Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU ANO II Nº 551 SÁBADO E DOMINGO , 13 E 14 DE AGOSTO DE 2022
O mais famoso e romântico hotel do Brasil é o COPACABANA PALACE. Realização da Família Guinle, foi inaugurado no dia 13 de agosto de 1923, com 6 andares e 239 quartos. Hoje, BELMOND COPACABANA PALACE, é a grande atração do Rio de Janeiro. Com quase um século de existência, o COPACABANA PALACE continua a ser um dos mais importantes estabelecimentos hoteleiros da Cidade Maravilhosa...
O COPACABANA PALACE é conhecido por hospedar celebridades internacionais que visitam a cidade do Rio de Janeiro. Além disso, o hotel também é conhecido por realizar alguns dos mais badalados eventos sociais do Brasil. Além do COPACABANA PALACE, o Grupo Belmond possui outros 25 hotéis de luxo: Hotel Cipriani, em Veneza; Hotel Splendido, em Portofino; Grande Hotel Europe, em São Petersburgo, na Rússia; e o Maroma Resort & Spa, no México, além do Hotel das Cataratas, em Foz de Iguaçu, entre outros. páginas 5 e 6
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2 EXPEDIENTE DIRETOR: Armando Moraes Delmanto EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes Contato@diariodacuesta com br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689 NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM WEBJORNALISMOBOTUCATUDIÁRIO
Octávio Guinle ajudou a gravar o nome da família na história brasileira. Tudo começou com pai, Eduardo Pallasim Guinle, em 1870, com um armazém no Rio. Os negócios da família se diversifi caram para a construção de ferrovias, estradas e o setor imobiliário.
A grande virada veio com a concessão para a fundação da Com panhia Docas de Santos, cujos lucros fizeram dos Guinle uma das famílias mais ricas do Brasil. Desta maneira, Octávio já nasceu no meio da riqueza Seu grande feito, a fundação do Copacabana Palace, ocorreu por solicitação do presidente Epitácio Pessoa, que queria um gran de hotel como parte das celebrações do centenário da indepen dência do país A obra demorou mais do que o previsto para ser inaugurada e enfrentou várias dificuldades, como as ressacas do mar do Rio de Janeiro. No entanto, foi inaugurada com toda a pompa para sua época e tornou-se um símbolo do luxo, elegância e glamour. Não demorou muito e por ali passaram reis, rainhas, celebridades, políticos e milionários - o hotel também possuía um cassino. Em 1938, Octávio converteu um dos vastos salões do Copa cabana Palace no Golden Room, um dos principais espaços para apresentações musicais da época. Em 1946, ele fundou o Bife do Ouro, restaurante de luxo que também funcionava no hotel. O local ainda chegou a abrigar o mais bem equipado teatro da ci dade Ao morrer, em 14 de maio de 1968, Octávio deixou três filhos, Octávio Júnior, José Eduardo (pai de Jorginho Guinle) e Luiz Eduardo (pai da atriz Guilhermina Guinle).
Uma história...
O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.
Diário da Cuesta O empresário Octávio Guinle, nasceu no Rio de Janeiro, uma das figuras mais célebres da então capital do Brasil. Seu maior legado foi a fundação do mundialmente famoso Co pacabana Palace, em 13 de agosto de 1923. Eleito diversas vezes o melhor hotel da América do Sul pela World Travel Award, o local sempre representou luxo e sofisticação.
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Por que Jorginho agora? “Porque estamos vivendo num país dividido pelas fake news e pelo prazer que as pessoas parecem que estão tendo em se ofender e odiar. Pesquisando, ouvi de todas as fontes que ele não tinha inimigos. Era um gentleman. Até nisso acho que Jorginho nos deixa uma lição e evoca um Rio e um Brasil sonhados, que não têm mais respaldo na realidade.” O filme é muito bom. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Contador de histórias, o diretor Otávio Escobar considera-se privilegiado. Escolhido pelos filhos de Jorginho Guinle - Georgiana e Gabriel - para contar a história de seu pai, descobriu um personagem ex traordinário. “Ele faz parte do imaginário brasileiro. Sou um homem de 60 anos e como todos da minha geração invejava o playboy que teve casos com todas aquelas mulheres deslumbrantes de Hollywood.
