Edição 445

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Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

ano II

Nº 445

TERÇA-FEIRA, 12 de ABRIL de 2022

EU VOU PRA BOTUCATU O saudoso Príncipe dos Poetas Brasileiros, PAULO BOMFIM, fez a POESIA DE BOTUCATU! É registro histórico e caminho para 2021!

Na foto, na capital paulista, visita histórica à Biblioteca Municipal "Poeta Paulo Bomfim"

O GIGANTE MUDOU DE LADO ?!?

A visão mais conhecida do GIGANTE DEITADO é a vista da CUESTA/Munícipio de Pardinho. Mas, na descida da CUESTA, a caminho de PIAPARA, a visão parece maior e mais nítida! É a visão que traz o outro lado do GIGANTE DEITADO, marca registrada da CUESTA DE BOTUCATU! A ilustração do prof. Vinício foi feita na descida da escarpa a caminho de PIAPARA (Alambari). É uma visão MAGNÍFICA !!!


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Diário da Cuesta

editorial Na Semana do Aniversário de Botucatu – 14 a 21 de Abril – trazemos a poesia “Eu Vou Pra Botucatu”, do Príncipe dos Poetas Brasileiros, Paulo Bomfim, que foi solenemente lida na Sessão Magna entre as Academias Paulista e Botucatuense de Letras, realizada no Teatro Municipal “Camilo Fernandes Dinucci”, em 2001, pelo botucatuense e Acadêmico Hernâni Donato.

ARTIGO

Foi a primeira vez que a APL se reuniu fora de sua sede na Capital, com a maciça presença de seus Membros Efetivos, como parte das comemorações do Centenário da APL. E a reprodução da página dedicada ao poeta, na Revista Peabiru, de abril de 2009, na página 3, resgata a importante presença de Paulo Bomfim na vida e na história de Botucatu.

Com a publicação da poesia cívica “Princesa da Serra”, de Trajano Pupo Jr. Poesia Oficial do Centenário de Botucatu – e a divulgação do Hino Oficial de Botucatu, a música “Saudades de Botucatu”, de Angelino de Oliveira, o jornal Diário da Cuesta exerce a cidadania municipal exaltando a Cidade dos Bons Ares e das Boas Escolas. A Direção.

Os referenciais maiores da “alma paulista”...

A poesia de PAULO BOMFIM a homenagear a cidade de Botucatu – EU VOU PRA BOTUCATU ! -, tornou-se a oração de amor à cidade dos BONS ARES E DAS BOAS ESCOLAS! Verdadeiramente é um privilégio: o saudoso Príncipe dos Poetas Brasileiros homenageando Botucatu, em 2001, com a poesia EU VOU PRA BOTUCATU e escrevendo a carta de 1993, na qual o poeta exalta a nossa cidade. Nasceu na Capital, em 1926 e faleceu em 2019, tendo recebido inúmeros prêmios, com destaque para o Prêmio Juca Mulato, em 1981. PAULO BOMFIM pertenceu à Academia Paulista de Letras e produziu extensa obra: Transfiguração (1951), Relógio do Sol (1952), Cantiga do Desencontro e Poemas do Silêncio (1954), Armorial (1954), Quinze anos de Poesia e Poema da Descoberta (1958), Sonetos (1959), Colecionador de Minutos e Ramo de Rumos (1961), Antologia Poética (1962), Sonetos da Vida e da Morte (1963), Tempo Reverso (1964), Canções (1966), Poemas Escolhidos (1973), Praia de Sonetos (1981), Sonetos do Caminho (1983), Súdito da Noite (1992), 50 Anos de Poesia (1999), Sonetos e Aquele Menino (2000), O Caminheiro (1991), Tecido de Lembranças (2004), Rituais (2005), Janeiros de Meu São Paulo (2006) e Cancioneiro (2007). Particularmente, trago boas lembranças de Paulo Bomfim. Ainda calouro da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco tive a oportunidade de conhece-lo... Através de meu padrinho no jornalismo – o saudoso jornalista Arruda Camargo -, participei no final dos anos 60 de reunião na casa do poeta, quando fui por ele apresentado à “verdadeira instituição cultural” que era Aureliano Leite e para a “lenda viva”, o “Tribuno da Revolução Constitucionalista”, Ibrahim Nobre... Imaginem o que isso significou para um jovem estudante “botucudo” que chegava à capital cheio de sonhos e encontrava, de uma só vez, “os referenciais maiores da alma paulista...” Em suas palavras, o seu retrato: “Procuro renascer todos os dias. Não concordo em morrer vivo. Sou um rebelde de paletó e gravata, um grão que teima em não virar massa, um pássaro que persiste no canto dentro da gaiola dos horários. Gosto de morar em pessoas, de falar

EXPEDIENTE NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU WEBJORNALISMO DIÁRIO

ESTATUA PRODUZIDA POR LUÍS MORRONE EXPOSTA O PARQUE DO IBIRAPUERA

dialetos de ternura e de dar asas a tudo o que me cerca. Creio na alquimia de certos encontros e que a eternidade é uma questão de garra e de graça...” Assim foi o poeta... (AMD)

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.


Diário da Cuesta

O PRÍNCIPE DOS POETAS BRASILEIROS, PAULO BOMFIM, FEZ A POESIA “EU VOU PRA BOTUCATU” EU VOU PRA BOTUCATU À PROCURA DE BONS ARES, EM BUSCA DAQUELAS NOITES ONDE O SONO VAI CHEGANDO COM SABOR DE SERENATA. EU VOU PRA BOTUCATU PARA REVER A SAUDADE DE ALCEU MAYNARD DE ARAÚJO E IBIAPABA MARTINS. E OUVIR ZALINA ROLIM CONVERSAR NA TARDE CALMA COM SEU GATINHO “CETIM”. EU VOU PRA BOTUCATU PEDIR BÊNÇÃO A D. ZIONI, LEMBRAR ALCIDES FERRARI, ABRAÇAR A PEDRO CHAVES, JOGAR TÊNIS COM AGNELO, CAMINHAR COM PAGANINI E OUVIR OS CASOS CABOCLOS DE UM PROFESSOR DE GINÁSTICA CHAMADO CORNÉLIO PIRES. EU VOU PRA BOTUCATU À PROCURA DE MIM MESMO, DAS LEMBRANÇAS QUE CARREGO EM BAGAGENS ANDARILHAS, DESSA ROSA DE TERNURA QUE TROUXE EM MINHA LAPELA. E UM DIA QUANDO A SAUDADE ENCILHAR O MEU CAVALO, EU TELEFONO AO MARINS, PEÇO AO HERNÂNI DONATO O MAPA DO PEABIRU, E GALGAREI ESSAS SERRAS REPETINDO NAS QUEBRADAS: - EU VOU PRA BOTUCATU!

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