Edição 511

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Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU ANO II Nº 511 TERÇA-FEIRA, 28 DE JUNHO DE 2022

QUEM É O PAI DO PLANO REAL?

É preciso sempre lembrar que Fernando Henrique Cardoso NÃO é o idealizador do PLANO REAL. O ex-presidente ITAMAR FRANCO é o grande idealizador do PLANO REAL. E FHC sempre procurou NEGAR esse crédito a Itamar. A HISTÓRIA se encarregou de “consertar” essa injustiça: “ÚNICO PAI DO PLANO REAL. Conseguiu eleger o seu sucessor, o sociólogo Fernando Henrique Cardoso. FHC seria sua terceira opção. A primeira opção era o embaixador Rubens Ricupero, que idealizou o PLANO REAL. Por problemas ocorridos em uma gravação televisiva não espontânea, Ricupero ficou queimado para qualquer embate político. O comentário geral é que Itamar Franco elegeria quem ele quisesse. As más línguas dizem que se ele quisesse ele elegeria até o José Serra... Mas o FHC foi o escolhido. E se elegeu. Conseguiu aprovar a reeleição (rascunho do “mensalão”?). Foi reeleito. Tudo graças ao REAL e à confiança de Itamar Franco.” Página 3

A Castelinho vai ganhar marginais!

Depois de muitos anos de lutas, reuniões na Artesp, pedindo melhorias, cobrando obras previstas em contrato, a Concessionária Rodovias do Tietê vai começar as obras das marginais da Castelinho, entre o trecho do Shopping e Supermercado Confiança. Vão ser 4 quilômetros de marginais, sendo dois quilômetros em cada sentido, além da implantação de dois novos viadutos, calçadas e iluminação, que trarão mais segurança aos motoristas e pedestres que circulam entre o Parque Marajoara, Santa Elisa, Parque Imperial, Vila Real, Jardim Riviera, Central Parque e Árvore Grande e o Centro. As obras devem começar ainda no segundo semestre deste ano e o investimento deve ser de R$ 25 milhões. É uma vitória de Botucatu! Parabéns, Prefeito Pardini!


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Ao definir o Plano Real como “golpe”, PT fez oposição ao projeto que revolucionou a economia

vio aos trabalhadores. Mas vamos alertar a população de que o plano não trará novidade nenhuma”, disse o petista na época.

Em 1994, no lançamento do Plano Real, integrantes do PT usaram as seguintes expressões para definir o projeto que revolucionou a economia do país: “Golpe das elites”, “plano eleitoreiro” e medida de “efeito passageiro”.Os ataques dos petistas ao plano que trouxe estabilidade à economia brasileira ocorreram tanto no Congresso Nacional, onde o partido fazia oposição ao governo de Itamar Franco como também durante a disputa eleitoral. O candidato do PT nas eleições presidenciais de 1994, Lula chegou a comparar o Plano Real ao Plano Collor, lançado quatro anos antes. Na ocasião, ele afirmou que o projeto traria “mesmice” para a economia.Segundo o petista, o plano alcançaria apenas benefícios a curto prazo. “A inflação vai cair, trazendo a impressão de alí-

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Críticas Infundadas Em 1994, o ministro-chefe da Secretaria Geral a Presidência, Gilberto Carvalho – na ocasião ocupava a Secretaria-Geral do PT -, observou que: “Não é possível que os brasileiros se deixem enganar por esse golpe viciado que as elites aplicam, na forma de um novo plano econômico”.O atual ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, naquela época candidato a vice-presidente na chapa de Lula,disse que o plano conteria a inflação “somente até as eleições”. Em artigo, publicado na Folha de S. Paulo, ele afirmou que :“O PT não aderiu ao plano por profundas discordâncias com a concepção neoliberal que o inspira”.Atual líder do PT na Câmara dos Deputados, o então sindicalista Vicentinho (SP), disse em comício que o Plano Real “só traz mais arrocho salarial e desemprego”. A economista Maria da Conceição Tavares, que foi deputada pelo PT na década de 1990, definiu o Real como “estelionato eleitoral”. Meta alcançada Apesar das críticas dos petistas, o Plano Real cumpriu o objetivo de acabar com a inflação e foi aprovado pela população: em agosto de 1995, pouco mais de um ano após a entrada do real em vigor, o projeto era aprovado por 89% dos brasileiros.

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.


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INGRATIDÃO: 20 Anos do Plano Real esquece o PAI DO REAL!!!

