Edição 438

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Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

ano II Nº 438

SEGUNDA-FEIRA, 4 de ABRIL de 2022

É UMA REVOLUÇÃO !!!

A Re-industrialização do Brasil! Há 40 anos NÃO há redução de impostos! É o Brasil retomando seu destino! Redução de 33% do IPI AVANTE, BRASIL!!! Página 2

Vereador Cula pede Novo Terminal Rodoviário

O vereador Cula apresentou um requerimento destinado ao Prefeito Mário Pardini, para alterar o local do Terminal Rodoviário. No Requerimento nº 176, o vereador solicita estudos “visando transferir o Terminal Rodoviário “Carlos Alberto Melluso” para os arredores do Shopping Botucatu, às margens da Rodovia João Hipólito Martins (Castelinho), construindo um espaço mais atrativo e viável para passageiros e empresas, disponibilizando ainda cerca de 10 plataformas de embarque e desembarque”.

Leia o histórico da localização ERRADA do Terminal Rodoviário, na página 3


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Diário da Cuesta

A urgência de uma política nacional de reindustrialização Por Felipe Mendes Neste momento, estamos todos ainda olhando o lado obscuro da pandemia, porém alguns sinais interessantes de progresso acelerado já podem ser notados, no Brasil e no mundo. A tecnologia, sempre disruptiva, tem gerado ganhos de produtividade em muitos setores e certamente irá redesenhar muitas cadeias de serviços e industriais, acelerando a recuperação econômica. Uma das grandes oportunidades a se aproveitar é a reorganização das cadeiras de produção globais. É um consenso que elas deverão se tornar mais resilientes, talvez até em prejuízo da eficiência, e mais sustentáveis. Em um primeiro momento, podemos acreditar que a menor eficiência irá gerar mais custos e, portanto inflação de preços, porém esse pensamento não é de todo verdade, em função dos avanços tecnológicos que mais uma vez aparecerão. Ao mesmo tempo, a coexistência da pandemia com a “batalha comercial” China-EUA e o protecionismo crescente em diversos países do mundo, tem levado os pensadores de Políticas Industriais a considerar a necessidade de reconstruir capacidade de produção em indústrias estratégicas, sendo a definição de “estratégica” bastante específica de mercado a mercado Reflexão sobre a reindustrialização do Brasil Para o Brasil, essa é uma oportunidade única de repensar a sua opção pela desindustrialização. Apenas como referência, o percentual da indústria no PIB brasileiro está próximo a 10%, mesmo percentual de 80 anos atrás, ainda que esse percentual tenha atingido algo próximo a 25% em nosso melhor momento do século 20. Alguns podem argumentar que nos Estados Unidos o percentual é de 11%, mas convenhamos, o PIB americano e a produtividade por trabalhador não nos permitem considerar

EXPEDIENTE NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU WEBJORNALISMO DIÁRIO

essa comparação como válida. Outros dirão que apenas a China produz tudo no mundo e que a única maneira é ser muito barato. Sim, o argumento tem alguma validade, porém Alemanha e Áustria tem 18% do seu PIB na Indústria. Mas será este o momento de se discutir industrialização, quando tivemos a maior paralisação da história em abril e um maio, que ainda reduz mais de 20% comparado a 2019? Para tornar a reflexão ainda mais difícil sabemos que a retomada apenas gradual do consumo, a nível global, levará a máquinas paradas por um bom tempo, situação que desespera qualquer empresário e gera desconfiança “keynesiana” por muitos anos, reduzindo a disposição de futuros investimentos. Mas também é fato que a capacidade ociosa no Brasil, mesmo antes da pandemia, já era alta. O nível de utilização da capacidade instalada (Nuci) da indústria de transformação é de aproximadamente 80% há algum tempo. Desde a crise de 2014, não recuperamos totalmente os níveis de consumo em alguns setores e, guardadas honrosas exceções, não conseguimos ter competitividade global e produtividade para exportarmos mais. Ficamos, portanto, presos na armadilha da indústria “pato”, que nem nada, nem anda, nem voa bem. Por um lado, o custo do trabalhador médio no Brasil é alto quando comparados a outros centros produtivos de mão de obra intensiva, como Sudeste Asiático ou até a América Central. Ao mesmo tempo, o payback de se investir em tecnologia é muito longo, não apenas pelo custo para se importar máquinas e equipamentos (taxas, logística ineficiente, moeda flutuante), mas também pelo histórico de crédito caro no Brasil, o que fez com o nível de automação de fábricas no país seja baixíssimo. Outro elemento importante são as “externalidades positivas”, que no Brasil são bastante limitadas, como a formação de profissionais de nível técnico, legislação e tributos que favoreçam a ampliação de capacidades produtivas, a integração de universidades que apoiem a pesquisa e o desenvolvimento, além de liquidez no mercado para investimento a custos convidativos.

