Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
ano II Nº 439
TERÇA-FEIRA, 5 de ABRIL de 2022
Lygia Fagundes Telles A escritora paulista Lygia Fagundes Telles morreu em São Paulo (SP), neste domingo (3), aos 98 anos. De acordo com Juarez Neto, da Academia Brasileira de Letras (ABL), ela faleceu de causas naturais em sua casa. A informação também foi confirmada por sua agente literária Lucia Riff. A consagrada escritora paulista faria 99 anos no próximo dia 19 de abril. Considerada então a maior escritora brasileira viva, no discurso de posse da ABL, Lygia disse: “O duro ofício de testemunhar um planeta enfermo nesta virada do século. Às vezes, o medo. Quando perseguido, o polvo se fecha nos tentáculos e solta uma tinta negra para que a água em redor fique turva e, assim, camuflado, ele possa então fugir. A negra tinta do medo. Viscosa, morna. Mas o escritor precisa se ver e ver o próximo na transparência da água. Tem de vencer o medo para escrever esse medo. E resgatar a palavra através do amor, a palavra que permanece como a negação da morte. Às vezes, a esperança. O homem vai sobreviver, e essa certeza me vem quando vejo o mar, um mar que talhou com tanta poluição, embora� mas resistindo.” Leia à página 3 o registro de sua visita a Botucatu
CAMPEÃO PAULISTA DE FUTEBOL 2022 BOTUCATU: PALMEIRENSES COMEMORAM EM FESTA
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Diário da Cuesta
Lygia Fagundes Telles e o filme “LYGIA”, sobre sua brilhante carreira. Quarta filha do casal Durval de Azevedo Fagundes e Maria do Rosário Silva Jardim de Moura, nasce na capital paulista, em 19 de abril de 1923, Lygia de Azevedo Fagundes, na rua Barão de Tatuí. Seu pai, advogado, exerceu os cargos de delegado e promotor público em diversas cidades do interior paulista (Sertãozinho, Apiaí, Descalvado, Areias e Itatinga), razão porque a escritora passa seus primeiros anos da infância mudando-se constantemente. Acostuma-se a ouvir histórias contadas pelas pajens e por outras crianças. Em pouco tempo, começa a criar seus próprios contos e, em 1931, já alfabetizada, escreve nas últimas páginas de seus cadernos escolares as histórias que irá contar nas rodas domésticas. Como ocorreu com todos nós, as primeiras narrativas que ouviu falavam de temas aterrorizantes, com mulas-sem-cabeça, lobisomens e tempestades. Foi casada com o grande jurista e seu professor na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, Goffredo da Silva Telles, que lhe abriu o caminho para a convivência com a intelectualidade paulista. Posteriormente, casou-se com Emilio Salles Gomes.
Em Botucatu, participou do grande evento histórico-cultural que foi a 1ª Reunião da Academia Paulista de Letras - APL fora da Capital, realizada na cidade de Botucatu em parceria com a Academia Botucatuense de Letras - ABL. Foi um marco. Vale a leitura no link:
OBRAS DA AUTORA Individuais Contos: Porão e sobrado, 1938; Praia viva, 1944; O cacto vermelho, 1949; Histórias do desencontro, 1958; Histórias escolhidas, 1964; O jardim selvagem, 1965; Antes do baile verde, 1970; Seminário dos ratos, 1977; Filhos pródigos, 1978 (reeditado como A estrutura da bolha de sabão, 1991); A disciplina do amor, 1980; Mistérios, 1981; A noite escura e mais eu, 1995; Venha ver o por do sol; Oito contos de amor; Invenção e Memória, 2000 (Prêmio Jabuti); Durante aquele estranho chá: perdidos e achados, 2002; Meus contos preferidos, 2004; istórias de mistério, 2004; Meus contos esquecidos, 2005 Romances: Ciranda de pedra, 1954; Verão no aquário, 1963; As meninas, 1973; As horas nuas, 1989 Antologias: Seleta, 1971 (organização, estudos e notas de Nelly Novaes Coelho); Lygia Fagundes Telles, 1980 (organização de Leonardo Monteiro); Os melhores contos de Lygia F. Telles, 1984 (seleção de Eduardo Portella); Venha ver o pôr-do-sol, 1988 (seleção dos editores - Ática); A confissão de Leontina e fragmentos, 1996 (seleção de Maura Sardinha); Oito contos de amor, 1997 (seleção de Pedro Paulo de Sena