Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU ANO II Nº 516 SEGUNDA-FEIRA, 04 DE JULHO DE 2022
Como é celebrado o 4 de julho nos Estados Unidos
Claramente, o dia 4 de julho nos Estados Unidos é extremamente importante para os norte-americanos. É, de fato, um momento único do ano em que as pessoas deixam de lado suas diferenças políticas e celebram o estilo americano de ser. É um momento para lembrar aqueles que deram suas vidas em nome dos Estados Unidos e para celebrar as vitórias em suas inúmeras batalhas. As ruas do país todo são tomadas pelas cores da bandeira dos EUA: vermelho, azul e branco. Há desfiles patrióticos por todas as cidades e as famílias e amigos se reúnem em churrascos e piqueniques. Nesses desfiles de 4 de julho nos Estados Unidos, caminhões de bombeiros, carros de
polícia e cavalos marcham pelas ruas de qualquer cidade de todo o país. Muitas famílias se juntam para passar o dia juntos, fazendo barbecues e hot-dogs ao ar livre, enquanto celebram a independência dos EUA e colocam a conversa em dia. É, de fato, um feriado em que as pessoas escolhem passar com a família e descansar. No final do dia, o 4 de julho é celebrado com os tradicionais fogos de artifício que colorem os céus da noite nas cidades americanas! Nesse momento, a música “The Star-Spangled Banner” - o hino nacional dos Estados Unidos, é entoada e cantada com muito orgulho pelos americanos. Página 3
2
Diário da Cuesta
ARTIGO
AOS DEBATES
Roberto Delmanto César Salgado e Ibrahim Nobre foram os dois grandes promotores do júri paulista na primeira metade do século passado. Oradores brilhantes, de enorme cultura, não só jurídica, e moral inatacável, eram debatedores praticamente invencíveis. A história de ambos se confunde com a própria história do Ministério Público bandeirante. O busto de Ibrahim encontra-se hoje no Plenário do antigo Tribunal do Júri paulistano, atual Museu do Tribunal de Justiça, junto com o de meu pai, Dante Delmanto. No Salão dos Passos Perdidos da mesma Corte, situado entre a entrada principal e o Museu, o busto de Rui Barbosa, o maior dos advogados brasileiros. Em outras dependências do Palácio da Justiça, os bustos de César Salgado, de Nilton Silva, famoso promotor de meados do século passado, e dos criminalistas Antonio Covello, Marrey Júnior, Américo Marco Antonio, Euvaldo Chaib e Antonio Augusto de Almeida Toledo. César Salgado, certa vez, referindo-se à palavra, disse que ela era tão importante, que Deus, antes de criar o mundo, ao dizer, “cria-te mundo”, a havia criado... Depois de se aposentar, Ibrahim, um dos líderes da Revolução Constitucionalista de 1932, foi defender, como advogado, um acusado de homicídio. Na outra tribuna do júri, pela acusação, estava seu amigo e ex-colega César Salgado, ainda na Promotoria.
Acadêmico Cesar Salgado discursando na posse festiva da ABL – Academia Botucatuense de Letras. No próximo dia 9 de Julho, a ABL estará comemorando mais um aniversário de fundação. Ao fazer uso da palavra, Ibrahim disse aos jurados: “Eu, Ibrahim Nobre, paulista de quatrocentos anos, vos garanto que o acusado é inocente”. Em lendário aparte, César retrucou, igualmente se dirigindo aos jurados: “Eu, César Salgado, paulista de quatrocentos anos, vos garanto que o acusado é culpado”. E, para deleite da assistência, aduziu: “E vamos aos debates...”
EXPEDIENTE NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU WEBJORNALISMO DIÁRIO
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689
O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.
