Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
ANO II
Nº 618
SEGUNDA-FEIRA, 31 DE OUTUBRO DE 2022
GOVERNADOR TARCÍSIO GOMES DE FREITAS Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos, está matematicamente eleito Governador de São Paulo. No domingo (30), com 93,35% de urnas apuradas, o candidato obteve 55,34% dos votos, mantendo dianteira já conquistada no primeiro turno sobre Fernando Haddad (PT, 44,66%). Na eleição presidencial, o ex-presidente Lula obteve 50,8% dos votos (59.790.720) contra 49,2% do presidente Bolsonaro (57.805.057), com 99% das urnas apuradas, elegendo-se Presidente da República do Brasil pela terceira vez.
PORTAL DAS TRÊS CRUZES Vamos restaurar esse nosso PATRIMÔNIO CULTURAL ! Vamos fazer uma restauração que o dignifique e, com URGÊNCIA, tirar “aquela “saia” de “mão de tinta” que foi dada para a principal Torre/Cruz! PÁGINA 2
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Portal das Cruzes!!!
Botucatu sente orgulho da arquitetura que embelezou o seu principal cemitério. Nos anos 60, houve um Concurso Público para a escolha do projeto para a entrada do cemitério. O vencedor foi o arquiteto NADIR MEZERANI, de família botucatuense, mais precisamente, localizada no Distrito de Vitoriana. E ganhamos o CEMITÉRIO DAS CRUZES: com 3 altas torres encimadas por cruzes e com o muro de concreto acompanhando em desníveis a grandiosidade das cruzes. Cruzes de Concreto!
em falta com esse Patrimônio de Botucatu com a total falta de manutenção adequada. Nos últimos anos, a Prefeitura tem se limitado a dar uma “mão de tinta” no muros e nas imponentes torres das cruzes. É sabido que o concreto aparente necessita para sua manutenção, impermeabilização e restauração de tratamento adequado já muito conhecido dos técnicos em restauração e, com certeza, dos funcionários especializados da Prefeitura de Botucatu. Vamos restaurar esse nosso PATRIMÔNIO CULTURAL ! Vamos fazer uma restauração que o dignifique e, com URGÊNCIA, tirar “aquela “saia” de “mão de tinta” que foi dada para a principal Torre/Cruz! Esse arquiteto é internacionalmente conhecido e admirado. Foi dele o projeto de rebaixamento da famosa Avenida Paulista, em São Paulo. Fizeram apenas uma parte, mas a beleza do trabalho arquitetônico e sua praticidade não deixam dúvidas de que, pronta, essa pista rebaixada/livre seria de grande utilidade para São Paulo.
CRUZES DE CONCRETO
Completando 50 Anos de sua inauguração festiva, a Prefeitura está
MAIS OBRAS ARQUITETÔNICAS
Pois, para Botucatu, Nadir Mezerani fez mais duas grandes obras: a nova Praça Coronel Moura e o atual Espaço Cultural “Dr. Antonio Gabriel Marão”, com seus “iglus” que chamaram a atenção e deixaram seus usuários com o problema do super aquecimento, exatamente por não terem feito o devido isolamento térmico. Só agora estão fazendo essa necessária proteção térmica além da conclusão do projeto arquitetônico, com a construção dos espaços complementares. A reforma total da Praça Coronel Moura abalou a cidade: era um jardim romântico e que tinha a preferência dos botucatuenses. Na reforma, ganhamos uma praça de concreto, com sua concha acústica, logo apelidado de “repolhão”. Foi muito exagero. A perda do belo jardim, sim. Mas a obra do arquiteto Mezerani foi de uma criatividade especial. O certo seria que se fizesse um novo jardim em um outro local, mantendo-se o tradicional que já estava pronto e era admirado pelos botucatuenses. (AMD)
Avenida Paulista
EXPEDIENTE
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes
WEBJORNALISMO DIÁRIO
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SÃO PAULO, VOLTANDO A SER A LOCOMOTIVA DO BRASIL!
