Edição 397

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Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

ano II Nº 397

TERÇA-FEIRA, 15 de FEVEREIRO de 2022

Botucatu: Comunidade Escolar vota favorável à implementação da Escola Cívico-Militar por 60 votos a 17, no Jardim Flamboyant Neste sábado, 12, ocorreu em Botucatu uma Audiência e Consulta Pública sobre a implementação da Escola Cívico-Militar na EMEF Prof. Luiz Tácito Virgínio dos Santos, no Jardim Flamboyant. No evento, 77 pessoas da Comunidade Escolar, entre pais e responsáveis de alunos e funcionários, votaram. Foram 60 votos favoráveis à implementação e 17 contrários. Após a votação, a Secretária Municipal de Educação, Cristiane Amorim, destacou que a Prefeitura apoiará a implementação do projeto. “É importante destacar que foi um processo democrático. Se a comunidade

escolar da EMEF Professor Luiz Tácito Virgínio dos Santos foi favorável, nós, da Secretaria Municipal de Educação, iremos apoiar inteiramente esse programa”, discursou.

O Grupo Direita Botucatu divulgou uma explicação como funciona a Escola Cívico-Militar:

– 𝗔 𝗘𝘀𝘁𝗿𝘂𝘁𝘂𝗿𝗮 𝗘𝗱𝘂𝗰𝗮𝗰𝗶𝗼𝗻𝗮𝗹 não muda, 𝘁𝘂𝗱𝗼 𝗽𝗲𝗿𝗺𝗮𝗻𝗲𝗰𝗲 𝗰𝗼𝗺𝗼 𝗲𝘀𝘁𝗮 𝗱𝗲𝘀𝗶𝗴𝗻𝗮𝗱𝗼 𝗽𝗲𝗹𝗮 𝗦𝗲𝗰𝗿𝗲𝘁𝗮𝗿𝗶𝗮 𝗠𝘂𝗻𝗶𝗰𝗶𝗽𝗮𝗹 𝗱𝗲 𝗘𝗱𝘂𝗰𝗮𝗰̧ã𝗼. – 𝗗𝗶𝗿𝗲𝘁𝗼𝗿𝗲𝘀, 𝗣𝗿𝗼𝗳𝗲𝘀𝘀𝗼𝗿𝗲𝘀 𝗲 𝗙𝘂𝗻𝗰𝗶𝗼𝗻𝗮́𝗿𝗶𝗼𝘀 não mudam. – 𝗔 𝗳𝘂𝗻𝗰̧ã𝗼 𝗱𝗼 𝗣𝗿𝗼𝗳𝗶𝘀𝘀𝗶𝗼𝗻𝗮𝗹 𝗠𝗶𝗹𝗶𝘁𝗮𝗿 𝗻𝗮 Escola Cívico-Militar é 𝗮𝗽𝗲𝗻𝗮𝘀 𝗮𝘂𝘅𝗶𝗹𝗶𝗮𝗿 𝗻𝗮 𝗖𝗼𝗼𝗿𝗱𝗲𝗻𝗮𝗰̧ã𝗼, 𝗢𝗿𝗴𝗮𝗻𝗶𝘇𝗮𝗰̧ã𝗼, 𝗗𝗶𝘀𝗰𝗶𝗽𝗹𝗶𝗻𝗮, 𝗲 𝗮 𝗶𝗺𝗽𝗹𝗮𝗻𝘁𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗱𝗲 𝗺𝗮𝘁𝗲́𝗿𝗶𝗮𝘀 𝗰𝗼𝗺𝗽𝗹𝗲𝗺𝗲𝗻𝘁𝗮𝗿𝗲𝘀 𝗻𝗼 𝗖𝘂𝗿𝗿𝗶́𝗰𝘂𝗹𝗼 𝗘𝘀𝗰𝗼𝗹𝗮𝗿, 𝗲𝗺 𝗰𝗼𝗻𝗷𝘂𝗻𝘁𝗼 𝗲 𝗱𝗲 𝗽𝗹𝗲𝗻𝗼 𝗮𝗰𝗼𝗿𝗱𝗼 𝗰𝗼𝗺 𝗮 𝗗𝗶𝗿𝗲𝘁𝗼𝗿𝗶𝗮 𝗲 𝗣𝗿𝗼𝗳𝗲𝘀𝘀𝗼𝗿𝗲𝘀. M𝗮𝘁é𝗿𝗶𝗮 𝗲𝘀𝘁𝗮𝘀 𝗾𝘂𝗲 𝗽𝗼𝘀𝘀𝗮𝗺 𝗮𝗰𝗿𝗲𝘀𝗰𝗲𝗻𝘁𝗮𝗿 𝗯𝗲𝗻𝗲𝗳𝗶í𝗰𝗶𝗼𝘀 𝗲𝗱𝘂𝗰𝗮𝗰𝗶𝗼𝗻𝗮𝗶𝘀 𝗲𝘀𝗽𝗲𝗰í𝗳𝗶𝗰𝗼𝘀 𝗮𝗼𝘀 a𝗹𝘂𝗻𝗼𝘀, 𝗰𝗼𝗻𝗳𝗼𝗿𝗺𝗲 𝗮 𝗻𝗲𝗰𝗲𝘀𝘀𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲 𝗱𝗲 𝗰𝗮𝗱𝗮 𝗥𝗲𝗴𝗶ã𝗼. – 𝗢 𝘂𝘀𝗼 𝗱𝗲 𝗨𝗻𝗶𝗳𝗼𝗿𝗺𝗲 𝗳𝗶𝗰𝗮 𝗮 𝗰𝗿𝗶𝘁é𝗿𝗶𝗼 𝗱𝗮 𝗗𝗶𝗿𝗲𝘁𝗼𝗿𝗶𝗮. Nã𝗼 é 𝗼𝗯𝗿𝗶𝗴𝗮𝘁ó𝗿𝗶𝗼, 𝗲 𝘀𝗲 𝘂𝘁𝗶𝗹𝗶𝘇𝗮𝗱𝗼 𝘀𝗲𝗿𝗮́ 𝗰𝘂𝘀𝘁𝗲𝗮𝗱𝗼 𝗽𝗲𝗹𝗼 𝗚𝗼𝘃𝗲𝗿𝗻𝗼 𝗙𝗲𝗱𝗲𝗿𝗮𝗹, 𝗮𝘁𝗿𝗮𝘃𝗲́𝘀 𝗱𝗮 𝘃𝗲𝗿𝗯𝗮 𝗮𝗻𝘂𝗮𝗹 𝗳𝗼𝗿𝗻𝗲𝗰𝗶𝗱𝗮 à 𝗘𝘀𝗰𝗼𝗹𝗮. (Botucatu Online)

