Edição 600

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Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

ANO II

Nº 600

SEGUNDA-FEIRA, 10 DE OUTUBRO DE 2022

Giuseppe Verdi

Nascido em 10 de outubro de 1813, teve seu Bicentenário de nascimento comemorado no mundo todo em 2013. O Blog do Delmanto prestou expressiva homenagem ao grande compositor italiano. Página 2

Botucatu: Prefeito Pardini se reúne com Tarcísio e declara apoio no 2º turno na disputa pelo Governo de SP

Na noite de quarta-feira, 05, o Prefeito de Botucatu, Mário Pardini (PSDB), divulgou uma foto ao lado do candidato ao Governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), declarando apoio no 2º turno das eleições, na disputa contra o candidato do PT, Fernando Haddad. No post, em sua página no Facebook, Pardini já se refere a Tarcísio como Governador. “Reunião de trabalho agora a noite em São Paulo com o Governador Tarcísio, hora de ajustar o rumo e renovar a esperança”, escreveu Pardini. No primeiro turno das Eleições, Pardini declarou apoio ao atual governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), que neste segundo turno também já afirmou que irá apoiar Tarcísio. (Botucatu Online)


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Diário da Cuesta

Comemoramos o Bicentenário de dois gênios; Richard Wagner e Giuseppe Verdi!

Importantes nos processos de unificação de seus respectivos países, consagrados pela qualidade de suas óperas. Na abertura do post, propositadamente, coloquei o “Va Pensiero”, considerado o HINO DA ITÁLIA, o hino da UNIFICAÇÃO DO PAÍS! Giuseppe Verdi e sua obra foram relembradas e executadas na Itália e, em todo mundo, homenagens foram prestadas a esse grande compositor italiano. É trabalho para ser lido com vagar... É trabalho magnífico que mostra o que de melhor se fez em ópera

Reggio de Parma, com a apresentação de suas óperas, até o pequeno mas precioso Teatro de Busseto estará inserido nas comemorações, sendo que no Teatro Comunalle de Bologna, as comemorações do Bicentenário de Verdi terão seu ponto alto com a apresentação da ópera NABUCO, o primeiro grande sucesso de Verdi, no próximo 19 de outubro, após o grande sucesso da apresentação “Messa di Requiem”. E o esperado “RAVENNA FESTIVAL“, com o projeto “Trilogia Popolare”(“Rigoletto”, “La Traviata” e “Il Trovatore”) que apresentará. Também, a produção shakespeariana di Verdi (“Macbeth”, “Otelo” e “Falstaff”). Toda a programação poderá ser conferida no site giuseppeverdi.it, da Regione Emilia-Romagna e dedicado ao Bicentenário verdiano. Por toda a Itália estão programadas homenagens a Verdi. No Brasil, também será festejado o Bicentenário dos dois gênios (Wagner e Verdi): “John Neschling programou “Aida”, de Verdi, para sua primeira ópera no Theatro Municipal de São Paulo, em agosto, mas agendou para novembro “O Ouro do Reno”, de Wagner. A temporada do Municipal do Rio de Janeiro, sob direção do maestro Isaac Karabtchevsky, ainda não foi anunciada, porém rumores dão conta de que também por lá haverá uma “Aida”, contrabalançada por uma wagneriana “A Valquíria”. No Festival Amazonas de Ópera, em Manaus, deve ser encenado “Un Ballo in Maschera”, do compositor italiano, e “Parsifal”, do alemão. Já o Festival de Ópera do Theatro da Paz, que ocorre em Belém (PA), terá “Il Trovatore”, de Verdi, e “O Navio Fantasma”, de Wagner.” (Folha de S. Paulo, 19/02/2013)

