Edição 419

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Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

ano II Nº 419

SÁBADO E DOMINGO, 12 E 13 de MARÇO de 2022

SHOW NA CUESTA

EXCELENTE! Com a BANDA SINFÔNICA MUNICIPAL, a Prefeitura Municipal promoveu evento cutural de extrema criatividade e bom gosto: uma apresentação na PEDRA DO ÍNDIO, com um arranjo espetacular de TRISTEZA DO JECA, de ANGELINO DE OLIVEIRA. EXCELENTE! IMPORTANTE: ficou PROVADO que é possível promover e divulgar a NOSSA CULTURA sem muitos gastos, mas com VONTADE POLÍTICA!!! Na página 3, republicamos artigo da Edição nº 01, do DIÁRIO DA CUESTA, que destaca a importância do Poder Público assumir a coordenação e promover a interação entre a iniciativa privada e a Prefeitura para o destaque que a AVENIDA TURÍSTICA, que percorre todo o topo da cuesta, precisa para os empreendimentos necessários para impulsionar o TURISMO: benfeitorias, construção de MIRANTE, melhorias na BASE DA NUVEM , restaurantes e quiosque turístico, com TIROLEZA e um TELEFÉRICO para que possam ser visualizadas as nossas belezas naturais. IMPORTANTE: tudo a ser feito no TOPO DA CUESTA, na AVENIDA TURÍSTICA, quase na ESCARPA DA CUESTA, precisa se feito com todo planejamento e PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE, daí a necessidade do Poder Público coordenar esse tão esperado e desejado empreendimento turístico! AVANTE !!!

BOTUCATU:

ESTÂNCIA TURÍSTICA! Na edição 356, o Diário da Cuesta destacava a importância dos políticos dirigentes de Botucatu lutarem junto ao Governo do Estado para que Botucatu seja elevada a ESTÂNCIA TURÍSTICA, conseguindo o status necessário para alavancar o nosso turismo.


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Diário da Cuesta

TIRO AO ALVO Roberto Delmanto O jovem engenheiro, trabalhando em uma multinacional, costumava viajar muito a serviço, daí porque possuía porte de arma. Certa ocasião, como sua esposa estivesse adoentada, necessitando de atenção, decidiu viajar somente à noite e de carro para o Rio de Janeiro, onde na manhã seguinte tinha importante reunião. Em um trecho da Via Dutra, viu à sua frente um caminhão guincho, cujas características, por estar muito sujo, não conseguiu identificar. Como o guincho trafegasse pela faixa da esquerda, pediu-lhe passagem e o motorista do guincho não deu; insistiu e o guincho acabou indo para a faixa da direita, aparentemente lhe permitindo a ultrapassagem pela esquerda. Quando o engenheiro tentou ultrapassá-lo, o motorista do guincho o fechou, quase causando uma colisão. A cena se repetiu algumas vezes, até que o engenheiro conseguiu fazer a ultrapassagem. Contudo, poucos quilômetros adiante foi parado por uma barreira da polícia rodoviária federal, quando ficou sabendo que o guincho pertencia à corporação e seu motorista o acusava de ter efetuado disparos em sua direção. Como o engenheiro portasse um revólver, foi preso em flagrante e libertado sob fiança. Embora não tenham sido encontrados sinais de tiros no guincho, a sua situação se agravou quando a perícia concluiu que a arma aparentava vestígios de disparo recente. Tendo assumido a defesa do engenheiro, que negava com veemência haver dado qualquer tiro contra o guincho, ele me explicou que

EXPEDIENTE NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU WEBJORNALISMO DIÁRIO

uma semana antes, em um domingo, na fazenda de um tio em Viracopos praticara tiro ao alvo, daí os vestígios encontrados na arma. A cena tinha sido filmada por um primo e mostrava tratar-se de um dia com tempo muito ruim, chovendo, o que é raríssimo em Viracopos. Junto ao aeroporto conseguimos a comprovação de que no domingo anterior à prisão do engenheiro, o tempo estivera de fato excepcionalmente fechado, tendo a pista chegado a ficar interditada por algumas horas. Com esse documento, mais o testemunho do primo e de outras pessoas que haviam presenciado o tiro ao alvo, o engenheiro restou absolvido por insuficiência de provas. Não tendo o promotor apelado, a decisão transitou em julgado. Recomendei-lhe, todavia, que a partir de então deixasse de andar armado e, principalmente, de forçar ultrapassagens em estradas...

