Edição 448

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Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

ano II

Nº 448

QUARTA-FEIRA, 15 de ABRIL de 2022

A HISTÓRIA DE BOTUCATU DESENHADA

Comemoramos no último dia 14 de Abril mais um aniversário de Botucatu: 166 Anos! E vamos publicar e RESGATAR um trabalho histórico de ilustração do MARCO ANTONIO SPERNEGA feito para a revista PEABIRU e para o primeiro volume do livro “Memórias de Botucatu”. Procuramos resgatar, até 1995, os PREFEITOS (que exerceram a Prefeitura por 2 vezes), os VEREADORES (que exerceram a presidência da Câmara Municipal por 2 ou mais vezes), os DEPUTADOS ESTADUAIS e os DEPUTADOS FEDERAIS, os BISPOS e os ARCEBISPOS DA ARQUIDIOCESE DE BOUCATU. Trabalho de “bico de pena” do SPERNEGA que juntamente com SEBASTIÃO PIRES MENDES e o mestre VINICIO ALOISE colaboraram e enriqueceram a HISTÓRIA DE BOTUCATU !


EXPEDIENTE NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU WEBJORNALISMO DIÁRIO

QUINTA-FEIRA, 14 de abril de 2022 ano II

NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

Nº 447

Diário da Cuesta

Todo cidadão que tem como o�cio as letras, às vezes se pergunta, se questiona se vale a pena escrever e colocar para fora os sentimentos e mandar mensagens e comentar fatos... Será que vale a pena? Mas de imediato e em auto defesa contrapõe outras perguntas: vale a pena viver? Vale a pena amar? Vale a pena sonhar??? Sim, vale a pena. Sempre vale a pena. Tudo que se faz, vale a pena. Pois não estamos aqui para isso? Para viver, viver e viver? Como passageiros dessa vida, acredito, devemos fazer o que achamos que devemos fazer, sempre dentro do respeito ao direito dos outros: direito que começa onde, exatamente, termina ou se limita o nosso. São leis da convivência... É a lei da vida. Então vale a pena escrevinhar em uma cidade do interior as coisas e os sentimentos que estão a nos dizer alguma coisa e a sua mensagem chegar a Brasília, em Portugal e aos Estados Unidos... Deixar que as palavras surjam, se combinem e se casem... É o milagre da revolução tecnológica... É com muito entusiasmo que chegamos a mais um número do Diário da Cuesta. A receptividade encontrada e a participação espontânea de tantos, nos anima. É um desafio, sem dúvida. Mas é um bom desafio participar ativamente de um instrumento de informação e formação nesta rede democrática online... Começamos com o site, depois o livro digital, o Blog e, agora, o DIÁRIO. O Diário da Cuesta, para nós, assume aspectos especiais de comemoração, exatamente por ser online e estar amplamente conectado. E teria que ser algo diferente, um veículo para mudança e que trouxesse uma contribuição efetiva ao debate das ideias. Com seu material postado dentro da tecnologia disponível, mas com uma edição “espartana”, com critério profissional, dedicação e idealismo, muito idealismo. Voltado à renovação política e à construção da cidadania , este DIÁRIO terá a missão de provocar o debate, convocando a intelligentzia botucatuense (emprestemos a expressão russa para definir parte da nossa comunidade intelectual) para a discussão de temas de interesse da comunidade, sempre valorizando o cidadão, despertando valores e delineando novos rumos para a solução dos problemas que estão dormentes há muito tempo... O Diário da Cuesta pretende ser uma bandeira de luta a favor da nossa cultura, priorizando as nossas coisas, o nosso folclore, a nossa memória histórica, e mais, descortinando o futuro com audácia cívica e muita criatividade, fazendo do presente uma vivência rica no exercício pleno da cidadania. Com nítida noção de nossa real dimensão, sem querer abranger mais que o espaço democrático que a “Revolução da Informação” trouxe para o mundo todo, transformando em realidade concreta a “Aldeia Global”, que igualou a todos no acesso à comunicação e à realidade dos cidadãos de qualquer cidade em qualquer país e em qualquer continente... Sempre repetimos e destacamos o acerto das palavras do jornalista e escritor Fernando Morais: “Eu sempre acreditei que até a democratização dos meios de comunicação seria uma luta política. Acabei descobrindo que se tornou uma conquista tecnológica. Hoje, todo mundo

FELICIDADES BOTUCATU EM 2022!

