Edição 433

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Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

ano II Nº 433

TERÇA-FEIRA, 29 de MARÇO de 2022

PRIMEIRO ASTRONAUTA BRASILEIRO

Foi o primeiro astronauta brasileiro, sul-americano e lusófono a ir ao espaço, na missão batizada «Missão Centenário”, em referência à comemoração dos cem anos do voo de Santos Dumont no avião 14-bis. Em 29/30 de março de 2006, partiu para a Estação Espacial Internacional (ISS) a bordo da nave russa Soyuz TMA-8, com oito experimentos científicos brasileiros para execução em ambiente de microgravidade. Retornou no dia 8 de abril, a bordo da nave Soyuz TMA-7. Com o feito, Pontes tornou-se o primeiro brasileiro e quinto latino-americano a ir ao espaço. De 2011 a 2018, atuou como embaixador da Organização da ONU para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO). Em 31 de outubro de 2018, Marcos Pontes aceitou o convite do presidente Jair Bolsonaro para ser ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações em seu governo.

“Escola Botucatuense”: uma curiosidade histórica! Eis uma preciosidade: bico de pena elaborado e autografado pelo artista plástico Augusto Esteves traz a ilustração da “Escola Botucatuense”, cujo prédio serviu de residência para o Dr. Vital Brazil, em fins do século dezenove, quando ele aí residiu. Augusto, paranaense que cresceu em Avaré (irmão do padre Lindolpho Esteves, grande orador sacro), foi ceroplasta e produziu grande obra no Butantã, onde trabalhou, casou-se com Alvarina, uma das filhas do grande imunologista. por Gesiel Jr.


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MATAR EM NOME DE DEUS BAHIGE FADEL

Interessante, caro leitor, como se mata em nome de Deus, como se odeia em nome de Deus. Enquanto Cristo disse para que amássemos a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a nós mesmos, o mundo faz totalmente o contrário: odeia e mata em nome de Deus. Enquanto a Bíblia afirma que Deus é amor, os homens leem a Bíblia e, ao que parece, não entendem as palavras ou se acham no direito de interpretá-las conforme os seus interesses. Uma lástima. Não só isso, mas também uma preocupação enorme. Aonde chegaremos? Qual será o fim de tudo isso? Acho que não haverá um fim, mas muitos finais. E não haverá final feliz. Essa longa peça teatral é, com certeza, uma tragédia. Vamos pensar nesse ódio histórico. Vale a pena. Na Idade Média, salvo melhor juízo, houve nove cruzadas. E como se matou em nome de Deus nessas cruzadas! Em 1572, em Paris, houve a famosa Noite de São Bartolomeu, em que católicos e protestantes se mataram, sem economia. Na Revolução Francesa, segundo os livros, mais de duzentos mil católicos foram massacrados. Ainda conforme livros, na Revolução Espanhola, católicos foram massacrados por comunistas. Em 1938, na Alemanha, na conhecida Noite dos Cristais, judeus foram massacrados pelos nazistas. Vamos parar por aqui nessa carnificina histórica em nome de Deus. Mas esse ódio não fica estagnado na história. Assim fosse. Atualmente, muito sangue em nome de Deus continua sendo derramado. Por exemplo, no Afeganistão, regime Talibã, fundamentalistas muçulmanos e a Aliança do Norte continuam derramando sangue em nome de Deus. Na Nigéria, cristãos e seguidores do islamismo continuam sua luta religiosa. No Iraque, xiitas e sunitas nunca se deram bem. Israel contra a Palestina – judeus x muçulmanos – é um jogo histórico que não termina nunca. Será que terminará algum dia? Nem Deus sabe. No Sudão, muçulmanos e não-muçulmanos se matam

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há mais de cinquenta anos. Na Tailândia, budistas e muçulmanos espalham seu ódio em nome de Deus. O que pensam esses povos? Que o Deus deles é melhor que o Deus dos outros? Mas Deus é um só, não é? Será que Deus, onipotente e onipresente, fica lá em seu trono escolhendo qual povo deve vencer? Será que esses povos se dão o direito de achar que o inimigo não é o próximo que deve ser amado? ‘Amar ao próximo como a si mesmo.’ Em algum lugar está escrito que devemos odiar aqueles que possuem uma outra religião? Será que em algum lugar da Bíblia, do Alcorão ou de qualquer livro religioso está escrito que o Deus verdadeiro é católico, protestante, islamita, budista ou qualquer outra religião? Mas Deus não disse que todos nós somos seus filhos? Então, todos nós somos amados igualmente por ele. Infelizmente, tenho que concluir que Deus também é vítima dessas lutas. Usam seu nome para satisfazer os seus desejos mais torpes, mais mesquinhos, mais baixos, menos divinos.

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.


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O primeiro astronauta brasileiro

Bem antes de assumir a liderança do MCTI em 2018, Marcos Pontes percorreu uma trajetória profissional que o levaria a se tornar o primeiro brasileiro a sair da Terra. Natural da cidade paulista de Bauru, Pontes possui bacharelado em tecnologia aeronáutica pela Academia da Força Aérea (AFA).