Ao me aprofundar na pesquisa, descobri um personagem muito mais rico e complexo.” Jorginho Guinle viveu o apogeu do Rio, nos anos 1940 e 50 Evoca um Brasil mítico, das grandes fortunas. Um Rio que poderia ter sido - grandioso e sofisticado? -, antes que décadas de corrupção e violência reduzis sem a cidade chamada de maravilhosa, apesar de toda a sua beleza, ao atual estado de penúria. “Era realmente o meu objetivo, pensar o Brasil a partir de Jor ginho e do que representava.” Jorginho ficou famoso como playboy. O homem que nunca trabalhou. Seu problema foi um erro de cálculo. Ao esbanjar a fortu na que recebeu de herança, não imaginou que viveria tanto. Dilapidou até o último centavo. Morreu pobre. Seu nome está ligado ao apogeu do Copacabana Pa lace, quando o hotel acolheu grandes estrelas - Rita Hayworth, Kim Novak.
Diário da Cuesta 3 JORGINHO GUINLE
Ao amigo que lhe perguntou se havia feito sexo com elas, respondeu - “Não serei eu a desmentir.” Fez-se a lenda. Para contar sua história em Jorginho Guinle - $ó Se Vive Uma Vez, Escobar adotou o formato do docu drama. “Desde o princípio pensei em quatro pilares - depoimentos, narração em primeira pessoa, música e material de arquivo. Meu pesquisador descobriu preciosidades, como a participação dele, numa ponta em A Lágrima Que Faltou, de Melville Shavelson, com Danny Kaye e Louis Armstrong. Pagar os direitos das músicas, das imagens, nada foi barato. Mas teria sido impraticável, além de mais caro, reconstituir tudo.”
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Incrédulo com tanta coincidência, notei que o Juiz também olhava fixamente para o cliente. Resolvi dirigir-me reservadamente ao Magistrado, revelando -lhe o que o fornecedor me dissera. Ele confirmou-me ter realmente comprado uísque do cliente. Honestamente, declarou-se impedido e adiou o interrogató rio do fornecedor, que acabou sendo realizado em outro dia, por outro juiz...
Roberto Delmanto À época, cerca de vinte anos atrás, o uís que escocês era bastante caro, daí porque ha via muito contrabando do produto.
Diário da Cuesta4
O escrivão da Vara, desejoso de agradá -lo, indicou-lhe um fornecedor de sua con fiança. Só trabalhava com produtos de ori gem garantida e entregava a domicílio, com a maior discrição; o pagamento era feito em dinheiro e não deixava qualquer vestígio comprometedor.
O Juiz Criminal paulistano manifestara o desejo de comprar, a bom preço, uma caixa para as festas de fim de ano.
Recebida a denúncia, na data marcada para o seu interroga tório judicial, naquele tempo realizado em primeiro lugar, o for necedor, após entrar na sala de audiências e olhar bem para o Magistrado, confidenciou-me: “Doutor, eu conheço o Juiz. Já lhe vendi uísque e entreguei na sua casa”.
O Magistrado aceitou a indicação e, dias depois, o fornece dor entregou-lhe pessoalmente, em sua casa, a caixa de uísque. Após as férias de janeiro, o Juiz agradeceu ao escrivão por lhe haver dado tão boa “dica”, acrescentando que o uísque era, realmente, de primeira linha e que seus amigos “experts” ha viamMesesadorado.depois, a polícia “estourou”, no bairro de Santo Ama ro, uma fábrica clandestina de uísque falsificado. Tudo ali era perfeito: as garrafas e as caixas vazias eram compradas em bares e boates; os rótulos do fabricante e os selos da Receita Federal eram confeccionados em uma moderna gráfica; e o uísque pro priamente dito não fazia mal à saúde, não passando do “Old Ei ght”, então o mais conhecido dos uísques nacionais.
Tendo assumido a defesa do dono da fábrica, consegui relaxar -lhe o flagrante. O inquérito foi distribuído a uma das trinta Varas Criminais existentes no Fórum Central, pois naquela época não havia Foros Regionais.
