Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
ano I Nº43
TERÇA-FEIRA, 29 de dezembro de 2020
EU VOU PRA BOTUCATU O saudoso Príncipe dos Poetas Brasileiros, PAULO BOMFIM, fez a POESIA DE BOTUCATU! É registro histórico e caminho para 2021 !
Na foto, na capital paulista, visita histórica à Biblioteca Municipal "Poeta Paulo Bomfim"
A MANJEDOURA
O que significa a MANJEDOURA no Plano da Redenção? A reflexão do Reverendo Antonio Coine nos traz a interpretação de Santo Agostinho... Vale a leitura... Página 2
O GIGANTE MUDOU DE LADO ?!?
A visão mais conhecida do GIGANTE DEITADO é a vista da CUESTA/Munícipio de Pardinho. Mas, na descida da CUESTA, a caminho de PIAPARA, a visão parece maior e mais nítida! É a visão que traz o outro lado do GIGANTE DEITADO, marca registrada da CUESTA DE BOTUCATU! A ilustração do prof. Vinício foi feita na descida da escarpa a caminho de PIAPARA (Alambari). É uma visão MAGNÍFICA !!!
2
ARTIGO
Diário da Cuesta
Os referenciais maiores da “alma paulista”...
A poesia de PAULO BOMFIM a homenagear a cidade de Botucatu – EU VOU PRA BOTUCATU ! -, tornou-se a oração de amor à cidade dos BONS ARES E DAS BOAS ESCOLAS! Verdadeiramente é um privilégio: o saudoso Príncipe dos Poetas Brasileiros homenageando Botucatu, em 2001, com a poesia EU VOU PRA BOTUCATU e escrevendo a carta de 1993, na qual o poeta exalta a nossa cidade. Nasceu na Capital, em 1926 e faleceu em 2019, tendo recebido inúmeros prêmios, com destaque para o Prêmio Juca Mulato, em 1981. PAULO BOMFIM pertenceu à Academia Paulista de Letras e produziu extensa obra: Transfiguração (1951), Relógio do Sol (1952), Cantiga do Desencontro e Poemas do Silêncio (1954), Armorial (1954), Quinze anos de Poesia e Poema da Descoberta (1958), Sonetos (1959), Colecionador de Minutos e Ramo de Rumos (1961), Antologia Poética (1962), Sonetos da Vida e da Morte (1963), Tempo Reverso (1964), Canções (1966), Poemas Escolhidos (1973), Praia de Sonetos (1981), Sonetos do Caminho (1983), Súdito da Noite (1992), 50 Anos de Poesia (1999),
ESTATUA PRODUZIDA POR LUÍS MORRONE EXPOSTA NO PARQUE DO IBIRAPUERA
Sonetos e Aquele Menino (2000), O Caminheiro (1991), Tecido de Lembranças (2004), Rituais (2005), Janeiros de Meu São Paulo (2006) e Cancioneiro (2007).
A MANJEDOURA
ARTIGO REFLEXÃO DO REVERENDO ANTONIO COINE A manjedoura de Jesus. O que significa ela no plano da Redenção? Agostinho interpretou o significado da manjedoura com um pensamento que pode, à primeira vista, parecer quase inconveniente, mas, examinado mais atentamente, encerra uma verdade profunda. A manjedoura é o lugar onde os animais encontram o seu alimento. Agora, porém, jaz na manjedoura Aquele que havia de apresentar-Se a Si mesmo como o verdadeiro pão descido
do céu, como o verdadeiro alimento de que o homem necessita para ser pessoa humana. É o alimento que dá ao homem a vida verdadeira: a vida eterna. Dessa forma, a manjedoura torna-se uma alusão à mesa de Deus, para a qual é convidado o homem a fim de receber o pão de Deus. Na pobreza do nascimento de Jesus, delineia-se a grande realidade, em que misteriosamente se realiza a redenção dos homens.” (A Infância de Jesus, J.Ratzinger, pg.61). DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
EXPEDIENTE NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU WEBJORNALISMO DIÁRIO
Particularmente, trago boas lembranças de Paulo Bomfim. Ainda calouro da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco tive a oportunidade de conhece-lo... Através de meu padrinho no jornalismo – o saudoso jornalista Arruda Camargo -, participei no final dos anos 60 de reunião na casa do poeta, quando fui por ele apresentado à “verdadeira instituição cultural” que era Aureliano Leite e para a “lenda viva”, o “Tribuno da Revolução Constitucionalista”, Ibrahim Nobre... Imaginem o que isso significou para um jovem estudante “botucudo” que chegava à capital cheio de sonhos e encontrava, de uma só vez, “os referenciais maiores da alma paulista...” Em suas palavras, o seu retrato: “Procuro renascer todos os dias. Não concordo em morrer vivo. Sou um rebelde de paletó e gravata, um grão que teima em não virar massa, um pássaro que persiste no canto dentro da gaiola dos horários. Gosto de morar em pessoas, de falar dialetos de ternura e de dar asas a tudo o que me cerca. Creio na alquimia de certos encontros e que a eternidade é uma questão de garra e de graça...” Assim foi o poeta... (AMD)
EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689
O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.
