Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU ANO II Nº 488 QUARTA-FEIRA, 01 JUNHO DE 2022
1967 – Os Beatles lançam o álbum Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, um dos mais aclamados álbuns da história do rock e número 1 de todos os tempos segundo a revista Rolling Stone. Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band é o oitavo álbum de estúdio da banda britânica de rock The Beatles. Lançado a 26 de maio de 1967 no Reino Unido e a 1 de junho nos Estados Unidos,[nota 1] tornou-se imediatamente um enorme sucesso comercial e crítico, permanecendo durante 27 semanas no topo das tabelas de álbuns do Reino Unido e 15 semanas na primeira posição nos Estados Unidos. Na altura em que foi lançado, o álbum foi aclamado pela vasta maioria dos críticos pela sua inovação na produção musical, escrita e design gráfico, e por criar uma ponte que divide a musica popular e a arte legitima, bem como dar uma representação musical da geração do seu tempo e a contra-cultura contemporânea. A revista Time o considerou “uma evolução histórica no progresso da música” e a New Statesman elogiou a sua elevação da música pop ao nível de arte. O trabalho conquistou quatro Prêmios Grammy em 1968, incluindo a categoria Álbum do Ano, o primeiro LP de rock a receber tal honra.
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Botucatu Futsal realiza peneira em parceria com o Instituto Suman
A Região Sul vai ganhar um supermercado de grande porte. O Grupo Central está finalizando a construção de sua unidade às margens da Rodovia Gastão Dal Farra, próximo ao Jardim Aeroporto. A Prefeitura Municipal investiu na duplicação da Gastão Dal Farra, levando segurança e mobilidade à região e com isso empresas estão se instalando por lá, gerando emprego e renda para Botucatu.
O Botucatu Futsal vai realizar uma peneira em busca de jogadores para as categorias Sub-11, Sub-13, Sub-15 e Sub-17, no Ginásio Paralímpico, em Botucatu, no dia 05 de junho (domingo). A peneira será feita de forma inédita na cidade, com o intuito de formar novos atletas em Botucatu. Link para inscrição: https://docs. google.com/forms/d/e/ 1FAIpQLSclSGEPFGYnFfxD-_FbsKn89N5fnAjvLW0uR6a5A08GSRqSAA/ viewform
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Sei o que é Amar! Eduardo J.R. Santos Universidade de Coimbra Hoje finalizaram as atividades letivas deste ano acadêmico, outras virão in-and-out UC. Resistimos e resistiremos não resilientes, mas transformativos. Saído de uma gripe A e de um covid-19 na sequência, que mensagem do (para) além daqui, grato aos estudantes desta academia hoje em festa. Aprendemos que não vale a pena esgravatar a terra na procura de essências, mas refletirmos nas experiências da vida, tão diversas e simbólicas e imaginárias, como “não termos sombra”. Talvez a Luz se imponha... Confesso, não sei o que é o Amor, mas sei o que é Amar!
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Diário da Cuesta “A mulher acordou sendo da cor de um lírio Apesar de os lírios poderem ser de várias cores, a mulher acordou e pensou: sou da cor de um lírio E assim foi, porque nada impede a mulher de escolher qual a cor que quer ser, e se é de lírio, ou não Carregava a luz como um cântaro na cabeça Entrava na rua violentamente às avessas Ela pensava: quero ir contra as coisas porque normalmente são as coisas que vêm contra mim são mais as coisas que me escolhem do que as coisas que sou eu a escolher eu nunca vou contra nada” (…) Claudia R. Sampaio
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689
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VIVER É MUITO PERIGOSO Bahige Fadel
Hoje eu me levantei com essa frase de Guimarães Rosa na cabeça. Viver é, de fato, muito perigoso. E a cada dia que passa fica mais perigoso ainda. Que fique claro, caro leitor, não estou me referindo à pandemia, à COVID-19. Muito antes disso, viver já era muito perigoso. São tantas armadilhas que surgem que, se a gente não estiver prevenido, é apanhado, é colocado fora de combate. Viver é perigoso para as crianças, que têm poucas defesas para os perigos que surgem. Quando eu era criança – isso já faz muito tempo – eu ia, a pé, sozinho para o Grupo Escolar Napoleão Corule. Hoje, nem pensar! Os pais é que levam. Ou contratam um transporte escolar, para que o filho tenha mais segurança. E ainda ficam rezando, em casa, para que nada de ruim aconteça. Viver é perigoso para os adolescentes. Se não tomarem cuidado, entrarão num mundo de drogas legais e ilegais do qual dificilmente conseguirão sair. Os pais, além de educadores, têm que ser policiais dos filhos, para socorrerem ao mínimo sinal de irregularidade. Mas como socorrer os filhos que estão numa festinha na casa de um amigo? Como saber o que será oferecido ao filho, nessa festinha? É orientar e