Rolando Boldrin: “86 anos e estou “inteiraço”, quero trabalhar mais!”
Aniversariante deste sábado (22), o eterno Sr. Brasil fala sobre sua carreira, cultura brasileira, pandemia e planos para o futuro.
Ator, cantor, compositor, apresentador, contador de causos e muito mais: esse é Rolando Boldrin, o Sr. Brasil, que completa 86 anos neste sábado (22). Nascido em São Joaquim da Barra, interior paulista, Boldrin se mudou para a capital ainda na juventude e começou a trabalhar na extinta TV Tupi em 1958 “Já fiz de tudo, mas antes de mais nada sou ator. Não me julgo um cantor, sou um ator que canta”, afirmou.
Paralelamente ao trabalho nas novelas, no cinema e no teatro, ele nunca deixou de explorar outra grande paixão: a música brasileira. Entre composições próprias e trabalho como intérprete - “Cantei música de todo mundo, de Noel Rosa a Chico Buarque”, disse - ele já acumula mais de 174 obras musicais gravadas.
A união do trabalho nas telinhas e o amor pela música resultou no programa Sr. Brasil, no ar na TV Cultura. “Tinha o sonho de criar um programa musical e cultural para mostrar que a música brasileira não era só samba. Eu me dediquei a esse projeto como uma coisa primordial para a cultura brasileira”, refletiu.
INGREDIENTES
(sopa)
cebola média
pimentão
de sardinha,
lata de milho, escorrido
colheres (sopa) de salsa picada
xícara (chá) de polpa de tomate (100 ml)
xícaras (chá) de água (400 ml)
sachê de Tempero SAZÓN® Verde
colher (chá) de RECEITA DE CASA™ com Pimenta
xícara (chá) de farinha de milho (100 g)
tomate pequeno cortado em rodelas
ovo cozido cortado em rodelas
MODO DE PREPARO
1. Em uma panela, tamanho grande, coloque o óleo aqueça em fogo médio. Acrescente a cebola e o pimentão, depois refogue por cerca de 3 minutos, ou até eles murcharem.
2. Junte a sardinha, a salsa, o milho, a polpa de tomate, a água, o Tempero SAZÓN® e o RECEITA DE CASA™. Deixe cozinhar mais 10 minutos, ou até ferver. Coloque a farinha de milho de uma só vez, mexendo até secar e desprender da panela.
3. Retire do fogo, passe para uma fôrma redonda de furo central (19 cm de diâmetro) untada. Se preferir, decore com o tomate em rodelas e com os ovos, após isso deixe amornar.
4. Desenforme o cuscuz e sirva em seguida.
O Zé Maria tem a alma do caboclo da nossa região. Escreve como o caboclo fala. Ele é – em minha opinião de escritor – o “nosso” Rolando Boldrin. Leia: “Ei amigo, esse artigo é meu!”, na Página EDITORIAL CUSCUZ PAULISTA Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU ANO II Nº 611 SÁBADO E DOMINGO , 22 E 23 DE OUTUBRO DE 2022
2 colheres
de óleo 1
picada meio
vermelho picadinho 2 latas
escorridas 1
2
meia
2
1
1
1
1
1
Ei, amigo, esse artigo é meu!
É sempre assim: uma frase, um artigo, uma musica, uma crônica ou um livro parecem ter saído do fundo da nossa alma. Será? Tem até uma canção do Milton Nascimento e do Tunai (irmão do João Bosco), chamada CERTAS CANÇÕES, cuja primeira frase reproduzimos acima, na abertura do artigo.
É isso, sim. Em uma crônica muito bem escrita, eu gostaria de poder dizer: EI, AMIGO, ESTE ARTIGO É MEU!!!! Mas o artigo, infelizmente, NÃO é meu É artigo de origem registrada. Faz parte das crônicas do livro “APENAS UMA HISTÓRIA”, publicado em abril de 2007, com ilustrações do Prof. Vinício! O livro é o primeiro lançamento do José Maria Benedito Leonel, educador consagrado e comunicador tarimbado.
