Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU ANO II Nº 529 TERÇA-FEIRA, 19 DE JULHO DE 2022
DIA NACIONAL DO FUTEBOL 19 DE JULHO
CAMPEÃO INVICTO DE 1945: em pé da esquerda p/ direita: Garzezi, Nicoleti, Roberto, Anésio, Rui, Miguel e o técnico Humel Guimarães. Agachados: da esquerda p/ direita: Luiz Carlos, Ademir, De Maria, Paulo e Professor (Elias).
O futebol é um dos esportes mais populares no Brasil. O país é muito conhecido pela qualidade de seus jogadores e times, que frequentemente disputam competições mundiais. Apesar da popularidade entre os brasileiros, o futebol nasceu na Inglaterra em 1863 e foi introduzido oficialmente no Brasil por Charles Miller, em 1894. Em Botucatu o futebol sempre foi destaque. A Veterana, AAB – Associação Atlética Botucatuen-
se (comemorou seu Centenário – 1918/2018) marcou época no futebol interiorano chegando, em 1947, a ser Vice-Campeã de Futebol Amador do Estado que era, à época, fora os grandes da divisão oficial, o grande torneio do interior com o Guarani, Noroeste, Portuguesa Santista, XV de Piracicaba e outros. Da mesma forma, a AAB sagrou-se Campeã Regional por vários anos. Foram os anos dourados de futebol botucatuense.
Mantendo a tradição futebolística de Botucatu, o BTC conquistou, em 1980, o título de Campeão do Interior de Futebol de Salão (Futsal). A entrega das faixas de Campeão do Interior ao BTC ocorreu na disputa com o tradicional time do São Paulo, o tricolor do Morumbi, num empate brilhante de 1 x 1.
Equipe Botucatu Futsal vence Jaú e é Campeã da Copa Record 2022
A equipe Botucatu Futsal manteve o 100% de aproveitamento e na noite desta terça-feira, 07, conquistou o título da Copa Record de Futsal Masculino. Com Ginásio Municipal Governador Mário Covas, em Botucatu, com grande público, o time botucatuense, comandado pelo técnico Igor Coimbra, venceu Jaú por 4 a 3 e tornou-se Campeão da Copa Record
2022. Os gols de Botucatu foram marcados por Grilo, Lukinha e Eri (duas vezes). Com uma campanha com 100% de aproveitamento, Botucatu teve 7 vitórias, 38 gols marcados e 7 sofridos em toda a competição. (BOTUCATU ONLINE) Quem quiser assistir a íntegra da final, acesse ESPORTE EM DESTAQUE
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Diário da Cuesta
EDITORIAL Botucatu ostenta, com orgulho, suas conquistas no futebol. Desde sempre, o esporte preferido do brasileiro é o esporte preferido dos botucatuenses. Desde a fase áurea do futebol de campo, com a Botucatuense e a Ferroviária, chegando nas grandes conquistas do BTC e da AAB no futebol de salão (futsal), a nossa população viveu momentos inesquecíveis. Mesmo com alguns brasileiros amargos e agora “órfãos do poder” dando declarações contra o Brasil na Copa América por motivos políticos até o absurdo de um comentarista esportivo, fã de Lúcifer, atacando o jogador Neymar por este ter aceitado a realização da Copa América no Brasil... Putz...que vergonha... Vá de retro Satanás! Tudo correu bem, a Copa se realizou com sucesso. O Brasil jogou bem, mostrando que está entrando em uma nova fase e vai evoluir. Mostrando momentos importantes do futebol entre nós com o saudoso Souzinha e o “prata da casa” Zé Maria, o Diário da Cuesta, com destaque, registrou em uma edição dedicada a esses valorosos jogadores. Botucatu & o Futebol: Sucesso! Sucesso! Sucesso! A Direção.
