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Em todo o jardim vemos buracos que foram feitos para a colocação de barracas ou tendas usadas em exposições ou feiras. Tudo bem a utilização da praça para a realização de eventos MAS sem DESTRUIR esse piso bonito e artístico! E no coração do Jardim do Bosque onde a arte do calceteiro desenhou a ROSA DOS VENTOS, o estrago feito... Ainda é tempo para que se faça uma manutenção profissional. A profissão de CACETEIRO existe e está presente na grande maioria dos municípios, especialmente na região de ITU. Basta vontade política para a boa gestão. Evitando, assim, que esse modelar jardim de PEDRAS PORTUGUESAS chegue à uma depredação que justifique a colocação (ocorrida nas outras praças e jardins da cidade) dos pisos intertravados industrializados de concreto...
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Estrago na colocação do tapume
o tapume recém colocado para reforma do antigo prédio da NOSSA CAIXA, vemos que não houve cuidado algum. Fazem furos no calçamento sem qualquer preocupação.
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Estrago nas pedras portuguesas e na escadaria
Na entrada superior da praça (defronte a Câmara Municipal), vemos o descuido e a falta de manutenção. São serviços que não requerem cuidados especiais e nem custo elevado, apenas a atenção presente e efetiva. No coração do Jardim do Bosque, o estrago na Rosa dos Ventos
Retrato da falta de administração: O mau gosto confuso é destacado.
Os sanitários públicos, além de mal cuidados, mostram um visual que denigre a cidade de Botucatu. MostraM uma área descuidada e... quase abandonada... Com certeza, a Prefeitura Municipal tomará as medidas necessárias para a recuperação do JARDIM DO BOSQUE, da PRAÇA COMENDADOR EMÍLIO PEDUTI.
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LEITURA DINÂMICA
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..e muitas i recolocada. fo sa e gu u rt nicipal?1? pedra po da gestão mu vo ti - Nenhuma je b o o tranam... Qual ibilidade de se ss o p im mais se soltar ta lu so ” de Botuação de ab , no “coração e u sq o B o Atingir uma si d rança na Praça sitar com segu el remover to lico” é possív b ú tucatu?!? p e io tr n se e as o p pis s no colocação do a - Criado o “cao a ar p o s im sa e ss é p portugu atedral – de das as pedras o Jardim da C n cimeno e st d o s p i to fo fa já de arte s ca ri b travado que fá as d muito gosto gosto mas de Bosda Praça do o n o d an ab to... o onte à interesse n calizada defr lo á st e - Quem tem al ip namento dos âmara Munic haja o posicio que?!? E a C ão n e u q l e acreditáv praça... É in otucatu s do povo! é justo isso. B ão N . .. lá representante á st e stituídas Pedutão toridades con au as - A estátua do d o çã n e servado cisa da at ural” seja pre lt u -c merece e pre co ri tó is h “patrimônio para que seu dras gro! ovidas as pe m re m ra fo e mantido ínte e Não é pouco be para ond atedral?!? - Alguém sa C a d im rd “Revista de do Ja o programa n portuguesas , o d sa as p inga e...suro sábado a foi Itapetin d ta si dinheiro... N vi e ad d dras portuGlobo, a ci , todas em pe e ad d Sábado”, da ci a d s eladas cipais praça perfeitas e niv ão st e , as presa! As prin d ca ra Mucamente colo s da Prefeitu io ár n o ci n guesas, artisti fu s/ de calceteiro com a atuação ido !!! plo a ser segu m e Ex . al ip ic n
RECADO URGENTE
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Nº 434
QUARTA-FEIRA, 30 de MARÇO de 2022
NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
Diário da Cuesta ano II
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Diário da Cuesta
EDITORIAL
É urgente a preservação do Patrimônio de Botucatu em seu Centro Histórico! A simples mudança do calçamento de nossos jardins com a tradicionais pedras portuguesas pelo calçamento de concreto de piso intertravado precisa ser evitado. Além da troca do piso não se sabe o destino das pedras portuguesas retiradas. E é uma iniciativa de muito mau gosto e de uma estética
sta Diário da Cue NA DEFESA
BIENTE E DA
DO MEIO AM
EM CIDADANIA
BOTUCATU
SÁBA DO E DOM
discutível... Na verdade, fazem uma padronização, uma “pasteurização” que está invadindo as cidades interioranas pelo “lobby” das fábricas de artefatos de concreto... A Praça do Bosque (Praça Comendador Emílio Peduti) parece que estava destinada a esse triste fim... ESTAVA! Não é admissível que o silêncio persista na Câmara Municipal. Não é admissível que as Entidades representativas da comunidade botucatuense continuem omissas na defesa do Patrimônio de Botucatu! Acreditamos que a Prefeitura Municipal irá repor as pedras que foram arrancadas e permanecem jogadas pela praça. Acreditamos que a Prefeitura Municipal irá contratar CALCETEIROS para a manutenção do Largo da Catedral e de seu entorno. Acreditamos na boa fé e na firme decisão do Poder Público de Botucatu! A Praça do Bosque possui a maior área com pedras portuguesas. E é a maior e modelar praça com as tradicionais pedras portuguesas! A manutenção é fácil. A proibição de se furar o piso de pedras portuguesas DEVE SER EFETIVA E FISCALIZADA! AVANTE BOTUCATU! A Direção.