O FORNECEDOR
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: Como Deus foi bom! Dotou -lhe o humano coração com os raios de Sua Munificência divina e expandiu em sua alma pura e reta os reflexos de Sua Infinita Perfeição. Como agrade cer-Lhe, Papai? Ele não lhe permitiu as dores cru ciantes de uma longa e cruel enfermi dade; não lhe consentiu agonia, Papai! Após os albores da aurora, o senhor ainda leu o “Estadão”, comentou o editorial do dia. Ensaiou uma programação para as horas seguintes, tomou sua pri meira refeição no leito e já se preparava para levan tar-se. Tudo foi tão rápido, tão duro para nós, mas tão suave para o senhor! Não houve despedidas. Apenas o declinar da cabecinha branca nos braços do Antoninho, sob os olhares ca rinhosos de Mamãe! Deus abriu os braços a mais um Vicente de Paulo. E aco lheu-o, carinhosamente, em Seu Seio. O senhor conservou na fisionomia risonha, a alegria profunda da última chama da telefônica dos netinhos. Lá de longe, a vozinha de les, cada um a sua vez : “ Vovô, quero ir aí” Como seu coração se encheu de emoção, Papai! Que incrível carisma o senhor possuía, Papai! Os médicos vieram ao senhor, não o senhor foi a eles! Como explicar os cuidados amoráveis do Dr. Antonio e do Dr. Aleixo, que viam no senhor, quem sabe, o próprio Pai? Que fez o senhor ao Dr. Chamma, ao Dr. Ubajara, ao Dr. Renê, que sacrificaram justos lazeres, para estudar-lhe a velhice em declínio? Como explicar o filial e dedicado desvelo do Dr. Samuel, a quem o senhor na flauta, pela última vez, num canto de cisne, trilou gorjeios e tercinas, semComocansar-se?explicar, Papai, que um menino, a quem um dia, o senhor ministrou os rudimentos da Música, voltasse agora, profissional respeitável, tendo a sedimentar-lhe a Ciência Médica, um quinhão profundo de despreendi mento e nobreza que só o berço faculta? Como explicar, senão pelo seu carisma pessoal, Papai, que o Dr. Fernando se integrasse a nossa família, a ponto tal, de sacrificar o domingo do jovem, para levar a passeio, em seu carro, um ancião alquebrado? Como agradecer tudo isso, Papai? Que iremos dizer doravante, aos seus múltiplos alu nos de flauta, violão, dos seis aos cinqüenta anos, que lhe vinham beber não só a Música, como a palavra ami ga? Como explicar ao Batistão, ao Prof. Aécio, ao Paulo Ciaccia, ao Dr. Marão, ao Ângelo Albertini, ao Sr. Louren ço, ao Dr. Tilio, que o senhor “foi ao Banco e já volta” quando na realidade, o senhor partiu e já não há retor no? E ao Dr. Dalton? Não haverá mais “gancho de poço”? A flauta emudeceu. O violoncelo cabisbaixo voltou à estan te. Os selos recolheram-se aos álbuns, as peças de xadrez encerraram-se em definitivo no estojo. Não haverá mais música nas salinhas de aula. Nem o folhear paciente dos livros filatélicos. Não haverá o doce ócio no terraço entre os filhos, os familiares, os amigos e os alunos. Oh! Papai! Tão perto ainda e já tão longe vai o senhor, para Deus! Tão logo o senhor repousou, Dom Zioni e Monsenhor Violante vieram. Imediatamente autorizou Dom Zioni a Missa de corpo presente, concelebrada aqui em casa por Mons.Violante e o querido Pisani. Como foi linda, Papai! Uma revoada de há bitos brancos rodeou-lhe o esquife franciscano. O Santa Marcelina inter rompeu o retiro espiri tual e a Revda. Madre Superiora, tão amiga, com um coro de anjos puros, veio rezar a Medi tação do Terço, cantan do após : “ Nó céu, com minha Mãe estarei. . .” Quanta bondade, Papai! Como agradecer a esses amigos?Amigos? O senhor sentiu o terno calor inti mo da última vigília, na madrugada lá fora frigi da, acalentada aqui den tro pelo afeto incontável de seus amigos? Como agradecer a tudo isso? A Academia, a Sta. Casa, o La Salle, na pessoa do Dr. Marão, do cavalheiresco Pedro Losi, do Dr. Agnelo, de Irma Célia, Irmãos Lauren tino e Hilário, tributaram-lhe sua homenagem. As Irmãs Servas do Senhor, meditaram conosco em suas orações. A rua Curuzu chorou, Papai, e seus antigos colegas barbei ros disseram adeus ao seu “decano”. O Presidente da Câmara Municipal esteve presente, Papai. De Santos, de Bauru, de Curitiba, de Lençóis Paulista, a DRT 7, o PF, o IAPAS, também local, tributaram-lhe homenagens. De Araçatuba, a Segurança Pública esteve presente. Os telefonemas estrugiram e de São Paulo e de todos os recantos do Estado, os sobrinhos acorreram cho rosos, para receber a última benção do patriarca do imen so clã. Como o senhor os amou, Papai!
Pela madrugada da última vigília, um jovem adentrou a casa e pediu-nos para colocar em suas mãos inertes, uma rosa. Entendemos, papai! Era a gratidão da legião imensa daqueles que se beneficiaram da anônima caridade que lhe enriqueceu, para Deus, os seus oitenta e nove anos vividos. Como o senhor foi bom, Papai!