Viva Giuseppe Verdi em seu Bicentenário! 1813 – 2013 Va’, Pensiero Va’, pensiero, sull’ali dorate. Va’, ti posa sui clivi, sui colli, ove olezzano tepide e molli l’aure dolci del suolo natal! Del Giordano le rive saluta, di Sionne le torri atterrate. O mia Patria, sì bella e perduta! O membranza sì cara e fatal! Arpa d’or dei fatidici vati, perché muta dal salice pendi? Le memorie del petto raccendi, ci favella del tempo che fu! O simile di Solima ai fati, traggi un suono di crudo lamento; o t’ispiri il Signore un concerto che ne infonda al patire virtù che ne infonda al patire virtù al patire virtù! NOTA DO BLOG: A Itália sentiu que ali nascia uma versão muito própria, totalmente sua, da “Marselhesa”. Desde então, “Va’, Pensiero” consagrou-se como o hino da unificação italiana...” A Itália toda comemora o Bicentenário de nascimento do maestro Verdi, especialmente na Regione Emilia-Romagna. Em Parma, está acontecendo o “Festival Verdi” no Teatro

EXPEDIENTE NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU WEBJORNALISMO DIÁRIO

estátua de Giuseppe Verdi em frente ao Teatro de Busseto, em Parma (AFP/ Arquivos, GIUSEPPE CACACE)

BICENTENÁRIO DE DOIS GÊNIOS! Dois dos mais importantes compositores da história da música completam Bicentenário de nascimento este ano: o alemão Richard Wagner e o italiano Giuseppe Verdi. Autores do mesmo período histórico sob o ponto de vista cronológico, suas obras marcam momentos ideológicos semelhantes em dois países com uma trajetória histórica que também guarda similaridades. Nascidos no período das Revoluções Burguesas que agitaram a Europa entre a Revolução Francesa (1789-1801) e o fim do período napoleônico (1801-1815), eles se ligaram, de forma sólida e a marcar toda sua obra, aos destinos de seus países. Não admira que tanto Wagner quanto Verdi tenham esco-

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689

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lhido a ópera como uma das formas de expressão mais límpida do nacionalismo ultrarromântico. O momento em que atingiram o auge de sua produção não poderia ser mais representativo: tanto Alemanha quanto Itália concluíram, entre 1859 e 1871, seus processos de unificação. Ambos os países foram retardatários no processo de solidificação de seus Estados Nacionais, uma vez que nações como França, Inglaterra, Portugal e Espanha fizeram-no entre os séculos XIV e XVI. VERDI 200 Giuseppe Fortunino Francesco Verdi, nasceu em Roncole di Busseto (hoje, Roncole Verdi), do então Ducado de Parma/Itália, em 10 de outubro de 1813, falecendo em Milão, em 27 de janeiro de 1901. Ainda criança, Verdi começou a estudar música, em Bussetto, e prosseguiu os estudos até aos 20 anos, em Milão. Foi o compositor da unificação italiana e de óperas famosas («Otello”, “La Traviata”, “Rigoletto”, “Il Travatore”, “Aída”, entre outras), sendo considerado, na época, o maior compositor da Itália, da mesma forma que Richard Wagner foi considerado na Alemanha. Alguns de seus temas já estão há muito enraizados na cultura popular - como “La donna è mobile”, de “Rigoletto”, “Va’, Pensiero” (Coro dos Escravos Hebreus) de Nabuco, “Libiamo ne’ lieti calici” (Valsa do Brinde) de La Traviata e a “Gloria al Egito e ad Iside” (Marcha Triunfal) de Aida. Após a Itália ser unificada, em 1861, muitas das óperas de Verdi foram re-interpretadas como “Risorgimento”. Começando em Nápoles, em 1859 e se espalhando por toda a Itália, o slogan “Viva VERDI” foi usado como um acróstico de Viva Vittorio Emanuele Re D’Italia (Vitor Emanuel, Rei da Itália), referindo-se a Vitor Emanuell II da Itália, então rei da Sardenha, conclamando aquele que viria a ser o primeiro monarca da Itália unificada. O Coro dos Hebreus (título para Va, Pensiero) foi outra peça que entrou para o folclore. Antes do corpo de Verdi ser levado até o cemitério, Arturo Toscanini conduziu o coro com 820 cantores, na casa em Miserere, onde Il Trovatore foi apresentado. Verdi foi eleito como Membro da Câmara dos Deputados em 1861, seguindo um conselho do Primeiro Ministro Cavour, mas em 1865 ele renunciou ao cargo. Em 1874 ele foi nomeado Senador do Reino.