MODERNO COMO VOCÊ!

EDITORIAL

EMBAÚBA

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pode ser o seu próprio Roberto Marinho...” E é verdade. É a mais pura verdade!!! Assim, o Diário da Cuesta se propõe a essa tarefa. Estaremos postando nossas idéias e nossos comentários sobre os mais diversos assuntos que interessem à renovação política e à construção da cidadania. No DIÁRIO teremos o acesso linkado aos mais importantes veículos de comunicação do país... O Diário da Cuesta pretende ser o Fórum Cultural e Político para todo cidadão prestante que esteja disposto a cerrar fileira na construção da nossa CIDADANIA! Mesmo que vezenquando se traga ao debate político temas di�ceis e que incomodem aos pacíficos de sempre, como o da pandemia do vírus chinês ou o do momento em que a NAÇÃO BRASILEIRA desperta para o MOMENTO DE MUDANÇA NECESSÁRIA para a HARMONIA DOS PODERES EXECUTIVO E LEGISLATIVO! O importante é que haja uma abertura para o debate sério de temas de interesse da comunidade, destacando o cidadão, despertando valores... É isso. Acreditamos estar cumprindo nossa missão... AVANTE! Que venha o NOVO BRASIL!!!

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.


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QUE QUER DIZER BOTUCATU ?!?

Não é pacífica a interpretação do real significado do topônimo BOTUCATU. Pelo menos três interpretações procuram esclarecer o assunto e muitas formas gráficas trazem à luz a grande variedade e evolução das formas encontradas através dos tempos. 1. BONS ARES A Interpretação Etimológica é a que busca a análise termo a termo do texto, atendendo à pontuação, à colocação dos vocábulos, à origem etimológica destes e outros dados dessa natureza. A interpretação etimológica é a que tem encontrado maior acolhida nos últimos tempos. A posição do Prof. Plínio Airosa,da Universidade de São Paulo, é clara: “botu” e “catu” surgiram de “ybytu” e “katu”. Segundo Plínio Airosa, “ybytu” significa “hálito da terra”, “ar corrente”, ou seja, “aragem”, “vento”, e “katu”significa “bem” ou “bom”. Teríamos então “vento bom” ou “bons ventos”, ou seja, “bons ares”. 2. SERRA GRANDE A Interpretação Histórica nos remete ao ensinamento do Superior dos Jesuítas no Brasil, o Tenente Estanislau de Campos, nos idos de 1719 : IBITICATÚ teria se formado pelo elemento “ibiti” que significa “serra” e “catú” que significa “grande” ou “boa”. Isso nos daria SERRA GRANDE. Morador que foi daqui, na Fazenda Botucatu, da Companhia de Jesus, era grande conhecedor da língua gentílica. De Ibiticatú apareceu mais tarde a palavra Hubutucatú, ao depois Votucatú e, finalmente, Botucatu. No “ALMANACK DE BOTUCATÚ”, publicado em 1920, por Augusto de Magalhães, essa era a interpretação predominante e que traduzia “fielmente a realidade de nossa natureza”. Na busca da interpretação histórica do significado da denominação “IBITICATÚ”, nada mais certo do que se procurar a reconstituição das aspirações do momento em que surgiu a necessidade de se denominar a região e do porquê historicamente tenha sido adotada a denominação e o que significava para os que a utilizavam no dia-a-dia de então. Por esse prisma, o real significado da denominação IBITICATÚ será o de SERRA GRANDE, segundo ensinamento do Superior dos Jesuítas, eis que ele vivenciou o fato, ou seja, utilizou juntamente com os demais jesuítas a denominação com a interpretação dada. É o valor histórico da interpretação que supera a interpretação etimológica ou gramatical, que se funda sobre as regras da Linguística. 3. TEMPLO DA SERPENTE Interpretação Mística? Ou sonho? Ou lenda? Frei Fidélis Maria Di Primiero, capuchinho que veio para Botucatu em 1952,, era um historiador e um estudioso de nossas lendas. Um dos poucos historiadores que dominava a língua SUMÉRIA, tinha uma concepção completamente revolucionária para explicar