Diário da Cuesta 5 A R T I G O VICENTE MOSCOGLIATO – MEU PAI Elda PapaiMoscogliato
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DOIS MOMENTOS: E, nas “palavras finais”, completando o trabalho sobre sua vida, eu escrevi: “No ano de 1976, eu lançava o meu primeiro li vro sobre Botucatu. “Crônicas da Minha Ci dade, e fazia a seguinte dedicatória: “Para Antônio Delmanto: meu pai, meu amigo, meu exemplo.” Hoje, é para ele e sobre ele todo o trabalho Missão cumprida... Esse trabalho que dedico a meu pai é – com certeza! – o mais importante que escrevi em toda a minha vida e ao qual de diquei todo o meu entusiasmo de filho e cidadão.Saudades!”Ontem,passei um bom tempo percorrendo meus registros do passa do: fui a Vitoriana onde ele tinha um sítio, onde ía mos nos finais de semana; passei na Misericór dia onde ele clinicava e operava; passei no clube (AAB); passei pelo sobra do na Praça do Paratodos; passei pelo Albergue Noturno que ele construiu e doou ao Município Saudosismo? Acredito que sim Mas uma coisa leve, com lembranças boas e retempero para continuar a caminhada Para encerrar, vou relatar as palavras regis tradas no meu livro, lançado em 2010: “ História da Vitória Política Paulista: 1934”: “Eu me lembro de um fato ocorrido em 1994, quando eu fui candidato a Deputado Federal pelo PDT de São Paulo, tendo conseguido a legenda graças à interferência do jornalista amigo, Roberto D’Avila, então Secretário do Meio Ambiente do Rio. No absurdo da estrutura política brasileira, os parti Meu Pai! Meu Amigo! Antônio Delmanto (1905/1994)
dos tinham e tem donos e, os não apadrinhados, só partici pam quando ocorre uma oportunidade dessas... Pois bem, fui até meu pai, político forjado no Partido Democrático, que se transformou depois no Partido Constitucionalista e acabou por formar a base da União Democrática Nacional, para pedir, como sempre, seus conselhos. Fui direto na minha dúvida: “Olha pai, eu fui convidado para sair candidato pelo PDT a deputado federal Mas, está difícil Eles (do PSDB) estão com a prefeitura municipal (Botu catu), deputado estadual, governador do estado e presidente da república... Está duro. Não sei se vale a pena...” Eu tinha, na época, os meus 47/48 anos E levei um “pito”! Ele, com seus 89 anos: “Olha aqui, se eu tivesse 10 anos menos, eu sairia candidato. Você tem que levantar a bandeira, rapaz! Senão, como é que vai ter mudança?” Então, eu me senti deste ta manhinho...Saicandidato. Foi uma vitória inesperada: 12 mil votos, só em Botucatu! Fui eleito 3º suplente (há + de 20 anos!). Não gastei um tostão... Quer dizer, fui candidato numa época em que não acredita va e a eleição foi uma surpresa... Meu pai me deu aquela lição de cidadania, aquele inesquecí vel “pito” e...morreu... Morreu em agosto e não chegou a ver o resultado da eleição... Então, eu repito: É claro que vale a pena! Vale a pena lutar! Vale a pena viver! É isso que tenho procurado fazer durante toda a minha vida Confesso que sem o desempenho contínuo que a cobrança paterna me teria feito Mas tenho procurado fazêlo. Este livro faz parte desse esforço.” É isso Saudades!
Diário da Cuesta 6 Saudosismo? Sim. Mas leve, com lembran ças boas e retempero para continuar a cami nhada...Em2005, no Cente nário de seu nascimento, publiquei uma edição es pecial da revista PEABIRU dedicada a ele: “Mé dico Cidadão”. Na abertura da revista, eu es crevi nas “primeiras palavras”: “Esse o retrato que gostaria de apresentar a todos os botucatuenses: o retrato do Médico Cidadão O retrato daquele que tinha a profissão, de fato, como um sacerdócio e o exercí cio da política, como uma tarefa, exatamente isso: uma tarefa a ser cumprida!”
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1 – O famoso play-boy brasileiro fez história e ganhou um excelente filme ... 4 – RITA HAYWORT também brilhou em sua visita à Cidade Maravilhosa... Diário da Cuesta 7 LEITURA DINÂMICA 2 – Começou a viajar para Hollywood e a paquerar as jovens candidatas ao estrelado. Mas logou partiu, com suas relações sociais, a se aproximar da musas de Hollywood... 3 – KIM NOVAK foi uma das estrelas que veio ao Rio e se hospedou no COPACABANA PALACE... 5 –E a musa platinada LANA TURNER coroou as visitas das estrelas ao Rio... E tantas e tantas outras , inclusive a “notícia” de que Jorginho teria “conquistado” a atenção de Marilyn Monroe...
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