Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
ano II Nº 443
SÁBADO E DOMINGO, 9 E 10 de ABRIL de 2022
UM NOVO JUSCELINO?
NOVA CAPITAL PAULISTA!!!
Mudança da Capital Paulista para o “Coração” do Estado!!! EDITORIAL Nestes últimos 40 ANOS os políticos que governaram São Paulo poderiam ter realizado a mudança da Capital para o interior do Estado, no “Quadrilátero Central”. É pena... Faltou visão administrativa e CORAGEM POLÍTICA! A construção da Nova Capital CONSAGRA qualquer político. Essa medida terá que ser tomada. São Paulo já atingiu seu limite máximo. É uma cidade congestionada, sem qualidade de vida, com seus habitantes perdendo, em média, 2 horas para irem ao trabalho e 2 horas para voltarem para casa... Vamos ser ousados e procurar eleger um candidato a governador que se comprometa a realizar a MUDANÇA DA CAPITAL PARA O CENTRO DO ESTADO! Nós estamos vivendo tempos de MUDANÇA na política brasileira e paulista. Em 2022, teremos a oportunidade de fazermos uma alternância positiva no Poder Público Estadual, tirando de cima do muro os “tucanos” que se esmeraram em “privatizar” sem controle de qualidade (exemplos: FEPASA, BANESPA, CAIXA ESTADUAL, etc) e em colocar PEDÁGIO em rodovias prontas... E justificavam dizendo que “São Paulo tem as melhores estradas do Brasil”... Além da MENTIRA tentaram induzir a opinião dos paulistas com uma “quase verdade”!!! Sim, São Paulo possui as melhores estradas do Brasil. É VERDADE! Só que São Paulo possui as melhores estradas do Brasil mesmo ANTES da implantação do Pedágio e ANTES dos “tucanos” chegarem ao Governo Paulista!!!
NOVOS TEMPOS virão! É preciso estarmos atentos para escolhermos um candidato que se aproxime do perfil de JUSCELINO. Um candidato com ideias, repetimos – IDEIAS! -, positivas para o futuro do Estado de São Paulo. Idéias positivas para a implantação das ESCOLAS DE TEMPO INTEGRAL, da REINDUSTRIALIZAÇÃO Paulista/Brasileira e para a corajosa e inevitável DECISÃO de aprovar a mudança da CAPITAL para o chamado “Quadrilátero Central do Estado” que foi determinado pelos melhores técnicos em planejamento do próprio Governo Paulista. QUEM SERÁ O NOVO JUSCELINO KUBISTCHECK?!? QUEM MUDARÁ POSITIVAMENTE O PERFIL DE SÃO PAULO?!? A DIREÇÃO.
2
Diário da Cuesta
EXPEDIENTE NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU WEBJORNALISMO DIÁRIO
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689
O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.
Diário da Cuesta
“SÃO PAULO PRECISA PARAR!”
Engº José Carlos de Figueiredo Ferraz -Prefeito de São Paulo/1973 COMENTÁRIO: Eu me lembro muito bem do Prefeito Figueiredo Ferraz quando ele disse aquela frase e foi demitido pelo Governador Laudo Natel. O homem era professor da Escola Politécnica da USP, sabia das coisas. São Paulo tinha que parar de crescer, era preciso criar outros polos de desenvolvimento no interior do Estado. E o que aconteceu? A Capital continuou a crescer desordenadamente e deu no que deu: Caos Total! O homem estava certo. As áreas de preservação ambiental foram invadidas, favelas foram surgindo e o Poder Público num silêncio completo! Isso foi dito há mais de 40 anos atrás! E entra Prefeito e sai Prefeito, e entra Governador e sai Governador e NINGUEM toma uma atitude. Pô, até quando ?!? O Blog do Delmanto vem, como sempre, convocar a intelligentzia paulista para que ela possa, unida, concretizar um dos maiores ideais na efetiva transformação da qualidade de vida de São Paulo e na transferência da CAPITAL PAULISTA para a região central do Estado. A revista Veja/São Paulo, de 06/04/2011, em uma edição especial sobre TRÂNSITO colocou claramente o problema gravíssimo da atual Capital Paulista: “É BRINCADEIRA! Estamos andando na velocidade de um carrinho de controle remoto.” E é exatamente isso! A cidade de São Paulo, parou! È a velocidade, diz a revista, do carrinho Maximus, da Estrela: ele atinge até 17 Km/h !!! E o trânsito caótico de São Paulo é APENAS um dos graves problemas a IMPEDIR que a Administração Estadual (Governo de São Paulo) consiga ter um mínimo de racionalidade e funcionalidade, prestando um bom serviço aos paulistas. E a realidade da administração estadual “espalhada” nos mostra: prédios esparsos por toda a