623

Page 1

Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

ANO II

Nº 623

SÁBADO E DOMINGO, 05 E 06 DE NOVEMBRO DE 2022

Palmeiras dispara como maior campeão brasileiro da história

Verdão chega a 11ª conquista da competição, após o Internacional perder para o América-MG, pela 35ª rodada do Brasileirão

Com a conquista do Campeonato Brasileiro de 2022, o Palmeiras disparou ainda mais como o maior detentor de taças da competição, diante dos rivais, com a 11ª vez gritando é campeão do torneio. Isso aconteceu antes de entrar em campo devido a derrota do Internacional para o América-MG, pela 35ª

rodada. A unificação dos títulos se deu em 2010, pela CBF, por conta dos vencedores da Taça Brasil, Taça Roberto Gomes Pedrosa, Taça de Prata e Copa João Havelange, serem considerados um Brasileirão, pelos seus vencedores, já que davam a vaga para a Libertadores do ano seguinte.

Rebeca Andrade é ouro! A ginasta brasileira é consagrada como a melhor do mundo! Embalada por “Baile de Favela”, a ginasta Rebeca Andrade, de 23 anos, é a nova rainha da ginástica artística. A brasileira, vice-campeã olímpica do individual geral, conquistou o ouro na mesma prova no Campeonato Mundial, em Liverpool. Ela, que foi medalha de ouro no salto nos Jogos de Tóquio, acaba de selar a sua maior conquista esportiva. Com 56.899 pontos, a brasileira se classificou à frente da americana Shilese Jones (55.399) e da britânica Jessica Gadirova (55.199).


2

Diário da Cuesta

Palmeiras: 1º Campeão Mundial e Jair Rosa Pinto o grande ídolo do campeonato

E Jair Rosa Pinto foi um personagem que esteve presente naqueles dois momentos: tanto na derrota brasileira diante da Celeste Olímpica, quanto na vitória palmeirense sobre a Juventus da Itália, time contra o qual o Verdão foi Campeão do Mundo no mesmo Maracanã inundado de lágrimas exato um ano antes. O então camisa 10 do Palmeiras foi o capitão do time na maior parte do tempo que defendeu a equipe, inclusive na importante campanha da Copa Rio. Ele cumprimentou o capitão da Juventus, Parola, e ergueu o troféu após o empate por 2 a 2 que decretou o título ao Verdão (o jogo de ida havia sido 1 a 0 a favor do Palmeiras).

O capitão Jair Rosa Pinto levantou a taça da Copa Rio (Acervo Histórico) Assim como em 2020 o Palmeiras conquistou a Tríplice Coroa (Paulista, Libertadores e Copa do Brasil), os títulos conquistados pelo Verdão (que dominava o cenário futebolístico naquela época) entre 1950 e 1951 ficaram conhecidos como `As Cinco Coroas’ e, além do Campeonato Paulista de 1950 e do Mundial de

DESPEDIDA DO PALMEIRAS E RUMO AO SANTOS

FICHA TÉCNICA

Aos 34 anos, ao fim de 1955, Jair Rosa Pinto deixou o Verdão. Como não tinha histórico de lesão ao longo de toda a carreira, ainda tinha vitalidade para jogar por mais algum tempo em alto nível. Ainda tinha lenha para queimar. Escolheu o Santos para esta nova etapa de sua vida no futebol. A equipe santista, aliás, era a experiência que faltava na carreira de Jair. Lá, ele formou uma das melhores linhas ofensivas da história do time alvinegro, ao lado de Pagão, Dorval, Pelé e Pepe. Pelé, o Rei do Futebol, na oportunidade, era novato: Jair chega ao Peixe em 1956, mesmo ano em que Pelé surge no Alvinegro Praiano. Portanto, Jair foi uma espécie de mentor do Rei, nas palavras do próprio Pelé, que disse ter aprendido muito com ele. A moral de Jair Rosa Pinto no Santos, já veterano à medida em que Pelé estava começando, era tanta, que ele tinha carta branca, inclusive, para dar “puxões de orelha” nos meninos da Vila daquela época, incluindo o garoto Edson Arantes do Nascimento. No Peixe, o craque carioca conquistou os Paulistas de 1956, 1958 e 1960. Após deixar o Santos em 1960, Jair Rosa Pinto ainda transferiu-se ao São Paulo, onde jogou a temporada de 1961 aos 40 anos, ainda com brilho. Depois, entre 1962 e 1963, ainda no Tricolor, seu condicionamento físico já não permitia, cada vez mais, gradualmente, que jogasse em alto nível. Então, em 1963, aos 42 anos, ele deixa o time do Morumbi e segue para a Ponte Preta, onde faz uma única temporada como jogador e treinador e pendura, definitivamente, as chuteiras. CARREIRA COMO TREINADOR A partir de 1963, Jair Rosa Pinto seguiu no futebol na função de treinador e passou a aceitar convites para trabalhar. Dirigiu clubes como São Paulo, Ponte Preta, Santos, Fluminense, Olaria e Madureira (onde tudo começou), dentre outros. Entretanto, jamais conseguiu repetir o mesmo sucesso que teve como jogador.