Diário da Cuesta
Estados Unidos: conheça o significado da data
O 4 de julho Estados Unidos (4th of July) é o feriado mais importante para a cultura dos americanos. Nesse dia é comemorado o Dia da Independência dos Estados Unidos, quando as Treze Colônias declararam a separação oficial do Império da Grã-Bretanha. Por ser tão importante na cultura estadunidense, o Independence Day é retratado em diversos filmes e séries. Mas você sabe a verdadeira história desta data? Isso - e mais um pouco - é o que vamos contar no post de hoje! História do 4 de julho nos Estados Unidos A colonização britânica no território que hoje formam os Estados Unidos começou no século XVII. Naquela época, a
Inglaterra tinha sob seu domínio as chamadas 13 Colônias: o conjunto de estados americanos que se estendem pela costa leste do país. Diferente de outros locais de domínio da Inglaterra, as 13 Colônias tinham muita autonomia no sentido político. Isso serviu para forjar um sentimento de identidade própria e dar origem aos primeiros movimentos de independência. Em meados do século XVII a Guerra dos Sete Anos colocou a Grã-Bretanha e a França frente a frente, lutando em lados opostos. Essas duas grandes potências da época batalhavam pelo controle de diversas regiões do mundo - inclusive as 13 Colônias, que eram reivindicadas pela França. O Tratado de Paris, de 1763, colocou fim à Guerra e os franceses se renderam na disputa pelas colônias. Entretanto, com a economia enfraquecida, o Reino Unido resolveu impor sobre essas colônias inúmeros impostos na tentativa de recuperar as finanças públicas. Esses impostos, é claro, tornaram-se bastante impopulares e resultaram em diversas rebeliões. O principal motivo alegado é que esses impostos eram ilegais, uma vez que as 13 Colônias não tinham representação no Parlamento de Londres. Os conflitos gerados a partir desse momento fizeram com que Londres reduzisse a autonomia já estabelecida das colônias e enviasse soldados para o outro lado do oceano. Em resposta a esse movimento, as Treze Colônias finalmente se reuniram e formaram o Primeiro Congresso Continental, uma convenção onde representantes de doze das colônias se reuniram para discutir o fim dos impostos colocados por Londres. Nessa reunião estiveram presentes grandes nomes da história estaduniden-
3
se, como John Adams, Thomas Jefferson, Benjamin Franklin e Samuel Adams. Esse grandes nomes contribuíram para que fosse elaborada a Declaração de Direitos de Virgínia, um documento com inspirações iluministas e que proclamavam os direitos naturais do ser humano. Dentre eles, estava o direito de se rebelar contra um governo inadequado. No ano seguinte, o Segundo Congresso Continental foi o estopim para a Independência dos Estados Unidos. Foi nele que, em 2 de julho de 1776, finalmente foi redigida a Declaração de Independência dos Estados Unidos. Entretanto, a publicação da Declaração só veio em outra data: em 4 de julho de 1776. Esse dia é considerado a data oficial da Independência dos Estados Unidos Por meio dela, além de se declararem livres do domínio britânico, formou-se o exército colonial, que foi comandado por George Washington para enfrentar os ingleses nas guerras que sucederam. As guerras só terminaram alguns anos depois, com a derrota da Inglaterra na Batalha de Yorktown. O reconhecimento britânico da independência dos Estados Unidos só veio posteriormente, após a assinatura do Tratado de Paris de 1783. (Optima Intercâmbio)
4
Diário da Cuesta “Tão curta a vida e tão comprido o tempo!... Feliz quem o não sente. Quem respira tão fundo O ar do mundo, Que vive em cada instante eternamente.” Miguel Torga Maria De Lourdes Camilo Souza Ah a memória, de repente nos remete cada lembrança.. Nos meus tempos de ginasial nos tínhamos aquelas que considerávamos nossas melhores amigas: cuja casas frequentávamos, e a quem contávamos nossos segredos. Naquela época era muito amiga da Maria Márcia Dal Farra. Podia-se dizer que éramos as melhores amigas. Eu já tinha essa veia de escritora e, pasmem, na época eram umas poesias sem pé
nem cabeça. Usávamos o telefone fixo para contar as novidades, e a coitada da Márcia devia ficar com caimbra nas mãos quando recebia as minhas ligações, pois eu lia para ela as minhas poesias e contava as novidades dos encontros com os “crush”. Adorava ir a casa dela pois D. Jesumina era um doce de pessoa, suas irmãs também. O pai delas, o Sr. Gastão, era um artista, exímio desenhista, muito bem humorado, sempre tinha alguma estória engraçada para contar.
Era uma família inspiradora. Sem mencionar a enorme admiração que tinha por Maria Lúcia, que quando entrei no Curso de Letras, foi minha professora de Literatura Portuguesa. Achava a Maria Silvia elegantíssima, com seu porte e andar de modelo. Maria Lúcia tinha uma voz maravilhosa e me deliciei muitas vezes ao ouvi-la cantar. Naqueles tempos tinha-se o costume de reunir as pessoas para uma espécie de sarau. Com a Faculdade de Medicina conhecemos muitos rapazes calouros da primeira turma e as famílias nos convidavam para esses saraus onde se tocava piano, ou violão, cantavam. Lembro-me bem de um rapaz muito alto e bonito, tinha olhos verdades, cabelos castanhos encaracolados. Era um pouco gago quando falava. Mas quando tocava um violão, cantava lindo e sem gagueira. Fato que me lembrou Nelson Gonçalves. Sem mencionar as deliciosas comidinhas e bebidas. Era tudo muito familiar e agradável. Dessas reuniões saíram muitos namoros que resultaram em casamento com as moças da terrinha. Uma dessas oportunidades de ouvir a Maria Lúcia cantar e que me elevou aos céus foi no casamento da sua prima Carolina Souza, que foi lá na linda Capela do Seminário. Imagine um casamento naquela linda Capela ao pôr do sol, e a noiva, muito linda entrando pela nave, ao som daquela belíssima voz. Carol é amiga desde muito tempo. Hoje veio uma saudade doida, dessa época em que se respirava cultura e romance nestas terras botucudas.