Edição 54

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Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

ano I Nº54

SEGUNDA, 11 de janeiro de 2021

O cientista VITAL BRASIL e a nossa UNIVERSIDADE REGIONAL: UM SONHO. UMA IDÉIA. UMA ESPERANÇA!

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Rasgando positivamente a cidade: a avenida Vital Brasil é a nossa Avenida Paulista!

E a avenida VITAL BRASIL – hoje, considerada a nossa Avenida Paulista -, impressiona por sua beleza e fluidez a unir pontos extremos da cidade. Na época em que foi duplicada e modernizada, na gestão de Lico Silveira, recebeu do arquiteto Monteferrante as diretrizes técnicas que a transformaram nessa moderna via pública. Página 3

BOTUCATU: CIDADE DAS FLÔRES?!? Nada impede que se dê à atuação do Poder Público a necessária e positiva marca moderna que está ganhando a unanimidade da opinião dos botucatuenses. Botucatu: Cidade das Flores, sim senhor! PÁGINA 2


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Diário da Cuesta

BOTUCATU: CIDADE DAS FLÔRES?!? Botucatu está renovando o seu visual, literalmente. Nas principais entradas da cidade, pela avenida Pedretti Neto, pela avenida Deputado Dante Delmanto, pela avenida Itália podemos apreciar o capricho com que a municipalidade está cuidando e criando espaços verdes e floridos para esse novo e aprovado visual urbano de Botucatu. Primeiramente, na área verde da SABESP, essa nova realidade paisagística começou a aparecer. A pouco e pouco, as principais avenidas e vias públicas passaram a receber essa importante atuação da

prefeitura em uma cidade que possui curso superior de Agronomia e Engenharia Florestal, além da grife ambientalista que se consolidou na região da Demétria... É isso mesmo. Precisa manter as vias públicas e as calçadas...mas nada impede que se dê à atuação do Poder Público a necessária e positiva marca moderna que está ganhando a unanimidade da opinião dos botucatuenses.

Botucatu: cidade das flores, sim senhor!

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto

EXPEDIENTE NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU WEBJORNALISMO DIÁRIO

EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.


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Diário da Cuesta

Rasgando positivamente a cidade: a avenida Vital Brasil é a nossa Avenida Paulista!

O planejamento urbano é vital. Quando feito com competência, agrega e traz para as cidades a certeza da melhoria de vida de sua comunidade. Em Botucatu tivemos vários e importantes marcos da atuação do Poder Público no disciplinamento da cidade quanto ao seu crescimento e desenvolvimento. Na gestão do prefeito Luiz Aparecido da Silveira, tivemos a atuação profissional do então vice-prefeito e arquiteto, Eugênio Monteferrante Netto, que atuou como secretário de planejamento da prefeitura e foi o responsável pela implantação das modernas avenidas (Vital Brasil e Rafael Laurindo) e de bairros que se tornaram modelo da boa gestão pública, com planejamento técnico e urbanístico, como o Jardim Paraíso.

E a avenida VITAL BRASIL – hoje, considerada a nossa Avenida Paulista -, impressiona por sua beleza e fluidez a unir pontos extremos da cidade. Na época em que foi duplicada e modernizada, na gestão de Lico Silveira, recebeu do arquiteto Monteferrante as diretrizes técnicas que a transformaram nessa moderna via pública. RASGANDO & OUSANDO: REALIZANDO & MODERNIZANDO Conhecido por ser exigente e perfeccionista, Monteferrante teve que enfrentar a reação negativa dos moradores que viram, na padronização linear do leito carroçável da avenida Vital Brasil, que em determinados trechos teve a elevação de 3 a 5 metros !!! Inúmeras casas ficaram “enterradas”, com 3 a 5 metros

abaixo do novo piso que, elevado, passou a dar continuidade linear ao piso carroçável da avenida. Destaque para atuação firme do arquiteto Monteferrante e pela sustentação política que lhe foi dada pelo prefeito Lico Silveira e pela maioria do vereadores. Hoje, as fotos mostram uma das casas que ficaram abaixo do novo nível carroçável da avenida VITAL BRASIL. A avenida VITAL BRASIL – com acerto! -, hoje é considerada a nossa Avenida Paulista... E tem um positivo futuro pela frente. Chamada de “street food” pela quantidade de restaurantes, lanchonetes e bares que tem, além de supermercado e centros comerciais como o Boulevard Cidade. É o futuro de Botucatu! (AMD)


