Edição 392

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Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

ano II Nº 392

QUARTA-FEIRA, 09 de JANEIRO de 2022

CARMEM MIRANDA: “A PEQUENA NOTÁVEL!” Maria do Carmo Miranda da Cunha, artisticamente conhecida como Carmen Miranda (Canaveses, Portugal, 9 de fevereiro de 1909 - Los Angeles, Estados Unidos, 5 de agosto de 1955), foi uma cantora, atriz e dançarina luso-brasileira. Com fama internacional, Carmen Miranda era chamada de “A Pequena Notável” e “Brazilian Bombshell” (brasileira sexy ou atraente). Carmen Miranda, portuguesa de nascimento e brasileira de criação, foi a primeira mulher a assinar contrato com uma rádio no Brasil. Com seu estilo único e talento para a música e atuação, conquistou outros países, fixou morada nos Estados Unidos e chegou a ser a mulher mais bem paga de Hollywood, além de ser a primeira sul-americana com uma estrela na Calçada da Fama. PÁGINA 3

GESIEL JÚNIOR:

ESCRITOR E ACADÊMICO O pesquisador, cronista e poeta, Gesiel Júnior é Membro da ABL – Academia Botucatuense de Letras e mora em Avaré. Autor de quarenta e três livros sobre a história de Avaré e região, lançou seu último livro em dezembro último que resgata os primórdios do catolicismo em Avaré: “O Patrimônio de Nossa Senhora das Dores”. Colaborador do Diário da Cuesta, o escritor Gesiel Júnior tem feito matérias excelentes. No mês de dezembro fizemos matéria referente ao seu último lançamento.


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Diário da Cuesta

Novo livro de Gesiel Júnior resgata primórdios do catolicismo em Avaré

Obra “O patrimônio de Nossa Senhora das Dores” encerra festa dos 150 anos da mais antiga paróquia da região Autor de quarenta e três livros sobre a história de Avaré e região, o escritor e acadêmico Gesiel Júnior vai lançar no dia 11 de dezembro “O patrimônio de Nossa Senhora das Dores”, título do volume no qual revela aspectos e detalhes ainda desconhecidos a respeito das origens da cidade, a partir da sua organização religiosa ocorrida em 1870, ano da criação de sua primeira paróquia. Para o padre Bruno Oliveira, o primeiro avareense a exercer o cargo de pároco do Santuário de Nossa Senhora das Dores, a obra é resultado “de uma dedicada e afetuosa pesquisa realizada pelo renomado escritor Gesiel Júnior e que se torna, a partir de agora, o principal material de leitura e consulta para que todo católico avareense aprenda como seus antepassados foram comprometidos e, ao mesmo tempo, se questione sobre o tamanho da responsabilidade que hoje possui, de levar adiante o compromisso moral e material de amor a Jesus Cristo e a devoção à Virgem Maria na continuação desta história”. Com selo da Editora Gril, o livro de 72 páginas em formato amplo traz mais de cem imagens de pessoas, fatos e documentos, incluindo os primeiros batismos, casamentos e óbitos. “Os registros enaltecem os personagens decisivos, mostram tanto a presença forte do clero, como a ação empreendedora de figuras memoráveis do laicato, os quais realmente comprovam a força do testemunho eclesial, em diferentes contextos, tradições e mentalidades”, diz o autor. Dentre as novidades o leitor conhecerá dados inéditos, como qual dos padres foi prefeito de Avaré, qual dos antigos párocos é candidato a santo (seu processo de beatificação já tramita no Vaticano), saberá a identidade da primeira freira nascida na cidade e quais os leigos que mais cooperaram para erguer aquela que é considerada uma das mais belas igrejas do país.

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Renda para restauro O pároco informa que o novo livro conclui as comemorações do sesquicentenário paroquial e o lançamento para a comunidade está programado para a noite do sábado, 11 de dezembro, a partir das 20 horas, no Centro Pastoral Monsenhor Celso. A impressão da publicação historiográfica teve integral apoio cultural de herdeiros de benfeitores paroquiais e o seu autor ofereceu a tiragem para ser vendida em favor do restauro dos vitrais e da revitalização dos sinos do templo. “O livro aponta para o berço desta cidade, para um fascinante lugar sagrado, onde fui ungido com o sacramento da confirmação. Peço a bênção da padroeira aos que cooperaram generosamente para torná-lo impresso”, afirmou Gesiel. Dentre os apoiadores estão as professoras Biba Lutti, Dora Ferreira, Maria Elisa Martins e Margarida Novaes, os empresários Marcos Fernandes, Ovídio Faria e Gilberto Tenor, as irmãs Gília Bannwart Lotufo, Maria Inês Bannwart Pereira e Sílvia Bannwart e os irmãos Sílvio Ferreira, Fernando Ferreira e Roberto Ragazzini Ferreira. Serviço: O exemplar custa R$ 50 e já pode ser adquirido na secretaria paroquial. Informações pelos telefones (14) 3732-0154 e 3733-5056. (A Comarca)

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.


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FAZ HOJE 60 ANOS QUE MORREU CARMEM MIRANDA!

