Edição 628

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Diário da Cuesta NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

ANO II

Nº 628

SEXTA-FEIRA, 11 DE NOVEMBRO DE 2022

Morre o ator e cantor Rolando Boldrin, aos 86 anos, em São Paulo A morte foi confirmada pela assessoria de imprensa do artista para a TV Cultura, que não divulgou o motivo do falecimento

JULIANA BARBOSA O cantor e ator Rolando Boldrin morreu na tarde desta quarta-feira (9/11), aos 86 anos, em São Paulo. A morte foi confirmada pela assessoria de imprensa do artista para a TV Cultura, que não divulgou o motivo do falecimento. Boldrin estava no ar semanalmente no programa Sr. Brasil, da TV Cultura, que apresentou por 17 anos. Nascido em São Joaquim da Barra, interior de São Paulo, ele começou a trabalhar na extinta TV Tupi em 1958. (Fonte: Metrópoles)

Perdemos o SR. BRASIL...

Comunicador, ator, cantor e contador de “causos” que soube interpretar e pres�giar a cultura brasileira em sua inteireza. Deixa – com certeza! – um vazio que precisa ser preenchido na defesa de nosso rico folclore e de nossa cultura musical raiz. No aniversário de Rolando Boldrin, no mês passado, o Diário da Cuesta prestou a sua homenagem. É Registro Histórico.


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Diário da Cuesta

ARTIGO

Ei, amigo, esse artigo é meu! “certas canções que ouço, cabem tão dentro de mim, que perguntar carece, como não fui eu que fiz...” É sempre assim: uma frase, um artigo, uma musica, uma crônica ou um livro parecem ter saído do fundo da nossa alma. Será? Tem até uma canção do Milton Nascimento e do Tunai (irmão do João Bosco), chamada CERTAS CANÇÕES, cuja primeira frase reproduzimos acima, na abertura do artigo. É isso, sim. Em uma crônica muito bem escrita, eu gostaria de poder dizer: EI, AMIGO, ESTE ARTIGO É MEU!!!! Mas o artigo, infelizmente, NÃO é meu. É artigo de origem registrada. Faz parte das crônicas do livro “APENAS UMA HISTÓRIA”, publicado em abril de 2007, com ilustrações do Prof. Vinício! O livro é o primeiro lançamento do José Maria Benedito Leonel, educador consagrado e comunicador tarimbado. Eu que estava à época – após 25 anos – completando mais um ciclo de participação e militância na ABL – Academia Botucatuense de Letras, uma das tarefas, das “lições de casa” que eu não consegui fazer com sucesso, foi levar o Zé Maria, como é chamado o escritor, para ingressar e enobrecer a ABL... Amigo de infância, fizemos o ginásio juntos no La Salle, fizemos o Tiro de Guerra juntos, tivemos amigos e “sonhamos” com tantas morenas bonitas na mesma época que eu diria, sem errar, que o Zé Maria foi e é um amigo para ser guardado para sempre...Seguimos caminhos diversos: ele, Educador; eu, Advogado, com militância cívica...Mas ambos sonhadores e “apaixonados” pela cidade de Botucatu de um modo geral e, ele, de modo especial, por sua “Piapara”. O Zé Maria tem a alma do caboclo da nossa região. Escreve como o caboclo fala. Ele é – em minha opinião de escritor – o “nosso” Rolando Boldrin. E o artigo que eu gostaria de ter escrito, diz o seguinte:

“Agora já sei que o tempo não para, que o dia que passo não vorta mais. Agora já sei que a vida engana a gente. Tudo vai embora: o tempo da criança, a mocidade, as canturia, as varsa que dancemo, as sabedoria das prosa, os laços arrebentados pelo tempo, os agrados, os desafetos. Tudo vai embora. Vai embora a vaidade, a arrogância, o poder. A vida vai quebrando o nosso orgulho, domando nossas valentia, acomodando nossos repente, silenciando as cordas da viola Tudo vai embora. Vai embora a força do braço e do abraço. Vai embora as certezas que a gente defendia. Nada é tão certo assim, tão verdadeiro assim. Quem acha que é, que fique achando. Eu também já achei e não acho mais. Tudo vai embora. Na memória da gente vai ficando sobras, vurtos...” E conclui: “O que é a vida da gente? Até onde a gente é dono das rédea, troteando os dia de acordo com o nosso querê? Até onde o destino tem que sê cumprido? Que hora é a hora de muda a sorte, escolhê outra estrada, anda por outros ataio?” São trechos que escolhi. Que beleza! Quanta brasilidade, não é mesmo?!? Finalizando, a FRASE QUE EU GOSTARIA DE TER ESCRITO, saída da sabedoria do sempre mestre Agos�nho Minicucci: ”A mãe-pátria é a nossa cidade, no sentido de que elas, as cidades, as vilas, as fazendas compõem o país. Quem ama o seu torrão natal é um grande patriota, que idolatra o seu berço para enaltecer a grandiosidade da nação... Antes de vivermos para nós mesmos é preciso que vi-