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.


Diário da Cuesta

O “Point” da Avenida Turística da Cuesta de Botucatu

Nessa ligação que acompanha todo o traçado da CUESTA, temos uma das mais incríveis vistas da paisagem mística que embelezou a nossa região. E no trajeto, existem pontos onde a visibilidade é magnífica, deixando nítido o degrau que caracteriza a CUESTA na imponência da sua ESCARPA. Já atua turisticamente na região, entre outras, a empresa NA BASE DA NUVEM. O próprio nome já diz: uma base natural a se prestar, com perfeição, como “point” privilegiado para se apreciar e se encantar com natureza, as montanhas e, com destaque, com as TRÊS PEDRAS que são os PÉS DO GIGANTE DEITADO tão apreciado por quem admira a paisagem da CUESTA, em Pardinho. É grande a demanda de turistas e moradores da região para esse passeio que conta com uma programação aprovada: sai de Botucatu e segue para o TOPO da CUESTA. Com pessoal especializado, da RAMPA DA BASE DA NUVEM, pratica-se os esportes radicais, o VOO LIVRE DE PARAPENTE, além de passeios e voos duplos com instrutor habilitado, chegando até a

USINA INDIANA. No trajeto de 5 Km, uma caminhada passando pela Cachoeira Indiana, com almoço com comida regional (Restaurante Rural Espaço Indiana). A parceria com a Secretaria Adjunta de Turismo de Botucatu já está aprovada e é sucesso. Mas, uma atuação mais ampla do Poder Público é necessária. Obras e ocupações irregulares põem em risco a preservação ecológica da CUESTA. Esse disciplinamento urbanístico é fundamental num planejamento sustentável da natureza. É preciso que seja criado um mirante pela Prefeitura em parceria com a iniciativa privada, com estacionamento, áreas de lazer, restaurantes, quiosque

O GIGANTE DEITADO (ilustração de Vinício Aloise ao pé do Gigante, as Três Pedras)

turístico, com implantação de uma TIROLEZA e, também, de um TELEFÉRICO! Tudo com rígida proteção ambiental. Não pode continuar com essa demanda grande de visitantes sem os cuidados necessários. Esse deverá ser o grande empreendimento turístico a alavancar o turismo/ aventura em nosso POLO DA CUESTA. Botucatu, Bo-

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fete e Pardinho precisam promover, divulgar e conservar suas belezas naturais, AS TRÊS PEDRAS, O GIGANTE DEITADO, A PEDRA DO ÍNDIO, A CACHOEIRA DA USINA INDIANA e tantos outros “points”’ que estão sendo criados pela inciativa privada. SUCESSO! BOM PASSEIO NA TERRA DA AVENTURA!


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“Velhas memórias “ Maria De Lourdes Camilo Souza