TARCÍSIO GOMES DE FREITAS GOVERNADOR ELEITO DO ESTADO DE SÃO PAULO É esse cansaço desses políticos de nível médio. É o desmonte do Estado tido como ato de “choque de gestão” positivo. Ainda me lembro da frase do ex-presidente Lula a respeito da privatização do BANESPA: “Talvez se sinta arrependimento no Brasil porque bancos importantes como o Banespa foram praticamente doados, vendidos a troco de nada...” E a FEPASA – Ferrovias Paulistas que englobou a Estrada de Ferro Sorocabana, a Paulista, a Mogiana, a Santos/Jundiaí e que foi construída em 100 anos de lutas, sacrifícios, intervenções positivas do Governo do Estado para garantir a Rede Ferroviária Paulista e, em ATO DE MÁ GESTÃO ADMINISTRATIVA, privatizaram as nossas estradas de ferro! Como se privatiza uma Rede Ferroviária dessa importância sem que se tenha a garantia da continuidade dos serviços e a garantia da manutenção do patrimônio?!? Do patrimônio que é do povo paulista! Mais um ato de MÁ GESTÃO ADMINISTRATIVA! E o mesmo grupo que cometeu essas barbaridades a nível federal e estadual (presidente FHC e governador Covas) continua a mandar no Estado. O recente escândalo das Emendas na Assembléia Paulista estourou com o espanto de muitos. Mas como, com es-
panto?!? Está tudo nesse ritmo cansativo e angustiante, com as riquezas paulistas saindo pelo ralo da incompetência e esses figurantes políticos falando com a “boca cheia” que deram um “choque de gestão!” Só se foi “choque de gestão” em suas respectivas “bundas-moles”!!! “NON DUCOR , DUCO!” “NÃO SOU CONDUZIDO, CONDUZO!” E sem falar do DESMONTE DA EDUCAÇÃO feito pelos Tucanos… Vamos torcer para que os paulistas realmente responsáveis, REAJAM! HOJE, todos os PAULISTAS sabem quem pode ser a LOCOMOTIVA DE SÃO PAULO, todos sabem quem tem revolucionado o transporte ferroviário no Brasil. HOJE, todos o PAULISTAS já sabem que está vindo para SAO PAULO para RETOMAR o COMANDO POLÍTICO PAULISTA e fazer São Paulo VOLTAR A SER A LOCOMOTIVA DO BRASIL !!! Vamos convocar os CIDADÃOS PRESTANTES para que venham dar a sua quota de sacrifício pelo POVO PAULISTA” Vamos lembrar da Epopéia de 32 e dizer: VOCÊ TEM UM DEVER A CUMPRIR! ATENÇÃO, PAULISTA! DEFENDA O SEU ESTADO!!! (Blog do Delmanto, 17/01/2022)
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Bolsonarismo se profissionaliza e se consolida como força política no país
Por Karen Couto
O bolsonarismo conseguiu se firmar como força permanente do cenário político brasileiro nestas eleições. O Partido Liberal (PL), que hoje abriga o presidente Jair Bolsonaro, elegeu as maiores bancadas na Câmara (99, de 513 deputados) e no Senado — onde agora conta com 14 dos 81 senadores — mais a base aliada do “Centrão”, os partidos que apoiam o governo. As diversas vitórias de políticos conservadores não é mera coincidência, afirma Volgane Carvalho, secretário-geral da Abradep (Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político). Segundo ele, o movimento bolsonarista se profissionalizou e conta com a estrutura de um partido político tradicional para financiar um modelo de comunicação, “que os outros partidos ainda estão aprendendo a utilizar”, afirmou. Os bolsonaristas têm enorme capilaridade nas redes sociais e conseguem mobilizar sua base por meio de grupos no WhatsApp e no Telegram. “Normalmente esses candidatos não precisam ter propostas, basta ter um discurso de impacto, que possa ser repetido pela sociedade, com um visual eficiente”, afirmou. O cientista político e professor da FGV, Sérgio Praça também chama a atenção para o aumento do financiamento das campanhas. «A campanha em 2018 do bolsonarismo teve poucos recursos financeiros. Agora não, essa foi uma campanha com grande fundo eleitoral, bastante dinheiro oriundo do orçamento secreto também”, destacou. Praça ainda destaca que a campanha dos bolsonaristas foi, de fato, mais articulada que dos adversários. “Acho que eles tiveram boas estratégias de campanha. Os oponentes em vários estados não conseguiram se juntar, se coordenar para fazer frente ao bolsonarismo.” Evidente que o sucesso nas urnas dependeu menos de partidos e estruturas que da opção do eleitorado pela visão conservadora que toma conta do país — e, num patamar abaixo, a situação econômica. Bolsonaro deu sua explicação ao final da votação: “Estamos no terceiro mês com deflação, o preço do combustível baixou, energia elétrica baixou, criamos o pix, houve queda número de mortes, os assaltos a bancos caíram pela metade, o desemprego diminuiu” — o