Edição 570

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Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU ANO II Nº 570 SEGUNDA-FEIRA, 5 DE SETEMBRO DE 2022

O PATRIARCA DA INDEPENDÊNCIA!

José Bonifácio de Andrada e Silva Um grande líder brasileiro, maçom destacado, que circulou pelo poder desde a Coroa Portuguesa, passando pelo primeiro e segundo Impérios do Brasil, além de ter ocupado cargos de relevância na monarquia em Portugal. O Patriarca da Independência do Brasil, José Bonifácio. Página 2

Ato cívico será em frente à Prefeitura e Desfile na Rua Amando de Barros

A Prefeitura de Botucatu realizará na próxima quarta-feira, 7 de Setembro, as comemorações em alusão aos 200 anos da Independência do Brasil. As festividades começam às 7h30 em frente à Prefeitura Municipal com o Ato Cívico, com a presenta de autoridades municipais, Tiro de Guerra e Banda Sinfônica de Botucatu. Em seguida, a partir das 9 horas, a Secretaria Municipal de Educação realizará o tradicional desfile cívico. O evento será na Rua Amando de Barros e contará com a participação de 54 entidades, entre forças de segurança, escolas municipais, privadas e instituições públicas. As comemorações aos 200 anos da Independência são abertas ao público, com entrada gratuita. (Fonte: Acontece Botucatu)


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O PATRIARCA DA INDEPENDÊNCIA

Vamos trazer para os leitores um grande líder brasileiro, maçom destacado, que circulou pelo poder desde a Coroa Portuguesa, passando pelo primeiro e segundo Impérios do Brasil, além de ter ocupado cargos de relevância na monarquia em Portugal. O Patriarca da Independência do Brasil, José Bonifácio. No jargão das exaltações, podemos dizer sem medo de errar que José Bonifácio, foi um homem à frente do seu tempo. A ele se atribui uma gama de feitos registrados nos livros de história. Com forte presença e atuação nas áreas das Ciências, Química, Mineralogia e Metalurgia. Nos seus estudos de mineralogia catalogou entre eles o da petalita, que em 2008 foi usado para tornar os fornos de micro-ondas econômicos e eficientes. James Dana, cientista norte-americano em 1868, batizou a descoberta de um mineral com o nome de andradita, em homenagem ao brasileiro José Bonifácio de Andrada. Nosso Patriarca, é considerado o primeiro mineralogista das Américas. Fez parte de várias Academias e Sociedades de Ciências na Europa. Um brasileiro cosmopolita, homem das letras e das ciências, pequeno de estatura e grande nas ações.

EXPEDIENTE NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

O maçom José Bonifácio de Andrada, foi o primeiro Grão-Mestre Geral, do Grande Oriente do Brasil, instituição fundada em 17 de junho de 1822, tendo em seguida passado à administração do GOB para o recém iniciado na Ordem Maçônica, ninguém mais ninguém menos que o próprio Imperador, D. Pedro I, a época ainda Príncipe Regente. Ato este que objetivou entregar os destinos da Maçonaria brasileira nas mãos do Príncipe, para que ele seguisse o que há muito já havia sido decido dentro das lojas maçônicas, efetivar a independência do Brasil da Coroa Portuguesa. José Bonifácio, voltou a ocupar o cargo de Grão-Mestre Geral da Maçonaria brasileira de 1831 a 1837. O movimento político para independência do Brasil da Coroa de Portugal já existia nas lojas maçônicas brasileiras, mas a entrada do Príncipe Regente para Maçonaria, foi um facilitador desse processo. Aqui cabe o registro de que a época, não existia partido político no Brasil. Então, as lojas maçônicas, foram o vetor político desse processo, uma vez que em seus quadros estavam todas as elites brasileiras, o clero, os intelectuais, militares, fazendeiros e donos de engenhos, etc. e todos queriam a independência do Brasil de Portugal. Uns desejavam que após a independência, de imediato houvesse no Brasil, a implantação de uma república no modelo americano. Esse grupo de maçons que queriam esse sistema de governo, eram liderados por Joaquim Gonçalves Ledo, mas isso tinha um complicador, a implantação de um sistema republicano naquele momento, poderia levar a desintegração do território brasileiro. Tanto ontem quanto hoje, a cobiça por nossas riquezas era grande e o risco de isso ter acontecido era real. José Bonifácio de Andrada como os demais, queria essa independência e por ela lutou brava e fervorosamente, porém de forma a manter a monarquia dentro de um regime constitucional, ou seja, a monarquia com poderes limitados. Seu objetivo era além da independência, o de manter a integralidade territorial brasileira intacta e assim, conseguiu. O maçom José Bonifácio de Andrada e Silva, o Patriarca da Independência do Brasil, foi um homem de grandes virtudes, intelectuais e morais, rejeitou todos os títulos de nobreza que o Imperador lhe ofertou, inclusive o de Marques. O líder maçom e político que foi, ficou para sempre na história do Brasil e do mundo, quando deixou este plano terrestre no dia 06 de abril de 1838.

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.


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Quando alguém já não tem forças para andar, tem de voar (...)

Eduardo J.R. Santos Universidade de Coimbra

À gente boa que me tem encorajado nesta luta pela sobrevivência de um corpo e mente sãos, passo este poema forte e sublime, cuja mensagem… não é afinal o que a todos nos une e nos faz seres conscientes! ossos Quando estou mais triste, costumo conversar com a terra, mas digo-lhe que não: que, apesar de tudo, prefiro o fogo a ter de dar-lhe a roer, no fim de tudo, os meus ossos. (in “o meu corpo humano”, Maria do Rosário Pedreira) Imagem: Salvador Dali Quando alguém já não tem forças para andar, tem de voar (...) “Quando alguém já não tem forças para escrever, tem de recordar. Quando já não tem forças para fotografar, tem de ver com os olhos da alma. Quando já não tem forças para ler, tem de estar repleto de histórias.

Quando já não tem forças para falar, tem de ecoar. Quando alguém já não tem forças para andar, tem de voar. E quando chega a hora, tem de se desprender das recordações e dos olhos da alma e deixar de ressoar, calar-se e dobrar as asas. Mas aconteça o que acontecer a história continua, continua.” Eeva Kilpi, in “Poesia Nórdica”

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Gesiel Júnior/ ABL – Academia Botucatuense de Letras

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