Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU ANO II Nº 536 QUARTA-FEIRA, 27 DE JULHO DE 2022
DIA DO MOTOCICLISTA O Dia do Motociclista é comemorado sempre na data de 27 de julho. Uma homenagem à liberdade, é um momento para celebrar tudo mais que a sua moto proporciona para você! Por exemplo: histórias, experiências e adrenalina. E a Motociata surgiu como um movimento solidário e cívico de apoio ao Presidente Jair Bolsonaro. Hoje, no Brasil e no exterior, é uma mobilização espontânea e entusiasta.
Pisando na Pátria Amada!
Filha de João Gilberto e sobrinha de Chico Buarque, Bebel Gilberto pisou e dançou em cima da bandeira brasileira. A apresentação aconteceu em San Francisco, nos Estados Unidos. A cantora se desculpou dizendo que o que fez servirá para a política da direita... É pena. Com o fechamento da torneira (Lei Rouanet) que jorrava muito dinheiro para a “turma” da esquerda, o ódio ao Governo Brasileiro é assustador. A BANDEIRA é Símbolo Nacional e tem que ser respeitada!!!
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ARTIGO Maria
De
Lourdes
Camilo
“A passageira”
Souza
Ontem foi meu dia de aventuras. Sai ali pelas 10 horas. Caminhei até o consultório da minha dentista preferida, ali na João Passos. Após o atendimento resolvi descer para a Rua Amando e fui caminhando entre os transeuntes, vendo as lojas. Entrei em algumas para olhar as mercadorias expostas. Passando por um restaurante self service, ali resolvi almoçar. Como era 11.45, tinha apenas algumas pessoas. Notei a simplicidade e a gentileza dos atendentes. Todos que me atenderam pediram que Deus me abençoasse. Fiz meu prato com alguma salada (almeirão picado, coisa rara), algumas rodelas de tomate e palmito, uma colher de arroz, caldo de feijão, um pastel de carne, dois pedaços pequenos de salmão grelhado, e banana frita que adoro. Coloquei o prato sobre a balança que acionada em seguida emitiu o papel com o peso e o respectivo preço, abaixo informando as bebidas. Comentei com o atendente que nem precisou tocar na balança: -Que chique! funciona sózinha ! Ele estava ali só para informar ao cliente. Ele me sorriu ao elogio, agradeceu, desejou-me bom apetite. O garçonzinho veio perguntar se desejava beber alguma coisa. Mostrando a comanda, pedi uma Spritz. Ele perguntou se gostaria de limão e gelo para acompanhar. Respondi que sim e fui almoçando. Logo em seguida ele trouxe minha bebida, abriu-a e colocou um pouco no copo. Desejou bom apetite e saiu para continuar servindo aos que chegavam. Após o almoço, paguei para a senhora simpática que antes tinha me oferecido doce de abóbora de sobremesa. Agradeci e não aceitei. Já tinha premeditado passar no “Chiquinho” para matar as saudades de um petit gateau. Fiquei observando um pai com suas filhas pequenas que tomavam seu sorvete enquanto aguardava o meu. De repente começaram a chegar um bando de mocinhas que como pediram casquinhas, foram prontamente atendidas. Pensei, o preparo do meu pedido demora um pouco mais. Minutos depois chamaram a minha senha e fui buscar no balcão. Sentei-me e enquanto olhava o movimento da rua ali em frente às Casas Pernambucanas. Lembrei-me de um amigo de meu pai, o Dr. Francisco, que dizia muito sério: “que se chegássemos a visitar a Lua, lá com certeza encontraríamos uma Lojas Pernambucanas”. Referindo-se jocosamente á infinidade de filiais espalhadas pelo país. Deliciei-me demoradamente com a sobremesa. Olhava as garotas que estavam sentadas numa mesa próxima, tomavam o seu sorvete olhando para as telas dos celulares, sem conversar. Uma delas, uma mais gordinha de cabelos curtos, falava animadamente ao celular. Terminei a sobremesa, joguei a embalagem vazia num cesto próximo á porta e sai acompanhada de longe de uma das garotinhas pequenas que já tinha terminado e ia observar a rua. Atravessei a rua até as Lojas Pernambucanas para dar uma olhada nas roupas. Como não ia comprar nada, sai de lá e desci uma íngreme rua até a Curuzu e fui olhando tudo em volta. Fazia mais de dois anos que não caminhava por lá. Quantas lojas que fecharam. Prédios á venda, outros para alugar. Fui até o Camelódromo, cheio de gente aguardando para pegar ônibus. Andei mais um quarteirão, até o escritório da Empresa de ônibus para validar o meu cartão de idosa. A atendente logo chamou minha senha, pediu-me o documento de identidade e disse que deveria voltar lá, depois da data do meu aniversário. Perguntei