o povoamento das Américas : o povoamento teria ocorrido por pessoas de cultura suméria, praticantes do culto à Serpente Negra. A tradução suméria nos daria o seguinte : “BUT UK” como “TEMPLO DA SERPENTE” e “A TU” como “ESCAVADO NA ROCHA”. A verdade é que essa é a tradução literal da língua suméria. Dizia Frei Fidélis que “no Brasão da cidade de Botucatu (o 1º Brasão) notamos ao lado das Três Pedras, uma estrada que os autores do escudo entendiam relacionada com um caminho que os Brasis denominavam PEABIRU e que os Jesuítas deram como “Caminho de São Tomé”. Os estudos do capuchinho centraram-se nas Três Pedras, às quais interpretou que eram formação rochosa (uma delas, a Pedra do Meio, com formato fálico) e seriam um “EX-TU” : TEMPLO NEGRO FÁLICO, catalisando em torno de si energias cósmicas profundas, constituindo-se em verdadeiro epicentro de fenômenos misteriosos. Para Frei Fidélis, o TEMPLO NEGRO FÁLICO não seria composto de formação rochosa natural e, sim, um templo construído 5.000 mil anos atrás para ser o centro de um culto negro e que teria sido destruído por XUMÉ ou SUMÉ, Grão Sacerdote Sumério. Frei Fidélis dizia que o “Peabiru” era um caminho encontrado antes da vinda dos conquistadores europeus, caminho aberto miraculosamente pela passagem do Apóstolo São Tomé, o grande missionário das Índias, caminho largo, uns oito palmos, a estender-se por mais de duzentas léguas, desde a Capitania de São Vicenteaté as margens do Paraná, passando pelos rios Tibagy, Itahy e Pequery”. O PEABIRU ia de São Vicente a Cusko, no Peru. UMA GRANDE FAZENDA No ano de 1719, A Companhia de Jesus, através do Tenente Estanislau de Campos, Superior da Ordem no Brasil, partia para a formação de duas fazendas, objetivando a susten-

