Edição 502

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Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU ANO II Nº 502 SEXTA-FEIRA, 17 DE JUNHO DE 2022

Festival Brasil Ride: comemora dez anos em Botucatu com quatro disputas de mountain bike Entre quarta a sábado, ciclistas de todo o País se desafiarão nas trilhas de terra da região, durante a realização de quatro disputas de mountain bike: Pro e Sport, E-MTB e Kids Bike Race

BOTUCATU: CAPITAL DO CICLISMO O DIÁRIO DA CUESTA registrou o BRASIL RIDE EM 2020 E 2021. UM SUCESSO! NAS TRILHAS DA CUESTA DE BOTUCATU, CICLISTAS DE TODO O BRASIL MARCARAM PRESENÇA

MENINAS DA CUESTA

Sensacional entrevista com um Grupo de Pedal de Botucatu composto por 90 mulheres ciclistas e independentes. Página 4


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Diário da Cuesta

Artigo

NADA DE EXTRAORDINÁRIO BAHIGE FADEL

Um dia desses, assistindo a fim filme, desses de alto-astral, uma das personagens diz à outra: ‘Nada de extraordinário acontece, se você resiste’. O alerta foi dado a uma personagem que resistia a aceitar que amava a outra pessoa e que, por isso, era justo que ela se entregasse a esse sentimento, que, com certeza, a faria feliz. Fiquei pensando sobre essa frase. Como é que a gente poderia aplicá-la na vida real? Ou isso é apenas fantasia? Na verdade, não é. Muitas vezes, por medo ou por insegurança, a gente resiste a certos sinais que nos apresentam. Muitas vezes, por medo ou insegurança, perdemos certas

EXPEDIENTE NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU WEBJORNALISMO DIÁRIO

oportunidades, que nos levariam à realização de determinados sonhos e que concretizariam a nossa felicidade. O caro leitor já deve ter presenciado ou vivenciado várias situações como essa. Uma pessoa resiste a uma proposta de emprego excelente, só porque teria que deixar o conforto de sua cidade e a tranquilidade do emprego antigo, ao qual está acostumado, embora não lhe dê prazer algum nem lhe ofereça um salário justo. Isso acontece todos os dias. Na história e no dia a dia, isso acontece. Conta-se que o poeta Vicente de Carvalho, que vivia em Santos e amava o mar, se demitiu de um emprego público, só porque teria que se mudar para São Paulo. Teria sido feliz, com isso? Não teria sido mais feliz, se fosse para São Paulo e lá criasse uma nova vida, com novos amigos e novas oportunidades? Conheci um jogador de futebol aqui da cidade que perdeu todas as oportunidades possíveis de tornar-se famoso e bem remunerado, porque não queria ficar longe da namorada. Depois de algum tempo, desfez o namoro. Se tivesse aceitado a proposta de profissionalização, seria um homem profissionalmente realizado e – quem sabe? – o namoro poderia ter dado certo, em outras circunstâncias. A gente não pode resistir às mudanças. Elas são importantes para o nosso desenvolvimento profissional e pessoal. O que não muda é poste, que está sempre no mesmo lugar. O que não muda é língua morta, como o latim. As línguas vivas mudam constantemente. E há pessoas que resistem a essas mudanças. Há pessoas que continuam usando convescote, porque não aceitam a palavra piquenique, só porque é de origem inglesa. Não estranharia se alguma múmia ainda empregasse ludopédio, só para não empregar a palavra futebol. As pessoas devem estar constantemente abertas para as mudanças. Precisamos adaptar-nos a elas. Se resistirmos a essas mudanças, correremos o risco de nos transformar em peças de museu. Peças de museu não mudam. Elas são peças de museu porque não mudam. Nós somos seres vivos, que vivemos numa sociedade em transformação. Até os sentimentos mudam. Até as pessoas mudam. Até os costumes mudam. Até as opiniões mudam. E pensar que há pessoas que estufam o peito para dizerem: ‘Eu não mudo de opinião.’. Ridículo! Se aparecer uma opinião melhor, você tem que mudar. Se quiser que algo de extraordinário lhe aconteça, não resista às mudanças.

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.