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Esporte em Destaque
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Vinícius Alves
Uma conquista com gosto de passado A vitória de Botucatu sobre Jaú parece ter reacendido a chama entre time e moradores
O título de Botucatu na final da Copa Record de Futsal Masculino foi o grande assunto da semana no esporte da cidade. A vitória por 4 a 3 sobre a equipe de Jáu deu à nossa cidade o tetracampeonato na competição (2012, 2017, 2019 e 2022). No entanto, muito além da vitória e do título, a noite do último dia 7 de junho foi também uma viagem no tempo. Há muitos anos não acontecia uma campanha, convocando a população da cidade para ir até o Mario Covas para empurrar o time local em busca de mais uma conquista. Muito tempo também que o grande Ginásio Municipal não recebia tão numeroso público para um grande evento. A sensação é de que a pandemia e todos os seus efeitos acabou criando um distanciamento entre time e torcedor, esfriando uma relação tão intensa que os botucatuenses possuíam com a vitoriosa equipe de futsal. Mas, como disse anteriormente, a final da última terça-feira foi como um resgate dessa bela e forte conexão. E com esse elo reestabelecido, a partida nos deu todos os ingredientes dignos de uma FINAL! Começamos com o já esperado atraso para o início da partida, uma vez que o time de Jaú, como grande parte de seus torcedores chegaram ao local do jogo após o horário estabelecido para a bola rolar. Com a partida iniciada, o time de Botucatu parecia que não teria problemas para ficar com mais uma taça, abrindo um confortável 3 a 0 sem grandes esforços ou riscos por parte de seu adversário. No entanto, o jogo nos traz importantes lições. Uma delas é ter cuidado com o número de faltas cometidas. Nesse quesito, o time da casa acabou se perdendo, dando ao rival a chance de voltar com tudo para o confronto. É aí que apresentamos o segundo ingrediente de uma grande decisão: A despedida de um ídolo. Por muitos anos, Rubinho foi jogador e ídolo do futsal botucatuense e no início deste ano, voltou à sua terra natal para defender as cores de Jaú.
Com uma trajetória de sucesso no esporte, com direito a carreira internacional e título conquistado ao lado de Falcão, o jogo do último dia 7 também era sua despedida das quadras. E coube a ele a tarefa de ir para as duas cobranças de tiro de dez metros contra seu amigo e ali na quadra, rival, Du. Esbanjando técnica e frieza, fez os dois gols que acabaram por colocar fogo no jogo. E o calor foi tanto que ocasionou mais ingredientes de uma grande final: Provocação, discussões, briga generalizada entre as equipes, a intervenção das forças de segurança e um enorme atraso para a retomada da partida. E dessa forma, após um eletrizante primeiro tempo, os jogadores acalmarem seus ânimos e voltaram para a disputa dos vinte minutos derradeiros daquela decisão. O segundo tempo conseguiu ser melhor controlado dentro de quadra, com a briga sendo direcionada apenas na bola. Botucatu, a exemplo da primeira etapa, faz seu gol ainda no início do período, dando uma nova aparente tranquilidade no placar. Já Jaú, vendo o título ficar cada vez mais distante, se lançou para o tudo ou nada buscando diminuir a desvantagem no marcador. E a tentativa jauense de marcar se mostrou efetiva. Utilizando-se do goleiro-linha, os visitantes chegaram ao terceiro gol, dando ainda mais emoção aos últimos minutos do duelo. A pressão era toda de Jaú. Botucatu se segurava bravamente, anulando as investi-
das desesperadas do time adversário. Eis que chegamos ao último ingrediente de uma grande decisão: O lance capital no último segundo. Em seu último ataque, o time de Jaú foi com todos os seus jogadores para a área de Botucatu. O penúltimo chute dos visitantes foi defendido pelo goleiro Du, sendo que o rebote acabou voltando aos pés dos rivais. Dando sequência à jogada, no último lance daquela decisão, a bola se ofereceu a Rodrigo Tilico, outro grande conhecido da torcida da casa e com uma bela história escrita no esporte. Ali, naquele 0,6 segundo restante, o drama e a emoção do Mário Covas foram cinematográficos. Era como se o chute derradeiro fosse visto em câmera lenta: A bola resvalou no goleiro Du, se dirigiu até a trave e ao travessão para lhes dar um último beijo, então, graciosamente caminhou em cima linha do gol até ser expulsa dali por algum pé botucatuense aflito para, finalmente, com a bola ainda no ar, o apito final trazer todo o alívio e euforia aos jogadores e torcedores de Botucatu. No final da partida, o ginásio pulsava como há tempos não fazia. Era o título, a conquista que veio para resgatar a bela e longa história que Botucatu tem com o futsal. E a expectativa é que vínculo se estreite ainda mais. Afinal, Botucatu se credenciou para a disputa da Supercopa dos Campeões da Record e na próxima terça-feira (14), time e torcida poderão se unir novamente em busca de mais uma conquista, dessa vez no duelo contra a equipe de Angatuba.
