Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
ANO II
Nº 619
TERÇA-FEIRA, 01 DE NOVEMBRO DE 2022
Todos os santos de Deus, Rogai por nós!
Origem da Festa de Todos os Santos
A ideia de homenagear todos os santos teria começado por volta do século IV, na Antioquia, quando se recordavam os santos mártires no primeiro domingo após Pentecostes. Mais tarde, no ano 835 d.C, o papa Gregório IV decide dedicar o dia 1º de novembro a todos aqueles que tiveram uma vida santa, mas não foram lembrados ao longo do ano, ou mesmo não foram reconhecidos como santos oficialmente pela Igreja. De acordo com as tradições da Igreja Católica, após a celebração da Festa de Todos os Santos (Festum Omnium Sanctorum, em latim) em 1º de novembro, celebra-se o Dia de Finados, em 2 de novembro
Dia Nacional do Livro O Dia Nacional do Livro foi comemorado no dia 29 de outubro. A escolha da data deu-se em homenagem ao dia em que também foi fundada a Biblioteca Nacional do Brasil, localizada no Rio de Janeiro, quando a Real Biblioteca Portuguesa foi transferida para a colônia, em 1810. História do livro O que nem todo mundo sabe é que, inicialmente, os livros eram bem diferentes do que são hoje. Para quem está acostumado com livros de boa aparência, com revisão ortográfica e uma capa bem diagramada, saiba que, antes disso, na Antiguidade, os livros eram feitos de outro modo. Os primeiros registros gráficos foram feitos em papiro, uma espécie de lâmina retirada do caule de uma planta de mesmo nome e que possibilitava a escrita. Tempos depois os rolos de papiro foram substituídos pelo pergaminho, que possibilitava ser costurado, já que era feito de pele animal e tinha mais resistência.
O papel chegou na Idade Média e os livros, ainda escritos à mão, começaram a substituir os pergaminhos. Em meados de 1455, o alemão Johannes Gutenberg causou a mudança que veio a ser revolucionária para a história da escrita. Gutenberg criou uma técnica de prensa com uma impressora que reproduzia letras e símbolos com relevo esculpidos em metal. O processo espalhou-se rapidamente pela Europa
e, logo, pelo mundo. Primeiras impressões A primeira impressão de um livro por Gutenberg foi a Bíblia. Inicialmente ele começou a produzir páginas com 40 linhas, mas o custo para isso era alto. Resolveu então utilizar 42 linhas em duas colunas por página. O exemplar foi escrito em latim e teve 1.282 páginas. É Registro Histórico.
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Crônicas brasileiras - leves, divertidas e cativantes
Um livro super cativante e de rápida leitura, finalizei em poucas horas as 20 crônicas que compõem o livro. Regadas de muito bom humor e figuras de linguagem genialmente empregadas, as narrativas trazem o leitor para mais perto de cada autor através das linguagem coloquial utilizada. As crônicas retratam atividades rotineiras e cada um conta com um ponto especial, seja a uma crítica à era contemporânea do consumo , ou então, a maneira extrovertida que define o comportamento de crianças e também os chamados ?tipos de humanos?. Um diferencial muito interessante dessa obra é que no final há uma breve apresentação aos tradicionais autores de crônicas tupiniquins. Nesse espaço os leitores conhecem com mais detalhes sobre a vida de Carlos Drumond de Andrade, Rubem Braga, Fernando Sabino e Paulo Mendes Campos. Foi muito enriquecedor e prazeroso fazer essa leitura, recomendo principalmente à jovens estudantes (pois as crônicas que compõem a obra costumam cair muito em questões de provas da área de linguagens).