Nome

Jair Rosa Pinto

Data de nascimento 21 de março de 1921 Local de nascimento Quatis-RJ Data de falecimento 28 de julho de 2005 Posição: Meia Número de temporadas: 7 Clube anterior: Flamengo-RJ Jogos: 248 (145 vitórias, 46 empates e 57 derrotas) Estreia: Palmeiras 3×1 Portuguesa (01/09/1949) Último jogo: Palmeiras 0x3 XV de Jaú (06/11/1955) Gols: 74 Primeiro gol: Palmeiras 3×1 Portuguesa (01/09/1949) Último gol: Palmeiras 3×3 Jabaquara (23/10/1955) TÍTULOS Barra Mansa Taça da Prefeitura Municipal: 1938 Madureira Torneio Início: 1939 Vasco da Gama Campeonato Carioca: 1945 Palmeiras Copa Rio: 1951 Torneio Rio-São Paulo: 1951 Campeonato Paulista: 1950 Taça Cidade de São Paulo: 1950 e 1951 Santos Torneio Rio-São Paulo: 1959 Campeonato Paulista: 1956, 1958, 1960 Taça dos Campeões Estaduais de São Paulo e do Rio de Janeiro: 1957 Seleção Brasileira Copa América: 1949

Entre 1950 e 1951, o Palmeiras conquistou as Cinco Coroas (Acervo Histórico) 1951, também fizeram parte dessas conquistas a Taça Cidade de São Paulo de 1950 e 1951 e o Torneio Rio-São Paulo de 1951.

EXPEDIENTE NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU WEBJORNALISMO DIÁRIO

Pagão, Jair, Dorval, Pelé e Pepe, uma das principais linhas ofensivas da história do time santista DIRETOR: Armando Moraes Delmanto EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.


Diário da Cuesta

3

Verdão foi Tri Campeão Paulista!!!

“Explicar a emoção de ser palmeirense, a um palmeirense, é totalmente desnecessário. E a quem não é palmeirense... É simplesmente impossível!” Joelmir Beting Para sairmos dessa “urucubaca” que está atrapalhando a vida do VERDÃO, vamos relembrar o inesquecível TRI-CAMPEONATO PAULISTA – 1932/33/34! E deixar a certeza de que será possível reverter esta fase ruim. É redobrar a união alviverde e torcermos para que a Diretoria do Palmeiras fique livre dos famosos “cornetas” e a certeza de que as TORCIDAS ORGANIZADAS irão somar, SOMAR! Quando um time de tantas tradições como o PALMEIRAS passa por crises como agora, a união de todos levará, com certeza, a um destino melhor, vitorioso, campeão! Nos últimos tempos tivemos os melhores técnicos do Brasil: Luxemburgo, Muricy e Felipão. Não adiantou. É preciso uma gestão firme e forte da Diretoria. Nenhum técnico faz milagres se não tiver uma equipe à altura do PALMEIRAS.

Vamos ter FÉ! A Arena Palestra Itália vem aí! Vamos ACREDITAR! Vamos apoiar o VERDÃO! HISTÓRICO DO TRI 1934: PALMEIRAS TRI-CAMPEÃO PAULISTA O ano de 1934 nasceu com um grande sonho da intelectualidade paulista, o governador Armando de Salles Oliveira criou, em 25 de janeiro a Universidade de São Paulo, a USP, que iria tornar-se, com o passar do tempo, uma das mais importantes