3
Diário da Cuesta
a r t i g o A SEMANA DO TROPEIRO
O Galpão da Tradição do Moacir Fabiano
Elda Moscogliato As revivescências históricas estão hoje na pauta das atividades culturais. Daqui a dali surgem no noticiário jornalístico movimentos que visam à preservação do patrimônio quer seja nos planos dos fatos rememorados, quer venham da tentativa nem sempre vitoriosa de se preservarem objetos, documentos, prédios, monumentos, locais, que muito transmitam aos pósteros, de forma eloquente e verídica, as vivências dantanho. Dir-se-ia que destruído do amor cívico o elo do passado, queira-se agora, “tout à coup”, salvar em derradeiro, o que restou. Com isso pretende-se, numa encomiástica iniciativa, dilatar para um pouco mais no tempo algo que a destruição implacável ameaça arrasar. Veja-se, por exemplo a luta ferrenha que o ex-Secretário de Cultura do Estado – pianista João Carlos Martins, manteve contra os proprietários – herdeiros gratuitos, naturalmente – para os quais o único esforço feito foi receber em terceira ou quarta geração, o rico patrimônio de família que ainda representa em São Paulo, o acervo maravilhoso de residências artísticas, testemunho inconteste dos áureos tempos do café. Nesse contexto, Sorocaba, a rica metrópole interiorana à qual se atribui um forte reduto histórico da tradição paulista, reviverá logo mais e isso já se prolonga por quinze anos, a Festa do Tropeiro. Belo movimento realizado em comemoração de uma semana de festas, reativando numa programação excelente, a vida do tropeiro, vinculado ato-grossense aos primitivos meios de comunicação entre a Manchester Paulista, a região imensa e os distantes quadrantes do Interior a fora. Na Semana do Tropeiro, estudos, pesquisas, conferências, reconstituição de quadros típicos vem trazer à culta cidade de Aluisio de Azevedo a memória reeditada do tropeirismo como elo fundamental na caracterização do espírito liberal e informal do povo soroca-
bano. Usos, costumes, ato-gros, utensílios, canções, danças, tudo constitue rica contribuição do tropeirismo ao folclore local. Nessa Semana, o casco cadenciado da alimária invade o asfalto citadino, em área primordial. Organiza-se o pouso. Acende-se o fogo e, peões e muares, cavaleiros e cantadores, iniciam o cerimonial bandeirantista que alargou, nos primeiros séculos, os limites demarcados deste imenso país. Pois bem. Botucatu não fica atrás desse capitulo respeitável da História. A atenciosa e obsequiosa gentileza do Prof. Aloisi nos brindou com uma cópia xérox das págs. 40 e 41, da revista Hippus – No 42, de março 83 – editada pela Agronomia do campus UNESP – BTU. Uma substanciosa pesquisa nos dá conhecimento da existência, há sete anos, do “Galpão da Tradição”, paciente e valioso acervo organizado por Moacir Fabiano, artesão do couro, velho tropeiro que a substituição do cavalo pelo “cavalo-motor” dos caminhões relegou para a saudade dos antigos tempos das andanças conduzindo dos sertões ato-grossenses tropas numerosas, em viagens aventurescas palmilhadas entre solidões, cansaços e perigos. Mas valia, pela vida livre, aberta ao sol ou às noites enluaradas, sob constantes