Giuseppe Garibaldi - Herói da Unificação Italiana!

Verdi casou-se em 4 de maio de 1836 com Margherita Barezzi que deu a luz a duas crianças: Virginia Maria Luigia (26 de março de 1837 - 12 de agosto de 1838) e Icilio Romano (11 de julho de 1838 - 22 de outubro de 1839). Ambos morreran na infância, enquanto Verdi trabalhava em sua primeira ópera (Oberto) e Margherita acabou falecendo em 18 de junho de 1840, com apenas 27 anos, enquanto ele compunha

sua segunda ópera, “Um Giorno di Regno”. Em 1859, casa-se com a soprano e companheira Giuseppina Streboni. Em 1879, após 20 anos de convívio, perde sua esposa e em 27 de janeiro de 1901, em Milão, cercado de respeito de toda a Itália, morre Giuseppe Verdi. TEATRO REGGIO DI PARMA Se a cidade de Parma, no norte da Itália, é sinônimo de música italiana, o Teatro Reggio Di Parma é o grande símbolo desta tradição. Construído pela duquesa Marie Louise da Áustria, já esposa de Napoleão, não é o primeiro, mas, sim, o mais prestigioso dos 12 teatros da cidade e, com certeza, um dos mais célebres, dentre os líricos italianos. É considerado o mais importante entre os “di tradizione” e seu público é reconhecido não só pela sua competência, mas também pela exigência. No tempo da inauguração reinavam Rossini, Donizetti e Bellini , mas a década seguinte viu acontecer o furacão Verdi: quase um terço das obras contavam com a autoria de quem já era o maior dos compositores da Itália, talvez do mundo. O próprio Verdi dirigiu, no Reggio, Don Carlo e a célebre Aida. Em homenagem ao grande referente da ópera italiana, todo ano o teatro oferece o Festival Verdi. Começa no dia do aniversário do autor de óperas como Rigoletto e La Traviata, no primeiro dia do mês, e este ano estreia com a Missa de Réquiem. Os ingressos chegam a custar 180 euros numa localização privilegiada, mas há também a partir de 10 euros - de pé, na galeria. NOTA DO BLOG: Parma e Bologna tem um significado especial para mim. Em 1930, meu tio Aleixo Delmanto concluía seu Curso de Especialização em Radiologia na Universidade de Bologna, após ter feito o Curso de Medicina na Universidade de Parma. E meu filho, Marcelo Delmanto, fez seu Curso de Especialização em Direito – após 70 anos! – na mesma Universidade de Bologna, no ano 2000. (Blog do Delmanto, 15/10/2013) Lista de óperas: • Un Giorno di Regno, 1840 • Nabucco, 1842 • I Lombardi nella Prima Crociata, 1843 • Ernani, 1844 • I Due Foscari, 1844 • Alzira, 1845 • Giovanna d’Arco, 1845 • Attila, 1846 • Macbeth, 1847 (1865, versão revisada) • I Masnadieri, 1847 • Jerusalem, 1847 • Il Corsaro, 1848 • La Battaglia di Legnano, 1849 • Luisa Miller, 1849 • Stiffelio, 1850 • Rigoletto, 1851 • Don Carlo, 1867 • Il Trovatore, 1853 • Aida, 1871 • La Traviata, 1853 • Otello, 1887 • I Vespri Siciliani, 1855 • Falstaff, 1893 • Aroldo, 1857 • Simon Boccanegra, 1857 • Un Ballo in Maschera, 1859 • La Forza del Destino, 1862