ano II Nº 383
de JANE INGO, 29 E 30
IRO de 2022
VAÇÃO TE A PRESER EN G R U É : ICO! BOTUCATU TRO HISTÓR DE SEU CEN
e Arquiterico, Artístico ter a imônio Histó m e devem Defesa do Patr ados, mas pode pedras (Conselho de podem ser alter e de Botucatu com suas Condephaat histórica e não cidad é tombada pelo os cardeais: itam a área m modelo da de Botucatu ença dos pont façam a r da matriz delim Emílio Peduti) é o jardi ro histórico (com a pres que cent redo s TOS ao do o teiro VEN área dor A enda os da regiã ratar calce a ROSA DOS precisa cont ue (Praça Com paralelepíped centro, tem tônico) e os , a Prefeitura a Praça do Bosq no seu coração, no seu . o abandono utenção! E e, o estrago e a da população ampla área devida man e a seguranç e irreversível em toda a sua s que se torn to para o lazer portuguesas e oeste) E ante nivelamento do calçamen norte, sul, leste mantendo o ção, uten devida man
Copacabana/Brasil EXPEDIENTE NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU WEBJORNALISMO DIÁRIO
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NAS VARANDAS DO PENSAMENTO
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NANDO CURY Varanda combina com fazenda, casa de campo, casa espaçosa. Representa uma área aconchegante da casa, onde se pode estender uma rede e se esticar nela, pra tirar uma soneca em silêncio. “Deita o corpo pra cá. Pra variar a lua brilhando. No calcanhar. A rede balança. Sem descansar. E o tempo não cansa. Na varanda”. Assim canta Tiê em “Na Varanda da Liz” (Plínio Júnior, João Cavalcanti e Tiê). Mas varanda pode ter uma espreguiçadeira. Ou cadeiras e uma bela mesa de madeira maciça, com toalha estendida pra se tomar um lanche com leite, pães quentinhos, queijos, geleias, acompanhados de um chá ou café coado na hora. Desse jeito, à vera, vira uma varanda gourmet. A varanda é feita para ancorar aqueles momentos de deixar o corpo em stand by. Enquanto a cabeça anda e flutua, o pensamento vara o horizonte e voa pra longe, na busca de melhores tempos de paz e de esperança. Como pensam as pessoas de um certo vilarejo, retratado por Marisa Monte. “Há um vilarejo ali. Onde areja um vento bom. Na varanda, quem descansa. Vê o horizonte deitar no chão.” (Vilarejo, Marisa Monte, Arnaldo Antunes. Calinhos Brown e Pedro Baby). Espaço nobre que serve muito bem durante o dia e acolhe também em toda a noite, cada varanda tem, evidentemente, o seu próprio cenário, seu cartão postal. Varanda vira mirante de nascer e pôr do sol. Ao anoitecer é o local ideal para se captar os pontos luminosos que vão aparecendo no céu, de receber a lua e o clarão do luar. É o que contam Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro em “História Antiga”: “Na varanda da sacada. Clareando a noite nua. O olhar da minha amada. Refletia a luz da lua. E na noite enluarada. Não se ouvia quase nada. Só meu violão na rua.” O compositor, violeiro e cantor Almir Satter pode falar em varandas no plural, pois ora divide as paisagens da varanda de
sua casa da Serra da Cantareira em São Paulo, ora das varandas de suas fazendas no Pantanal Matogrossense. “A noite é um mistério. Que eu finjo bem compreender. Sentado nas varandas. Esperando o amanhecer. Estrelas lá no céu. Fogueiras no sertão.” (“Varandas” de Almir Satter e Paulo Simões, do LP Doma). Buscando um recanto com moradia mais singela, situada no meio do mato, para resolver seus momentos de solidão, Gilson lança a sua “Casinha Branca”. “Eu queria ter na vida simplesmente. Um lugar de mato verde pra plantar e pra colher. Ter uma casinha branca de varanda. Um quintal e uma janela para ver o sol nascer”. Em início de carreira, no disco Domingo, Caetano Veloso inclui sua canção “Avarandado” que traz uma visão incrível de uma varanda, que ele curtia ao lado da namorada e tinha fundo infinito. “Namorando a madrugada. Eu e minha namorada. vamos andando na estrada. Que vai dar no avarandado do amanhecer.” Varanda é também um ótimo e divertido lugar pra se jogar conversa fora. Uma função bem lembrada na canção “Na Varanda” de Fernando Anitelli, do Teatro Mágico. “Na varanda. Onde o ar anda depressa. Vai embora na conversa. Nossa pressa de ficar. Na varanda. Onde a flor se arremessa. Onde o vento prega peça. Nos traz festa pelo ar”. E se recordarmos dos ambientes de casas antigas da nossa infância, certas varandas levantam uma enorme saudade de pessoas queridas. Nelas nos imaginamos brincando de pega-pega, esconde-esconde, passando ao redor de nossos familiares, enquanto eles conversam de assuntos que não entendemos. Na canção “Fazenda”, de 1972, Nelson Ângelo, nos deixa bem próximos dessa época. “Água de beber. Bica no quintal. Sede de viver tudo. E o esquecer era tão normal. Que o tempo parava. Tinha sabiá. Tinha laranjeira. Tinha manga rosa. Tinha o Sol da manhã. E na despedida. Tios na varanda. Jipe na estrada. E o coração lá”.