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tação do Colégio de São Paulo em termos de alimentos e renda originada da comercialização dos produtos: as Sesmarias que seriam a base para as fazendas de Guareí e Botucatu. A Fazenda de Botucatu era voltada à pecuária, com currais e ranchos de moradia, sendo que sua população oscilava sempre entre dez a vinte pessoas. Por 40 anos ela floresceu fornecendo carne para o Colégio de São Paulo e comercializando gado para todo o sertão. Desde o seu início até o leilão público, fruto da implacável perseguição do Marquês de Pombal aos jesuítas, a fazenda teve vida própria. OS PRIMEIROS BOTUCATUENSES nasceram na Fazenda Botucatu dos padres jesuítas, segundo pesquisa do historiador Hernâni Donato nos arquivos de Sorocaba, então Matriz de toda a região. Segundo relato de Hernâni Donato em seu “Achegas”, a extensão da Fazenda Botucatu era grande: «...por um lado, a fazenda chegava ao Paranapanema enquanto do outro, conforme anota a doação de Campos Bicudo, tocava o Tietê. Para o sul, ligava-se à fazenda também jesuítica de Guareí”. Em 1760, os jesuítas tiveram seus bens confiscados pelo Marquês de Pombal - o todo poderoso Ministro de Portugal - e foram expulsos dos territórios portugueses e, portanto, do Brasil. As benfeitorias (currais e ranchos rústicos), os escravos (13), as 440 cabeças de gado e os 43 cavalos dos padres ficaram como a mostrar que a fazenda tinha vida própria. Os índios catequizados fugiram, assim como muito gado escapou para o sertão. SOB O SIGNO DA CRUZ Citada por Hernâni Donato a posição de historiadores que reivindicam para os jesuítas os méritos maiores de povoadores e remotos fundadores de Botucatu, como Plínio Airosa : “...antiga fazenda, confiscada aos padres jesuítas em 1759, a origem do mesmo município.” Em outras palavras : Botucatu teria sido uma fazenda, uma GRANDE FAZENDA JESUÍTA e os padres da Companhia de Jesus SEUS FUNDADORES, sendo certo, por registro passado e sacramentado, que os PRIMEIROS BOTUCATUENSES nasceram na Fazenda Jesuíta. Nascida sob o signo da cruz e desbravada pela competente e elitizada ordem religiosa dos jesuítas, a FAZENDA BOTUCATU era parte de real importância no “CAMINHO DO PEABIRU”, na “TRILHA DO SUMÉ” que ia de São Vicente até Cusko, no Peru


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Os Deputados de Botucatu e suas grandes conquistas! “Tudo o que Botucatu possui está ligado à atuação desses ilustres botucatuenses. Os fracassos e as derrotas pegaram Botucatu órfã, sem o seu representante, sem o seu Deputado...” (AMD) Na matéria “NOSSOS DEPUTADOS”, no link abaixo, temos o registro histórico completo sobre a nossa representação parlamentar e a sua importância, com a colocação de temas importantes como o VOTO DISTRITAL e a lembrança dos suplentes que chegaram a exercer o cargo de deputado e dos deputados botucatuenses que foram eleitos por outras cidades e, portanto, representaram essas cidades e regiões. Havia uma lacuna em nossa história política. Não havia registro à respeito de nossos representantes - os DEPUTADOS - nestes anos todos de pleno exercício da cidadania pelos botucatuenses participantes. Além da minuciosa pesquisa, analisando livros históricos e arquivos de jornais, pudemos levantar o quadro político de Botucatu durante todo o período republicano.

Para efeito didático, separamos o período republicano em dois: o da 1a República (desde a Proclamação da República, a 15 de novembro de 1989, até a Revolução de 1930, com o rompimento da estrutura política existente) e o da 2a República (com início em 1930 com a subida ao Poder do gaúcho Getúlio Vargas, Chefe Supremo da Revolução, passando pela Revolução Constitucionalista de 1932, a Constituinte de 1934, o período ditatorial de 1937/45 até os nossos dias, englobando o período militar de 1964/85). Nesse período de mais de 100 Anos de República, Botucatu contou com apenas 5 DEPUTADOS ESTADUAIS ELEITOS: O Cel. ANTÔNIO CARDOSO DO AMARAL, o Cel. AMANDO DE AMARAL BARROS. o Dr. DANTE DELMANTO e os Drs. JAYME DE ALMEIDA PINTO e MILTON FLÁVIO LAUTENSCHLAGER. Na 1a República, chegou a exercer o mandato de deputado Estadual o Dr. Antônio do Amaral César e, na 2ª República, também chegou a exercer o mandato de parlamentar o Dr. Vasco Bassoi. Nessa pesquisa de como era o Poder Político de Botucatu (o que propiciou a que chegássemos a tantas conquistas) registramos que a nível federal tivemos 3 DEPUTADOS FEDERAIS ELEITOS: O Dr. JOSÉ CARDOSO DE ALMEIDA, na 1a República, e o Dr. ANTÔNIO CARLOS DE ABREU SODRÉ e BRAZ DE ASSIS NOGUEIRA, na 2a República, aos quais também faremos referência. Nesse período chegou a assumir uma cadeira de Deputado Federal, na 2a República, o Dr. Antônio de Andrade. 1a REPÚBLICA - 1889 a 1930 CEL. ANTÔNIO CARDOSO DO AMARAL Irmão do Dr. José Cardoso de Almeida, eram botucatuenses de nascimento, filhos do Cel. Antônio Joaquim Cardoso de Almeida, nascido em Portugal, mas que chegou a exercer a vereança em nossa cidade. Como irmão do botucatuense que mais destaque obteve a nível estadual e federal, o Cel. Antônio Cardoso do Amaral dedicou-se mais à nossa cidade, à política municipal, enquanto o irmão atuava politicamente no plano estadual e federal. O Cel. Antônio Cardoso do Amaral foi Presidente da Câmara Municipal, Prefeito Municipal e deputado Estadual. Foi Chefe Político do 5Q Distrito (antiga divisão política à qual Botucatu pertencia e liderava)