Duas imagens guardei de Itamar Franco: o homem simples que ficou muito magoado quando quiseram lhe negar a paternidade do PLANO REAL e a segunda imagem é a do Presidente da República que tem o seu mais próximo Ministro suspeito de ter cometido irregularidades: afastou imediatamente o Ministro até que os fatos fossem devidamente apurados. O Ministro foi absolvido. Quanto ao PLANO REAL, sempre é bom lembrar que em matéria de presidência da república vale aquela brincadeira do Jô Soares: SUB-CHEFE NÃO É CHEFE!!! Não importa que quem idealizou o PLANO REAL foi o competente Rubens Ricupero e nem se o FHC tirou proveito, o PAI DO PLANO REAL só pode ter sido o PRESIDENTE DA REPÚBLICA que era o ITAMAR FRANCO !!! No final do artigo estão os links para os posts que trataram desse assunto na época devida. É muito feio querer se apropriar da obra alheia... O PAI DO PLANO REAL é o então Presidente da República, ITAMAR FRANCO! FHC tem seu mérito, claro, como ministro do presidente Itamar Franco. É isso! A HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA DO BRASIL está cometendo essa grave distorção interpretativa: NÃO existe menção a ITAMAR FRANCO como PAI DO PLANO REAL e NEM existe citação de LULA como responsável pelo MENSALÃO ocorrido, sob as “suas barbas”, em seu governo, no governo do PT! A HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA terá que CORRIGIR essa interpretação que beira à canalhice...

Coisas da política...

Abaixo, artigo de Carlos Chagas sobre a comemoração dos 20 Anos do Plano Real: Coisas da Ingratidão Carlos Chagas Algum filósofo, quem sabe um santo, pode ser até que um político, terá meditado estar a ingratidão no rol dos maiores defeitos da pessoa humana. Tome-se a reunião solene realizada ontem pelo Congresso para comemorar os vinte anos do Plano Real. Nada contra, não fosse a pouquíssima importância que se deu a quem decidiu acabar com a inflação e colocou em risco seu próprio mandato e sua imagem para a História. Se não desse certo, ele seria o responsável. Fala-se do ex-presidente Itamar Franco. O executor seria o ministro Eliseu Resende, infelizmente demitido dias depois de empossado por haver permitido que uma empreiteira pagasse suas diárias num hotel de Nova York. Coisa naqueles idos rotineira, como mais ou menos hoje. Com Itamar, porém, era na moleira: qualquer auxiliar acusado de irregularidades via-se imediatamente mandado embora. Que fosse defender-se fora do governo, retornando caso declarado inocente. No caso de Eliseu, não houve defesa.

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Assim, o então presidente defrontou-se com grave questão: encontrar logo um novo ministro para desenvolver o plano de recuperação econômica ou cair no descrédito. Sem opções, apelou para seu ministro de Relações Exteriores, Fernando Henrique Cardoso, então posto em sossego e conformado em encerrar sua carreira política entre banquetes e coquetéis desimportantes. Não se reelegeria senador e, mesmo para deputado, não parecia fácil. Itamar encontrou o sociólogo numa embaixada em Washington e, em curto telefonema, fez o convite. FHC refugou de imediato. De jeito nenhum. Não era economista e estava muito bem no Itamaraty. Foi dormir certo de haver espantado aquele fantasma descabido e impertinente. De madrugada o telefone toca outra vez, agora no hotel. Itamar de novo, mais ríspido do que o normal, participando ter encaminhado às oficinas do Diário Oficial decreto nomeando Fernando Henrique ministro da Fazenda. Era acatar a disposição ou demitir-se do ministério das Relações Exteriores. De volta no avião, aliás, de carreira, não demorou muito para absorver a nova situação e veio pensando como desatar aquele nó monumental. Pensou primeiro em Pedro Malan, depois em José Gregori e enfim naquele grupo de cabeludos do Departamento de Economia da PUC do Rio. Desembarcou entregando seu futuro a Deus, mas logo reuniu a equipe. Em poucos dias fluíram as sugestões tidas por muita gente como doidinhas, a começar pela mudança no nome da moeda. De cruzeiro para real. Não se pode tirar de Fernando Henrique o mérito de ter enfrentado o desafio e de submeter-se às propostas do grupo recém formado. Claro que pensou na hipótese de, diante do êxito, transformar-se em candidato presidencial. Quem tomou a decisão fundamental, porque política, porém, foi o presidente Itamar Franco.Nem ele nem o novo ministro da Fazenda entendiam de economia. Sendo assim, soou um pouco estranha a homenagem prestada pelo Senado por iniciativa de Aécio Neves, que centralizou em Fernando Henrique Cardoso as lantejoulas, confetes e serpentinas pelos vinte anos do Plano Real. Se Itamar não foi esquecido, viu-se ao menos posto em cone de sombra. Coisas da ingratidão… (Blog da “Tribuna na Internet” – 26/02/2014)