Diário da Cuesta

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artigo

O cientista VITAL BRASIL e a nossa UNIVERSIDADE REGIONAL: UM SONHO. UMA IDÉIA. UMA ESPERANÇA!

Na revista Peabiru e no livro “Memórias de Botucatu I”, de 1990, fizemos minuciosa pesquisa sobre Vital Brasil. Eram muitas as dúvidas: o seu nome era Vital Brasil Mineiro da Campanha ou Vital Brasil , mineiro da cidade de Campanha (MG)? Essa explicação encontramos no livro “Vital Brazil – O vencedor das serpentes”, de Hernâni Donato, editora Melhoramentos, págs. 15 e 16 : ”Na cidade Campanha, Estado de Minas Gerais, nasceu o cientista no dia 28 de abril de 1865. Seu pai trouxe um costume curioso para a família. Homem pobre e de pouca instrução, costumava dizer que dos filhos esperava firmemente dessem começo a alguma coisa nova: uma idéia ou uma família. A maioria das pessoas anuncia com orgulho a antiguidade de nome familiar. Ele, não. Desejava que cada um dos seus meninos fosse o primeiro de um novo nome. Chamando-se José Manuel dos Santos pereira, fazia questão de batizar os filhos com nomes das cidades, do país e do continente onde houvessem nascido e as filhas com os nomes das cidades e de flores brasileiras. Ao menino nascido em Campanha chamou: Vital Brazil Mineiro da Campanha. E para os que se mostravam curiosos, do motivo do nome tão diferente do pertencente à família, o pai explicava: Vital, pela força de vida que há nele; Brazil, por respeito ao nosso país (preferindo escrever com z); Mineiro, reverenciando o Estado de Minas Gerais e Campanha, lembrando a cidade que lhe serviu de berço.” Hoje, o cientista tem, nacional e internacionalmente, seu nome conhecido como Vital Brasil. Ruas, avenidas e homenagens a Vital Brasil usam seu nome com “s” e não com “z”. Não era o que ocorria no século XIX. Em 1895, já estabelecido em Botucatu, usava para divulgar seu trabalho, o nome com “z”, conforme pode ser visto no

anúncio que “descobrimos” em nossas pesquisas no jornal “O Botucatuense”, de 1895(raridade histórica) que reproduzimos nesta matéria. No livro já citado, “Memórias de Botucatu I”, de 1990, págs. 13 e 14, fazíamos um relato da presença de Vital Brasil entre nós: “A presença entre nós do Dr. Vital Brasil é motivo de orgulho para o perfil médico de Botucatu. Pesquisador dos mais consagrados, descobridor do Soro Antiofídico, Vital Brasil iniciou sua vida médica em nossa cidade. Ao focalizarmos a presença dos norte-americanos sulistas que, derrotados na Guerra Civil, vieram para o Brasil, localizando-se em algumas cidades, dentre elas, a de Botucatu. Com a presença forte dos norte-americanos que para aqui vieram com toda a infraeestrutura possível, inclusive com seus escravos, nada mais natural que tivessem por objetivo adaptar o “modus vivendi” caboclo ao que gozavam nos Estados Unidos. Assim, o surgimento da Escola Americana, do Cemitério Americano, a implantação de produtos agrícolas americanos (melância) e, por que não do seu médico e de seu dentista( o primeiro dentista de Botucatu foi o norte-americano, Leonard Yancey Jones, vindo do Estado do Alabama). Daí a vinda para Botucatu do recém formado médico ,Dr. Vital Brasil Mineiro da Campanha. O protestantismo era forte na cidade, sendo certo que a Igreja Presbiteriana teve participação decisiva na fundação da Misericórdia Botucatuense. O Dr. Vital Brasil permaneceu entre nós por aproximadamente 2 anos quando, em 1887, foi para a capital paulista atuar no recém fundado Instituto Butantã. Nos dois anos em que permaneceu em Botucatu, aqui clinicou e colaborou com o Dr. Costa Leite na Misericórdia Botucatuense, onde exerceu a 2ª. secretaria da Entidade(várias Atas foram lavradas pelo Dr. Vital Brasil). A cidade de Botucatu prestou sua homenagem ao Dr. Vital Brasil ainda vivo. No jornal “Folha de Botucatu”, de 22/10/1949, encontramos o registro: “Por iniciativa do Vereador Antonio Delmanto dá-se o nome de Vital Brasil à Avenida São Carlos e propõe que se fixe uma placa na casa que, por vários anos, acolheu o grande médico. Expondo as

