Edição 621

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Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

ANO II

Nº 621

QUINTA-FEIRA, 03 DE NOVEMBRO DE 2022

GENERAL VILLAS BÔAS

Eduardo Dias da Costa Villas Bôas nasceu em Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, em 7 de novembro de 1951. Filho de militar, seguiu os passos do pai e ingressou na Escola Preparatória de Cadetes do Exército em 1967. Trilhou uma carreira de sucesso, passando por cargos de destaque - Comandante Militar da Amazônia, Comandante de Operações Terrestres - até alcançar posto máximo: Comandante do Exército Brasileiro, função que exerceu entre os anos de

2015 e 2019. Em 2016, Villas Bôas foi diagnosticado com ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica). Assim, mostrou aos brasileiros que um homem em cadeira de rodas pode também estar à frente do maior Exército da América Latina, com a aprovação e o respeito dos seus subordinados. Mais do que isso, mostrou ao mundo a força de um Exército coeso, tornando-se um dos personagens chave da política brasileira.

MOBILIZAÇÃO CÍVICA DO BRASIL


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Diário da Cuesta

A CARTA DO GENERAL VILLAS BÔAS SOBRE A VITÓRIA DE LULA

O general Villas Bôas, ex-comandante do Exército brasileiro, publicou nas redes sociais uma carta com suas expectativas sobre a vitória do presidente eleito Lula. O documento foi divulgado um dia antes do resultado da eleição. No texto, “o que podemos esperar de um governo da oposição”, o militar fala em “destruição do civismo, ridicularizarão do patriotismo e dos símbolos nacionais, desrespeito à Constituição e apoio a ditaduras”. Villas Bôas disse ainda que Lula será responsável pelo desemprego e pela destruição do país. Em outro trecho, o general afirma que o ensino será contaminado ideologicamente pela esquerda, “impondo a aceitação de verdadeiras perversões às crianças”. Carta do general Villas Bôas: “Desmontagem das estruturas produtivas que tão arduamente foram recuperadas, criando uma base capaz de sustentar-se sem depender de governos; A volta do aumento do desemprego, compensado por programas sociais demagógi-

cos. A submissão ao globalíssimo com a consequente perda da identidade nacional. Heleno: ‘As Forças Armadas não vão apoiar governos socialistas’ A destruição do civismo; a ridicularizarão do patriotismo e dos símbolos nacionais; A contaminação ideológica do ensino, impondo a aceitação de verdadeiras perversões às crianças; O retorno do estelionato nacional que os jovens dar-se ao enfrentar o mercado de trabalho; A perda do valor da palavra e da vida; A substituição da verdade pelas narrativas; A perda de pruridos pelo uso da mentira; A disfunção das instituições; O desrespeito à Constituição; A relativização da soberania da Amazônia; A natureza acima das pessoas; Dos índios como ferramentas de Ongs e Organismos Internacionais; A política externa orientada por simpatias ideológicas; Apoio a ditaduras; O desaparecimento do culto e à honra, à Pátria e a liberdade; A desesperança das pessoas que vestem verde — amarelo.” (FONTE: REVISTA OESTE)

O então comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, do Senado 22/06/2017 Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil)

EXPEDIENTE

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto

NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes

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Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.