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a ela se não precisaria renovar a foto que estava completamente apagada. Respondeu-me que não. Sai de lá olhando curiosamente para a rua, as pessoas que por lá andavam. Voltei até a esquina e subi até a Rua Amando, chegando na esquina onde ainda tem um estacionamento de carros. Caminhei matando as saudades da Padaria do Pessin, e de tudo por lá, subi a rua olhando o Hotel da esquina, cruzei com um conhecido que distraído não me viu. Atravessando a rua vinha um senhor magro com uma boina, e sua figura lembrou-me o querido Professor Onckelinx, que morou tantos anos naquele hotel. Subi olhando tudo a volta, vi muitas casas para alugar. Chegando na João Passos atravessei para o ponto de ônibus na esquina. Tudo tinha sido revitalizado por lá. Sentei-me num dos bancos do abrigo, para aguardar o ônibus. Depois de uns vinte minutos vi que lá na esquina da Nossa Senhora de Lourdes um ônibus se aproximava e era o que eu aguardava e iria passar próximo a minha casa. Dei sinal para que parasse, enquanto ele se aproximava. Respirei fundo quando parou perto de mim, subi os degraus e entrei olhando o motorista e cumprimentado com um sorriso. Chegando até a cobradora aproximei meu cartão do visor, que liberou a minha passagem pela catraca. Depois de duas tentativas empurrei-a com força e passei olhando se havia lugar para sentar. Logo no primeiro banco tinha lugar, aonde me sentei ao lado de um jovem moreno que olhava distraído pela janela ouvindo música com seus fones de ouvido pelo celular. Coloquei a máscara, e vendo um frasco de álcool instalado no ferro a minha frente, aspergi um pouco do seu liquido em minhas mãos. No outro lado vi uma mulher sentada que lia atentamente um livro. Estava muito absorta em sua leitura. Pensei comigo: que maravilha, eu não conseguiria ler dentro de um ônibus em movimento. Fui no sacolejo sempre observando tudo atentamente até o meu ponto de chegada. Entrei em minha casa exausta mas feliz, sendo saudada alegremente pelas minhas meninas que me aguardavam junto ao portão.
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689
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Gesiel Júnior/ ABL – Academia Botucatuense de Letras
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O DESIGN NA MÚSICA (Vol. 2) - QUATRO HISTÓRIAS DE CAPAS DE LPS INTERNACIONAIS Nando Cury
As capas escolhidas trazem diferenciais em termos de design visual ou gráfico. E estão entre as mais famosas e premiadas da época áurea dos LPs (década de 60 até década de 80). BEATLES 1 Revolver
O primeiro nome Abracadabra não convence, nem as fotos de Robert Freeman, até ali o fotógrafo preferido dos Beatles. Depois que decidem chamar o álbum de Revolver, referindo-se ao movimento de rotação do disco, John convida seu velho amigo Klaus Voormann, para criar a arte do disco. Voorman vai ao estúdio na Abbey Road e de modo privilegiado ouve parte das músicas gravadas do Revolver. Logo desenvolve cinco desenhos diferentes em preto e branco, e recebe aprovação para a linha criativa. Parte então para uma colagem, misturando grandes desenhos das cabeças de Paul, John, Ringo e George com recortes de fotos dos Beatles, clicadas por outro fotógrafo chamado Robert Whitaker. Com muita habilidade, Voorman adiciona elementos do psicodelismo, brincando com imagens que se embaraçam aos cabelos macarrônicos e deslizam por eles, saem das orelhas e das cabeças de Paul, John, Ringo e George. Na contra capa, entra uma foto clássica também de Freeman, em P&B, com os quatro no estúdio. Voorman recebe 40 libras pelo trabalho e ganha o Grammy de melhor capa de disco de 1966.