Madureira); Pomba enamorada, 1999 (seleção de Léa Masima). Participações em coletâneas: Gaby, 1964 (novela - in Os sete pecados capitais - Civilização Brasileira); Trilogia da confissão, 1968 (Verde lagarto amarelo, Apenas um saxofone e Helga - in Os 18 melhores contos do Brasil - Bloch Editores); Missa do galo, 1977 (in Missa do galo: variações sobre o mesmo tema - Summus); O muro, 1978 (in Lições de casa - exercícios de imaginação - Cultura); As formigas, 1978 (in O conto da mulher brasileira - Vertente); Pomba enamorada, 1979 (in O papel do amor - Cultura); Negra jogada amarela, 1979 (conto infanto-juvenil in Criança brinca, não brinca? - Cultura); As cerejas, 1993 (in As cerejas - Atual); A caçada, 1994 (in Contos brasileiros contemporâneos - Moderna); A estrutura da bolha de sabão e As cerejas, s.d. (in O conto brasileiro contemporâneo - Cultrix)
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Agora, com o lançamento do filme “Lygia”, todo o pais poderá ter maior conhecimento de sua brilhante trajetória como uma das mais expressivas intelectuais brasileiras.
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689
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REGISTROS:
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SENTIMENTOS À FAMÍLIA: Nossos sentimentos à família, através de sua sobrinha, Suzana Delmanto, esposa do colaborador do Diário da Cuesta, Roberto Delmanto. Suzana é filha de Dona Lourdes, irmã de Lygia, casada com o botucatuense Elias Machado de Almeida, Deputado Estadual Constituinte de 1934.
COMENTÁRIO: Amigo e Confrade Armando, Muito bem lembrada a passagem, por Botucatu, da grande escritora paulista Lygia Fagundes Telles. Acompanhamos a visita em que a Academia Paulista de Letras realizou em Botucatu, pelas mãos do saudoso escritor Francisco Marins. Foi a primeira vez que os acadêmicos paulistas do Largo do Arouche vieram para o interior paulista. Dia de Glória para as letras botucudas. Tive a grata satisfação de conversar com a escritora Lygia e, tirar uma foto, acompanhado das acadêmicas Carmen Sílvia Martin Guimarães e Leda Galvão de Avellar Pires ( in memoriam ) Parabéns! Olavo Pinheiro Godoy - membro da Academia Botucatuense de Letras. 6 de dezembro de 2017
PEABIRU, Revista Botucatuense de Cultura nº 28/2009.
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GERAÇÕES DA CIDADANIA BOTUCATUENSE
HOMENS QUE FIZERAM BOTUCATU!
LUIZ GONZAGA PRADO
Muito mais amigo do meu pai que meu. Muito mais de outra época que desta. Muito mais militante em sua época que agora, adoentado e idoso. Mas, um amigo na acepção da palavra Diria mais: era uma personalidade sinalizadora. De uma personalidade sinalizadora de um tempo, postura correta, respeito às tradições, cultivo de amizades, respeito à família, ética política e, sobretudo, coerência, fidelidade e honra. Personalidade sinalizadora a caracterizar o protótipo do amigo ideal. Alguns amigos como esse e a vida seria melhor e a sociedade seria melhor. Alguns amigos como esse e muitas caminhadas não seriam interrompidas e tantos ideais, com certeza, seriam alcançados. Professor Luiz Gonzaga Prado. Professor Prado, como era conhecido. Em seus 88 anos de existência deixou registrada a sua passagem e gravado em pedra o seu perfil de homem, de cidadão e de pai de família exemplar. Sua amizade recebi de herança e a consolidei pelo código de honra de uma pleiade de homens que pouco e pouco vão se tornando raros neste mundo carente de tantos valores. Professor, Diretor de Escola, Educador que dedicou o melhor de si à juventude de seu estado e de sua cidade. De uma época em que se conheciam os alunos, e estes, por sua vez conheciam e admiravam os professores. E buscavam orientação pessoal além dos ensinamentos educacionais. Hoje, a educação está beirando o fundo do poço... São outros os tempos e o País está doente e a Sociedade está doente e os Homens estão doentes. Exatamente nesse quadro de carências é que perdemos um homem da estirpe do Professor Prado.