Cantora nascida em Portugal é símbolo da cultura brasileira. Vamos ver o “que é que a baiana tem...” A maior representante musical do Brasil no exterior – CARMEM MIRANDA! O “INSTITUTO CAMÕES” postou interessante matéria sobre a “PEQUENA NOTÁVEL”. Vale a leitura: Nascida em Marco de Canaveses em 1909, a cantora Carmen Miranda deixou Portugal, chegou ao Rio de Janeiro aos 10 meses de vida e ainda hoje, 60 anos após a sua morte, é símbolo internacional da cultura brasileira. “A rapidez na fala ficou de herança do sotaque do Porto que ela ouvia em casa, onde começou a cantar marchinhas. Mas as outras características de Carmen Miranda são essencialmente brasileiras”, afirmou à Lusa o diretor do museu que tem o nome da cantora, no Rio de Janeiro, César Balbi. Balbi realçou que a cantora nunca voltou a Portugal após deixar o país, nem mesmo quando esteve na Europa. Carmen Miranda morreu a 05 de Agosto de 1955, em Bervely Hills, na Califórnia, após sofrer um enfarte. O principal legado da cantora, segundo o

director do museu, foi “levar a imagem de ‘brasilidade’ para locais onde não se conhecia nem a geografia do Brasil”, e divulgar manifestações do país, como o samba, com um estilo e voz próprios. “Em plena segunda guerra mundial, ela [Carmen Miranda] tinha o poder de distrair, do entretenimento. Ela trabalhava o tempo todo, e entrou numa personagem da qual não podia livrar-se. Mesmo estando triste, ninguém percebia”, afirmou o director do museu. A cantora é tema de estudos de mestrado e doutoramento no Brasil, além de haver oito biografias escritas sobre a sua vida. “A Carmen Miranda está viva”, afirmou Balbi, referindo-se às pesquisas sobre a cantora e ao seu legado. O interesse do público brasileiro em geral pela artista cresceu apenas após 2005, com a publicação de sua biografia mais famosa, feita pelo escritor Ruy Castro. Antes disso, contou o director do museu, a cantora chamava a atenção dos investigadores brasileiros principalmente das áreas da música, da moda e do cinema e de um público predominantemente de estrangeiros, que costumavam ser a maioria nas visitas ao museu Carmen Miranda, no Rio de Janeiro. Entre os visitantes mais activos, segundo Balbi, que trabalha no local há 22 anos, estavam os norte-americanos, que tratavam a cantora como uma estrela de Hollywood, mas também europeus e latino-americanos. Actualmente, os fãs brasileiros estão mais diversificados. “Carmen tem um público dos cinco aos 100 anos, desde os que conviveram com ela até aqueles que tiveram influências transmitidas pelos pais. Uns vêem-na como um ícone da moda, outros pela maquilhagem, outros, principalmente as crianças, pela caricatura, e, os mas antigos, pela voz”, disse Balbi, que realçou que a canto-

ra foi pioneira na Música Popular Brasileira. Inaugurado no parque do Flamengo em 1976, o museu com o nome da cantora precisava de mais espaço para desenvolver actividades. A nova exposição, que está a ser preparada, ficará num espaço do Museu da Imagem e do Som (MIS), com inauguração prevista entre Abril e Setembro do próximo ano. O acervo, com 3.348 itens da artista, entre eles 461 de indumentária e 11 trajes completos de concertos, está em período de restauração e estudo. (INSTITUTO CAMÕES) E, cá no Brasil, também foi feita uma grande homenagem à Carmem Miranda. No programa “A Máquina da Fama”, do SBT, apresentando por Patrícia Abravanel, filha de Sílvio Santos, Carmem Miranda foi revivida pela própria Patrícia Abravanel. E foi bom! A César o que é de César! Silvio Santos é o melhor e mais experiente apresentador da televisão brasileira. E já estava passando da hora de fazer seu sucessor... Não será o excelente THIAGO ABRAVANEL que está bombando na Globo e irá longe, muito longe... A sua sucessora será a sua filha Patrícia Abravanel. E para sua “introdução” no complicado mundo da TV e da fama, “papai” Silvio Santos NÃO poupou esforços: o programa “MÁQUINA DA FAMA é ambicioso, caro, envolvente e – principal motivo! – AGRADA aos seus telespectadores. O homem tem visão! Sucesso. Com competência e enredo positivo e histórico. Valeu. Sucesso. (BLOG DO DELMANTO 06/08/2015)


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ARTIGO

“Rainha do Mar” Maria De Lourdes Camilo Souza

Se alguém pudesse representar a Rainha do Mar seria a eterna Clara Nunes. Vestes brancas, flores nos cabelos, olhar perdido nas nuvens dos céus azuis, sol brilhando nas faces, colares de conchas, cantando com os os pés na areia do mar, leve como brisa, iluminada dançando suave ou levitando.

“É água no mar é maré cheia ô Mareia “ Teve estória difícil, morte misteriosa... Gosto de imaginar que os golfinhos vieram alegres buscá-la para voltar ao seu reino na Atlântida, de onde ela uma sereia deixou o rabo de peixe seduzida pelos olhos de um pescador. Foram felizes por um tempo. Nesse tempo ela cantou e encantou, mas o pescador, seduzido pelo vil metal só queria dela os frutos do seu canto sedutor. Suas lágrimas juntaram-se as águas do mar escurecendo-as, e sua dor chegou aos ouvidos do conselho dos reinos das águas claras e os golfinhos foram convocados para vir por ela. Numa noite de tempestade ela foi gloriosamente levada entre os raios de Oxum, a quem tanto louvou, e num cortejo levada num barco entre flores e perfumes ofertados num 02 de fevereiro a Iemanjá. Muitas luzes de velas tremeluzindo ao som dos cânticos dos babalorixas vestidos de branco que pularam sete ondas para serem abençoados entre as muitas flores e barquinhos de oferendas. A mãe das águas saiu das ondas poderosa e iluminada com ráios saindo de suas mãos, vestida de azul, flores nos cabelos, colar e brincos de diamantes, olhos muito penetrantemente lindos e sobrepôs-se nos céus por um tempo, altaneira, agradecendo e abençoando aos fiéis que estavam ali na orla. Olhando agradecida e encantada com tantas luzes, cânticos flores e oferendas. Iepahé minha Mãe! Rainha do Mar. Depois das bênçãos mergulhou para seu reino seguida dos golfinhos num séquito feliz


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