ameaças à vida do homem – animal. O Galpão é construção rústica, fiel ao tropeirismo. Nele se avolumam mais de mil peças valiosas, adquiridas ou ganhas pelo Moacir, interessado apaixonado em perpetuar a vida do tropeiro, tão preciosa nos anais bandeirantes. Ao seu lado, a oficina do Moacir, artista autêntico, artesão admirável do couro, cujo trabalho já foi exportado para os Estados Unidos e para a Alemanha. O “Galpão da Tradição” merece ser conhecido e divulgado. O Galpão da Tradição deve ser incorporado ao nosso Museu. Mas tropeirismo sem “causos” está incompleto. Então nós lemos a contribuição do Quim Totó – o Joaquim Ribeiro, figura benquista que traz na memória, a história vivia dos tropeiros da região. Humano, bom, extrovertido, ele reúne ao seu redor os ouvintes atentos que se emocionam com sua modéstia, no relato eloquente das façanhas do sertão. O Antonio Vicençotto, vértice do triângulo, sempre foi o cozinheiro da tropa. Vadeou rios, palmilhou encostas e planaltos, garantindo aos peões e cavaleiros cansados e estremunhados o arroz- carreteiro, a “queima do alho”, o típico “jabá” como base de sustentação do corpo, na caminhada às vezes, desesperançada e desgastadora. Botucatu também precisa ter a sua Semana do Tropeiro. Acervo Peabiru
4
COMENTA Rodrigo Scalla
Diário da Cuesta 1
Um aniversário cheio de alegria e emoções
Para comemorar 40 anos de vida, Marcos Alberto de Oliveira reuniu em sua charmosa residência amigos de longa data para um delicioso churrasco com bate-papos divertidos. O aniversariante não escondia a sua emoção e a reunião se estendeu até as primeiras horas da madrugada no topo do Altos do Paraiso. Variedade de carnes, saladas, bebidinhas gostosas, tudo como mandava o figurino. Foi uma tarde e noite muito agradável para guardar na lembrança. Agradeço ao convite de participar do animado aniversário.
2
3
5
4
6
7 11
8
9
12
10
Nas fotos: 1. Marcos Alberto de Oliveira e Fabiana CristinaBiral sua esposa, 2. O aniversariante junto dos amigos, Cristian Marcilla, Matheus Marcilla e Evelyn Marcilla, 3. Isabel Lopes e Adriano Ferreira, 4. Lavínia Fernandes Oliveira filha, 5. Emerson Gimenes Ornellas, Vinícius Biral Ornellas e Vanessa Corvino, 6. Alex Oliveira, Amanda Peres, 7. Antônio Carlos Guimarães, Zoraia Guimarães e Andresa Guimarães, 8. Marcelino Rodrigues e Cláudio Ferreira, 9. Lavínia Fernandes Oliveira, Nane Ariadne, Fabiana Cristina Biral, Renata Peres e Beatriz Peres, 10. Rafael Biral Ornellas , Fabiana Cristina Biral e Vinícius Biral Ornellas, 11. Angélica e João Henrique Silva, 12. O aniversantiante com Anderson Anjos e Alex Oliveira.
Taís Sousa, proprietária da loja
Dona Chica já chegou ao Boulevard Cidade Mesmo em meio a pandemia, gente da cidade e empreendedora como Taís Sousa, e fora dela, estão investindo na Terrinha. Não é diferente para a loja estilo Boutique “Dona Chica” localizada no Boulevard Cidade. Passei por lá para conferir os modelos para o Réveillon. A loja é bonita, elegante e aconchegante. Vale uma visitinha.
Correio elegante
Em épocas de pandemia, o melhor é telefonar para os amigos desejando um ótimo ano. Vestir branco hoje em dia não é tão necessário, mas existem pessoas que fazem questão de manter a tradição.