cidade abrigando as repartições públicas e as secretárias estaduais, transformando o acesso a eles em verdadeira maratona no trânsito que provoca atrasos e descumprimento de horários; a vinda de prefeitos e vereadores do interior do Estado para os contatos necessários em órgãos públicos, nas secretárias e no Palácio dos Bandeirantes, acarretando aumento de tempo de permanência na capital, aumento de gastos com hotéis e restaurantes e nem sempre conseguindo dar conta da pauta oficial. O próprio desempenho do Governo do Estado com as Secretárias e os Órgãos Técnicos, enfim, é o CAOS ADMINISTRATIVO definitivamente implantado na capital atual. Em Minas Gerais, o então governador Aécio Neves, criou a Cidade Administrativa, na região metropolitana de Belo Horizonte. Quer dizer, mudou a Capital para não sobrecarregar BH. Esse trabalho jornalístico da VEJA, vem reforçar o que o Governo do Estado, através de seus órgãos técnicos (CEPELCA), já estudou e concluiu: A Nova Capital Paulista precisa estar no Quadrilátero Central do Estado. E cinco (5) regiões foram escolhidas no centro geográfico do Estado. Ora, os estudos técnicos indicaram as seguintes regiões: região W 2: perto das cidades de Botucatu/Pardinho/Itatinga; região W
3
1: perto das cidades de Torrinha/Dois Córregos; região N 2 e 3: perto da cidade de São Carlos; e a região N 1: perto da cidade de Porto Ferreira. Todas na parte central do Estado. O que Campinas não possui é exatamente isso: a necessária distância da atual Capital.
A revista cultural Peabiru, em edição especial de janeiro/fevereiro de 2008, publicou a matéria (atualizada): “30 ANOS DEPOIS...BOTUCATU & A NOVA CAPITAL”. Isso porque a região de Botucatu foi uma das escolhidas para sediar a futura capital, no chamado “Quadrilátero Central do Estado”. (AMD)
4
Diário da Cuesta
O DEPOIMENTO RASGADO Roberto Delmanto
Meu pai Dante costumava dizer que o advogado, na defesa de um acusado, não devia, via de regra, arrolar parentes deste como testemunhas: tudo que dissessem de bom em favor dele pouco significaria aos olhos do juiz, dado o grau de parentesco; ao contrário, qualquer coisa que falassem em desfavor do mesmo causaria enorme prejuízo, pois, afinal, quem estava fazendo tal afirmação era o próprio parente... Há muitos anos, recém-formado, eu defendia um jovem executivo injustamente acusado de um desfalque. Sua mãe, experiente advogada, que tentara antes, sem êxito, fazer um acordo com a ex-empregadora do filho, insistia em ser sua testemunha de defesa e, eu, dada sua insistência, acabei por arrolá-la. A prova testemunhal de acusação foi colhida e correu otimamente para o executivo. Designada audiência para a oitiva das testemunhas de defesa, propus à mãe desistirmos do seu depoimento, mas ela, muito insistente, fez questão absoluta de depor. No início, se saiu bem em suas declarações; mas, em dado momento, a uma pergunta do juiz, dominada pela emoção, acabou falando uma “bobagem” que, literalmente, condenava o filho... Ela logo caiu em si, percebendo o erro que cometera. Nas minhas reperguntas, tentei consertar o “estrago” e obter dela uma retificação do que dissera, mas o magistrado indeferia as indagações, alegando que a questão já tinha sido respondida, nada mais havendo que perguntar a respeito. Como eu insistisse, criou-se um incidente e o juiz resolveu suspender a audiência, deixando para conti-
nuá-la no fim do expediente, depois de realizar todas as outras. A mãe aflita, o filho aturdido e eu preocupado aguardamos, então, pacientemente, no corredor da Vara. Já eram mais de 18 horas, quando o juiz me chamou. Para minha surpresa, revelando seu lado humano, disse-me que também tinha um pai idoso que, às vezes, falava inconveniências e, aí, me propôs: “Doutor, o senhor foi muito imprudente em arrolar a própria mãe do rapaz. Mas eu vou lhe dar uma chance: o senhor desiste da oitiva dela e nós rasgamos o depoimento”. Imediatamente aceitei a generosa oferta, e as fatídicas declarações, à época datilografadas, mas ainda incompletas e sem qualquer assinatura, foram, então, na frente de todos, rasgadas pelo magistrado... Ele ainda se deu por impedido para continuar presidindo o processo e o acusado acabou sendo absolvido por outro juiz.