Lembrei-me muito do meu pai hoje. Ele tinha vários conhecidos, mas eu nem tinha ideia dos que fossem a ele mais especiais. Vi várias vezes conversando com um deles. Era um senhor calvo de olhos claros, usava bigode, tinha um nariz grande. O que me chamava a atenção nele era o tamanho das orelhas. Era empresário conhecido na cidade, e já tinha se candidatado a cargo político, sem muito sucesso. Gostava de contar estórias. Uma delas era sobre um turco que tinha um filho pequeno com quem gostava de fazer uma brincadeira. Jogava o menino para o alto, que ria muito. Depois o deixava cair ao chão, dizendo: “Lembre-se de nunca confiar em ninguém nem mesmo no Babá (papai)! “ E os dois riam muito. Eu achava meio sem graça a piada. Contava também estórias muito interessantes dos seus antepassados italianos e sua vinda para o Brasil. Um dia soubemos que esse amigo morreu. Nunca vi meu pai tão triste, cheguei a vê-lo chorar dizendo o quanto gostava desse senhor. A família foi ao velório que aconteceu na enorme casa aonde ele morava, que ficava ao lado de uma praça. Era uma casa moderna muito diferente da que já tínhamos ido. Colocaram o ataúde na sala de estar, aonde os conhecidos o velavam. A viúva dele era professora, uma senhora muito distinta e delicada chorava muito. Filhos e netos recebiam os amigos que vinham dar os pêsames. Alguns parentes que vinham de fora da cidade davam abraços apertados, choravam emocionados frente ao caixão aonde estava o falecido. Quando foi se aproximando a hora do enterro, chegaram dois médicos vestindo aventais e pediram a todos que saíssem da sala para fazerem um procedimento. Naquela época, anos 70, nunca tinha visto algo assim. Eles iam retirar as córneas do cadáver, pois já tinham sido previamente doadas para transplante. Eu fiquei muito curiosa sobre como era feito e imaginava se se-

riam como aqueles filmes de terror onde os olhos caiam e iam rolando pelo chão. Estava muito intrigada. As pessoas ficaram no jardim em frente a casa aguardando e conversando sobre o grande caráter do falecido. Algum tempo depois os dois médicos se retiraram levando uma caixa que parecia uma redoma onde sobre algodão repousavam as córneas bem acondicionadas para o posterior transplante. Em seguida o pessoal da funerária veio pegar as inúmeras coroas de flores enviadas pelos muitos conhecidos, associações beneméritas, Câmara de vereadores, famílias chegadas. Em seguida os homens da família pegaram o caixão pelas alças colocando-o sobre os ombros levando por entre as pessoas que tinham lágrimas no rosto após darem o último adeus e iam se afastando para dar passagem. A viúva chorando, desolada ia atrás acenando com seu lenço dizendo um lacinante adeus. Parecia cena de um filme de Clark Gable e Vivian Leigh. E o cortejo fúnebre seguiu até o cemitério local. Logo atrás do carro funerário seguiam os carros dos parentes e conhecidos. Minha família e eu fomos para casa pois não tínhamos carro. Passado algum tempo escutamos o auto falante do carro do Lau que passava vagarosamente pelas ruas anunciando o falecimento. Dava o nome do morto, o da desconsolada viúva, nome de cada filho e o horário do enterro naquele que na época era o único cemitério da cidade “Portal das Cruzes”, e finalizava dizendo que a família enlutada agradecia as condolências. Meu pai ouviu, abaixou a cabeça tristemente dizendo: “Meu grande amigo partiu”.


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LEITURA DINÂMICA 3

– E o entusiasmo e paixão por nossas belezas naturais levou o escritor e professor Darbí José Alexandre, formado em nossa Escola Normal, a lançar o livro educativo “O GIGANTE ADORMECIDO”.

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– SHOW NA CUESTA marca a atuação positiva da Prefeitura Municipal de Botucatu na divulgação e promoção do turismo tendo as belezas naturais de Botucatu e região como norte. É uma maravilha, uma magia da natureza que brindou Botucatu com o GIGANTE DEITADO e as TRÊS PEDRAS, com todo o seu misticismo histórico. Os mirantes, a escarpa, as trilhas, o voo livre de parapente e as cachoeiras, tudo com vida própria em uma iniciativa de pequenos e decididos empresários. Agora, o Poder Público presente. Salve, Botucatu! AVANTE!

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– Na apresentação de nossa BANDA SINFÔNICA MUNICIPAL, no mirante da Pedra do Índio, o merecido destaque para suas componentes em homenagem a DIA INTERNACIONAL DA MULHER (08/03).

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– Na edição comemorativa do 1º aniversário do nosso webjornal diário a homenagem a Botucatu com a visão magnífica do GIGANTE DEITADO. É a visão que traz o outro lado do GIGANTE DEITADO na descida da escarpa e a caminho de Piapara (Alambari), que teve a ilustração do Mestre Vinício Aloise. SENSACIONAL !!!


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