rezar. Só que isso nem sempre dá certo, pois o filho prefere fazer tudo para enturmar com o grupo a seguir a orientação dos pais. Antigamente, festinha em casa de amigo era festa de aniversário, com a presença dos pais. Hoje as festas são para quando os pais forem viajar. Viver é perigoso para os jovens. Se os pais deixam os filhos dirigir o carro, correm risco. Racha, abuso de velocidade, velocidade com bebida... Se você não lhe entrega o carro, torna-o um babaca, antiquado, covarde, ET da turma. Oh dúvida cruel! Viver é perigoso para os adultos. Você tem que trabalhar muito mais do que suas forças suportam, para sustentar a sua família. As despesas agora são muito maiores. Os filhos já estão na universidade e têm as despesas dobradas. E as coisas pioram quando você perde o emprego e, humilhado, tem que tomar decisões drásticas para a sobrevivência. Antes, as exigências da sociedade eram muito menores. E os sacrifícios dos pais, embora existissem, não eram tão massacrantes. Viver é muito perigoso para os velhos. Não bastassem as dores de todos os dias, o enfraquecimento do corpo, o aumento da insegurança, as dificuldades visuais e motoras, é bom lembrar que vivemos no Brasil, um país que não está acostumado à velhice. Os idosos, em vez de serem protegidos, são tratados como um peso extra a ser carregado. Os governantes desprezam a velhice. Vivemos num estado, por exemplo, em que o governador nos obrigada a pagar pela nossa aposentadoria, mesmo já estando aposentados, tirando-nos significativa importância dos salários. Assim, pagamos por uma aposentadoria pela qual já pagamos, e nos falta o dinheiro para os inevitáveis remédios. Guimarães Rosa sempre teve razão: Viver é muito perigoso.
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“Brincadeira de criança” “Sinto-me nascido a cada momento . Para a eterna novidade do Mundo....” Fernando Pessoa Maria De Lourdes Camilo Souza Espiral do Amor A coisa começa cedo aqui em casa. As seis da manhã quando agradeço a Deus por um novo dia e pedindo bênçãos, abro a porta e Chérie e Mindy saem em disparada para fora como se não houvesse amanhã. Saio da frente senão me atropelam literalmente! Depois de andarem por toda garagem e jardim começam aquela sua brincadeira. Tem momentos que penso intervir mas depois sorrio pensando : deixe-as brincar. Quando trouxe aquele pacotinho marrom chorão para casa, a Chérie agia como uma cachorra idosa sem muita energia, dormia o tempo todo, mancava de vez em quando parecendo que uma das patas doesse muito. Estava ranzinza e achaquenta ( se é que este termo existe). Eu ficava o tempo todo cuidando da pequenina que comia e sujava o tempo todo e chorava de fome e frio. Com o tempo a Cherie adotou o bebezão que de repente cresceu demais. Teve aqueles momentos que perdi a paciência e quase coloquei a molecona para adoção. Mas aí, sabe como é, ela chegava perto de mim com aqueles seus lindos e puxados olhos cor de mel, me olhando fixa e seriamente e pronto me desarmava. Derretia-me toda. Difícil é pegar a baixinha, mas forte cachorra no meu colo, deve estar pesando uns 20 kgs. Afff ... afinal o bebezão precisa de carinho. Brinca muito com a Chérie. Se esconde e enquanto a pequena procura por ela, aparece assustando. Chérie grita e corre atrás dela disparada. Enfim minha velhinha ganhou vida nova. Lembro que um dia Chérie ficou doente. Levei na veterinária. Contei as peripécias das duas. Que a Chérie queria fugir sempre que eu abria o portão social. Precisei correr atrás dela muitas vezes. “Não me espanta nada. Ela tinha uma vidinha perfeita e aí você trouxe para casa essa brutamontes. Quer mais é fugir!” Disse-me a veterinária nordestina mui-
to simpática a gargalhar. Rimos muito juntas e depois de uma injeção na barriguinha da Chérie a trouxe de volta a casa. Na chegada precisei lutar com a Mindy que estava preocupada pela nossa ausência e tem um ciúme doentio da companheirinha. Chega a enfiar a boca toda no pescocinho da Chérie. Temo que se machuquem, mas ela sabe como faz, porque nunca a feriu. E cada dia me apego mais á “lagartona”, como a chama a mulher do birote. Existe um caso de amor entre Zildinha e a Mindy. Ficam inseparáveis nas quintas quando a Zildinha chega logo cedo com um pacote de pão quentinho para tomarmos o café da manhã. E assim caminha a humanidade, com agradáveis e desajeitados carinhos da nossa Mindy que já completou um ano. No meio desse rebuliço diário me pego sorrindo renovada apesar de achar minhas meias mordidas e babadas escondidas num canto longínquo da casa. Não fiquei brava nem mesmo quando ao rezar meu terço diário, senti falta de metade do crucifixo que estava todo mordido, afff mãe de cachorra bebê ... sorri lembrando que dias atrás o tirei da boca da Mindy. Novos tempos trazem novos desafios e alegrias.