BEATLES 2 Sgt. Peppers`
Quase que uma unanimidade, a mais pop e emblemática capa de LPs é a do Sargent Peppers´ Lonely Heart Club Band, oitavo disco da banda. São muitos os detalhes, que compõem o cenário-tema, criado pelos artistas ingleses Peter Blake e Jann Haworth a partir de uma ideia de Paul Mc Cartney: reunir Os Beatles com personalidades admiradas por eles. No final entram cerca de 60 celebridades, como Carl Jung, Edgard Alan Poe, Stan Laurel, o Magro, e Oliver Hardy, O Gordo, Marlon Brando, Mae West, Marillyn Monroe e Fred Astaire. Para dar um toque mais realista, Blake imprime fotos em tamanho real, fixando-as sobre moldes de papelão. Inclui também alguns bonecos de cera emprestados do Museu de Madame Tussaud, inclusive de George, John, Ringo e Paul. Daí, completa a produção elaborando arranjos de flores, sendo um especial com o nome dos Beatles. Para o figurino entra um traje especial de banda militar, com roupas em diferentes cores: Paul em azul, John em amarelo, George em vermelho e Ringo em rosa. A capa é dupla, tendo no interior uma foto expandida do quarteto. Um encarte convida o ouvinte a recortar divisas, bigodes e fotos. Na contracapa, de fundo vermelho, entram as letras em preto. E, no rodapé uma nova foto com Paul de costas, como “maestro”, e de frente John de verde, George e Ringo. As fotos são do fotógrafo Michael Cooper. O álbum ganha também o Grammy de melhor capa de disco de 1967.
ROLLING STONES.
Um enigmático zíper de uma calça jeans é o álibi da atrativa capa do álbum Sticky Fingers dos Stones, de 1971. O autor da arte é o lendário Andy Warhol. Mas, a pedido de Jagger, o artista Craig Braun transforma a foto em algo mais sedutor, que aparece apenas na edição original do disco. A capa tem um zíper funcional que quando aberto revela no encarte, emendado na capa, uma outra imagem: um close genital de um homem de cueca. É Andy Warhol quem fotografa pessoalmente vários modelos com sua Polaroid. Alguns realmente modelos como Joe Dallessandro, que colaborou com Andy Warhol em diversas obras. Outros informalmente recrutados, como o jornalista Glen O´Brien então editor da Revista Interview e o maquiador Corey Tippin. Andy Warhol morre em 1987 e o segredo de “Sticky Fingers” não é revelado. Talvez nem Warhol tivesse identicado o real modelo.
PINK FLOYD.
O álbum The Dark Side of the Moon, de 1973, representa um marco: o terceiro mais vendido em todos os tempos. Com ele o Pink Floyd atinge a plenitude artística para som experimental. numa formação equilibrada, com o baixista Roger Waters, o guitarrista David Gilmour, o tecladista Rick Wright e o baterista Nick Mason, todos participam da composição das canções. A capa traz o clássico visual do prisma, atingido por um feixe de luz, que resulta num arco íris. Criada pelo artista Storm Thorgerson, com orientação temática de Waters, representa o contraste entre o escuro da existência humana e as luzes que são buscadas através das reflexões sobre as questões da vida. Traz implícita, numa metáfora, a divisão entre o normal e a loucura. Bem como a relação entre a diversidade e a clareza dos sons na música. O prisma é ainda o símbolo da ambição de atingir o infinito, direcionado pela ponta do triângulo. Em busca de inspiração para esse visual os integrantes do Pink Floyd fazem uma visita às Pirâmides do Egito.