Marcos Pontes é o 22º Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações e o primeiro astronauta brasileiro (Imagem: Reprodução/EBC)

Além disso, ele é graduado em engenharia aeroespacial pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) de São José dos Campos, em São Paulo, e mestre em engenharia de sistemas pela Naval Postgraduate School, na Califórnia. Em seu tempo como piloto da Força Aérea Brasileira (FAB), Pontes acumulou mais de 2.000 horas de voos realizados em 25 naves diferentes. Mas, apesar de toda a qualificação técnica e teórica, nenhuma delas conferia a Pontes o título de astronauta — formação esta que ele alcançaria apenas com a NASA. Marcos Pontes foi treinado pela NASA Graças ao Acordo Intergovernamental da Estação Espacial Internacional, criado em 1998 para garantir um compromisso entre as 15 nações interessadas em participar da construção do laboratório orbital, o Brasil tinha o direito a candidatar um brasileiro ao programa espacial dos Estados Unidos. Em junho daquele mesmo ano, Pontes foi selecionado pela NASA.

MARCOS PONTES, O PRIMEIRO BRASILEIRO A IR AO ESPAÇO

Astronauta fez história a bordo da Missão Centenário em 29 de março de 2006 ISABELA BARREIROS PUBLICADO EM 18/11/2021, ÀS 13H31 No dia 29 de março de 2006, a tripulação Soyuz TMA-8 chegou até a Estação Espacial Internacional (ISS na sigla em inglês) com a Missão Centenário. A operação foi especialmente marcante para os brasileiros, que levaram um representante pela primeira vez ao espaço. Do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, decolaram na nave Soyuz-TMA 8 o comandante russo Pavel Vinogradov, o astronauta estadunidense Jeffrey Williams e o tenente-coronel Marcos Pontes, que se tornou o primeiro brasileiro a ir ao espaço há 15 anos. A missão, batizada em homenagem ao centenário do voo 14 Bis de Santos Dumont, em Paris, em 23 de outubro de 1906, considerado o primeiro tripulado de uma aeronave, aconteceu devido a

um acordo entre o Brasil, com a Agência Espacial Brasileira (AEB), e a Rússia, a Agência Espacial da Federação Russa (Roscosmos).

A nave Soyuz-TMA 8, que levou a tripulação ao espaço / Crédito: Getty Images

O evento entrou para a história e fez com que o nome de Pontes ganhasse grande destaque em seu país natal e internacionalmente. Durante a estadia de oito dias na ISS, os astronautas realizaram uma série de experimentos científicos que possibilitaram importantes conhecimentos na ciência. Apaixonado por aviões Nascido em 11 de março de 1963 em Bauru, no interior de São Paulo, Marcos Pontes contou ao longo de sua carreira que, desde sua infância, sempre foi apaixonado por aviões e sonhava em pilotá-los. Em uma entrevista à revista UFO em 2010, o astronauta explicou esse contexto: “Eu sempre tive muitas fotos de aviões pregadas nas paredes do meu quarto. Hoje, quando alguma criança me escreve pedindo fotos de ônibus espaciais ou da estação internacional, fico imaginando o quarto dela e como deve ser parecido com o meu quarto, na minha infância”. Essa vontade fez com que ele seguisse uma carreira relacionada à área. O paulista se cursou tecnologia aeronáutica na Academia de Força Aérea (AFA), tem experiência como piloto de testes da FAB (Força Aérea Brasileira), formou-se em engenharia aeronáutica no ITA e especializou-se com um mestrado em engenharia de sistemas pela Naval Postgraduate School, em Monterrey (EUA). Em 1998, ingressou na agência espacial americana Nasa em um concurso público da Agência Espacial Brasileira (AEB). No entanto, o projeto acabou não indo para frente porque o governo brasileiro não seguiu com os compromissos firmados com os Estados Unidos, o que encerrou a parceria, como relatou o UOL.

O astronauta Marcos Pontes retornando da Missão Centenário em 8 de abril de 2006 - Getty Images


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Esportes Lucas Nogueira

São Paulo e Palmeiras se enfrentam na quarta-feira pelo primeiro jogo da final do Paulistão Nesta segunda-feira (20), a Federação Paulista de Futebol anunciou, após reunião com os finalistas, a data e horário da primeira partida da decisão do Campeonato Paulista. A primeira partida acontecerá no Estádio do Morumbi nesta quarta-feira, às 21h40. No entanto, o jogo de volta segue sem data definida. De acordo com a FPF, o Palmeiras e o São Paulo não fecharam uma data para partida de volta, o time Alviverde quer que o duelo seja o mais breve possível, visando o show da banda Maroon 5 que acontecerá na terça-feira (5), mas a montagem do palco deve se iniciar no domingo, que impediria a realização da partida nesta data. Até o momento da edição desta coluna ainda não foi divulgada a data da segunda partida, que ainda está sendo discutida e será divulgada ainda nesta segunda-feira (28). O Palmeiras e a empresa gestora do Allianz Parque buscam uma solução para a realização da final. A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, destacou na re-

união que o fato do Verdão ter a vantagem de decidir em casa é devido a conquista em campo do time de Abel Ferreira e que o time é o único invicto do torneio. Apesar do pedido de antecipação ainda não ter recebido resposta, o Palmeiras alega que passar o jogo para o sábado, ao invés de domingo, não afetaria a preparação de ambos os times. O São Paulo utiliza artifícios do regulamento e pressiona para que a data seja mantida, visto que em trechos do regulamento do torneio preveem o dia 3 como a data final da competição.


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