Edição 467

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Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU ANO II Nº 467 SÁBADO E DOMINGO, 07 E 08 DE MAIO DE 2022

Dia das Mães: como surgiu a comemoração no Brasil Data foi oficializada no Brasil em 1932 e ganhou forte apelo comercial décadas mais tarde NO BRASIL, O DIA DAS MÃES FOI INSTITUÍDO EM 1932 PELO ENTÃO PRESIDENTE GETÚLIO VARGAS, MAS A DATA SÓ SE CONSOLIDOU ANOS DEPOIS, DURANTE O REGIME MILITAR “O segundo domingo de maio é consagrado às mães, em comemoração aos sentimentos e virtudes que o amor materno concorre para despertar e desenvolver no coração humano, contribuindo para seu aperfeiçoamento no sentido da bondade e da solidariedade humana. Página 2

CAMELÓDROMO

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LEITURA DINÂMICA

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DIA DAS MÃES

Diário da Cuesta

Dia das Mães: como surgiu a comemoração no Brasil ELDA MOSCOGLIATO Contam as antigas crônicas que a rainha Helena, ao ser-lhe tirado dos braços o filho recém-nascido para que a ama o alimentasse, volveu-se no leito, ainda gemente e débil, e num gesto de extremo sacrifício tomou-o de novo em seu seio, exclamando exaltada:- “É filho de minhas entranhas! Eu só, hei de amamentá-lo!” Essa criança, mais tarde, foi o grande São Luís, rei de França. Mais do que os laços da carne, a interação mãe-filho tem algo de misterioso e divino que a linguagem humana não alcança traduzir. O amor materno preenche a literatura de todos os tempos e desde a Bíblia, as narrativas ilustram as páginas mais comoventes da humanidade. A sublimidade do amor materno concentra-se na figura admirável de Maria – “que tudo guardava em seu coração!” E a grandeza do amor filial se perpetuou na frase dorida do alto do Calvário: “Eis aí, tua mãe !” Por isso, o mês de Maio exalta afigura da Mãe. Velha crônica nos fala de Beatrice Snipes. Criminosa confessa, guardava na penitenciária americana o termo de sua gravidez para em seguida sofrer a pena condenatória da cadeira elétrica. Comoveu-se a sociedade estadunidense e com ela, o mundo inteiro. Uma onda de ternura envolveu o pequenino ser que nasceria já órfão. Houve apelos de todos os países. Em favor do bebê, a pena foi comutada. O filho salvou a mãe. Naquela manhã, a introdução materna despertara a velha duquesa tornando-a mais triste e alquebrada. No exílio voluntário do severo e vetusto castelo, ela recusou, com o semblante trespassado de tristeza e de dor, o carinhoso desvelo da criadagem fiel. O filho, o Duque D’Aosta, lutava na África. O dia todo, ela o passou na solidão da capela, frente ao S. Sacramento. À tarde, um telegrama fatídico chegou ao castelo. Coube ao mordomo levá-lo. Ela ainda rezava. Recusou abrí-lo, dizendo simplesmente: - Pode lê-lo, meu caro. Meu filho está morto! E voltou à oração. Há na história romana, a narrativa admirável de Coriolano. O herói, banido de Roma, jurou vingar-se. Fora dos muros, arregimentou um aguerrido exército e marchou contra a cidade, ameaçada de total destruição. Nem dele-

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gação de paz, nem emissário neutro lograram demovê-lo. Sua vitória era iminente. Eis que surge à sua frente, a figura admirável de Veturia. A eloquência materna fê-lo levantar o cerco. Roma estava salva. Há muitos anos atrás, incendiou-se de forma trágica, a famosa barca de Niterói, que levava em seu limitado bojo, número excessivo de passageiros. Ao primeiro sinal de fogo, estabeleceu-se o pânico. Houve muita morte. Uma pobre senhora grávida, sem que o percebesse, foi atirada às águas. Não sabia nadar e no auge do desespero, desmaiou. Quando deu acordo de si, estava num leito de hospital. O ventre enorme dos oito meses de gestação, serviu-lhe de bóia. Ao seu lado, agora, estava o recém-nascido. Mais uma vez, o bebe salvara a mãe. Uma das mais trágicas e emocionantes reportagens dos tempos modernos foi há pouco tempo divulgada através de uma foto dramática: Aterradas pela miséria e pela fome, as populações etíopes demandavam outras plagas à procura de abrigo e pão, varando as inóspitas regiões africanas. Em meio, a figura sofrida e silenciosa de uma mãe, jovem, bela e humilde, aguentando em seu mísero regaço, um esquálido bebê moribundo. O trágico desse grupo comoveu o mundo inteiro. ( A Gazeta de Botucatu - 09/05/1986 )

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.