UM AMIGO
E por estarmos em uma época de carências é que precisamos nos apegar com todas as forças a exemplos como o desse amigo que nos deixa. E com seu exemplo gritarmos a todo pulmão para que todos ouçam, principalmente a juventude, que nem tudo está perdido, que vale a pena ser um cidadão correto, que vale a pena ser um homem de bem e que a esperteza, a mesquinharia e a mediocridade não levam a lugar nenhum...
E nos orgulhamos por termos sido seus amigos e repetir sempre: “Eu o conheci e fui seu amigo”. Com certeza, Dona Isabel, sua esposa, a filha Neusa, o genro Ademir, seus netos, suas irmãs, a comunidade da Igreja Protestante e os amigos tiveram esse sentimento quando foram levar a sua última homenagem ao Professor Prado. Com certeza. (AMD) (Jornal de Botucatu - 02/10/91).
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Esportes
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Lucas Nogueira
Palmeiras é campeão Paulista pela 24ª vez após reverter derrota
Depois de perder o jogo de ida da final do campeonato Paulista, o time Alviverde venceu o São Paulo por 4 a 0 Com gols de Danilo, Zé Rafael e dois de Raphael Veiga, o Palmeiras venceu de 4 a 0 o São Paulo no último domingo (03), na disputa pelo �tulo do campeonato Paulista de 2022 no Allianz Parque. Revertendo o placar do jogo da última quarta-feira (30) que houve vantagem ao Tricolor Paulista com 3 a 1, o Palmeiras inverteu os papéis com o adversário e fez tudo o que não conseguiu fazer no Morumbi. No primeiro jogo o São Paulo anulou o Verdão. A conquista do �tulo pelo Palmeiras representa uma marca impressionante para o técnico Abel Ferreira, que em um ano e meio de trabalho no time conquistou seu quinto �tulo. O 24ª campeonato pelo time também abre vantagem para o terceiro colocado do ranking de campeões estaduais, Corinthians em primeiro com 30, o Palmeiras com 24 e o São Paulo com 22 campeonatos. Durante todo o primeiro tempo da partida o Palmeiras, que precisava apenas de dois gols para tirar a vantagem do adversário, dominou e chegou a ter 70% de posse de bola. O São Paulo tentava recuar e segurar a pressão adversária, no entanto, não conseguiu e o primeiro gol veio aos 21 minutos com Danilo após aproveitar um cruzamento de Marcos Rocha. Poucos minutos depois do primeiro gol, o Palmeiras tirou a vantagem do São Paulo. Veiga cruzou na área para Léo que rebateu, Zé Rafael dominou e marcou o segundo gol para a casa. O lance foi analisado pelo VAR por conta de uma falta do Danilo em Callieri, o gol foi confirmado pelo árbitro. No segundo tempo o São Paulo tentou criar jogadas mas
logo foi impedido, dois minutos após o início da segunda etapa o Palmeiras marcou o 3º gol em uma contra ataque após cruzamento rasteiro de Dudu para Raphael Veiga que chutou para o gol. ` Com pouca pressão do Tricolor Paulista, quase não chegando a incomodar a defesa do Palmeiras, o jogo caminhava para o fim até que aos 35 minutos do segundo tempo o Verdão finalizou o placar da partida. Arboleda tentou iniciar uma jogada com Igor Gomes, mas foi rapidamente desarmado por Zé Rafael que passou para Veron, buscando alguém tocou para Veiga que marcou o seu segundo gol na partida e o quarto do time Alviverde. A postura palmeirense e são-paulina em campo nesta partida foram totalmente distintas, enquanto o Palmeiras impunha pressão o São Paulo tentava ganhar tempo e batalhava para aguentar a pressão adversária.