universidades do mundo. No dia 1º de abril do mesmo ano, o Palestra fazia a sua estreia no Campeonato Paulista, goleando o Ipiranga por 7 a 1. Na semana seguinte mais uma goleada (6 a 0 no Sírio) e uma estreia: o goleiro Aymoré. Na outra semana, dia 15 de abril, outra vitória (3ª em cima do Santos) e mais uma estreia: o médio Zezé. Eram os dois irmãos: Aymoré e Zezé Moreira. Ambos pertenciam ao Botafogo carioca que não havia aderido ao profissionalismo. Assim, a campanha do tricampeonato começou mais fácil do que se supunha. O time base era o mesmo que havia conquistado os títulos de 1932 e 1033 mas, agora, contava com dois reforços consideráveis. O Palestra continuou sua marcha firme para o único tricampeonato de sua gloriosa história. E o título veio com uma campanha brilhante: 12 vitórias, um empate e apenas uma derrota. Além de brilhante, a conquista chegou por antecipação: na penúltima rodada, do domingo, dia 26 de agosto, com a vitória de 3 x 1 sobre o Paulista, time da Capital, em jogo realizado no Estádio Antônio Alonso, que ficava na rua da Moóca. Para completar, o segundo quadro (mais tarde aspirantes) também foi Campeão. Barba e cabelo, como dizia na época. Era o terceiro ano consecutivo de festas para a torcida palestrina.


Diário da Cuesta

4

Mazzola: do Palmeiras para o Estrelato Mundial! Eu me recordo muito bem. Mazzola era a “alma” do Palmeiras. A imprensa registrava isso, dando manchetes assim: “MAZZOLA 4 X 2 SÃO PAULO”. Nessa época, interno no Liceu Coração de Jesus,acompanhava, pelo meu radinho de pilha os jogos do Palmeiras e da Seleção Paulista e, em 1958, a vitória da Seleção Brasileirana Copa do Mundo! Mazzola e Pelé foram os grandes destaques! No Palmeiras, ao centro, agachado, Mazzola fez história!

Seleção Paulista de 1957: em pé: Djalma Santos, Gilmar, Olavo, Zito, Ramiro, Mauro e o roupeiro Mateus. Agachados: Mário Américo (massagista), Maurinho, Luizinho, Pagão, Mazzola e Pepe.

Seleção Brasileira de 1957: em pé: De Sordi, Jadir, Nilton Santos, Gilmar, Mauro e Roberto Belangero. Agachados: Mário Américo, Garrincha, Moacir, Mazzola, Pelé e Canhoteiro. Mazzola foi logo contratado para jogar na Itália, pelo Milan, já que tinha dupla cidadania. Jogou também pelo Napoli e pela Juventus. Campeão do Mundo em 1958, Mazzola seria convocado novamente em 1962. Mas por ser neto de italianos foi preterido. Na verdade, não foi convocado por jogar no exterior. Jogou, con-

vocado pela Seleção Italiana, juntamente com Sormani: eram os “oriundi” defendendo a Itália. Mazzola, magoado, afirmou à época: “É muito simples. Naquele tempo, o Brasil não chamava quem jogava no exterior. Ninguém. Eu estava no exterior e não seria chamado. Eu, com 23, 24 anos, ficaria muito chateado se perdesse um Mundial”. CARREIRA DE MAZZOLA NO EXTERIOR Após a Copa, começou sua carreira na Itália, com o Milan, ainda em 1958. Sua estreia foi em 21 de setembro e, em sua primeira temporada, jogou 32 partidas, marcando 28 gols, ganhando o título italiano. Seu primeiro gol na liga foi em 5 de outubro, em uma vitória contra o Bari. O Milan ganhou o título novamente em 1962, quando Altafini foi um dos artilheiros da competição, com 22 gols em 33partidas. Em 1965, Altafini juntou-se ao Napoli, onde ficou até 1972. Naquele ano o Napoli ironicamente perdeu por 2 a 0 na final da Copa da Itália para o clube anterior de Altafini, o Milan. Depois de jogar pelo Napoli,juntou-se à Juventus e perdeu outra final de copa, em 1973. Ele ganhou, no entanto, mais dois títulos do campeonato: em 1973 e 1975. Quando deixou a Juventus, em 1976, Altafinitinha jogado 459 jogos na Serie A e marcado 216 gols, apesar de tê-los feito em grande parte no começo de sua carreira. De fato, ele apenas marcou 53 gols em suas últimas oito temporadasna Itália, enquanto havia marcado 134 em suas oito primeiras temporadas. Ele se juntou ao Chiasso e então ao Mendrisio (ambos na Suíça italiana) após deixar a Itália e jogou por mais quatro temporadas antes de se aposentar, aos 42 anos de idade. Altafini foi Campeão 4 vezes na Itália. Hoje, é comentarista esportivo de muito prestígio. Mazzola comenta a derrota da Seleção Brasileira nas Olimpíadas de 2012: Ele foi direto, objetivo: “É preciso injeção de caráter. Firula não conta, o que conta é o gol. Pelé era assim. Ele tinha talento mas também garra. O treinador tem que escolher gente de talento e também quem dá o sangue. Está tudo errado. Com esse time, não teríamos chance se a Copa fosse hoje - afirmou Mazzola, que é comentarista de TV na Itália. HISTÓRICO: José João Altafini, também conhecido como Mazzola (nasceu em Piracicaba/SP, em 24/08/1938),é um ex-futebolista ítalobrasileiro, Campeão do Mundo com a Seleção Brasileira, em 1958. Revelado nas categorias de base do Palmeiras, Mazzola ganhou este apelido pela sua técnica ser comparada ao craque italiano Valentino Mazzola. Com seu oportunismo e faro de gol, era o responsável pelas vitórias palmeirenses na década de 1950. Jogou pelo Palmeiras, sendo Campeão Paulista Juvenil em 1955 e Campeão Paulista Aspirante em 1956. Com a venda de seu passe para o Milan, o Verdão montou um verdadeiro esquadrão que ficou conhecido como Academia de Futebol. Mazzola radicou-se desde a juventude na Itália, onde é o terceiro maior artilheiro da história da Série A, com 216gols. Deteve por décadas o recorde de gols (jogando pelo Milan) em uma única edição da Liga dos Campeões, até Lionel Messi superá-lo, na edição de 2011-12, com catorze gols marcados. Casou-se com Eleana D’Addio, em 1959, com quem teve duas filhas: Patricia, casada com o jornalista e escritor Pedro Oswaldo Nastri, e Cristina, casada com Salvatore Marco Pulvirenti. Ambas nasceram em Milão, na Itália, e residem no Brasil. (AMD)