vamos para a nossa Pátria e ela se chama Botucatu.” E para encerrar estas reminiscências tão saborosas, ficamos com a música “Tristeza do Jeca”, de autoria de Angelino de Oliveira, feita especialmente para a cidade de Botucatu, a cidade que escolhera como sua...pra sempre...É considerada a melhor música do cancioneiro raiz brasileiro. (AMD) ANGELINO DE OLIVEIRA Tristeza do Jeca de Angelino de Oliveira, com Tonico & Tinoco Nestes versos tão singelos Minha bela, meu amor Prá você quero contar O meu sofrer e a minha dor Eu sou como um sabiá Que quando canta é só tristeza Desde o galho onde ele está Nesta viola canto e gemo de verdade Cada toada representa uma saudade Eu nasci naquela serra Num ranchinho beira-chão Todo cheio de buracos Onde a lua faz clarão Quando chega a madrugada Lá no mato a passarada Principia um barulhão Nesta viola, canto e gemo de verdade Cada toada representa uma saudade Lá no mato tudo é triste Desde o jeito de falar Pois o Jeca quando canta Dá vontade de chorar E o choro que vai caindo Devagar vai-se sumindo Como as águas vão pro mar.

Zé Maria Leonel e esposa em uma cavalgada

EXPEDIENTE

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto

NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes

WEBJORNALISMO DIÁRIO

Contato@diariodacuesta.com.br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.


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“Senhor Brasil” Maria De Lourdes Camilo Souza

Quando meus pais eram vivos, se ligava a TV CULTURA logo cedo, em nossa casa, nos domingos. Meu pai assistia a Missa de Aparecida, logo depois o programa da Inezita Barroso e então era a hora do programa Sr. Brasil. Tinha aquela música da abertura que eu sabia de cor e cantava junto. Em seguida declamava uma poesia ou contava um causo. Apresentava os cantores e as vezes cantava junto. E assim foi por muitos anos, a ponto do domingo não ser o mesmo sem a sua presença. Era o nosso querido contador de causos. A gente parava para ouvir o nosso visitante das manhãs de domingo. E sem avisar partiu hoje para contar seus causos e recitar as poesias, exaltar a nossa cultura lá no céu. Sabia que um dia chegaria a hora, pois todos nós iremos um dia. Entretanto não posso conter a tristeza que sinto. Um pouco de nós e de nossa história, cultura se vai com ele. Deixa alguns seguidores, aqueles que aprenderam com ele a arte de ser menestreis. Showman encantador, seus programas eram sempre cheios de poesia e música, causos dos nossos matutos. Trazia cantores, trovadores, artistas de cada canto deste país. Era uma aula de história cantada em prosa e verso. Vai em paz, querido amigo das nossas manhãs de domingo, inesquecível e amado para sempre. O Brasil hoje se despede de um genuíno cantador dessa pátria amada!


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Esporte em Destaque

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Vinícius Alves

Reta final dos campeonatos agitam o final de semana da cidade Botucatu terá confrontos decisivos nos dias que antecedem o feriado

O final do ano se aproxima, e com ele, o encerramento de diversas competições do calendário esportivo. Nessa véspera de feriado, o amante do esporte poderá acompanhar três dias de disputas pelos campos e quadras da cidade. Na sexta-feira (11), a partir das 19 horas, o Botucatu Futsal entrará na quadra do Ginásio Paralímpico para a disputa do jogo de ida das quartas de final da Liga Paulista de Futsal. A equipe chega a essa fase da competição após emocionante classificação fora de casa contra o time do Barão de Mauá, da cidade de Ribeirão Preto, conquistando a vitória por 4 a 3 nos últimos segundos de jogo após empate em 1 a 1 no primeiro jogo. Agora, a equipe botucatuense terá pela frente o time do Taubaté, equipe de melhor campanha até aqui no torneio e que na primeira fase da competição, venceu Botucatu no ginásio Paralímpico pelo placar de 4 a 3. Já no sábado (12), é a vez da disputa das categorias menores do Campeonato Botucatuense. Durante toda a manhã a bola irá rolar no Comple-

xo Esportivo Heróis do Araguaia para a disputa das semifinais. A partir das 8h30, tem início a semifinal do Sub-11, com o duelo entre Bonde dos Predinhos e FC Paraná. Na sequência, será conhecido o outro finalista da categoria, com Instituto Suman e AAF/Camisa 11, se enfrentando a partir das 9h30. Por fim, às 10h30, começa a disputa da semifinal do Sub-13 local, com a partida Monte Mor x AA Botucatuense. Por fim, no domingo, as emoções do esporte botucatuense ficam por conta da disputa das semifinais do Campeonato A-35. No Complexo Esportivo “Lourival Antônio Prearo” (Campo da Vila Maria), as decisões têm início às 8h30. No primeiro duelo, entram em campo as equipes do Nova Imagem e EC Turbinado. Na sequência, às 10h30, será a vez de Saideira FC e Monte Mor FC medir forças para definir quem irá avançar até a decisão do torneio.


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