importante para os revolucionários. “No turbulento período que se seguiu à revolução, sempre que foi necessário optar, sacrificou-se a liberdade em defesa da igualdade. É o que explica a centralização do poder e o regime do terror”, afirma.
Diário da Cuesta
4
ARTIGO “Venham enfim
Venham enfim as altas alegrias, As ardentes auroras, as noites calmas, Venha a paz desejada, as harmonias, E o resgate do fruto, e a flor das almas. Que venham, meu amor, porque estes dias São morte cansada, De raiva e agonias E nada.” (José Saramago, in “Provavelmente Alegria”.)
“Dia Nacional do Riso” Maria de Lourdes Camilo Souza 18 de janeiro amanhece e aí descubro que é o dia do riso, e nem imaginava que tivesse dia
para rir. Não seria todos os dias? Pode ser que não ria o dia todo, mas uma boa risada sempre vem, queira ou não. Ultimamente rio muito sózinha, afinal tenho uma bebessauro, a Mindy que sempre apronta. Eita bicho danado! Depois que fez a arte e que me vê furiosa, corre se esconder baixo da mesa da sala de jantar, e fica espreitando , de olhos baixos. Quando me vê de boa, aí vem pedindo carinho daquele seu jeito desengonçado. Está com 8 meses e ainda não sabe ser carinhosa, muito menos delicada! Vem colocando a patinha torta sobre meu braço com todos seus 14 kgs. Não aceita não como resposta e deita o cabeção sobre meus pés. E se ouve qualquer barulho com seus ouvidos biônicos sai de arrancada metendo as patas gordas aonde pegar! Sai de baixo! Meu jardim renasce nas mãos do menino do dedo verde, uma vez ao mês. E vou falar baixinho para a Mindy não ouvir o elogio, porque sabe como é, vampirinho brasileiro pode voltar a atacar. Vejo brotando verdes,
práticamente renascendo das cinzas da renda portuguesa. As clívias que foram replantadas voltando a florir alaranjadas. E fico satisfeita com alguns objetivos tênues conseguidos. Fico orgulhosa dessa “lagartona” como a Zildinha a chama. Falando nisso, as duas se adoram, é muito rapapé! Mindy quase não deixa a Zildinha fazer o serviço da casa, e a acompanha o dia todo passo a passo. Bonitinho é o sorrisinho que me brinda a Chérie quando a chamo. Já está meio avariado mas vem adoçar meu dia. A Mindy não sabe rir. Está sempre com aquela cara enrugada, parece preocupada, cara de coitada. Tem o focinho em forma de coração molhado. Preciso fazer uma ginástica para pegá-la no colo. Vou girando seu corpo desengonçado de lado e pego debaixo dos braços e tenho que botar força para trazer para o colo, que ela ocupa todo e como não sabe aonde põe a cabeçorra de vez em quando levo umas lambidonas na cara. Nem preciso dizer que me mela a cara toda. Nessa outra fase de Ômicron são minhas leais companheirinhas e as causadoras do meu riso solto.