e teve grande atuação na fundação da Misericórdia Botucatuense e na criação da ESCOLA NORMAL, sendo que a fundação e instalação da Companhia de Força e Luz de Botucatu (base da futura CPFL) foi a sua grande conquista. CEL. AMANDO DE BARROS Político dos mais ilustres, sendo piracicabano de nascimento revelou-se botucatuense de coração. O Cel. Amando de Barros atuou em nosso Legislativo, foi Prefeito Municipal, Deputado Estadual e Chefe Político do 5S Distrito. Com atuação destacada a nível estadual, exerceu efetiva liderança política em nossa cidade e região onde gozava de expressivo prestígio. Prematuramente falecido deixou, em testamento, numerário para a construção de um orfanato (atual Casa das Meninas “Amando de Barros”) além de inúmeras conquistas para a nossa cidade sendo que a instalação da ESCOLA NORMAL teve nele um de seus mais valorosos defensores. DR. DANTE DELMANTO O mais jovem de todos, tendo chegado a deputado estadual com 28 anos de idade e com a maior votação do Estado. Foi o único Deputado Estadual CONSTITUINTE que tivemos (CONSTITUINTE de 1934, após a Revolução de 1932). Deputado até 1937, representou a nossa cidade em uma época de ouro, pois tínhamos também um Deputado Federal, o Dr. Antônio Carlos de Abreu Sodré, e no Governo do Estado, o Dr. Cantídio de Moura Campos como Secretátio da Educação e Saúde. Dante Delmanto dedicou-se também à advocacia criminal elevando, a nível nacional, o prestígio de nossa cidade. Foram duas as conquistas de Dante Delmanto dentre tantas outras: a criação da ESCOLA PROFISSIONAL (depois Escola Técnica Industrial “Dr. Armando de Salles Oliveira”, hoje “Domingos Minicucci”) que era conquista almejada por todas as cidades do interior, e a FAZENDA LAGEADO, famosa por sua extensão de terras e sua plantação de café (chegando a ter mais de 1milhão de pés), a fazenda que era de particulares, passou por sérias dificuldades na crise de 1929, tendo o Deputado conseguido, em 1934, com que o Departamento Nacional do Café (depois Instituto Brasileiro do Café - IBC) a expropriasse e a transformasse em FAZENDA EXPERIMENTAL DO CAFÉ, posteriormente integrada à UNESP. Nesse trabalho, Dante Delmanto contou com a ajuda importante de seu colega e então MINISTRO DA JUSTIÇA, VICENTE RAO. Amigo pessoal do ex-Governador Carvalho Pinto, teve atuação certa na conquista de nossas Faculdades de Medicina, Med. Veterinária, Biologia e Agronomia (FCMBB). DR.JAYME DE ALMEIDA PINTO Político de projeção em nossa cidade, advogado conceituado, teve participação ativa a nível estadual. Mesmo antes de formado, o Dr. Jayme Pinto atuou na política local, elegendo-se Vereador em 1936, pela primeira vez. Eleito Deputado Estadual, conseguiu expressiva atuação na Assembléia Legislativa o que levou o seu partido (PSD) a indicá-lo, em composição política, para o secretariado do Governo de Jânio Quadros. Exerceu o cargo de Secretário da Agricultura. Colega de Carvalho Pinto, ajudou na conquista de nossas faculdades (FCMBB - Medicina, Med. Veterinária, Biologia e Agronomia). DR. MILTON FLÁVIO LAUTENSCHLAGER Foi estudante de nossa Faculdade de Medicina em seus primórdios (FCMBB), participando com seus colegas da luta pela viabilização e consolidação da faculdade que encontrou, na “Operação Andarilho”, seu ponto de maior participação e sucesso. Com a consolidação dos cursos