5

Diário da Cuesta

A RETIRADA Roberto Delmanto

O office-boy era queridíssimo na multinacional em que trabalhava. Alegre, comunicativo, educado, sempre prestativo e assíduo ao serviço, tinha a estima de todos. Dada a confiança que conquistara, passou a ser incumbido de, eventualmente, retirar quantias em dinheiro do banco em que a empresa possuía conta. Certo dia, ao deixar a agência bancária com uma importância maior, foi abordado por dois assaltantes. Ao reagir instintivamente, acabou morto a tiros, tendo os meliantes se evadido com o numerário. A comoção na firma foi geral. Todos lamentaram profundamente a perda do rapaz, para o qual anteviam um futuro promissor, pois, além de trabalhar, estudava à noite, sendo um ótimo aluno. A direção da multinacional achou por bem designar um diretor e um advogado da empresa para, como seus representantes, irem ao enterro e prestarem condolências à família. Ambos resolveram se dirigir diretamente ao cemitério, localizado na periferia de São Paulo. Ao ali comparecerem, o féretro ainda não havia chegado. Como fazia muito calor, entraram em um bar existente na frente do portão principal para tomar água. Após algum tempo, quando o cortejo fúnebre chegou, alguns parentes e amigos do office-boy adentraram ao bar. Sem saber quem eram os dois senhores engravatados que ali estavam, revoltados e com ânimo acirrado, passaram a esbravejar: “Esses donos da empresa são uns irresponsáveis. Foi um absurdo mandar um menino retirar um alto valor do banco. Mereciam levar uma surra, tomar um pau, para ver o que é bom...” Assustados, o diretor e o advogado resolveram não se identificar, desistindo de comparecer ao sepultamento. Foram saindo de fininho do bar, em uma estratégica retirada...


Diário da Cuesta

6

LEITURA DINÂMICA

1

– ROMEU PELLICCIARI foi o grande artilheiro do verdão. Um goleador. Jogou em outros times de destaque. Marcou uma época.

2

– A conquista do Tricampeonato da Libertadores, em 2021, credenciou o Palmeiras como o time que teve o melhor desempenho na disputa dessa Taça da Libertadores.

3

– JAIR ROSA PINTO foi ídolo do Palmeiras e da Selecão Brasileira, tendo sido homenageado pelo pai do atual presidente Jair Bolsonaro que deu seu nome ao dirigente brasileiro.

4

– Seguramente, Mazzola foi o maior ídolo do Palmeiras. Centroavante da Seleção Brasileira Campeã Mundial em 1958, Mazzola foi jogar na Itália. Àquela época, a Seleção não convocava jogadores que jogavam no exterior. Assim, na Copa de 1962, Mazzola não foi convocado para defender o Brasil... Quem diria... Hoje, só se convoca jogadores que atuam no exterior...


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.