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.


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O CAOS DAS ENCHENTES

Todo ano as enchentes se repetem em Botucatu. Erros graves na gestão da cidade se agravam por não terem sido solucionados ao longo de tantos anos! CAOS em Botucatu. Forte chuva causa estragos. Ponte da rua Dr. Raphael de Sampaio desaba. Muros e casas desabam. Desabrigados vão para o Ginásio Municipal. Enchentes anualmente se repetem, com maior gravidade nesta madrugada. É preciso destacar os gravíssimos erros da prefeitura municipal, no passado, e que estão a causar, TODO ANO, estragos e prejuízos a Botucatu: 1 - CONSTRUÇÃO DAS AVENIDAS MARGINAIS E A CANALIZAÇÃO DO RIBEIRÃO LAVAPÉS.

O então prefeito Luiz Aparecido da Silveira JÁ HAVIA CONSEGUIDO (1982) o financiamento federal para a construção das AVENIDAS MARGINAIS com o então Ministro Mário Andreazza ( ver recorte do JORNAL DE BOTUCATU). A nova gestão municipal cancelou tudo sob alegação que Mário Covas conseguiria um financiamento melhor...

2 - ESTAÇÃO RODOVIÁRIA (TERMINAL RODOVIÁRIO): O então prefeito Luiz Aparecido da Silveira JÁ ESTAVA CONSTRUINDO as instalações da futura ESTAÇÃO RODOVIÁRIA, em 1982, na entrada da cidade , à avenida Pedretti Neto (recomendação técnica de planejamento municipal, eis que propiciaria o acesso de ônibus intermunicipais). As obras e a ampla área foram doadas pela nova gestão da prefeitura para o CORPO DE BOMBEIROS... RESUMO: A Prefeitura localizou e construiu a ESTAÇÃO RODOVIÁRIA na baixada, entre o centro da cidade e a Vila dos Lavradores, localização que contrariava a recomendação técnica de se construir a RODOVIÁRIA na entrada da cidade e, MUITO MAIS GRAVE, optando pela construção em área NÃO SANEADA e sempre sujeita a enchentes graves... (matéria do Blog do Delmanto de 10/02/2020)


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“Vendavais” Maria De Lourdes Camilo Souza

Ventos fortes vindos do sul? Nem sempre são ventos mas derrubam, chacoalham todas as estruturas, levam, destroem... Lembro de uma manhã gelada, estava de férias em Santos. Sai cedinho buscar uma média na padaria da esquina, pegar o jornal na banca, um livrinho de palavras cruzadas. O vento quase me carregou para o mar. Eu tentava andar em direção contrária. Com grande dificuldade voltei ao prédio de apartamentos onde estava. Desse acontecimento entendi que é melhor não lutar contra o vento. Deixá-lo passar e depois juntar o que sobrou. O espirito prático que tenho sempre me indicou a direção. Tirar leite de pedra. Uma pessoa certa vez me disse que para fazer um jardim tem que tirar tudo, revolver a terra. Começar do zero. Novas sementes, novos projetos, novos trajetos. Enxergar algo onde ninguém vê. Como a maquete de um projeto arquitetônico ainda na planta. Seria maravilhoso se todos pudessem ver com mesmos olhos, pois as possibilidades podem ser múltiplas ao se trabalhar em conjunto. Infelizmente são muitos os projetos de poder individuais e tudo se acaba perdendo nas mãos dos terceiros envolvidos que se aproveitam das situações de crise para beneficiar-se. Abutres que só pensam em proveito próprio. Enquanto lutadores se degladiam na arena, os apostadores jogam. Apostam alto no ganhador. Distanciam-se de seus alvos e todos acabam perdendo. Ganha quem cata as sobras. Sempre há quem leve os louros, aquele que vê mais longe. Todos os dias nos levantamos e temos duas possibilidades. Ir á luta ou dormir. Construir ou desconstruir. As vezes é necessário começar do nada. Admiro os espíritos indomáveis que param, analisam, e em meio a muita dor vão recriando novas perspectivas. Possibilidades múltiplas e novo DNA. Esse é o espirito recriar o novo tudo dia.


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