universitários em Botucatu, já médico e docente, Milton Flávio fez rápida carreira universitária nos anos 70, chegando à Direção do Hospital de Clínicas. Na prefeitura municipal (1993/96), assumiu a Coordenadoria de Saúde do Município e foi escolhido pelo situacionismo político (PSDB) para representar a cidade na Assembléia Legislativa. Eleito Deputado Estadual, assumiu a liderança partidária na Assembléia. A criação da FATEC (complementando a ESCOLA INDUSTRIAL) foi concretizada com sua efetiva participação. A nível federal, os nossos representantes ajudaram Botucatu a garantir as suas conquistas e ampliálas. Vejamos. 1a REPÚBLICA - 1889 a 1930

DR. CARDOSO DE ALMEIDA O botucatuense que mais destaque obteve. Ocupou praticamente TODAS as Secretarias do Governo Estadual, especialmente as da Justiça e da Fazenda. Foi Presidente do Banco do Brasil. Criou a Força Pública (hoje Polícia Militar). Criou a Caixa Econômica Estadual. E tantas outras conquistas. Dele, dizem, não foi Governador (Presidente da Província) porque não quis. Em 1930 , era o todo poderoso da república e liderava a maioria do Governo de Washington Luiz na Câmara dos Deputados, quando eclodiu a Revolução de 1930. A construção do Fórum, a criação da ESCOLA NORMAL e a construção do Santuário de Nossa Senhora de Lourdes são algumas das conquistas (das mais expressivas além de trazer para Botucatu as sedes das repartições federais) desse grande botucatuense. 2a REPÚBLICA - 1930 a 1989 DR. ANTÔNIO CARLOS DE ABREU SODRÉ Exercendo o cargo de Promotor Público na Comarca de Botucatu, o Dr. Antônio Carlos de Abreu Sodré teve destacada atuação política no final da 1a República e na implantação da 2a República, até a Ditadura Getulista. Líder estadual do Partido Democrático e do Partido Constitucionalista, gozou de grande prestígio político em toda a região de Botucatu. As mais expressivas conquistas de nossa cidade, no período em que exerceu o seu mandato, contaram com certeza, com sua atuação decisiva. Exerceu também o cargo de Vereador Municipal. BRAZ DE ASSIS NOGUEIRA Empresário rural de efetiva participação, liderou os agricultores e pecuaristas de nossa cidade, chegando a representá-los em nossa Câmara Municipal. Filho de tradicional família, Braz Nogueira conseguiu excelente relacionamento na esfera federal, tendo cursado a Escola Superior de Guerra. Conseguiu, como Deputado, a transferência da Fazenda Experimental do Lageado (hoje Presidente Medici) do Governo Federal para o Governo Estadual, mediante troca pela Ilha Anchíeta (1972), integrando-a à UNESP. Toda esta matéria tem por objetivo alertar a nossa população, especialmente a nossa população jovem, quanto à importância de termos a nossa representação, de termos o nosso Deputado.


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