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“Sabotagem”

MARIA DE LOURDES CAMILO SOUZA

Ás vezes escuto algumas palavras que ficam na minha cabeça por horas. E na verdade essas palavras servem a um propósito no meu crescimento e amadurecimento. No começo deste ano vi o anúncio de um programa de TV, e o rapaz que fazia o programa perguntava: “Você sabe sabotar?” Sabotar: danificar, impedir, retardar propositadamente, em resumo: prejudicar alguém em alguma situação. O programa parecia tratar de verificar a que ponto as pessoas usam a Sabotagem para se darem bem. Fiquei pasma. Sou aquele tipo de pessoa que nasceu com valores arraigados e não quero nada que não me pertença. Aquilo que não é meu não me faz feliz. Preciso me esforçar para ter e aí quando tenho, valorizo. Pode ser um simples doce na vitrine da padaria! Para terem uma ideia até a comida eu divido igualmente entre as minhas cachorras, e pasmem, até a gulosa da Mindy entrou na vibe. Dou um biscoito para ela e outro para a Chérie. Ela só come o da Chérie se ela não quiser e deixar de lado. Respeito a ordem na fila, só aceito algo se me for oferecido. Em seguida pensei : sem julgamentos, por favor! Isto é uma prioridade no momento: aprender a não julgar e posso dizer que está muito difícil! Você nunca assistiu e nem sabe do que se trata esse programa, pensei. O que me ocorre na realidade, é que não gosto dessa palavra, e nem de gente que usa esse tipo de artifício em nenhuma circunstância na vida. Acho que podemos conseguir as coisas de forma limpa, honradamente. O que não me pertence, eu não quero. Pertence a outra pessoa, e eu respeito isso. Mas existe uma forma de se sabotar e é subterrânea. Pode ser a pior coisa que um ser humano faça a si mesmo. Não se permitir ser feliz. Não se permitir ser inteiro. Não se julgar digno, não abraçar o ser maravilhoso que se é! Não corro atrás do poder. Manipular a mente ou o livre arbítrio de alguém? Jamais! Abomino! Fulano tem uma casa linda, bens maravilhosos! Que maravilha para ele! Que seja feliz! Amo tudo o que tenho, mesmo velho, surrado, mas é meu! Viver esperando que alguém traga essa felicidade a suas mãos? Ninguém é responsável pela nossa felicidade, não é justo com ninguém exigir dele essa obrigação. As vezes ficamos aguardando. “Quando eu ganhar na loteria” “Quando eu me casar” “Quando eu for a Paris”

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“Estar junto com toda a família, quando sabemos ser difícil reuni-los todos” Um projeto de poder que danifique outro ser humano não pode trazer felicidade genuína. Você pode acumular muitos bens a custo do sangue do outro, mas a vida trará a resposta. Num determinado momento você vê o troco que veio em forma de doenças ou infelicidades. Essa é a ordem no universo. Pode demorar a acontecer, mas em um determinado momento a dívida será cobrada, pode ser nesta vida ou em uma outra. Não é a minha vontade pessoal ver alguém sofrendo, ou me rejubilar diante da desgraça alheia. Pelo contrário, me entristece! Aí vou orar pela pessoa, enviar-lhe muita Luz porque ela vive na escuridão. Neste exato momento precisamos de Amor, Paz, Luz, União para seguir em frente. Julgamentos, acusações, xingamentos só dividem mais. Só o Poder Maior pode julgar e só a Ele cabe decidir o momento e a forma que aqueles seres paguem por seus erros. Cabe a nós cuidarmos apenas das nossas proprias decisões e condutas e sabemos que já é o suficiente. Enviar Luz e Amor para o Brasil neste momento, porque este país maravilhoso vai cumprir seu desígnio glorioso de qualquer forma, porque isso está nos planos de Deus. E o que Ele escreve, ninguém pode sabotar.


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