Eis um resumo do testemunho do ex-presidente Itamar Franco, poucos dias antes de seu passamento, publicado na íntegra no blog Conversa Afiada, do jornalista Paulo Henrique Amorim: “Para mim, Ricúpero [Rubens, ministro da Fazenda] é o principal sacerdote do Plano Real. Mais tarde tivemos ajuda, e grande, do ministro Ciro Gomes. Naquele momento, isso é o que o povo brasileiro não sabe, se for ler a história do real […], é o senhor Pedro Malan [exministro da Fazenda]; senhor Pérsio Arida [ex-presidente do Banco Central], não sei mais quem…”. Prossegue Itamar Franco: “De repente, até parece que foi o doutor Cardoso [FHC] que assinou a medida provisória [do Plano Real]”. FHC deixou o governo em março e o Plano Real foi em julho de 1994 !!! “Ele tinha assinado a cédula [como ministro da Fazenda] e eu errei deixando que assinasse. Constitucionalmente, não podia”, lamentou Itamar. O ex-presidente finalizou o depoimento com uma frase perturbadora para FHC: “Ele entende de economia tanto quanto eu. Talvez eu entenda mais”.


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“Permanência “ “Finish each day and be done with it. You have done what you could. Some blunders and absurdities no doubt crept in; forget them as soon as you can. Tomorrow is a new day. You shall begin it serenely and with too high a spirit to be encumbered with your old nonsense.” Ralph Waldo Emerson Mary Pickford by Hartsook Photo, 1918. Maria De Lourdes Camilo Souza

Que bobagem!

Me peguei numa reflexão sobre o que fica de nós? O que ficará de mim quando me for? A quem e o que deixei de mim? Fui alegre, triste ou uma mala? Isso me passou assim sem mais. Talvez nem mesmo uma mais leve lembrança, ou uma foto. Me vi pausando o que faço me perguntando: corro para ir aonde? Quem me espera?

Pausei o tempo. Aspirei o ar com os olhos fechados e imaginei a despedida. Porque a cada minuto nos despedimos do minuto anterior, de cada hora. Uma nova idade sobrepõe-se a outra e nova maneira e tendência de entender cada aprendizado. Nossa vida é um eterno despedir-se. Amigos que vem e se vão. Seguem sua vida ou só passam desta vida para um outro plano. Neste tempo o que permanece? O que deixamos? Alguma vaga memória? Quem sabe uma bela estória? Ouço falar de um novo mundo, nova terra. De que o mundo está dando um salto quântico só para nos livrar do Armagedon. E as naves espaciais? Vamos para outro planeta? O que realmente de nós ficará? Vivemos nos despedindo conscientemente ou não. Aquele que por nós passou, que seja suave o caminho. Muitas convivências são difíceis. Outras gratificantes, generosas. Concluí que se iluminamos a vida de alguém com algum resquício de amor nossa memória será eterna. Nenhum fio de cabelo cai de nossa cabeça se não for por vontade do Criador. Será num sorriso, numa palavra de estímulo ou mesmo numa dura palavra que nos faça parar no tempo e com raiva de início, mas com o entendimento posterior de que o tranco veio a nosso favor. Mudou nossa trajetória. Permaneceu.


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Esportes Lucas Nogueira

Há 20 anos Brasil conquistava o penta, último título da seleção em Copas do Mundo A seleção contava no elenco de 2002 com Rivaldo e Fenômeno, que para muitos foram os melhores jogadores daquela edição

Há quase exatos 20 anos, no dia 30 de junho de 2002 a seleção brasileira conquistava o seu pentacampeonato pela Copa do Mundo da FIFA. Em partida contra Alemanha, o Brasil sagrou-se campeão com dois gols de Ronaldo Fenômeno, a partida terminou com placar de 2x0 no International Stadium em Yokohama, no Japão. Sob tutoria de Felipão Scolari, a seleção brasileira naquela edição da Copa do Mundo atingiu uma marca inédita, foi a primeira equipe na história do campeonato a vencer os sete jogos disputados. Até hoje a marca ainda não foi alcançada novamente por nenhuma federação. A convocação dos jogadores aconteceu no dia 5 de maio de 2002, quando Felipão causou uma surpresa para o público geral, ao optar por manter Romário de fora das escalações. Ronaldo foi anunciado após sofrer diversas lesões no joelho direito e depois de passar por um longo tempo em recuperação. A partida contra Alemanha era inédita, juntando sete títulos mundiais, quatro do Brasil e três da Alemanha. Para a imprensa, Oliver Kahn, craque da Alemanha criticou o favoritismo do Brasil e disse que para ganharem, teriam que passar por cima dele. No entanto, logo no início do segundo Ronaldo conquistava a bola, que com garra marcou e movimentou o placar aos 22 minutos da segunda parte uma bola totalmente defensável. Pouco mais tarde, aos 33 minutos, Ronaldo marcou seu segundo gol. Kléberson passou a bola para Rivaldo, que fez um corta-luz para desarmar a defesa, deixando a bola aos pés de Fenômeno, que marcou da entrada da área. Com isso, o Brasil se consagrava pentacampeão do mundo pela FIFA.


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