5
Diário da Cuesta
LEITURA DINÂMICA
1
– Trabalho técnico embasado em estudos sérios. “Estudos Básicos para a Escolha da Futura Capital de São Paulo – USP – Instituto de Geografia – Relatório das pesquisas efetuadas pela COMISSÃO PARA PROCEDER AO ESTUDO DA LOCALIZAÇÃO DA NOVA CAPITAL – CEPELCA” (criada em 1967). Foram 5 as áreas escolhidas (duas coincidindo quanto a localização), para que o Governo pudesse escolher uma delas. Em 1980/81, houve a negativa da Assembléia Legislativa em autorizar a mudança da Capital para o interior, em oposição a Paulo Maluf. Hoje, esse assunto está superado, eis que a Constituição do Estado de São Paulo, de 1989, EXPRESSAMENTE prevê a possibilidade de mudança da Capital.
2
– O problema inicial que se coloca é o conceituar o que seja Região Central. “... A opinião mais corrente na interpretação do texto constitucional, tanto na pública quanto no âmbito da própria CEPELCA, é que a “região central” significa realmente uma área geograficamente situada em posição central no conjunto do Estado. Desse ponto de vista, considerando-se os dois “ponto centrais”, reiteradamente indicados à Comissão, esboçou-se uma “região central” englobando os dois referidos pontos: o “centro de gravidade”(proximidade de Itapuí) e o “centro de circulação”(cruzamento próximo a Jaú).
3
– Na delimitação do “Quadrilátero Central”, tentou-se evitar atingir a grandes centros urbanos. Tangenciando Campinas e Bauru e excluindo Ribeirão Preto e Sorocaba, demarcou-se o que se chamou “Quadrilátero Central”, como grande área de apoio para a seleção de sítios passíveis de receberem a futura Capital.
4
– Mas a POLÍTICA que inviabilizou a aprovação da mudança em 1980/81, contra o governador MALUF que a defendia, em 2007 o então governador SERRA, através da deputada do PSDB, Célia Leão, propôs a mudança para a região de Campinas (próxima da Capital, mas onde Serra tenha ligações políticas com a UNICAMP). Quiseram impor uma distância máxima de São Paulo para a futura Capital de 150 quilometros. MAS NÃO HÁ ESSA LIMITAÇÃO NA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. Numa distância de apenas 150 quilometros é muito pouco, muito pouco a resguardar uma futura Capital do gogantismo sufocante que encontramos em São Paulo... Além do que é uma limitação “tucana” com endereço certo: beneficiar a gigantesca Campinas...
5
– Botucatu se credenciou para receber a futura Capital no Planalto de Paula Souza, entre a cidade de Botucatu e a cidade de Itatinga. Propositura sugerindo o nome de PAULICÉIA à futura Capital foi aprovada pela Câmara Municipal, em homenagem ao líder do movimento modernista, MARIO DE ANDRADE, que publicou “Paulicéia Desvairada”. Como Capital da CUESTA, Botucatu poderá do topo da cuesta, quase em sua escarpa, receber a FUTURA CAPITAL PAULISTA