que, segundo ele, a imprensa tenta esconder, mas o cidadão enxerga. Claro que o presidente tem viés peculiar. Para ele, a situação só não está melhor porque a população ficou em casa no auge da epidemia de Covid, em vez de sair para trabalhar. A persistência do bolsonarismo como força política não se revelou nas pesquisas — mas no saldo das urnas, sim. No Rio Grande do Sul, o atual vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) se elegeu senador, desbancando o ex-ministro Olívio Dutra (PT), líder das pesquisas eleitorais até então. O mesmo ocorreu com o candidato Onyx Lorenzoni (PL), que foi ao segundo turno para o governo do estado, à frente de Eduardo Leite (PSDB), que por poucos votos não ficou de fora da disputa, em uma briga acirrada com o petista Edegar Pretto (PT). A diferença foi pouco mais e 2 mil votos. Em São Paulo, Fernando Haddad (PT) era apontado como favorito nas pesquisas, enquanto Rodrigo Garcia (PSD) e Tarcísio de Freitas (Republicanos) disputavam uma vaga para o segundo turno. Em uma virada imprevista, o ex-ministro do presidente Bolsonaro terminou a disputa à frente de Fernando Haddad. No Senado, o bolsonarismo também mostrou sua força: o astronauta Marcos Pontes (PL) venceu o candidato apoiado por Lula (PT), Márcio França (PSB). Vale ressaltar que entre os deputados federais eleitos por São Paulo estão Carla Zambelli (PL), Eduardo Bolsonaro (PL), Ricardo Salles (PL) e Mario Frias (PL). No Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) liquidou a fatura no primeiro turno. No senado, a ex-ministra Damares Alves (Republicanos) foi eleita para o Senado com folga. Ambos tiveram o apoio
Bolsonarismo se mostrou uma força política nessas eleições, e não um fenômeno, como em 2018 Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
do presidente da República — embora, no caso de Damares, Bolsonaro tenha deixado a tarefa nas mãos da esposa, para não se indispor com o próprio partido, que tinha lançado Flávia Arruda como candidata. Situação semelhante ocorreu no Rio de Janeiro. As pesquisas indicavam que a disputa pelo palácio Guanabara iria para segundo turno, mas Cláudio Castro (PL) foi reeleito com 60% dos votos. O senador Romário (PL) também foi eleito com discurso alinhado ao do governo federal. Mas a surpresa maior foi o sucesso do general Pazuello, que foi descrito como responsável por milhares de mortes por Covid. Frente ampla Se o partido de Bolsonaro elegeu sozinho 99 deputados, seus aliados mais orgânicos também não decepcionaram: o Partido Progressista (PP), do presidente da casa Arthur Lira, elegeu 47 deputados. O Republicanos, por sua vez, mais 41. Somada, essa bancada inicial de Bolsonaro é de 187 parlamentares, segundo aponta Rudolfo Lago, no Congresso em Foco. Por sua vez, a Federação Brasil, que inclui PT, PV e PCdoB, elegeu 80 deputados; o PSB de Alckmin, mais 14; a Federação Psol/Rede, mais 14. Assim, a bancada inicial de apoio a Lula seria de 108 deputados. Qualquer dos candidatos eleitos, portanto, deve continuar a depender das bancadas que ficaram neutras ou lançaram candidatos próprios: o União Brasil, de Soraya Thronicke, tem 59 deputados; o MDB, de Simone Tebet, 42; o PSD elegeu 42; o PDT, de Ciro Gomes, 17; e o Podemos, mais 12. Os dissidentes Os candidatos que pularam do barco bolsonarista acabaram fracassando nas urnas. Joice Hasselman, Alexandre Frota, Luiz Henrique Mandetta e Carlos Albertos Santos Cruz estão entre os grandes fenômenos de derrotas depois do desembarque do bolsonarismo. Mandetta (União Brasil) se candidatou ao Senado por Mato Grosso, mas foi derrotado por uma ex-colega que permaneceu no barco bolsonarista: Tereza Cristina (PP). O ator Alexandre Frota foi um dos grandes cabos eleitorais de Bolsonaro em São Paulo, fazendo forte campanha de rua em 2018. Se elegeu deputado federal com mais de 155 mil votos pelo PSL, que era o partido do presidente, mas rompeu com o bolsonarismo ainda em 2019. Após um mandato de oposição aberta a Bolsonaro, Frota migrou para o PSDB e resolveu tentar outro cargo: deputado estadual em São Paulo. Com menos de 25 mil votos, ficou longe dos líderes e sem emprego parlamentar. Já a jornalista Joice Hasselmann fez caminho parecido com o de Frota. Disputando pelo PSL, teve cerca de um milhão de votos em São Paulo e ajudou a eleger uma grande bancada para o partido, mas acabou trocando pelo PSDB. Como tucana, concorreu à reeleição como deputada federal pelo PSDB e perdeu, ficando com menos de 15 mil votos.