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Esportes Lucas Nogueira
115 anos de Chico Landi, brasileiro pioneiro na Fórmula 1
Francisco Landi foi o primeiro brasileiro a vencer uma prova internacional e primeiro a correr na principal categoria do automobilismo mundial Francisco Sacco Landi é um dos maiores nomes do automobilismo nacional. O paulista nascido em 14 de julho de 1907, foi o primeiro do país a vencer uma corrida internacional, que ocorreu em Bari, e o primeiro a participar da Fórmula 1, em 1951. Chico começou cedo a trabalhar, aos seus 11 anos era mecânico e só foi se tornar destaque como piloto brasileiro por volta da década de 30, vencendo no Circuito da Gávea nos anos de 1941, 1947 e 1948. O piloto deu início a sua carreira internacional em 1947, competindo no Grande Prêmio de Bari. No ano seguinte, em 1948, Chico Landi foi o primeiro brasileiro a conquistar a vitória de um Grande Prêmio no exterior. No entanto, Francisco mesmo tendo conquistado dois quartos lugares em Bari e Monza em 1949, não competiu em nenhuma etapa na temporada inaugural da Fórmula 1 em 1950. Para começar a se aventurar na categoria, Chico criou a Escuderia Bandeirante na Europa, que usava carros da Maseratti. Apesar de inscrito para competir no Grande Prêmio da Alemanha, em Nurbugring, não compareceu e a estreia do brasileiro só veio acontecer em Monza, na Itália. A inauguração brasileira na maior categoria do automobilismo mundial não aconteceu com uma Maseratti, assim como inscrito, e sim com uma Ferrari alugada. Chico conquistou a 16ª colocação no grid dentre 22 pilotos. No entanto, a estreia durou por apenas uma volta. A Ferrari utilizada por Landi teve um problema na transmissão, que fez com que o piloto brasileiro tivesse que se retirar da prova. Chico só voltou a participar de um GP em 1952, onde competiu as corridas da Holanda e da Itália, onde chegou na nona e oitava posições nas competições. Em 1953 competiu nas provas da Suécia e da Itália, no entanto não completou ambas as provas. Em 1954 e 1955, Chico Landi não participou de nenhum Grande Prêmio, mas no que seria sua última participação uma corrida de F1, marcou seus primeiros – e últimos – pontos na categoria. A Maseratti de Landi, inscrita em parceria com o italiano Gerino Gerini finalizou na quarta posição. Sendo essa a primeira vez que um brasileiro marcou pontos na Fórmula 1. Aos 49 anos de idade, Francisco encerrou sua carreira internacional, mas continuou sendo destaque por muito tempo em categorias nacionais. Chico teve muito sucesso nas competições como Mil Milhas, 500 Quilômetros e 24 Horas de Interlagos. Se aposentou somente em 1974, aos 66 anos de idade. Chico foi diretor do autódromo de Interlagos até 1985, pouco mais tarde, em 1989 veio à óbito devido a um ataque cardíaco aos 81 anos de idade.