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OS GUARDA-CHUVAS Roberto Delmanto

Ouvi esta estória de meu sogro Elias Machado de Almeida, que foi um renomado engenheiro civil, deputado estadual constituinte em São Paulo e, acima de tudo, um grande idealista, tendo, durante a Revolução de 32, integrado a Segunda Diretoria do MMDC. Ela é do tempo em que os bondes elétricos eram o principal meio de transporte da capital paulista. Não poluentes e limpos, percorriam as principais vias da cidade, sendo usados por toda a população, independentemente da classe social, mesmo porque, na época, poucas famílias possuíam automóveis, todos importados. Até os desembargadores se utilizavam do bonde, já que não existiam carros oficiais no Judiciário a não ser para o Presidente do Tribunal. Um deles, dos mais eminentes, cultos e íntegros, era Marcio Munhoz. Sempre que ia para a Corte e depois voltava para casa, o fazia de bonde. Certo dia, ao sair de sua residência, levava como de costume seu guarda-chuva, pois, São Paulo naquele tempo era conhecida como “a terra da garoa”. Pegou o bon-

de, sentou-se e colocou o guarda-chuva do seu lado. Antes de descer próximo do Tribunal, apanhou-o de volta. Ia descendo do bonde quando um cidadão, que estava sentado no mesmo banco, lhe disse que o guarda-chuva era dele. Só aí, o Desembargador percebeu que, por engano, estava levando o guarda-chuva do vizinho. Desculpou-se com este e pegou seu próprio guarda-chuva, indo para o Tribunal. No fim da tarde, após a Sessão da sua Câmara, onde proferiu alguns dos seus brilhantes votos, antes de tomar o bonde que, pelo mesmo trajeto de ida, o levaria para casa, resolveu passar pela loja que vendia e consertava guarda-chuvas, para pegar os da esposa e da filha, ali deixados para conserto. Após apanhá-los, tomou o bonde, levando no braço os três guarda-chuvas. Estava prestes a descer perto de sua residência, quando sentiu que alguém lhe tocava no ombro. Ao voltar-se, viu que se tratava do mesmo cidadão com quem tivera, naquele dia, o incidente da troca de guarda-chuvas, o qual, encarando-o, lhe disse com ironia: “foi bom o seu ganho hoje, hein!” O Desembargador identificou-se ao cidadão, explicando-lhe que os três guarda-chuvas eram o seu, da mulher e da filha. Mas, ao descer do bonde, não teve certeza de havê-lo convencido de que falava a verdade...

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– Botucatu sempre teve os inimigos do progresso e do desenvolvimento. Sempre! Está registrado que houve muita resistência quando da instalação da LUZ ELÉTRICA em Botucatu: os inimigos do Prefeito Nenê Cardoso (da família Cardoso de Almeida que implantou a Cia de Luz de Botucatu e, depois, a transformou na CPFL, com sede em Campinas), reagiram... Bom, os inimigos do prefeito, alguns comerciantes e várias casas residenciais, ficaram por três/quatro anos usando o an�go lampião a querosene. Não é brincadeira! Por fim, aceitaram a nova realidade...

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– Então, vimos o mesmo quando da instalação da Televisão em Botucatu. Na segunda metade dos anos 90. Ocorreu também esse fenômeno sociológico: a resistência dos contrários! Resistência a fazer publicidade na nova TV, a TV SERRANA! Até que na virada do século, quando Botucatu já contava com a TV ALPHA e, em seguida, a TV CÂMARA, já houve uma aceitação pacífica...É isso.

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– E esses Inimigos do Progresso e do Desenvolvimento estiveram presentes na inauguração do Shopping de Botucatu, passando a chamá-lo de “SHOPPING DOS MANOS” ! Errado!

Na Capital, dependendo da localização temos a classificação dos shoppings: Classe A: Shopping Iguatemi, Shopping JK, Shopping Cidade Jardim, Shopping Páteo Higienópolis: Classe B: Shopping Center Norte, Shopping Center Três, Shopping Plaza Paulista, etc. Quer dizer, a localização sempre leva a uma aceitação mais especial ou menos especial... O SHOPPING DE BOTUCATU por estar localizado perto dos bairros populares, como o Riviera e o Santa Elisa seria de fácil acesso aos jovens denominados maldosamente de “manos”! Mas o shopping teve uma aceitação muito boa da população botucatuense. O pioneirismo do SHOPPING DE BOTUCATU o qualificou a ser um grande e bem sucedido centro comercial da cidade e de toda a região.

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– Agora, quando se busca a revitalização de nosso mais antigo ponto comercial - a Rua Amando de Barros! -, os inimigos de Botucatu voltam a atacar maldosamente essa corajosa iniciativa empresarial. Ao tentar qualificá-lo como um “CAMELÓDROMO VIP”, querem caracterizá-lo como uma inciativa sem futuro... Errado, de novo! O SHOPPING AMANDO será um empreendimento positivo e de sucesso! O Diário da Cuesta destacou o empreendimento quando de sua notícia publicada. A Praça do Bosque – o Coração de Botucatu ! – pode ser o ponto de partida para a revitalização de nosso mais importante e tradicional ponto comercial.


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