razões que o levaram a apresentar o citado projeto, o Sr. Delmanto fez ver que, enquanto outras cidades põem em evidência as suas relíquias históricas, Botucatu não divulga as que possui, e que, tendo o Dr. Vital Brasil, orgulho da medicina brasileira iniciado nesta cidade as suas experiências e aqui chegado aos primeiros resultados concretos, que mais tarde viriam a consagrar seu nome a homenagem que se lhe presta é das mais justas. Outros desfilaram suas opiniões, ratificando todos os pontos de vista do vereador udenista.” Em nome do homenageado, o advogado do Instituto “Vital Brasil”, Dr. Fausto de Oliveira Ferreira, apresentou resposta registrada na “Folha”, de 23/11/49: “...Por incumbência do Dr. Vital Brasil que se encontra doente e impossibilitado de responder pessoalmente a comunicação de V.Exa. referente à lei aprovada pelo Poder Legislativo desse município, mandando colocar uma placa comemorativa no prédio nº 199 da Rua Amando de Barros (antiga Rua do Comércio) e dando seu nome a uma das Avenidas dessa encantadora e próspera cidade, onde efetivamente iniciou o Dr. Vital Brasil os seus estudos do soro-antiofídico, venho agradecer em seu nome a insigne honra que lhe foi tributada pelo povo de Botucatu, através de manifestação leal e simpática de seus legítimos representantes...” A criação de uma Universidade Regional começou a ser trabalhada nos anos 1976/77, como um caminho inevitável e irreversível. Seria a complementação da idéia inicial do Governo do Estado ao criar, em 1962, a FCMBB e a FCMBC (de Botucatu e de Campinas) como “embriões” de uma futura universidade, pequena, moderna, ágil e vinculada a determinadas comunidades da região. Seria a racionalidade e a modernidade na gestão de tão importante setor: o ensino estadual universitário. Por mais que se faça e que se diga, a UNESP é de uma irrealidade assustadora. Persiste, até hoje, graças ao comodismo e às “amarras” que o oficialismo lança em seus integrantes, do que pela lógica funcional de uma universidade dispersa por todo o Estado e com uma Reitoria que nunca se instalou no local então determinado em lei (Ilha Solteira) e, sim, permaneceu “provisoriamente desde 1976” instalada na Alameda Santos (SP), onde encontramos o m2 mais caro da Capital... Atender determinadas comunidades regionais, conseguir bom entrosamento entre os corpos docente e discente de seus campi, ao lado da agilidade que somente uma estrutura menor, mais racional e mais moderna pode oferecer, é o almejado. O trabalho feito por ocasião da absorção da FCMBB pela UNESP, em 1976/77, quando o então Reitor, Dr. Luiz Ferreira Martins, de Bauru, promoveu uma série de alterações, culminando com o fechamento de departamentos de “integração” então existentes na FCMBB. (AMD)


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