Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU ANO II Nº 490 SEXTA-FEIRA, 03 JUNHO DE 2022
Resposta Rápida da Prefeitura!!!
O alerta do Diário foi na edição Nº 383, dos dias 29/30 de janeiro de 2022: “Os sanitários públicos, além de mal cuidados, mostram um visual que denigre a cidade de Botucatu. Mostram uma área descuidada e...quase abandonada... Com certeza, a Prefeitura Municipal tomará as medidas necessárias para a recuperação do Jardim do Bosque, da Praça Comendador Emílio Peduti.” Hoje, o resultado: AÇÃO RÁPIDA E EFICIENTE DA PREFEITURA MUNICIPAL. PARABÉNS, BOTUCATU !!! PREFEITO PARDINI: “Concluímos a reforma de dois banheiros públicos: da Praça do Bosque e da Praça Rubião Júnior. Além de troca de portas, janelas, e todas as melhorias na pintura, azulejos. Vamos manter um servidor da Zeladoria Municipal em cada um deles, para garantir que o local fique limpo e preservado, mas contamos com a ajuda da população para que este e todos os equipamentos públicos sejam bem utilizados e não depredados!”
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Diário da Cuesta
Três Mentiras Verdadeiras José Antônio Sartori
Sábado. Dia de verão, ensolarado, muito quente, estafante. O silêncio da mata é quebrado pelo murmurinho das águas do rio em corredeira. Logo acima, troncos de árvores abatidas pelo vento, mergulhados, represam o rio formando um remanso - um poço. À margem e à sombra das árvores do mato, sobre bancos de areia límpida, nos instalamos para pescar lambaris, piavas, mandiuvas, etc. A água turva e o rio pré-anunciavam boa pescaria. Não foi fácil chegar a esse lugar. A trilha dos pescadores, outrora bem batida, apresentava um verdadeiro emaranhado de enroscos: ramagens recém brotadas, galhos de agarra-compadre, cipós pendentes, ofereciam obstáculos à nossa passagem em diversos lugares. As pontas das varas, a mochila, o chapéu e até nossa camisa, nos espinhos se prendiam. Além disso, as fortes chuvas caídas em fevereiro, acumularam no meio do mato, águas estagnadas em buracos, verdadeiros criadouros de pernilongos. Certamente ao entardecer, iríamos sentir na pele a
presença deles. Pescar onde? Na corredeira? No poço? Depois de bater vara aqui e ali resolvemos cevar o poço com quirera de milho, pão amanhecido e esfarelado. Logo, alguns lambaris foram fisgados tanto na corredeira como no poço, onde meu filho esperava pelas piavas. O tempo mudou. Trovões rolavam no horizonte ao longe. O céu escureceu indicando chuva iminente. Mas, não choveu. O céu silenciou. O vento também não apareceu. Que mormaço! Os peixes começaram a pular fora d’água. Ficaram alvoroçados. Seguidamente eram fisgados. A ceva valeu. Estavam comendo. Num dado momento, um puxão forte. A vara vergou bastante. Parecia um peixe grande. Que surpresa! Um belo tambiú ( lambari do rabo amarelo) bem grande preso pela metade do corpo. Mostrei a meu filho. Precisava de uma testemunha ocular. O anzol se enroscou na linha formando um laço que apertou a barriga e a nadadeira dorsal do peixe. Saiu fora d’água na horizontal como se estivesse nadando no
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ar.
Mais tarde, chegaram dois rapazes na margem oposta do rio, à nossa frente. Foram benvindos. Sempre há lugar para mais um, desde que se faça mudo e guarde silêncio. Como de costume, quando conversava com meus botões, ao lançar o anzol iscado no rio, fui surpreendido por um vulto negro que cruzou o espaço a minha frente; atingido, raspou-se no anzol, esticou energicamente a linha, perdeu penas e quase cai n’água. Graças a velocidade com que vinha e perícia, a ave, talvez algum anu-preto, alçou vôo novamente e foi embora! Ora que coisa inacreditável! Acabara de fisgar um pássaro e na presença de alguns pescadores Continuei a pescar com vara telescópica de nailon e linha bem comprida para pegar os peixes na corredeira. Por várias vezes, saí de um enrosco no meio do rio até que o anzol se prendeu muito bem, talvez num galho mais resistente mergulhado n’água. Tentei alcançar a linha e puxar para abrir o anzol. Não conseguindo isso forcejei pelo cabo da vara. Nesse instante, a ponta da vara
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689
saltou para dentro do rio. Como poderia ter acontecido com um material importado? Um presente de minha filha e que muito estimava. Chorei reclamações. Mas o que fazer? Eu sabia que a ponta da vara estava presa à linha, esticada pela correnteza, perdida. Desisti de recuperar. Agora tinha uma vara incompleta e inútil. Usei outra e voltei a pescar. Após algumas lançadas de anzol na água, acidentalmente pesquei uma linha, e nela ainda se achava presa a ponta de minha vara de nailon. Que sorte! Jamais pensei que isso poderia acontecer. E tudo aos olhos de meus companheiros. A pescaria foi ótima. Pegamos muitos peixes. Mais de 50, em média, cada um. A tarde agonizava depressa e um chuvisco transmudara-se em grossos pingos, em chuva forte, que nos acompanhou até chegarmos ao automóvel, todos molhados. Rapidamente partimos deixando para trás o Rio Alambari na Fazenda do senhor Mané Teixeira. José Antônio Sartori Acervo Peabiru