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“Férias divertidas” Maria De Lourdes Camilo Souza Meus tios Edgard e Lucilla moraram uma época numa fazenda próxima á cidade de Palmital. Passei lá umas férias muito divertidas. O tio tinha um caminhão e nele partimos depois de muitos beijos e acenos. Os meninos mais velhos David, José Carlos e Levy eram pequenos e eram a nossa alegria. Ajudávamos a nossa tia, nos afazeres da casa e a cuidar dos meninos. Os três eram lindos,( continuam lindos) e muito amados. Alternávamos os dias para dar o banho de canequinha na bacia, nos me-
ninos. José Carlos, o do meio, era mais conhecido como Dedé, e era o mais peralta. Pegar o Dedé para o banho já era uma luta. Acho que só a Mindy ganha dele. E invariávelmente saia inteiramente molhada, e ríamos muito durante o seu banho. Duro embate entre muitas gargalhadas. Um dia o Tio trabalhava duro em algo lá perto do curral. Depois de algumas tentativas, a Terra tremeu por aqueles lados. Eu estava encarapitada numa goiabeira comendo um de seus frutos, quando escutei o barulho e o tremor. Nem sei como desci, e nem como cheguei à casa, olhos arregalados e coração batendo forte. Só sei que no caminho, vi uma alta erupção como um geiser escuro que subiu de um buraco e caiu sobre o Tio Edgard e a sua volta. Lembrou o Jett Rinck, personagem do James Dean em “Assim caminha a humanidade”. No filme, ele tinha descoberto seu primeiro poço de petróleo, ficando totalmente empapado no seu óleo escuro. Mas em terras tupiniquins, a coisa era outra e recendia muito mal. Coitado do Tio, tomou vários banhos de creolina e assim mesmo cheirava mal duas semanas depois. Ansiávamos por um passeio a pequena Palmital, nos finais de semana. E lá íamos sentadas na boléia, ou amontoados na cabina. Coisa que era bem divertida, mas amarrotava a roupa domingueira. Imagine três meninos pequenos, as três adolescentes, o Tio dirigindo e a Tia a seu lado. Nessa época meus tios já tinham práticamente adotado a Irene, uma garota da minha idade que ajudava na casa e com os meninos. Ela morou com eles até se casar com Bruno. O ponto alto do nosso passeio era ir á padaria. Tinham pães e bolos deliciosos, e um atendente loirinho, bonitinho a quem chamávamos “macanudo”. Ao final dessas férias, voltamos para Avaré na carroceria do caminhão, com o vento no rosto queimado de sol, e embriagadas das paisagens e de alegria pura. Muitas vezes tínhamos que alternar as descidas da carroceria, para abrir as porteiras até alcançarmos a estrada. Ao chegar á cidade vimos que minha mãe nos aguardava ansiosa no portão da casa da vovó Angelina. Quando nos viu, ficou assustada, pois estávamos bem diferentes de quando partimos. Já não éramos mais as suas meninas de cabelinhos comportados, cortados por ela como cuia, as roupas simples feitas pela Vovó Angelina mas sempre impecáveis. Vínhamos como verdadeiras selvagens: roupas amassadas e sujas, cabelos cor de palha nas pontas quebradas, compridos e despenteados. Descalças, com os pés pretos de terra. Bronzeadas e com uma carinha de inegável felicidade. Traziamos na memória muitas estórias para contar para as amiguinhas e coleguinhas de classe, em meio às muitas gargalhadas.