Eu que estava à época – após 25 anos – completando mais um ciclo de participação e militância na ABL – Academia Botucatuense de Letras, uma das tarefas, das “lições de casa” que eu não consegui fazer com sucesso, foi levar o Zé Maria, como é chamado o escritor, para ingressar e enobrecer a ABL...
Amigo de infância, fizemos o ginásio juntos no La Salle, fizemos o Tiro de Guerra juntos, tivemos amigos e “sonhamos” com tantas morenas bonitas na mesma época que eu diria, sem errar, que o Zé Maria foi e é um amigo para ser guardado para sempre...Seguimos caminhos diversos: ele, Educador; eu, Advogado, com militância cívica...Mas ambos sonhadores e “apaixonados” pela cidade de Botucatu de um modo geral e, ele, de modo especial, por sua “Piapara”. O Zé Maria tem a alma do caboclo da nossa região Escreve como o caboclo fala. Ele é – em minha opinião de escritor – o “nosso” Rolando Boldrin. E o artigo que eu gostaria de ter escrito, diz o seguinte:
“Agora já sei que o tempo não para, que o dia que passo não vorta mais. Agora já sei que a vida engana a gente. Tudo vai embora: o tempo da criança, a mocidade, as canturia, as varsa que dancemo, as sabedoria das prosa, os laços arrebentados pelo tempo, os agrados, os desafetos. Tudo vai embora. Vai embora a vaidade, a arrogância, o poder. A vida vai quebrando o nosso orgulho, domando nossas valentia, acomodando nossos repente, silenciando as cordas da viola Tudo vai embora. Vai embora a força do braço e do abraço. Vai embora as certezas que a gente defendia. Nada é tão certo assim, tão verdadeiro assim. Quem acha que é, que fique achando. Eu também já achei e não acho mais. Tudo vai embora. Na memória da gente vai ficando sobras, vurtos...” E conclui: “O que é a vida da gente? Até onde a gente é dono das rédea, troteando os dia de acordo com o nosso querê? Até onde o destino tem que sê cumprido? Que hora é a hora de muda a sorte, escolhê outra estrada, anda por outros ataio?”
São trechos que escolhi. Que beleza! Quanta brasilidade, não é mesmo?!?
Finalizando, a FRASE QUE EU GOSTARIA
DE TER ESCRITO, saída da sabedoria do sempre mestre Agostinho Minicucci:
”A mãe-pátria é a nossa cidade, no sentido de que elas, as cidades, as vilas, as fazendas compõem o país. Quem ama o seu torrão natal é um grande patriota, que idolatra o seu berço para enaltecer a grandiosidade da nação... Antes de vivermos para nós mesmos é preciso que vi-
Zé Maria Leonel e esposa em uma cavalgada
vamos para a nossa Pátria e ela se chama Botucatu.”
E para encerrar estas reminiscências tão saborosas, ficamos com a música “Tristeza do Jeca”, de autoria de Angelino de Oliveira, feita especialmente para a cidade de Botucatu, a cidade que escolhera como sua...pra sempre...É considerada a melhor música do cancioneiro raiz brasileiro. (AMD)
ANGELINO DE OLIVEIRA
Tristeza do Jeca de Angelino de Oliveira, com Tonico & Tinoco
Nestes versos tão singelos Minha bela, meu amor Prá você quero contar O meu sofrer e a minha dor Eu sou como um sabiá
Que quando canta é só tristeza Desde o galho onde ele está
Nesta viola canto e gemo de verdade Cada toada representa uma saudade Eu nasci naquela serra
Num ranchinho beira-chão Todo cheio de buracos Onde a lua faz clarão
Quando chega a madrugada Lá no mato a passarada Principia um barulhão
Nesta viola, canto e gemo de verdade Cada toada representa uma saudade Lá no mato tudo é triste
Desde o jeito de falar Pois o Jeca quando canta Dá vontade de chorar E o choro que vai caindo Devagar vai-se sumindo Como as águas vão pro mar.
Diário da Cuesta2 EXPEDIENTE DIRETOR: Armando Moraes Delmanto EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689
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ARTIGO
“certas canções que ouço, cabem tão dentro de mim, que perguntar carece, como não fui eu que fiz...”