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Diário da Cuesta

Festival Brasil Ride: comemora dez anos em Botucatu com quatro disputas de mountain bike

Entre quarta a sábado, ciclistas de todo o País se desafiarão nas trilhas de terra da região, durante a realização de quatro disputas de mountain bike: Pro e Sport, E-MTB e Kids Bike Race

A cidade de Botucatu, na região da Cuesta, se prepara para receber a partir de quarta-feira, 15, a décima edição do Santander Festival Brasil Ride, o maior evento de esportes outdoor da América Latina. Entre quarta a sábado, ciclistas de todo o País se desafiarão nas trilhas de terra da região, durante a realização de quatro disputas de mountain bike: Pro e Sport, E-MTB e Kids Bike Race. “Esse ano é bem especial para toda a equipe, são 10 edições de Festival e o pessoal parecia que não queria perder a festa. As inscrições se esgotaram e estamos muito felizes em proporcionar essa festa para todos”, disse Mario Roma, fundador da Brasil Ride. “Estamos muito felizes em comemorar o evento de 10 anos de Brasil Ride em Botucatu. Um evento que posicionou Botucatu como uma cidade maravilhosa para a prática do ciclismo tanto para eventos desportivos como para a prática do cicloturismo, além de ser exemplo de evento que promove o desenvolvimento econômico, movimentando toda a hotelaria, restauração, eventos, postos de gasolina e muitos outros serviços agregados”, destacou Roberta Leme Sogayar, Secretária Adjunta de Turismo. A programação voltou a suas raízes no Warm Up Pro, com a clássica prova do Contrarrelógio, com 12,4 km e 338 m de altimetria abrindo o evento no primeiro dia de disputa. Na sequência a etapa rainha que oferece nada menos que 91 km com 2.380 m de altimetria acumulada. A etapa final no sábado de encerramento, será com 53,8 km em 1.306 m de desnível altimétrico. Categoria Tour - Com intuito de apresentar o ciclismo para um maior número de pessoas e incentivar os iniciantes a tomarem gosto pelo esporte, a organização da Brasil Ride traz em suas provas de etapa única a categoria Tour. Já em Botucatu, no Warm Up Sport do Santander Festival Brasil Ride, os ciclistas poderão se aventurar pelas estradas de terra da Cidade, no percurso de 15 km e 437 m de altimetria acumulada. Transmissões ao vivo - Prova contará com o programa Brasil Ride Stage News, com boletins diários transmitidos no canal de YouTube da Brasil Ride, contando um resumo da etapa, diariamente às 19 horas. WARM UP PRO | 3 DIAS | YOUR GUTS, YOUR GLORY!

DATA: 16, 17 e 18 DE JUNHO DE 2022 1ª ETAPA | 16/06: Distância 12,4 Km | Altimetria 338 m (sujeito a alterações) 2ª ETAPA | 17/06: Distância 91 Km | Altimetria 2.380 m (sujeito a alterações) 3ª ETAPA | 18/06: Distância 53,8 Km | Altimetria 1.306 m (sujeito a alterações) WARM UP SPORT | 1 DIA DATA: 18 DE JUNHO DE 2022 PERCURSO: Distância 40,7 Km | Altimetria 1.012 m E-MTB | 3 DIAS 1ª ETAPA | 16/06: Distância 12,4 Km | Altimetria 338 m 2ª ETAPA | 17/06: Distância 38,5 Km - trecho cronometrado | Altimetria 1.138 m | (23 Km de deslocamento + 38,5 Km trecho cronometrado) 3ª ETAPA | 18/06: Distância 34,6 Km | Altimetria 1.112 m TOUR | 1 DIA DATA: 18 DE JUNHO DE 2022 PERCURSO: Distância 15 Km | Altimetria 437 m WARM UP KIDS BIKE RACE DATA: 18 DE JUNHO DE 2022 PERCURSO: Distância 1 km (Fonte: Tribuna de Botucatu)