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ARTIGO

“A era do rádio” “Nós também somos feitos da matéria de que são feitos os sonhos; e no espaço e tempo de um sonho nossa curta vida está contida.” William Shakespeare Maria De Lourdes Camilo de Souza Na sonífera ilha dos Titãs a gente colava o ouvido no radinho de pilha, para sintonizar. Ontem a tarde eu entrei na cozinha da casa da minha irmã, ia tomar um copo de água e a mulher do birote estava por lá, lavando louça. Escutei aquele indefectível som de um rádio transmitindo um jogo de futebol. Voltei no tempo. Nem sei precisar há muito não ouvia uma transmissão igual. O Verdão perseguindo um título mundial, dividindo o campo com o Chelsea! Perguntei para a Zildinha: Você é Palmeirense? Ela disse que nem estava ouvindo o rádio. Olhei surpresa para ela, e pensei comigo, deve ter ligado cedo para ouvir música gospel e aí ficou ligado. Sabe quando você liga a TV e deixa o dia inteiro, como se fosse uma companhia? Desse jeito automático. Sai de lá e peguei a pequena Yolanda no colo, e como ela estava chorando fui tentando acalmá-la caminhando e balançando suave, cantarolando músicas de ninar. Aconcheguei-a junto ao coração e devagarinho ela foi sossegando. Bocejou e acomodou-se melhor. Minutos depois ressonava. Sentei-me num dos cadeirões da sala de estar, e como estava calor, deitei-a sem acorda-la de forma que ficasse muito cômoda e livre, o bracinho pendeu sobre o braço da cadeira, a mão aberta. Fiquei ali absorta olhando aquele pedacinho de gente tão perfeito. Nisso o Ricardo Panessa , avô materno, recém chegado de Atibaia, veio até nós olhando amorosamente a netinha adormecida. Fez um carinho e sentou-se ao lado comentando se o jogo tinha acabado, respondi que não sabia, mas que o rádio na cozinha estava ligado.

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Olhando no celular êle já tinha o resultado do jogo. Palmeiras tinha perdido. Houve um tempo remoto em que eu acompanhava as Copas do Mundo torcendo frenéticamente pelo Brasil. Chegava a levar rádio para o trabalho para não perder nenhum jogo. A minha equipe ficava junto, preparávamos pipocas. Era um festejo alucinado a cada gol. O último e vergonhoso jogo vendido que assisti foi o famoso 7x1 contra a Alemanha. O cheiro podre deu náuseas. A era do rádio já tinha acabado há muito tempo. Hora do Brasil, músicas de Nelson Gonçalves, Pixinguinha, Demônios da Garoa, Inezita Barroso cantando faceira. Sintonizar na Rádio da Aparecida do Norte para ouvir a Missa nos domingos, pois meu pai não perdia. Os tempos mudaram. A cabeça mudou. Mas o rádio persiste,muita gente ainda tem um. Qualquer dia desses o Palmeiras ainda leva a taça de um campeonato internacional. O sonho continua. E para quem não sabe, hoje se comemora o Dia do Rádio.

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.