Diário da Cuesta3
A FORMATURA
Roberto Delmanto
Pela primeira vez eu fôra convidado para ser patrono de uma turma de formandos de conhecida Faculdade de Direito, tendo me sentido muito honrado.
Sabedor de que tais eventos costumam ser longos e cansativos, pensei em fazer um discurso, de improviso como nós advogados preferimos fazê-lo, mas curto e que desse aos novos bacharéis alguma orientação prá tica para a futura vida profissional.
Na noite da formatura, o salão, muito florido e com um conjunto musical, estava lotado de familiares e amigos dos formandos, todos emocionados.
Eu era o único na mesa que dirigia os trabalhos que não era professor da Casa. Como patrono, fui escalado para falar em último lugar.
Os discursos eram demorados e, enquanto a assistência começava a mostrar-se cansada, a algazarra dos formandos era geral.
Quando um orador assumia a tribuna improvisada, ficando de frente para o público e de costas para os novos bacharéis, a folia destes aumentava, com gritos, assobios e brincadeiras.
Quando o paraninfo, queridíssimo dos alunos, discursava, cheguei a ouvir um deles gritar: “bicha”...
Percebi, então, que precisava encurtar mais minha fala e improvisar algo diferente.
Quando a palavra me foi finalmente dada, com a experiên cia adquirida em júris, resolvi falar praticamente de costas para o público e de frente para os formandos, como se fossem os
jurados. Minha postura os inibiu, de forma que acabei sendo o único orador ouvido por eles em silêncio.
Meu discurso não demorou mais do que quinze minutos e, como mudei o tema para a advocacia criminal durante a Revo lução Francesa, quando muitos advogados, por alegados exces sos na defesa dos perseguidos, eram presos após o julgamento e levados à guilhotina, os formandos, bastante assustados, não só não me xingaram, como haviam feito com o paraninfo, mas, ao final, ainda me aplaudiram...
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LEITURA DINÂMICA
1–As raízes literárias históricas de Botucatu e da região do entorno da Cuesta estão registradas no livro “As Boiadas Pas sam...As Lembranças Ficam...”, de autoria de Agostinho Mini cucci com ilustrações de Vinício Aloise. É o retrato da Botucatu rural com todo seu romantismo no século XX.
2–OS BENEDITOS DE PIA
PARA: E Piapara (Alamba ri) representa bem a zona rural de Botucatu. E temos de Piapara dois expoentes de des taque: o mestre da ilustração, o professor Benedito Vinício Aloise e o professor José Maria Benedito Leonel, escritor e comunicador. Ambos promo veram e divulgaram a antiga Alambari. Desde as ilustrações de Piapara, de suas casas, do comércio, do trem, dos tropei ros, das comitivas, do gado até o seu histórico com seu mag nífico Balneário e Termas que ainda são promessas...mas que virão, com certeza! Piapara é um tesouro ecológico e turístico que ainda deverá ser lapidado para enriquecer a terra da Cuesta de Botucatu.
De Piapara (Alambari) partiram inúmeras Comitivas. E nas Comitivas dois nomes ficaram na lembrança popular: Lauro Branco e Zico Alemão. E a letra da moda de viola Boiada Cuiabana, de autoria do consagrado músico botucatuen se Raul Tôrres, já havia sido lembrada pelo professor Vinício Aloise, uma vez que ela destaca a presença de Alambari (Piapa ra), como ponto de partida das comitivas. O lendário Lauro Branco era boiadeiro escolado e vivido naque las lides difíceis de capataz de comitiva. E outro dono de comitiva era Zico Alemão, lendário laçador...
3–
4–É um orgulho para Botucatu possuir o Trio de Ouro da Música Raiz: Raul Tôrres, Angelino de Oliveira e Serrinha, que praticamente fazem de Botucatu e região o BERÇO DA MÚSICA CAIPIRA OU MÚSICA RAIZ. Sim, porque é pacífico o entendimento de que Piracicaba é a CAPITAL DA MÚSICA CAIPI RA e o caipirês está enraizado em Piracicaba e já é patrimônio imaterial da cidade.
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