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Esperança Bahige Fadel

Ufa! Finalmente, as eleições acabaram. Os vitoriosos comemoram. Os derrotados curam as feridas. Pelo menos, o desfile de acusações terminou. Terminou mesmo? Tomara que sim. Ninguém estava mais aguentando o tiroteio de acusações. Num determinado momento, comecei a achar que no Brasil não existem pessoas boas. Corrupto, assassino, ladrão, bandido, nazista, genocida, chefe de quadrilha, diabo, satanás, capeta, belzebu, chifrudo, coisa-ruim, tinhoso, lúcifer, canhoto, anjo das trevas, cão, besta… Tomara que tudo isso tenha acabado mesmo. Tomara que aconteça o mesmo que ocorre nas lutas de judô. Os adversários usam todas as estratégias possíveis para vencerem. Terminada a luta, ambos fazem reverência em sinal de respeito e o derrotado toma a iniciativa de cumprimentar o vencedor. Vencedor e vencido não se tornam inimigos. Ou devem agir como Federer e Nadal no tênis. Os dois grandes adversários nessa modalidade. Na quadra, fazem tudo para vencer. Gastam todas as suas energias. Depois, grandes amigos. Ambos se respeitam e se admiram. Não, caro leitor. Não sou tão ingênuo assim. Não vão pensar que estou achando que desejo que Lula e Bolsonaro fiquem amigos. Não cheguei a tanto. Mas posso ter a esperança de que lulistas e bolsonaristas não deixem de ser amigos, só porque têm opiniões políticas diferentes. Isso não é desejar demais, né? Você não conhece palmeirenses que são amigos de corintianos? Eu conheço. Não é parecido? Ou você acha que só porque seu candidato foi derrotado, agora você vai ficar torcendo para que tudo dê errado no Brasil? Você vai querer dividir o país em derrotados

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e vitoriosos? Acho que ambos os lados querem a mesma coisa: desenvolvimento, bons salários, emprego, liberdade, progresso. Todos querem a mesma coisa. Não precisam trocar beijos, mas podem trocar esperanças. Afinal de contas, somos todos brasileiros, e como se sabe, brasileiro, profissão esperança. Eu ainda não perdi a minha. Não sou favorável à ideia de que amigo não tem defeito, mas se o inimigo não tiver defeitos, a gente inventa um. Isso não ajuda nem resolve problemas. É preciso consciência coletiva. É preciso consciência de nação. Caso contrário, não haverá esperanças. E eu não quero perder a que eu tenho.


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ARTIGO

"Novembro" Maria De Lourdes Camilo Souza Entre pasma e assustada adentro novembro sob os auspícios e bênçãos neste Dia de Todos os Santos E como quem anda para trás e para os lados é caranguejo, só tem um caminho : seguir em frente. Olhos cravados no horizonte, esperança enchendo o peito, fazendo planos bonitos e muito felizes para o futuro que está logo ali. Não pude deixar de me visitar no passado, olhando algumas fotos de um casamento que ocorreu na família. Aquelas fotos em branco e preto que fui virando com extremo cuidado e carinho, diria que com reverência e apreço por aqueles que já não estão entre nós. Sentindo os olhos se marearem com lágrimas de saudades. Me vi jovenzinha, magrinha, bonitinha, sentindo muita saudade daquela jovem que fui. E viro a página resoluta e grata, com toda certeza que amei quem fui, mas adoro esse ser que me tornei. Não voltaria nunca no tempo a menos que fosse com essa sabedoria que adquiri a duras penas. E me vi rindo, querendo dar zoom em algumas fotos para aproximar tentando reconhecer algumas pessoas das fotos. Olhei com amor, respeito e admiração aquelas que estavam ali estampadas e que não mais estão conosco, e as que permaneceram cruzando o tempo e espaço com a mesma amizade nos seguindo presentes pela vida, e sei que mesmo não nos vendo com frequência, quando nos encontrarmos o abraço será apertado. Aquelas crianças das fotos que hoje são pais e mães de família com seus filhos e netos. Aquele garotinho lindo e loiro passando o dedinho no enorme bolo branco sob o olhar e sorriso complacente dos noivos, hoje brinca com seus netinhos. Uma coisa me passou pelo pensamento olhando aquela jovem e linda noiva levada pelo braço do pai, entrando na igreja depois de mim, sua dama de honra; nunca me vi nessa situação de noiva. Fazer planos e sonhos, desenhar o vestido, imaginar sabores de bolos e uma bela festa com muitos convidados. Plantar o sonho no futuro. Não sabia ainda como. Hoje entendo o porque sem nenhum pesar mágoa, sofrimento. Simplesmente não era para ser. O agora e o futuro está aí para criarmos e vivermos com a ajuda de Todos os Santos.


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