EXPEDIENTE
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes
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“COSTURO O INFINITO SOBRE O PEITO” Hilda Hilst Maria De Lourdes Camilo Souza
Já pensou juntar um bom livro, num lindo jardim florido? Para fechar só falta uma linda música de fundo. Uma xícara de café fresco e estou pronta para viajar numa boa estória. O acaso uniu nesta data o Dia do Livro e o Dia das Flores. Para mim pode ser todos os dias, porque desde que consegui juntar as letras e formar palavras gosto de ler. Lembro como se fosse hoje, que olhei no letreiro de um armazém conhecido e fiz a alquimia. E toda feliz quis mostrar para minha mãe que segurava minha mão ao caminharmos pela rua. - Ali está escrito : “ Armazém”? Minha mãe vinha distraída e preocupada em atraverssarmos a rua, justamente para irmos ao Armazém. Disse-me aérea: isso mesmo filha. Nem se dava conta que eu começara a ler, e o que significava para mim naquele momento. E no primeiro dia de aula que fui, fiz questão de contar para mi-
nha mestra, a professora D. Geni. Quanto às flores, também herdei o amor da minha mãe que desde jovem gostava de cultivá-las. Estava sempre ganhando mudas de plantas das amigas. Minha madrinha, Maria Levy, certo dia chegou em casa e vendo um vaso florido de violetas dobradas, piscou para mim e sorrateira pegou uma folha dizendo: “ Não conte que peguei uma folha dessa violeta, é que se a muda for roubada a flor pega. Entendeu?” Pisquei de volta, porque se fosse meu, dava a ela o vaso com muito carinho. Me encanta saber a estória das flores. A glicinia por exemplo. É originária do Japão, onde é chamada de wistéria, sendo considerada um símbolo de brilho e de transitoriedade, pois tudo muda. Fernanda, minha sobrinha neta, ama girassois. Esta semana vi com muita satisfação que as minhas clivias que foram replantadas pelo menino do dedinho de ouro, voltaram a florir! Já é a terceira florada. Olho distraída para o jardim e para os passarinhos que por ali aparecem muito e sempre como se sentissem em casa, pairando sobre uma flor ou outra. Nele descanso meus olhos, minha alma voa solta. Quem sabe um dia lerão minhas estórias num lindo jardim.
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Esportes
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Lucas Nogueira
Há 34 anos Ayrton Senna conquistava seu primeiro título na Fórmula 1 No Grande Prêmio de Suzuka, Ayrton se tornava campeão pela primeira vez e conquistava o povo japonês
30 de outubro de 1988, Ayrton Senna ingressava a pista do Grande Prêmio de Suzuka com uma matemática básica para conquistar o título. A primeira decisão de campeonato entre o brasileiro e Alain Prost, que estavam em igualdade de máquina, correndo pela McLaren, com o lendário motor Honda V6 Turbo. Naquele ano, a McLaren havia formado o melhor dream team (time dos sonhos) de todos os tempos. Apenas em uma corrida a equipe não havia vencido, quando Ayrton teve contato com um retardatário em uma chicane em Monza. No entanto, antes do GP de Suzuka, Ayrton havia vencido sete vezes na temporada, enquanto seu companheiro de equipe e principal rival, Alain Prost conquistou outras seis vitórias. Ou seja, para se consagrar campeão na etapa do Japão, Ayrton precisava vencer para se tornar campeão ou o título seria decidido somente após duas semanas na Austrália, no GP de Adelaide. Ayrton queria garantir a vitória já em Suzuka e parecia determinado para isso, já na primeira sessão de treino livre estava 1s6 mais rápido que Prost. No treino classificatório conquistava sua 12ª pole da temporada, feito que nenhum outro piloto havia conseguido anteriormente e batendo uma recorde histórico. Na largada, foi tudo por água
abaixo. A luzes verdes se acendem e Ayrton não larga e desesperadamente sinaliza com os braços na esperança de não ser atingido pelo demais pilotos. Quando tudo parecia perdido, Senna conseguiu fazer o carro “pegar no tranco”, aproveitando que o grid era em uma descida, no entanto, já havia perdido 16 posições e Prost havia conquistado a liderança. Ayrton, no entanto, partiu com tanta garra que já na primeira volta ultrapassou oito carros e estava em busca de colocar na mira Prost, que estava liderando já com tom de campeão. Senna perseguiu Prost por diversas voltas, até que na 28ª volta fez sua 15ª ultrapassagem da corrida e deu um bote inacreditável em Prost antes da entrada dos boxes em Suzuka. Prost tentou se recuperar, no entanto o brasileiro não deu chances de se aproximar e abriu vantagem de 13 segundos. A corrida de Ayrton no GP de Suzuka é considerada uma das mais brilhantes de sua carreira e da história da Fórmula 1. A conquista de título de Ayrton no Japão, com direito a ser quase um roteiro de cinema, fez com que o povo japonês tivessem maior admiração por Ayrton, que teve seus maiores espetáculos em pistas no país asiático.