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ARTIGO

Envelhecer, viver, rejuvenescer…, ou o lado B da vida! Eduardo J.R.Santos Universidade de Coimbra

Há muitos anos, tive a oportunidade única de coordenar uma mesa num congresso em Évora, onde o Prof. Júlio Machado Vaz, que aí se assumiu como antropólogo da sexualidade, nos presenteou com uma oração de sapiência magistral. Sigo-o no fb, e agradeço a generosidade e elevação dos seus posts. Este sobre a velhice (coisa que se inicia no nascimento…), extrato de uma obra sublime, plena de contraditórios e paradoxos, de rios e de margens, mas não é assim a vida? Enquanto nos despojamos da vaidade dos nossos corpos, que as nossas almas prazeirosas construam no remanso das marés o cristal da carne! E assim a profecia da morte

3 da alma não se cumpra nas mãos da infelicidade… “Envelhecer Uma pessoa envelhece lentamente: primeiro envelhece o seu gosto pela vida e pelas pessoas, sabes, pouco a pouco torna-se tudo tão real, conhece o significado das coisas, tudo se repete tão terrível e fastidiosamente. Isso também é velhice. Quando já sabe que um corpo não é mais que um corpo. E um homem, coitado, não é mais que um homem, um ser mortal, faça o que fizer... Depois envelhece o seu corpo; nem tudo ao mesmo tempo, não, primeiro envelhecem os olhos, ou as pernas, o estômago, ou o coração. Uma pessoa envelhece assim, por partes. A seguir, de repente, começa a envelhecer a alma: porque por mais enfraquecido e decrépito que seja o corpo, a alma ainda está repleta de desejos e de recordações, busca e deleita-se, deseja o prazer. E quando acaba esse desejo de prazer, nada mais resta que as recordações, ou a vaidade; e então é que se envelhece de verdade, fatal e definitivamente. Um dia acordas e esfregas os olhos: já não sabes porque acordaste. O que o dia te traz, conheces tu com exatidão: a Primavera ou o Inverno, os cenários habituais, o tempo, a ordem da vida. Não pode acontecer nada de inesperado: não te surpreende nem o imprevisto, nem o invulgar ou o horrível, porque conheces todas as probabilidades, tens tudo calculado, já não esperas nada, nem o bem, nem o mal... e isso é precisamente a velhice.” Sándor Márai, in ‘As Velas Ardem Até ao Fim’ O Carlão vai estar em Coimbra no Convento São Francisco, no dia 14 fevereiro, dia dos e-namorados. Este homem é de uma genuinidade a que já não estamos habituados… Do muito pouco que eu sei? da vida, o mistério do amor não é como, mas quem!


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Esportes Lucas Nogueira

Super Bowl LVI aposta em intervalo nostálgico com grandes nomes do Hip-Hop Internacional Show de intervalo contou com rappers da Costa Oeste e a participação de 50 Cent, Kendrick Lamar, Eminem e outros nomes do segmento

No último domingo (13) aconteceu o tão esperado Super Bowl LVI, a disputa entre Cincinnati Bengals e Los Angeles Rams foi realizada na cidade de Los Angeles - localizada na Costa Oeste dos Estados Unidos -, no SoFi Stadium. O evento com os segundos publicitários mais caros dos esportes apostou na nostalgia dos rappers da década de 90 durante o show de intervalo. A apresentação artística contou com Dr Dre, Eminem, Kendrick Lamar, Mary J. Blige, Snoop Dogg e 50 Cent. O show surpreendeu com grandes músicas nóstalgicas como “The Next Episode” de Dr Dre e Snoop Dogg, seguida por “Nuthin But A G-Thang”, “In da Club” do 50 Cent, “Lose Yourself ” de Eminem, “Alright” do Kendrick Lamar, “Still D.R.E ” do Dr. Dre, “Family Affair” e “No more Drama” da Mary J. Blige. O rapper Dr Dre aproveitou o momento e homenageou o rapper Tupac Shakur, que foi assassinado a tiros em 1996 em Las Vegas, cantando a música “California Love” que foi composta em conjunto. Eminem também prestou uma homenagem a qual ele havia sido proibido de fazer. O rapper de Detroit se ajoelhou em protesto referenciando o ato do ex-quarterback do San Francisco 49ers, Collin Kaepernick, que se ajoelhava em prostesto contra a violência policial contra o população negra estadunidense. O rapper havia sugerido ajoelhar-se durante sua performance nos ensaios, mas logo após isso foi criada uma regra que proibia o Eminem de se ajoelhar durante a performance de acordo com as regras da National Football League (NFL). Com os ingressos mais caros da história da NFL, a arquibancada contou com a presença de mais de 100 celebridades, dentre

elas, Kanye West, Joe Jonas, Justin Bieber, Leonardo DiCaprio, Rihanna e Príncipe Harry com sua prima Princesa Eugenie. A partida teve como resultado final de 20 x 23, com vitória dos Los Angeles Rams de virada após o intervalo, que se consagrou campeão pela segunda vez no Super Bowl.


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