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“Uma australiana em Lisboa” Maria De Lourdes Camilo Souza Cliquei para assistir um filme alemão “Lua de mel em Lisboa”. O enredo era meio sem graça, um cruzeiro saindo da Alemanha com destino a Lisboa com dois casais celebrando bodas e indo passar lá sua lua de mel. O que me seduziu foi a belíssima filmagem dos pontos pitorescos da belíssima cidade e da região. Quando estive visitando peguei alguns dias chuvosos. Já tinha pago alguns passeios pela região de Lisboa, incluindo Cabo da Roca, Sintra, Nazaré, Fátima, que não podia faltar pois estávamos no mês de maio, visita guiada às quintas para conhecer os vinhos portugueses. Na minha meiga burrice achava que seria contatada para os passeios por algum agente turístico lusitano. No segundo dia, já estava aborrecida e cheguei à recepção do hotel e fui informada grosseiramente que se quisesse passeios que eu deveria estar na portaria antes das oito da manhã quando os ônibus vinham pegar os turistas. Me informei sobre o passeio do dia seguinte. Já tinha perdido dois dos melhores e mais sonhados, e pior, já quitados. No dia seguinte estava pontualmente aguardando para sair e conhecer aquela maravilhosa cidade. Adentrei o ônibus turístico aonde já tinha algumas pessoas sorridentes que responderam alegres ao meu “bom dia”. Escutei entre essas vozes um som diferenciado de um “good morning “ vindo de uma mulher ruiva e extravagante, mas muito simpática, a quem retribui com meu melhor inglês. Busquei um assento e em seguida saiu o ônibus rodando por aquelas ruas lisboetas. Seguia animada fruindo de toda aquela beleza. Volta e meia ouvia a conversa num inglês estranho com um acentuado acento para os as. Numa das paradas para vermos os monumentos acabei esbarrando na ruiva e sorrindo me desculpei “I’m sorry”. Nos apresentamos e ela me disse seu nome “Fay” com destaque para o “a” e quando me disse que era da Austrália acabei entendendo o sotaque. Quando houve oportunidade apresentou-me para as pessoas que a acompanhavam.
Uma moça alta, magra e loira, muito bronzeada de cabelos longos de um louro muito claro e uma outra morena, mais baixa e mais gordinha. Elas faziam parte de um grupo da Telecom Austrália que estavam em Lisboa para um encontro da empresa. Estavam hospedados em outro hotel. Aproveitavam o dia livre para conhecer a região. Rumávamos para as quintas, conhecer as vinhas. Tomamos a ginginha juntas apreciando aquele sabor diferenciado, acompanhada de alguns petiscos. Passeamos pelos belos e bem tratados jardins. E fomos nos deixando embriagar pelos vinhos portugueses, a beleza da região. Ao final do passeio, despedimo-nos agradeci-lhes a deliciosa companhia e Fay deu-me seu cartão que tenho até hoje. Fay Adams - executiva do grupo Telecom Austrália da cidade de Melbourne. Lembro de seu riso gostoso e a gentileza com que me adicionou ao seu grupo.
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Vinícius Alves
Botucatuense Thomazella renova seu contrato com a Portuguesa
Destaque na conquista do título da Série A2 do Paulista, novo vínculo do atleta será até 2024 O goleiro botucatuense Thomazella renovou no início dessa semana o seu contrato com a Portuguesa de Desportos. Agora, o vínculo entre clube e atleta irá até 30 de abril de 2024. Titular da posição, o jogador chegou ao clube em 2020, e durante sua passagem no clube do Canindé sagrou-se campeão da Copa Paulista naquele ano e agora em 2022 conquistou o título da série A2 do Campeonato Paulista, recolocando o clube do Canindé na elite do futebol, de onde esteve ausente desde 2015. Após firmar novo vínculo com a equipe da Capital, o goleiro de 31 anos relatou: “Estou muito feliz com essa renovação e em poder permanecer na Portuguesa. Recebi algumas propostas de outros clubes do Brasil, mas juntamente com a minha família, decidimos que o melhor nesse momento é a permanência na Lusa. O clube está com um projeto muito legal, tem pensamentos grandes e eu quero estar junto nessa nova fase da Portuguesa. Espero seguir ajudando na busca pelos objetivos do clube”. Homem de confiança do técnico Sérgio Soares, Thomazella e os demais jogadores da Portuguesa seguem com os treinamentos visando a disputa da Copa Paulista, torneio que garante ao seu campeão o direito de disputar a Copa do Brasil ou a Série D do Campeonato Brasileiro. “Tivemos um período de des-
canso após o término da A2, que foi muito importante para podermos recarregar as baterias. Já começamos a preparação para a disputa da Copa Paulista, o nosso grande foco nesse segundo semestre. Sabemos que será uma competição muito difícil, várias equipes que estão na disputa têm campeonato nacional e ótimos elencos. Vamos nos preparar
bem para chegarmos fortes na busca pelo título”, disse o goleiro. A Lusa está no grupo 3 da Copa Paulista ao lado de Água Santa, São Bernardo, Oeste, Juventus e São Caetano. A estreia da equipe na competição está marcada para o dia 3 de julho, às 16 horas, quando receberá o time do Água Santa no estádio do Canindé.