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ENTREVISTA

ACONTECÊNCIAS

Beatriz Soares

A entrevista de hoje é mais que especial com as MENINAS DA CUESTA, um grupo de pedal de Botucatu, que se iniciou desde 2015, através de sua idealizadora Marcia Sodre e hoje conta com mais de 90 mulheres ciclistas e independentes. Serão 7 as entrevistadas, as quais tive a honra e a oportunidade de conhecer melhor. Show! Bora lá!!! - Marcia Sodre, 49 anos, idealizadora do grupo MENINAS DA CUESTA Como vocês iniciaram o pedal e sentiram dificuldade no começo? Quando se trata de pedal a conversa vai longe, é algo que eu adoro falar. Me lembro que quando iniciei o pedal, só falava nisso, que até fiquei chata (risos), porém, saudável e feliz. Comecei em 2015 e naquela época não tinham muitas mulheres pedalando. Éramos um número muito pequeno, então, a ideia foi montar um grupo feminino para incentivar mais mulheres e também ter algumas amigas para te acompanhar. Foi então que tive a ideia de montar um grupo só com mulheres que, no início ele servia para a gente combinar em qual pedal iríamos com os homens, mas com o tempo fomos aprendendo a trocar pneu e nos tornamos independentes. E assim surgiu o grupo Meninas da Cuesta. O que o pedal mudou na vida de vocês? O pedal para mim foi encontrar a criança que estava adormecida. Me lembro exatamente da sensação que senti em meu primeiro pedal. Fomos fazer um percurso e na saída tinha uma cerca e tínhamos que pular para seguir em frente. Então, costumo dizer que depois de ter pulado aquela cerca para seguir em frente, nunca mais parei.

Como é ter um grupo das Meninas da Cuesta e fazer os passeios? Hoje o grupo tem mais de 90 mulheres e cada uma com o seu jeito, seu ritmo e sua perspectiva. Algumas gostam de passear e tirar foto, outras gostam de conversar (chamamos de pedal terapia), tem as que gostam de sair pedalar, mas no final tem que ter a hidratação (aquela cerveja gelada), mas também tem as que treinam forte e gostam das competições, gostam de subir do podium e também não posso deixar de citar as que amam viajar de bike, sair por aí com a ela e a mochila nas costas. Acho que o grupo ajuda essas mulheres a encontrarem aquele pedal que mais se identificam com o seu perfil. O que diria para quem quer começar a pedalar, mas está desanimada? Bora lá, chega de mimimi e vamos pedalar!!! A felicidade está logo ali : você, sua bike, o vento no rosto, a sensação de liberdade.. Bora ser feliz!!! - Ju – Juliana Cardoso Lautenschlager – 31 anos; Juja – Juliana Thiago Teixeira Pinto – 39 anos; Nani – Heliane Scolastrici – 55 anos; Tina Cristina Scolastrici Soares – 51 anos; Eliane Balestero – 53 anos; Miga – Eliane Rua – 44 anos

Como vocês iniciaram o pedal? Sentiram dificuldade no começo? As respostas foram variadas : desde quando criança, com passeios em família; há alguns poucos anos atrás, como forma de fazer um exercício a mais. O que o pedal mudou na vida de vocês? Maior contato com a natureza (pedal terapia); superação �sica, foco nos treinos, conhecer pessoas e fazer amizades; ultrapassar limites; observar pequenas coisas, contemplar a natureza; sensação de liberdade; interagir com pessoas, qualidade de vida, melhora no condicionamento �sico. Como é ter um grupo das Meninas da Cuesta e fazer os passeios? É maravilhoso� As meninas são incentivadas umas pelas outras a não desistirem; o pedal é só alegria e a diversão é garantida, além do pedal todo final de semana e durante a semana ficamos preparando o percurso; viagens de ciclo turismo e fortalecemos a nossa união; as mais experientes dão dicas para as iniciantes. O que diriam para quem quer começar a pedalar, mas está desanimada? Compre uma bike e vá pedalar com as Meninas da Cuesta!!! Comece devagar, respeitando seus limites e vá avançando aos poucos. O mais legal é pedalar e curtir a natureza! A hora que você sentir aquele banho de endorfina e o ventinho no rosto, curtindo lindas paisagens, os dias ganham mais cor e leveza! Nunca desista de seus objetivos, foco e determinação é tudo!


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